30.9.14

Capítulo Quatro (2/2)






Demi saiu de seu carro vermelho e exalou o ar que estava segurando em seus pulmões. Não estava no clima para festas, mas a mãe e a tia estavam saindo em férias e esta era a última chance que teria de vê-las por um tempo. Caminhou lentamente até os degraus de pedra cinza, olhando para as bem cuidadas roseiras vermelhas alinhadas em ambos os lados. A cor vermelha era a única coisa que ela e sua mãe concordavam. Embora sua mãe amasse a cor vermelha, sua cor favorita era rosa, mas para Demi, rosa era nada mais do que uma versão fraca de vermelho.
Demi caminhou até as portas de vidro fosco e parou por um tempo. Ela sempre tinha sentimentos mistos quando vinha para esta casa. Odiava o que ela representava, a casa em si tinha sido seu santuário, bem como seu próprio inferno pessoal. Este lugar especial tinha sido a sua casa desde o seu nono aniversário, quando tropeçou em uma orgia em sua fase mais perversa.
Após esse infeliz incidente, sua mãe tinha empacotado tudo o que possuíam e transferiu todos para uma casa maior em Nova York. Dianna, mãe de Demi, esperava que a mudança de cenário ajudaria a filha esquecer, mas nada poderia apagar a imagem obscena da mente de Demi. Era apenas uma daquelas coisas que ela nunca iria esquecer, foi um incidente irreparável que tinha criado um grande impacto na sua vida adulta. Depois, sua mãe tentou protegê-la do funcionamento interno do bordel, mas tinha sido uma tarefa impossível, considerando que a sua casa tinha sido a sede onde ela conduzia todo o seu negócio. Crescendo em um bordel, Demi tinha sido testemunha de alguns outros atos desagradáveis ao longo dos anos, mas aquele incidente em particular tinha sido o mais prejudicial para a sua mente jovem impressionável.
Não era de admirar que ela tinha crescido para se tornar sexualmente reprimida e com um coração frio, ela tinha sido treinada para o medo, a desconfiança e a evitar os homens. Ela também passou a ser desgostosa com sua própria atração para o sexo oposto e vetou a ideia antes mesmo de ter se formado.
Demi respirou fundo antes de, finalmente, entrar na casa, prometendo mostrar a cara, dar um rápido 'Olá' e depois sair. Sua mãe estava tendo uma festa de despedida grande e exigiu que sua filha viesse. Ela tentou recusar, mas sua mãe tinha um jeito com chantagem e culpa. Elas iriam ficar fora por um mês e, apesar de Demi estar relutante em admitir isso, sempre sentia saudades de sua mãe e sua tia quando elas estavam fora.
Demi atravessou a casa de sua mãe e foi direto para a porta dos fundos. Ela sabia o que esperar, nudez, sexo, toneladas de comida boa e bebidas de boa qualidade, as mesmas coisas que tinha visto na maior parte de sua vida. Já que Demi não bebia, comia alimentos de alto teor calórico ou fazia sexo, não sentia a necessidade de estar ali. Abriu as grandes portas traseiras para encontrar a festa que estava em pleno vigor e respirou fundo antes de caminhar para fora.
Ela se dirigiu diretamente ao ponto isolado à esquerda da área da piscina onde sua mãe estava, seu lábio com espasmos de irritação quando um grupo de mulheres seminuas chegou perto e tentou dizer Olá. Hoje não era o dia para quebrar a tradição, Demi fez o que sempre fazia, continuou passando por elas sem dizer uma palavra.
"Devonne", ela ouviu a voz de Natalie e não pode deixar de parar, a pequena mulher de cabelos platinados correu até ela, vestindo um biquíni escandaloso preto e branco de zebra. Quando Natalie estava perto, ela pegou Demi em um abraço apertado. Natalie sabia que Demi não era do tipo que gostava de abraços, mas ignorou o enrijecimento de seu corpo e abraçou-a de qualquer maneira. "Como tem passado, não te vimos durante toda a semana." Ela exclamou: "Você sabe que sua mãe fica desesperada quando você fica longe por muito tempo." Seu sorriso preenchido com o calor que emanava naturalmente.
"Eu tenho trabalhado muito."
"Sempre uma abelhinha ocupada." Ela parou o garçom andando e pegou um copo de champanhe para Demi. Natalie sabia que ela não queria beber, mas nunca parava de oferecer, esperando que um dia iria aceitá-lo. "Espero que você tenha vindo para se divertir e esquecer o trabalho por algum tempo." disse ela, embora sabia que não havia chance de Demi parar de pensar sobre o trabalho, mesmo em uma festa.
