7.9.16

Explicações



Bom, antes de tudo, vou explicar porque criei esse blog. Apesar de ter virado Lovatic no fim de 2013, quando a Demi e o Joe nem eram mais próximos, de certa forma, eu sempre os amei juntos. Descobri vários blogs maravilhosos, mas que, com o tempo, foram sendo abandonados, inclusive com histórias pela metade, ou por autoras que abandonavam e voltavam. Então, decidi que eu mesma procuraria livros e os adaptaria para Jemi pra eu poder ler, porque, ao mesmo tempo em que eu leria histórias do meu shipper, estaria lendo diversos livros, o que é essencial cultura e intelectualmente. Mas eu descobri livros tão bons, porém tão pouco valorizados pelo fato de não serem conhecidos, que decidi criar meu próprio blog para postá-los, pois sabia que seria muito mais fácil eu induzir outras pessoas a lerem os "transformando" em algo que elas gostassem de ler, como fanfic, do que simplesmente indicando o livro, que provavelmente poucas pessoas iriam efetivamente ir atrás de um pdf, ou comprar numa livraria, pra ler de verdade.
Acontece que um belo dia eu descobri as fanfics interativas, nas quais você pode escolher os nomes dos personagens principais. A partir daí eu deixei de depender de blogs Jemi ou das minhas próprias adaptações, que, querendo ou não, davam trabalho. É claro que é necessário procurar fanfics interativas pra ler, uma vez que, obviamente, nem todas são boas, mas as que eu encontrei, são simplesmente fantásticas. O melhor, é que há a opção de escolher dentre diversos tipos de fanfics, as restritas, com aquelas cenas +18 que a gente adora, as que o personagem principal tem uma banda, é ator, etc., e sempre podendo escolher os nomes. Agora, escrevendo esse post, parei pra pensar no quanto sinto falta de ler livros de verdade, pois, mesmo que eu os adaptasse, eram, literalmente, livros, mas depois de encontrar tantas fanfics interativas à minha disposição, o que me permite continuar a ler Jemi, eu possivelmente nunca mais li livro algum :( aí, chegamos ao motivo de tudo: eu vou parar de postar porque simplesmente não tenho o que postar. Infelizmente não escrevo e de maneira alguma abandonei Jemi, só que se tornou muito mais viável eu ler interativas do que baixar os livros, adaptar, arrumar as falas e parágrafos que quando passados pro Word ficam uma bagunça total.
Eu amei esse tempo aqui com vocês, amei cada segundo, cada comentário, cada demonstração de carinho, toda a paciência que vocês tiveram comigo, e, principalmente, amei ter compartilhado com vocês histórias que eu me apaixonei ao ler, que me marcaram de alguma forma. Eu aprendi muito com vocês, conversei, há MUITO tempo, com a Lua por e-mail, com a Milena pelo whatsapp, com algumas nos comentários ou até mesmo no twitter, e pode parecer, mas não, nunca me esqueci de nenhuma de vocês. Desculpem-me pelas demoras, pelas promessas não cumpridas de postar, pelas maratonas não feitas, mas vocês sabem que houveram problemas na minha família, mudança de colégio, de rotina, falta de tempo. Eu serei eternamente grata a todas vocês, por tudo. Obrigada por me proporcionarem momentos maravilhosos e por serem essas pessoas fenomenais que vocês são. Amo todas vocês com todo o meu coração, vocês são muito especiais pra mim e eu gostaria muito de manter contato. Por isso, mais uma vez, me procurem no twitter (@wildfzre), ou me adicionem no face (Giovanna Galan), pra me passarem o número de vocês ou o que preferirem.
Eu amo esse blog e ele faz parte de mim, nunca vou desativá-lo, ele vai ficar sempre aqui caso vocês queiram reler alguma fanfic. Não vou mais postar, porém, compartilhar com vocês o que eu leio sempre vai ser minha paixão, por isso, o que vocês acham de, periodicamente, eu fazer posts indicando minhas fanfics interativas preferidas, com os links de uma resenha, pra que vocês saibam do que elas se tratam e os próprios links de onde elas estão disponíveis, pro caso de vocês não acharem blogs com fanfics Jemi que agradem?
Espero que vocês tenham lido até aqui e respondam minha pergunta, porque eu iria amar continuar postando aqui, mesmo que só indicações. Mais uma vez obrigada por tudo. Amo vocês. Se cuidem, meus amores. Milhares de beijos 

