– ISSO AÍ – urrou Sean, quando Demi deixou o palco. – Sua última
resenha está arrasando.
– É?
O alívio se digladiou contra a surpresa quando Demi examinou a
folha impressa que ele havia lhe entregado. A enquete on-line definitivamente
estava a favor dela.
– O produtor quer trazer Jonas de volta na semana que vem – disse
Sean, para ela. – Ele está pensando em fazer um sorteio ao fim desse último
bloco de votação, escolhendo duas ou três pessoas que comentam no blog para vir
como convidadas. Você e Joe podem fazer toda a coisa do debate outra vez, vamos
ouvir a opinião de alguns leitores, encerrar a aposta e declarar você a
vencedora. Você realmente deveria repensar a oferta do produtor, Demi. O quadro
está crescendo, os telespectadores adoram. A última notícia que ouvi é que eles
querem aumentar para três transmissões na semana.
Demi estava apavorada com o quanto se sentia tentada. Ela começou
a adorar seu quadro “Cantinho da crítica”. Eram apenas 15 minutos de tempo real
no ar, mas o empenho que ela colocava nas resenhas, as entrevistas com os
autores e a interação com os leitores eram muito gratificantes. Era como ser
uma criança em uma loja de brinquedos ouvindo que ela poderia brincar com o que
desejasse. Só que precisava continuar a lembrar a si mesma de que era a
analista dos brinquedos, a professora do ofício. Não uma criança. Então ela
suspirou e se concentrou no restante das notícias dadas por Sean.
– Joe concordou em voltar?
– Não tenho certeza. Acho que é algo que esperam que você resolva.
Aparentemente ele não está retornando as ligações. O agente disse que ele está
ocupado, escrevendo.
Escrevendo? Ela sabia que ele estaria ocupado, pois tinha dito a
ela que ficaria enrolado por uma semana ou coisa assim, por isso ela não se
preocupara com o fato de não estar tendo notícias dele. Mas ele estava
escrevendo? Demi prendeu a respiração. Em que ele estava trabalhando? Ele tinha
dito que ela o fizera pensar. Será que ela realmente fizera diferença?
Mais uma semana e a aposta entre Joe e ela estaria finalizada. E a
aposta paralela? Eles tinham acertado isso também. Ele enviara uma mensagem
dizendo a ela para manter a noite de sábado livre. Ela sabia como a noite iria
terminar.
Terminar era a palavra-chave. Como ela e Joe terminariam. Como é
que as mulheres faziam isso? Entrar em um relacionamento sabendo que tinha vida
útil limitada?
– Demi? Cheguei em um momento ruim?
Ela e Sean se viraram para olhar para Miley. Obviamente gostando
do que via, Sean inflou o peito e se apresentou.
– Bela entrada – disse Demi a Miley, depois que elas abandonaram o
apresentador babão. – Você sabe que ele vai chamá-la para sair, certo?
– Você acha? – perguntou Miley, olhando por sobre o ombro. – Acho
que este vestido novo valeu a pena.
Elas riram e seguiram para o camarim. Demi ficou boquiaberta
quando passaram pela porta. Ali, na mesa, havia um buquê de rosas imenso. Com
um ohhh baixinho de satisfação, ela tocou os botões viçosos e aveludados. As
flores não estavam ali antes. Ela espiou o cartão enfiado entre os botões e o
pegou.
Talvez você estivesse mesmo certa...
Joe.
Certa a respeito do quê? Franzindo a testa, Demi virou o cartão,
mas o verso estava em branco.
Certa sobre suas habilidades como crítica literária?
Sobre as emoções?
– Bem? – perguntou Miley, acotovelando a cintura de Demi de
maneira impaciente. – De quem são?
Ela arrancou o cartão dos dedos de Demi e franziu a testa.
– Certa sobre o quê?
– Não faço ideia – admitiu Demi, enquanto olhava para as rosas, o
sorriso tão largo que suas bochechas doíam. Um risinho lhe escapou quando ela
abraçou o buquê com cuidado. Segurando o cartão junto ao peito, ela dançou pelo
cômodo apertado, rindo alto.
Miley lhe ofereceu um olhar perplexo de interrogação.
– Eu nunca recebi rosas. Nunca – explicou Demi, enquanto olhava o
cartão outra vez. – Ninguém nunca me enviou flores de nenhum tipo, muito
menos... – Ela contou. – Três dúzias de lindas rosas vermelhas.
– Já que suas mãos estão ocupadas, acho que este é o momento
perfeito para dizer “eu avisei” – anunciou Miley orgulhosamente, quando se
sentou em uma cadeira.