"Minha querida filha!" Demi ouviu a mãe chamá-la e foi na sua direção. Sua mãe queria algo mais privado para fugir de festas e montou uma bela sala de estar sob um gazebo grande e branco de ferro forjado. Havia várias espreguiçadeiras chaise branca grandes em veludo marrom-chocolate, almofadas com estampa de leopardo, vasos em forma de pérola, mesas e um buffet personalizado.
"Olá mãe." Ela viu a mãe se levantar da espreguiçadeira com a realeza de uma rainha.
"Onde você estava? Eu não vi você durante toda a semana" ela abraçou Demi como se não a tivesse visto em mais de dez anos antes de se afastar para olhar para ela: "Você está propositadamente tentando dar a sua mãe um ataque do coração, querida?"
"Ando muito preocupada com o trabalho." Demi explicou, embora soubesse que mencionar seu trabalho iria irritar sua mãe.
"Ugh, trabalhar, é sempre sobre o trabalho. Espere, hoje não é o seu dia de folga?" Dianna zombou.
"Sim."
"Então por que você estava no trabalho, em primeiro lugar?"
"Dianna." Demi precisava parar sua mãe antes que ela começasse, porque quando Dianna começava, era difícil fazê-la parar. Ela estava cansada de ouvir a opinião de sua mãe sobre o seu emprego e as horas extras que trabalhava.
"Pare de me chamar de Dianna." Ela fez uma careta.
"Então pare de me perseguir sobre como ganho a vida."
"Mas esse trabalho está matando você!" Dianna colocou a mão sobre o coração de forma dramática.
"Mãe."
"Sim, querida" ela fingiu inocência.
"Não comece."
"Começar? Moi?" Dianna bateu os cílios inocentemente.
"Sim, você." Pam disse quando veio por trás e, em seguida, abraçou sua sobrinha. "Oi querida, estou feliz que você esteja aqui." Pam foi uma segunda mãe para Demi toda sua vida e lhe tinha ensinado sobre as coisas que sua mãe se recusou a ser incomodada.
"Minha querida filha estava me pedindo para não mencionar o quanto a sua vida é voltada para o trabalho" ela exclamou, incapaz de manter a boca fechada sobre o assunto. "Quer dizer, na verdade, você trabalha 21 horas por dia e 7 dias por semana, você nunca tira um dia de folga."
"Eu não preciso de um dia de folga."
"Todo mundo precisa de um tempo para si!" Dianna objetou.
"Na verdade, com essa posição aberta, preciso de mais tempo."
Demi estava muito confiante sobre conseguir a posição de sócia, ela tinha analisado a concorrência e, na verdade, não havia nenhuma. O único que poderia ser páreo para ela era Joe. A posição deveria ter sido sua, mas ele estava muito ocupado estragando tudo para obtê-la. Agora, por alguma razão maluca, ele queria a posição, o que não era bom para ela. Só ele poderia ficar em seu caminho, ele era muito inteligente, afinal de contas, apesar de suas falhas e seu desejo sexual adolescente. Realmente, o homem era uma aberração da natureza, estava constantemente sendo pego com as calças arreadas e não se importava, ainda era capaz de ser um dos melhores advogados que conhecia.
"Como estão as coisas?" Pam perguntou com emoção, ela estava além de orgulhosa de Demi e suas realizações.
"Está entre eu e o filho do patrão." Ela franziu a testa.
"O horrível Sr. Joseph Jonas." Pam brincou.
"O repulsivo Sr. Joseph Jonas." Ela pegou uma cenoura da bandeja. "Você pensaria que seria fácil, considerando que o homem passa a maior parte do seu dia tendo relações sexuais com as secretárias, em vez de se concentrar no trabalho, mas ele provou ser bastante inteligente." ela balançou a cabeça, desejando que pudesse lançar Joseph Jonas fora do prédio.
"Então você sabe o que fazer para ganhar." Pam adorava abastecer a natureza competitiva de sua sobrinha.
"Pare de encorajá-la Pam!" Dianna abanou a cabeça, "Chega de conversa de trabalho! Eu gostaria de saber como foi seu encontro na semana passada."
"Qual encontro?" perguntou Demi.
"Você sabe muito bem qual."
"Ah, eu cancelei ele."
"Você o quê?" Dianna bateu com o copo de chá gelado para baixo e Demi viu quando gotas do líquido âmbar se infiltraram na toalha de mesa.
"Eu cancelei." Disse ela calmamente.
"Por quê?"
"Ele era estranho." Demi tomou um gole de chá gelado.
"Você nem sequer o conheceu!"
"Não, mas eu falei com ele no telefone." O desgosto de Demi era mais do que evidente em sua testa franzida.
"Só uma vez e foi menos de cinco minutos." Dianna lembrou.