Epílogo




Aviões.
Todas as viagens do ano anterior haviam sido dramáticas. Ao menos desta vez ele podia ficar tranquilo. Tinha a esposa ao lado, além de Nick e Selena, que decidiram mudar os planos para a lua de mel em cima da hora e ir com eles para o Havaí.
Quem poderia imaginar que Joe partiria em uma lua de mel? E com o irmão? E mais a garota de quem ele costumava rir. Sem mencionar sua esposa.
Meu Deus, sua vida era quase uma novela mexicana! Pelo menos vovó não ia junto. Ele deu uma risada nervosa ao tirar os óculos escuros e carregar a mala de Demi para o terminal.
— Está rindo de quê? — perguntou ela.
— Nada. — Joe suspirou. — É que, da última vez que viajei de avião, vovó apareceu de surpresa e decidiu ir junto. A vida nunca mais foi a mesma.
Demi riu.
— Admita, você está feliz por ela ter se intrometido!
— Vou levar esse segredo para o meu túmulo — resmungou ele, beijando-a.
— Nada disso — repreendeu Nick, atrás deles. — Nada de agarração até que estejam na suíte de lua de mel. E mesmo assim, vou fingir que vocês estão jogando damas, ou algo do tipo.
— Claro. — Selena balançou a cabeça. — Porque é isso que as pessoas fazem na lua de mel.
Joe bufou com desdém e puxou Demi para si, beijando-a na testa. Alguns fotógrafos registraram o gesto, mas ele já estava acostumado com a atenção. Nem se incomodou. Até que os fotógrafos começaram a correr na direção deles.
— Ei! — Joe acenou. — Agora não, gente.
Eles continuaram a tirar fotos, passando direto por Joe e Nick.
— Uau! — Nick olhou para os fotógrafos, que se afastavam. — Eles obedeceram.
— Senador, é verdade? Fontes dizem que o senhor estava com uma prostituta na noite em que sua noiva o deixou.
Jace atravessou a multidão de fotógrafos, indo até Joe e Nick.
— Senhor senador! — Uma repórter correu até Jace.
Soltando um palavrão, ele se virou para se dirigir à imprensa.
— Sem comentários. Agora, se me dão licença...
Joe e Nick formaram uma pequena barreira entre Jace e os repórteres enquanto o grupo se afastava. Em pouco tempo, a segurança do aeroporto chegou e começou a afastar o pessoal da imprensa.
— Merda. — Jace cerrou a mandíbula. — Preciso desaparecer por uns dias.
— Alguém falou em desaparecer? — perguntou uma voz feminina atrás deles. Todos resmungaram ao mesmo tempo quando se viraram para encarar vovó. Ela segurava em mãos um cartão de crédito e passou direto por todos. — Olá. Preciso de três passagens para Maui. Kihei? Qual é mesmo o nome? — Vovó se virou. — Selena, querida, onde é a sua lua de mel?
— Minta — sussurrou Nick, ao mesmo tempo em que Demi respondia:
— Kaanapali.
— É claro! — Vovó se virou de volta para o balcão. — Três passagens para lá. Sim, gostaria de usar as minhas milhas.
— Isso é uma piada, não é? — perguntou Joe.
— Bem que eu gostaria! — Nick suspirou. — É como se ela soubesse se materializar.
— Esperem. — Demi passou por Joe. — Por que três passagens?
Vovó acenou para alguém atrás do grupo.
— Dallas, querida? Venha aqui. Preciso da sua identidade.