Demi simplesmente deu de ombros. Sentia-se bem demais para
discutir, principalmente quando o seu lado do debate a deprimia ao extremo.
– Um sujeito não manda flores por causa de luxúria – apontou Miley.
– Talvez você precise dar a si um pouco de crédito, Demi. Olhe ao redor,
reconheça onde está e o que conquistou.
Depois de recolocar o vaso de rosas cuidadosamente sobre a mesa, Demi
olhou para a cadeira oposta a Miley e inspirou fundo.
Em outra época, ela teria rido se qualquer pessoa sugerisse que um
dia ela estaria em um lugar como aquele. Na TV, publicamente aclamada por sua
inteligência e ainda por cima atraindo atenção. Recebendo dezenas de rosas de
um sujeito sexy que não estava interessado em apenas ir para a cama com ela,
mas que também respeitava sua inteligência.
Ela. A filha insignificante do reitor Lovato.
Talvez Miley estivesse certa. Talvez fosse tudo parte do todo. E,
droga, talvez a atração de Joe por ela, seu interesse nela, fosse mais do que
apenas uma coisa superficial. Demi tinha esperanças de que sim.
Estava tão louca pelo sujeito que estava ficando estúpida.
– Bem?
– Talvez – disse Demi vagamente.
– O que você quer? Quer de verdade?
Ela queria tudo, confessou Demi para si. Encontrou o olhar de Miley,
quase com medo de dizer em voz alta, de tornar o fato real. Como se o ato de
fazê-lo fosse exterminar aquele último mês, deixar tudo tão efêmero quanto um
sonho.
– Tudo bem – admitiu Demi, em voz alta. – Eu quero tudo. Quero Joe,
quero aquela promoção.
Ela queria poder manter o programa de TV. Mas não disse isso em
voz alta. Assim como ter Joe, era um sonho impossível. Ou, no mínimo,
improvável.
– Então vá pegar.
Demi conteve uma gargalhada histérica. Quais eram as chances? Será
que havia algum jeito de fisgar Joe? Não apenas segurar a atenção dele por mais
uma semana ou algo assim, enquanto encerravam as apostas, mas realmente
fisgá-lo. Tipo, para sempre? Se tentasse, ela estaria apostando tudo. Porque
perder significava não apenas ter sua autoconfiança pisoteada ao extremo, mas
também seu coração.
Mas algumas coisas, algumas pessoas, valiam o risco.
– Como? – perguntou ela baixinho.
– Para começar, pare de se preocupar com o quê é você e o que é
fruto da transformação. Simplesmente seja você mesma. Passe algum tempo com o
sujeito. E – disse Miley, mordiscando a unha do dedão – talvez você queira usar
lã em seu próximo encontro.
Demi riu, embora soubesse que Miley estava falando sério.
Ela definitivamente queria Joe. E em algum momento teria de contar
a ele sobre seu emprego verdadeiro. Mas de jeito nenhum ele precisava saber que
por dentro ela era uma geek que usava terninhos de lã. Não, ela manteria esse
seu lado bem trancado, escondido. Porque, não importava o que Miley dissesse, Demi
tinha certeza de que Joe fugiria se um dia enxergasse a Demi verdadeira.
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Cassia, voltei sim, anjo. Eu nunca pararia uma fic no meio, sei que é sacanagem, só não estive postando por causa dos problemas com o computador mesmo. Desculpe mais uma vez. E, sobre a maratona, vou fazer esse fim de semana, ok?
Lua, bem vinda ao blog amor, e que bom que você está gostando da fic! Não se preocupe, eu não pararei de postar, haha. Em relação a divulgação, eu não tenho pedido pois não estava conseguindo postar regularmente, agora que estou voltando ao meu ritmo normal, pedirei sim. Agora, sobre os capítulos, ainda não tenho como dizer, porque como meu pc formatou, eu só estou com a história inteira, já que adapto de um livro, e vou separando-a em capítulos na hora de postar mesmo. Quanto a confirmação de comentário, oh meu Deus, é realmente horrível mesmo, mas como eu não tenho experiência com o blog, não sabia que estava ativada. Obrigada por avisar, já resolvi esse probleminha, aisjaos.
Enfim, amanhã posto mais, beijos.
Ebaaaaaaaa maratonaaaa!!!!!!! Ansiosa.....,uhu...... posta mais!!!! Obrigada por atender meu pedido!!!!! Bjo.
ResponderExcluirmeu deus vc realizou o meu sonho maratonaaaaaaaaaaaa
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