"Confie em mim, era o tempo que eu precisava para descobrir que ele era um idiota obcecado por sexo." Demi balançou a cabeça em desgosto, "Realmente mãe, onde você encontra esses tipos?"
"Mas ele é filho de Grace Gerick."
"Bem, diga a Grace que seu filho é um pervertido e que ela deveria ter dito a ele que só porque minha mãe dirige um bordel, não significa que troco sexo por dinheiro."
"Eu vou arrancar a cabeça dele!" Dianna rugiu como um senhor Viking. Demi observava a fúria inflamar nos olhos de sua mãe, em seguida, virou-se para ver sua tia Pam mordendo o lábio, um hábito que ela tinha quando estava tramando uma vingança. "Depois de tudo o que fiz para a mulher e é assim que ela me paga?"
"Eu disse para você não apresentá-los!" Pam a repreendeu, estava cansada da intromissão de sua irmã na vida de sua sobrinha. Dianna precisava parar de tentar forçar um romance na garganta de Demi e deixar a natureza seguir seu curso. Demi era uma mulher bonita com um intelecto elevado e uma carreira de sucesso, ela iria encontrar um namorado quando estiver pronta.
"Violet!" Dianna gritou olhando para ela que em breve será sua ex-assistente pessoal. Violet estava provando ser mais adequada em outras partes do bordel.
"Eu te falei que havia algo estranho em Grace." Pam disse com irritação.
"Ela é um pouco excêntrica, mas não achava que seu filho era um pervertido arrogante."
Dianna estava chocada que Grace poderia gerar um cretino desrespeitoso.
"Bem, ele definitivamente é." Demi assentiu.
"E querida, você sabe que sua mãe não administra um bordel." Dianna corrigiu Demi.
"Bem, como você está chamando o barraco do sexo agora?" Demi respondeu observando Violet correr na direção delas com seus olhos claros cor de ametista e suas bochechas coradas na cor rosa quente.
"Sim?" Violet fungou ridiculamente.
"Eu quero que toda a família Gerick seja banida do estabelecimento", ela gritou e Violet assentiu enxugando uma lágrima de seu olho. "Qual é o problema?" perguntou Dianna, embora já tinha uma boa ideia do que estava errado.
"É Antônio," ela fungou mais alto "ele... ele terminou comigo!"
"Aquele Antonio que acabou de conhecer no mês passado?" perguntou Dianna com uma careta.
"Sim." ela respondeu.
"O mesmo por quem você estava chorando na semana passada, porque você descobriu que ele estava noivo?" Pam ergueu as sobrancelhas.
"Sim." Violet fungou.
"Então por que você está chorando? Você deveria estar grata." Pam perguntou com nojo.
"Porque eu o amo!" Violet chorou mais.
"Você pode comprar uma barra de chocolate no supermercado e conseguir os mesmos efeitos da reação química que você está chamando de amor." Demi informou.
"Eu não sei o que vou fazer sem ele." Gritou Violet descaradamente.
"Você estava muito bem no mês passado, antes de conhecê-lo." Pam lembrou.
"Mas eu preciso dele, eu não sei como viver sem ele." Ela chorou mais dramaticamente.
"Se você está tão desesperada por companhia," Demi se virou para ela com uma careta "e você não se importa em limpar merda, você deve apenas ter um cão, pelo menos você pode treiná-lo eventualmente."
"Vá lá pra cima e descanse querida, vou subir mais tarde e podemos conversar." Disse Dianna compassivamente enquanto Pam e Demi reviraram os olhos.
"Tudo bem." Violet ainda estava chorando enquanto se afastava.
"Eu fiz o cozinheiro assar o seu bolo favorito, caramelo com sorvete de baunilha." Dianna sorriu quando mudou de assunto "e tem chocolate quente e biscoitos frescos."
"Eu disse que não ia comer doces este ano." Demi respondeu.
"Eu pensei que era no ano passado e no ano anterior e no ano anterior." Disse Dianna sarcasticamente.
"E este ano também."
"Você precisa parar de privar-se de tudo que é bom." Dianna disse em frustração, não compreendendo a necessidade de sua filha em manter o controle.
"Bom? o que tem de bom em consumir 3.000 calorias?"
"Tem um gosto bom."
"Bem, isso não parece bom na minha bunda depois de eu comê-lo."
“Um dia você vai deliciar-se Demetria Devonne Lovato e não vai saber o que atingiu você." Dianna só não sabia que sua filha, era indiferente, controlada e indelicada. Demi também passou a ser imprevisível e não-maleável, na melhor das hipóteses, nada como a sua divertida e amorosa mãe e seu bando heterogêneo de sem-teto.
"Bem, isso não vai acontecer hoje."