Demi observou, em choque, enquanto Dallas se aproximava com uma expressão não muito feliz.
— O que ela tem contra você? — perguntou Joe. — Fotos pornográficas? Algum momento vergonhoso? Mensagens bêbadas?
Dallas lhe lançou um olhar desconfiado.
— Mensagens bêbadas?
Joe apontou para Nick.
— Algumas pessoas não são muito inteligentes. Ele caiu nas teias da vovó por causa de mensagens que mandou quando estava bêbado.
— Três palavras! — Nick ergueu três dedos. — Dança do acasalamento!
— Touché. — Joe suspirou. — Então o que foi, hem, Dallas?
Ela mordeu o lábio inferior e olhou para vovó, então seus olhos passaram por Jace. Os dois desviaram o olhar no mesmo instante.
— Ah, não! — disse Joe. — Escute só, Dallas, se teve Benadryl envolvido...
— Você foi drogada. — Nick balançou a cabeça.
— Acontece com os melhores.
— Vovó drogou você? — perguntou Demi. Dallas ajeitou o cabelo atrás da orelha.
— Não exatamente. Eu só, hã... Bem, ela...
— Dallas! — gritou vovó, alto o bastante para chamar a atenção das pessoas ao redor. — Venha cá. Pare de enrolar. Não temos o dia inteiro! Você também, Jace. Traga esse corpinho lindo aqui. E deixe vovó cuidar de tudo.
Joe suspirou.
— É como esperar a tempestade. Não importa quantas vezes a gente grite “Furacão, protejam-se!”, as pobres vítimas continuam olhando para o céu, embasbacadas.
— Vovó tem esse efeito nas pessoas. — Demi deu o braço para ele.
— Não consigo parar de olhar — comentou Nick. — É como assistir a um acidente de carro. Você sabe que deveria ligar para a polícia e tentar ajudar, mas não consegue fazer nada além de passar dirigindo devagar, de boca aberta.
— Só Deus pode ajudar os dois agora. — Selena suspirou.
Os quatro ficaram observando Jace e Dallas enquanto vovó comprava bilhetes de primeira classe para o paraíso. Que logo viraria o inferno, já que a maioria dos planos de vovó envolvia dor, humilhação, manipulação... Pensando melhor, Joe sorriu.
— Por que você está sorrindo?
Ele deu de ombros.
— Imagino que esse tenha sido o sentimento de Nick quando viu vovó manipulando nossa vida amorosa.
Nick riu.
— Um grande sentimento de superioridade?
— É, isso mesmo.
— Ainda sinto isso — admitiu Nick.
— É bom saber que ela seguiu para as próximas vítimas.
Nick e Selena seguiram para o aparelho de raios x, deixando Joe e Demi sozinhos.
— Acha que nosso encontro foi como um acidente de carro?
— Não. — Joe sorriu. — Acho que eu não seria idiota o bastante para ignorar você para sempre... ou ao menos gosto de pensar que não seria. Mais cedo ou mais tarde, acabaríamos juntos. Com ou sem vovó.
Nessa hora, vovó passou por eles e bufou com desdém.
— Mané!
— Ou não. — Joe riu.
— Eu te amo. — Demi ficou na ponta dos pés e o beijou na boca.
Ele nunca se cansaria dela, nunca mesmo. Talvez vovó o conhecesse melhor do que ele conhecia a si mesmo. Afinal, ela precisara de muitas estratégias para fazê-lo deixar o orgulho de lado. E Joe sabia que, em breve, teria de agradecer a vovó, mais uma vez, a manipulação.