"Oh, eu quase esqueci!" Dianna bate as palmas de excitação "Shelly e seu filho vem amanhã."
"Shelly Ono?" Pam pergunta em horror.
"Sim."
"Por favor, me diga que ela não vai voltar logo, não suporto aquela idiota indecisa." Pam estalou.
"O que você quer dizer? Nós não a vemos quase há dois anos."
"Eu sei! Isso não é muito cedo Dianna?" Pam protestou.
"Ela chega amanhã à noite e é melhor você ser boa, Pam." Dianna avisou a irmã mais nova.
"Besteira." Pam respondeu, com a intenção de ser boa para Shelly.
"Ela está trazendo seu filho, acredito que seu nome é Peter, acho que você deve conhecê-lo Devonne."
"Não haverá mais encontros." Demi se opôs imediatamente.
"Apenas este, juro que é o último!"
"Absolutamente não! E é verdade mãe!"
"Apenas um, Devonne." Dianna raramente chamava sua filha por seu nome do meio, era normalmente só quando queria alguma coisa ou estava tentando suavizar. Desde que ela se recusava a ser chamada de Demetria, Dianna em troca recusou-se a chamá-la de Devonne, optando por chamá-la de querida ou algum outro termo carinhoso.
"Se você me perguntar mais uma vez eu vou embora." Disse ela.
"Eu me preocupo com você." Dianna não se conteve.
"Não comece com isso." Ela balançou a cabeça, pronta para sair, "Eu tenho 26 anos, pare se preocupar comigo."
"Eu não posso acreditar que você me disse para parar de me preocupar com você Demetria, você é minha filha!" por outro lado, quando Dianna estava irritada com sua filha ela se referiria a ela pelo seu primeiro nome.
"Eu não posso acreditar no que você acabou dizer Dianna." Demi franziu a testa em desespero.
"Não me chame de Dianna!" Dianna gritou dramaticamente, como se Demi tivesse arrancado o coração de seu peito.
"Então não me chame de Demetria."
"Te dei esse nome por uma razão."
"Um motivo ainda desconhecido para mim.", Ela levantou-se, "Eu tenho que ir."
"Mas você acabou de chegar aqui!" Dianna lamentou: "E você sabe que nós estamos saindo de férias."
"Eu te ligo mais tarde." Demi disse antes de sair.
"Ela fica mais fria a cada ano." Dianna falou.
"Ela não é fria, ela é direcionada para o trabalho e não há nada de errado com isso."
"Nada de errado? Ela tem 26 anos e não só nunca teve um encontro, como parece odiar o sexo oposto!"
"O que você esperava? Nós a criamos para evitar os homens."
"Nem todos os homens, apenas os clientes."
"Como ela poderia saber a diferença, principalmente nessa idade?" Pam sacudiu a cabeça, desejando que ela tivesse uma máquina do tempo para voltar alguns anos e recriar Demi.
"Se eu soubesse o que sei agora." Dianna fungou dramaticamente "É minha culpa."
"Não é sua culpa, ela está trabalhando duro para realizar seu sonho, ela simplesmente não tem tempo para uma relação."
"Será que eu nunca terei netos?" Soluçou dramaticamente, segurando o cachecol de leopardo em seda nos seus olhos "É pedir muito? É este o meu castigo por criá-la em um bordel? Eu nunca quis magoá-la, só queria dar-lhe as coisas que nunca tive, mas ainda assim ela me odeia!"
"Ela não te odeia, apenas ficou brava porque você a chamou de Demetria1, você sabe que ela odeia esse nome."
"Eu deveria ter apenas nos livrado de todos os problemas e a nomeado de Hell2." Dianna gritou antes de sair correndo chorando, seus robes de seda fluindo atrás dela e enfatizando sua exibição dramática. Pam revirou os olhos e pegou um copo de chá gelado, aproveitando o silêncio repentino.

1 Demetria – tradução livre: Céu
2 Hell – tradução livre: Inferno

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29.9.14

Capítulo Quatro (1/2)






Açúcar, Pimenta e qualquer coisa agradável

Miley Cyrus se aproximou de suas colegas secretárias, que estavam usando o corredor para perseguir Joseph Jonas. Na hierarquia das secretárias no escritório, Miley se considerava a principal. A única que se atrevia a competir com ela por seu título era Juliette, que estava sob a falsa crença de que trabalhar para Liam a fazia o peixe grande na lagoa do secretariado. Miley riu de suas débeis tentativas para ser rainha, apesar do comportamento excessivamente confiante de Juliette, ela era muito insegura.
"Bem, olha quem finalmente decidiu aparecer para o trabalho hoje." Juliette zombou de Miley.
"E olha quem só aparece para o trabalho para perseguir o irmão de seu chefe." Miley retrucou.
"Lá vem ela." O aviso de Adele parou a briga das mulheres quando todas olharam para cima para ver Demetria Lovato andando pelo corredor, em linha reta em direção a elas.
"A bruxa malvada do Oeste." Juliette sussurrou e Adele deu uma risadinha, sempre se divertia com os comentários humilhantes sobre a senhorita Lovato. Adele sempre foi intimidada por Demi, mas quando sua amiga Lake foi demitida, seu medo tinha se transformado em ressentimento.
Miley por outro lado, não achava que o comentário de Juliette era engraçado, mas, novamente, sentiu que Juliette era mal-humorada e sem caráter. A partir do ácido olhar permanentemente gravado em seu rosto com o tom gracioso em sua voz, Juliette era desagradável na melhor das hipóteses.
"Estamos no Leste" Miley a corrigiu.
"Então!" Juliette retrucou, irritada: "Você entendeu a razão."
"Você está com ciúmes porque ele dá mais atenção a ela do que a você." Miley a antagonizou.
"Você está maluca Miley? Joe odeia a Srta. Lovato e você sabe disso."
"É verdade, mas ainda é um sentimento, que é mais do que ele tem para você." Ela sorriu presunçosamente "Nós somos apenas diferentes, eu acho, eu prefiro tê-lo gastando seu tempo me odiando do que não me notar. Deve doer ser tão insignificante." Ela terminou, falando a última palavra, enquanto Demi estava chegando perto. Demi se aproximou e Juliette transformou os cantos da boca para cima em um sorriso mais falso que podia conseguir.
"Bom dia, Srta. Lovato" Juliette sorriu, olhando Demi acenar secamente com a cabeça, enquanto passava pelas secretárias, sem se preocupar em diminuir seu ritmo.
Se tivesse que escolher quem Juliette mais odiava no escritório, mesmo mais que Miley, teria de ser a Srta. Lovato. Miley não era nada mais do que uma insegura, uma cadela ciumenta aos olhos de Juliette, por isso era fácil ignorá-la. No entanto, a Srta. Lovato, era um vadia poderosa e um pé no saco.
A Srta. Lovato tinha chegado ao escritório com vitalidade e tinha desestruturado tudo desde então. Ela era a favorita do chefe e todos sabiam disso. Ela estava sendo orientada para ser a melhor e Paul passou o primeiro ano aconselhando-a e ficando como um papai orgulhoso enquanto ela ganhava caso após caso. Poderia ter sido o arranjo perfeito se não fosse por um pequeno problema, o filho do patrão e a sua protegida. Eles se odiavam em todos os sentidos da palavra, ódio tão profundo que isto conseguia fazer com que todos no escritório ficassem nervosos. Todos os funcionários estavam pisando em ovos quando um novo caso aparecia, eles sabiam que Demi e Joe iriam transformar o escritório em seu campo de batalha pessoal. Demi era conhecida por mandar à secretária de Joe falsos recados, desligando seu telefone do escritório e removendo os cartuchos de tinta da sua impressora. Joe, por outro lado, teve relações sexuais com as últimas três secretárias em retaliação. Era por isso que Juliette estava tão aliviada quando a nova secretária de Demi tinha chegado, ela era casada com filhos e obviamente não era o tipo de cometer adultério.
"Onde ela está indo com tanta pressa?" Adele perguntou observando Srta. Lovato sair do escritório.
"Ela tem o dia de folga hoje." Juliette disse, sabendo a maioria dos horários dos empregados. "Ela não tem vida, é claro" ela sorriu presunçosamente "por isso está sempre aqui, mesmo em seus dias de folga."
"Você não sabe disso." Miley protestou, não para defender Srta. Lovato, mas para discutir com Juliette.
"Eu não preciso saber, é um fato, basta olhar para ela" Juliette franziu a testa, "ela é um solteirona."
"Srta. Lovato não é solteirona e você sabe disso." Miley disse, desta vez estava defendendo a Srta. Lovato. Claro, ela era uma super-cobra com uma língua venenosa, mas estava longe de ser uma solteirona, não importa quão duro tentasse ser.
"Eu quis dizer que ela se veste como uma." Juliette abanou a cabeça: "Você pode dizer apenas pelo modo como ela se veste que ela provavelmente está a caminho de sua casa sozinha para alimentar seus vários gatos."
"Que diabos os gatos têm a ver com isso?" perguntou Miley.
"Você não tem alguns gatos Juliette?" perguntou Adele com inocência fingida, sabendo muito bem que Juliette tinha um.
"Não, ao contrário de você Adele, eu não acumulo felinos, tenho apenas um."