*****

Acabou, definitivamente :( apesar de toda a demora e enrolação durante a postagem dessa fanfic, eu amei tê-la adaptado e postado pra vocês, foi um dos meus livros/adaptações preferidas, e eu só tenho a agradecer por toda a paciência e carinho de vocês, e por não terem abandonado o blog. Vou fazer um post explicando o porquê de eu parar de postar a partir daqui, ok? Beijos, anjos 

4.9.16

Capítulo Sessenta e Três




Joe observava enquanto Demi pegava uma taça de vinho e vinha até ele na varanda de trás. Dallas e Jace tinham ido dar uma volta perto do rio. Ideia de vovó, não deles. Mas os dois aceitaram, para deixá-la feliz, como fazia a maioria das pessoas, e disseram que voltariam mais tarde para planejar o café da manhã do dia seguinte.
— Então. — Joe bateu a taça na de Demi. — Onde vamos passar a lua de mel? Quer dizer, você teoricamente foi demitida, então podemos passar o mês inteiro fora, se quiser.
Demi deu uma risadinha.
— Simples assim? Pegamos o primeiro avião para qualquer lugar?
— É. — Joe se inclinou para beijá-la. — Simples assim.
— Mas eu não tenho passaporte.
Joe deu de ombros.
— Então dá para esperar ele ficar pronto, e saímos de Seattle, ou podemos viajar aqui pelos Estados Unidos mesmo.
— Havaí. — Nervosa, Demi olhou para o outro lado e tomou um gole de vinho.
— Posso perguntar por que o Havaí?
Ela se inclinou para trás, apoiando-se nas mãos. O luar brilhava em sua pele bronzeada, e Demi fechou os olhos e suspirou.
— Meus pais sempre prometeram que me levariam para conhecer. Primeiro, depois de terminar a escola, mas aí aconteceu alguma coisa e virou depois da faculdade, e... Bem, dá para imaginar. Sempre foi uma promessa vazia. E eu sempre quis ir.
Deus do céu, como ele a amava! Compraria o Havaí inteiro para ela, se fosse possível.
— Então, combinado: Havaí. — Ele a beijou na bochecha.
— Crianças? — Vovó abriu a porta dos fundos e saiu. — Aqui estão vocês! Estava procurando os dois. — Ela pegou uma cadeira e se sentou. — Então, sei que meus métodos nem sempre são corretos.
— Bem, esse é o eufemismo do século — retrucou Joe.
— Babaca. — Ela estreitou os olhos. — De qualquer forma, eu gostaria de pedir desculpas.
— É mesmo? — Joe se inclinou para a frente, apoiando as mãos nas coxas, e sorriu.
— Por quê?
— Por tudo.
— Que seria... — insistiu Joe. — O quê, exatamente?
Vovó desviou os olhos e respondeu, em um tom irritado.
— A dança do acasalamento, mas, em minha defesa, tive que ter certeza de que vocês sentiriam a tensão.
— Ah, nós sentimos! — Demi deu uma risada e, notando o olhar irritado de Joe, recuperou a compostura.
— E? — O homem olhou para a avó. — O presente da farmácia. — A velha senhora fungou.
— Certo. — Joe soltou um palavrão. — Muito obrigado, aliás.
— Ah, seu bobo! Você precisava passar por algumas dessas, ou muitas. Conte, eles usaram o sistema de som para pedir a camisinha no balcão? Estava torcendo para que isso acontecesse!
Joe a ignorou e balançou a cabeça.
— E o que mais, vovó? Pelo que você está realmente pedindo desculpas?
— Enganar vocês para que assinassem uma licença de casamento. Mas vocês sabem a quantidade de leis que tive de quebrar para isso? O dinheiro que passou de mão em mão, os favores que pedi! — Ela se levantou e começou a andar de um lado para outro. — Ora, tive até que fazer doação para a droga da Câmara de Comércio!
— Estou comovido — comentou Joe, seco.
— E tudo isso para fazer um favor a vocês dois.
Depois de alguns segundos, Joe finalmente respondeu.
— Você está certa.
— Estou? — Vovó levantou a cabeça de supetão. — Quer dizer, sim, sim, estou. E não se esqueça disso! Agora, onde é que está aquela sua irmã querida, Demi?
— Ah, não. — Joe agarrou a mão da avó e a empurrou de volta para a casa. — Seus dias de cupido acabaram.
— Mas...
— Vá para cama. Agora. E sozinha, ou vou pegar aquele apito.
— Você não se atreveria a perturbar meu santuário!
— Me atreveria sim, e é o que vou fazer. Você merece isso e muito mais.
Com a cabeça erguida, ela entrou na casa batendo os pés, os saltos fazendo barulho no piso de madeira até o fim do corredor.
— Você queria que tivesse sido diferente? — perguntou Demi, atrás dele. Joe se virou e a puxou para um abraço.
— Não. Nunca. Sem dúvida. E você?
— Espero desde o nono ano para ser sua namorada, posso muito bem ser sua esposa. — Ela o beijou.

*****

Esse foi o último capítulo, amores. Amanhã posto o epílogo, ok? Beijos