"Juliette tem uma imagem de um felino sarnento em seu armário." Comentou maliciosamente Miley inflamando o temperamento de Juliette.
"É melhor do que a imagem daquele pequeno cão do inferno que você tem em seu armário." Juliette latiu para Miley, apesar de seu comentário sobre os gatos, Juliette adorava seu gato Felix.
"Não, você não pode apenas chamar meu precioso Pierre de 'cão do inferno'." Miley disse defensivamente, seu pincher era como seu filho: "Pelo menos eu não tenho uma foto de um homem que nem sabe que existo escondida na parte de trás do meu armário."
"Eu não tenho!" Juliette protestou, perguntando-se como Miley sabia "você soa tão patética e com ciúmes quando você faz acusações falsas como essa senhorita." Juliette disse, em seguida, virou-se e saiu fora.
"Será que ela realmente tem?" O olhar de Adele se iluminou.
"Ela com certeza tem." Miley respondeu antes de sair da sala de Adele com um sorriso vingativo no rosto.


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Amores, vocês podiam comentar mais né? Vocês só comentam quando querem algo, é incrível! Eu estava muito animada pra começar essa fic, pois realmente a acho esplêndida, mas essa falta de comentários vai desanimando. Juro que pensei seriamente em não postar, esperar até vocês se manifestarem em massa. Só não fiz isso porque não acho justo com a Vi, a Lua, a Cassia e a Katielly, que estão sempre comentando. Enfim, não se preocupem, eu não vou parar de postar, mas colaborem pra me animar, pra me deixar com vontade pra fazer maratona, etc.. Esse capítulo era maior, mas eu o dividi em dois, afinal vocês devem cansar de ler um capítulo tão grande, e enquanto não comentarem, vou continuar dividindo os caps, assim o que poderiam ler em um dia, lerão em dois. E me desculpem quem não precisam ler isso, amo vocês. Amanhã posto outro, beijos

28.9.14

Capítulo Três






A história começa

Houve um rebuliço no escritório de advocacia Jonas. Todos os advogados estavam participando de uma cobiçada seleção secreta para tornar-se sócio. Felizmente, o amado Sr. Arthur Jacobi, um sócio de longa data do escritório e um dos amigos mais próximos do chefe, estava se aposentando depois de uma longa e bem sucedida carreira. Tinha comprado uma casa no norte, onde ele e sua nova esposa, Lena, sua ex-secretária de 20 anos, viveriam o resto de seus dias.
Embora comparecessem não havia um olho seco do edifício em sua festa de despedida, foi tudo tão rápido. A maioria deles estava feliz em vê-lo se aposentar, sua aposentadoria significava que havia um lugar livre no topo e cada um deles o queria. A guerra para quem prevaleceria tinha começado antes mesmo que o homem tinha oficialmente deixado o cargo e só se intensificou depois de sua partida.
Fora todos os advogados, só Paul Jonas estava realmente triste por vê-lo ir embora, todo o resto estava ansioso para que Arthur fosse embora. Paul não ficou impressionado com as táticas de guerra que seus funcionários estavam usando, ele viu tudo que tentaram esconder, viu a felicidade deles tão bem como sua ganância e ficou revoltado por isso. Analisou cada um deles e depois de uma inspeção rigorosa reduziu para três: Joseph Jonas, Demetria Lovato e Sampson Gold. Embora Joe estivesse na liderança, ele não estava fazendo nenhum esforço para ter sucesso e estava jogando fora seu talento sozinho.
Paul ficou um pouco atormentado com Joe e sua falta de foco na posição. Ele poderia dizer que estava tentando, mas suas tentativas eram menores. Seu filho era um gênio e tinha o dom quando veio para o direito, mas Paul temia que ele estivesse muito focado em seu apetite sexual para ser capaz de atingir seu pleno potencial.
Joseph Jonas tinha feito sua residência permanente na suíte do hotel que agora possuía. Havia comprado o prédio em um acaso e rapidamente percebeu o quão lucrativo poderia se tornar. Um amigo de Joe estava passando por dificuldades financeiras e não conseguiria erguer a cabeça de novo, ele vendeu seu hotel para o maior lance.
A tinta não tinha secado no cheque quando Joe começou a trabalhar em seu novo projeto. Ele manteve a equipe na folha de pagamento, enquanto fazia suas reformas e contratou uma equipe de designers para redecorar a construção desde seu exterior frágil até seu interior com mobiliário desatualizado.
Tinha se provado ser inestimável para ele por muitas razões, principalmente porque era muito próximo do escritório e de sua casa principal. Também oferecia um serviço de manobrista e sempre tinha seu carro esperando por ele quando estava pronto para o trabalho. Aproveitou sua estreita proximidade, especialmente em dias como hoje, quando ele já estava atrasado para o trabalho, mas aconteceu de topar com uma amiga irresistível.
"Droga!" Joe xingou quando olhou para o relógio, vendo que estava trinta minutos atrasado para o trabalho. Isso significava um acréscimo de 10 minutos de trânsito no caminho para o escritório e pelo menos mais cinco minutos antes de terminar com Mackenzie, a amiga irresistível que ele tinha se deparado.
"Empine sua bunda." Joe disse a Mackenzie enquanto agarrava seus quadris e empurrava seu pau furioso nela por trás.
Ele fez um esforço para se levantar cedo e estar em seu caminho para o trabalho bem antes do horário. Ainda teve tempo suficiente para parar no café do outro lado da rua do hotel. Foi ali que cometeu seu erro, não tinha percebido que uma de suas parceiras sexuais ocasionais era uma funcionária nova da loja. Ele não via Mackenzie há mais de um ano e ficou agradavelmente surpreso ao vê-la melhor do que nunca. Ela tinha engordado um pouco, o que ajudou a preencher suas curvas suaves. Ele sempre teve uma fraqueza por curvas, com certeza amava todas as mulheres, mas um bom conjunto de curvas poderia deixá-lo de joelhos.
Aconteceu então que, no mesmo momento em que chegou, Mackenzie estava em seus 15 minutos de intervalo. Quando ela tirou uma caneta para anotar seu número, fez a única coisa que poderia distraí-lo de sua missão para chegar ao trabalho na hora certa, ela se ofereceu a ele.
Como poderia recusar? Ela era incrível quando se tratava de sexo, toda aquela ginástica e aulas de teatro tinham realmente trabalhado a seu favor. Não só ela era flexível, mas também gostava de recitar versos de seus filmes pornográficos favoritos.
Menos de 30 minutos depois, estava transando com ela no banheiro do hotel, indisposto a perder tempo para ir ao seu quarto. A emoção de suas curvas tinha rapidamente esgotado, deixando-o entediado e pronto para terminar a ação. Ele empurrou dentro dela uma última vez antes de tirar e prontamente retirar o preservativo, arrumou seu terno e, em seguida, dirigiu-se para a porta.
"Você promete me ligar desta vez, Jonas?" Ela perguntou, mas Joe apenas sorriu antes de deixar o banheiro.
Joe corria pelas ruas como um piloto de corrida profissional, conseguindo evitar todos os sinais vermelhos em seu caminho. Ele já podia ver o olhar de decepção que teria de enfrentar de seu pai quando seu próprio filho, mais uma vez, chegava atrasado para o trabalho. Normalmente Joe não se importava de chegar atrasado, ele voltaria ao escritório para seu próprio lazer, mas agora estava tentando se tornar um sócio do escritório. A partir de agora, só podia ganhar por seu talento, já que era muito profundo em seu próprio pessoal deboche para dá-lo tudo.
Havia outro jeito para Joe, por um lado, ele era um gênio talentoso que vinha de uma longa fila de advogados poderosos, geração após geração de advogados talentosos que tinham passado seus cobiçados genes diretamente a ele. Tinha a composição genética perfeita para ser o melhor em seu ramo, infelizmente, seus caminhos escandalosos eram uma distração para seu talento cru. Tanto quanto amava sua carreira, amava bem mais uma coisa: sexo.
Foi o primeiro a admitir que tinha um problema, tinha um vício pelo sexo oposto que era inabalável. Para ele, todas as mulheres eram bonitas e tinha um profundo apreço por suas diferenças. Amava todos os diferentes tamanhos, formas e tons de pele que as mulheres do mundo lhe ofereciam. Toda mulher era diferente, de modo que cada mulher adicional que trouxe para cama era um novo nível de conhecimento para o jogo do sexo para ele.
No entanto, tanto quanto amava as mulheres como um todo, nunca havia amado uma individualmente. Alguns o achavam um mulherengo considerando que tinha estado com inúmeras mulheres, mas nunca em um relacionamento. Ele não podia discordar. Mesmo que houvesse um longo rastro de corações quebrados pelo caminho, não tinha feito intencionalmente. Nunca tinha sido sua intenção de levar qualquer um, ele só pegava o que lhe fora oferecido e esperava o mesmo em troca. Não que fosse contra a monogamia, mas a ideia nunca tinha sido atraente para ele.
Ele ainda tinha que encontrar uma mulher com quem quisesse ficar mais de cinco minutos depois que terminasse de fazer sexo com ela. No entanto, não foi por falta de tentativa, tinha se deparado com algumas mulheres que tinham sido espetaculares na cama, teria gostado de mantê-las por mais tempo. Nada daquilo havia sido nada mais do que algumas noites de conversas forçadas e não podia forçar-se a se interessar por algo que não era.
Ele não era como seu irmão mais velho, Liam, que estava satisfeito com o seu miserável casamento sem amor e sua esposa conivente. Joe queria algo mais e ficaria feliz em permanecer solteiro até que encontrasse a mulher que atendesse seus critérios específicos.
Juliette West ficou ao lado da porta da sala de café fofocando com duas das outras secretárias da empresa, Reese Bradley e Adele Evans. De repente, ouviram o elevador abrir as portas e as três mulheres sentiram uma onda de entusiasmo vertiginoso através delas. Elas sabiam exatamente quem era, apenas um advogado no escritório se atreveria a chegar tão tarde para o trabalho.
Elas imediatamente se prepararam, Juliette tirou um pequeno espelho para verificar sua maquiagem enquanto Reese ajustava seu abundante decote de sua camisa rosa. Adele pegou o spray bucal em sua bolsa, em seguida, pulverizou o líquido em sua boca enquanto Juliette franzia o cenho para ela.
"Você realmente acha que ele vai estar perto o suficiente para sentir seu hálito?" Juliette sussurrou.
Elas rapidamente terminaram e depois ficaram em silêncio, esperando que ele entrasse. As portas se abriram e o objeto de sua afeição correu, o Sr. Joseph Jonas, que, como de costume, passou por elas sem sequer olhar em sua direção.
"Droga, ele parece incrível hoje." Reese gemeu quando o viu ir embora.
"Ele parece incrível todos os dias." Juliette disse com irritação. No começo, competir com suas colegas de trabalho pela atenção de Joe tinha sido emocionante, mas agora já não era divertido. Ela tinha começado a odiar o fato de que gostava dele e queria a cabeça dessas cadelas em uma bandeja. Por enquanto, tinha que manter as aparências, recusava perder seu emprego e arriscar não ver Joe diariamente e lutar com essas vagabundas. Às vezes, uma menina tem que manter seus inimigos por perto, pelo menos se ela mantiver civilidade e prender as falsas amigas as regras, ela sempre sabia o que elas estavam fazendo.
"Eu o amo com esse terno." Adele disse incapaz de tirar os olhos de Joe ao vê-lo falar com seu irmão Liam.
"Você o ama com todos os ternos." Juliette disse revirando os olhos para a mulher tola. Todo dia Adele falava a mesma coisa, em seguida, ela iria complementar a cor de sua roupa e depois falar sobre seu cabelo. A idiota estava sempre sem palavras e nunca tinha nada interessante para adicionar à conversa.
"O que acontece é que ele fica bem em todo terno que usa." Adele disparou de volta para ela. "E eu particularmente adoro ele nessa cor, eu amo azul marinho." Ela ronronou e Juliette zombou.
"Não é azul marinho, é um azul mais escuro e seu terno é, obviamente, carvão." Juliette franziu os lábios.
"Não, não é, o carvão tem um tom mais amarronzado e o azul marinho é mais puxado para o azul escuro, aquele terno é definitivamente azul noite." Adele objetou.
"Você é daltônica, não tem nenhum tipo de azul naquilo." Juliette disse em repulsão e em seguida, rapidamente sorriu quando viu Joe parar para falar com seu irmão.
"Eu me pergunto o que está acontecendo." Reese disse, sabendo que a única vez que Joe falava com seu irmão era quando algo estava errado.
"Eu sei exatamente o que está acontecendo." Juliette sorriu. Ela tinha o privilégio de ser a secretária de Liam, o que significava que era sempre a primeira, a saber, o que estava acontecendo com Joe.
Joe caminhou pelo corredor, vendo seu irmão mais velho Liam ali esperando por ele com um sorriso de merda no rosto. Joe franziu a testa, ele teve uma longa noite com Taylor, depois o encontro matinal com Mackenzie e estava muito cansado para lidar com qualquer besteira de seu irmão agora. Tudo o que queria fazer era tirar um cochilo no sofá de seu escritório e em seguida, levantar-se e terminar seu trabalho.
"O que foi Liam?" Joe perguntou e o tédio em seu tom não foi perdido por seu mais velho irmão.
"Papai precisa vê-lo imediatamente." Liam respondeu secamente, tentando manter a cara de paisagem, mas sua alegria se arrastou através de seus olhos silenciosamente sorrindo.
"Considerando que você está sorrindo, deve ser ruim." Joe virou-se e voltou para o refeitório, o café não podia esperar, mas o cochilo seria preciso. Não seria capaz de ter um encontro com seu pai, sem fechar os olhos, se não colocasse alguma cafeína em seu sistema.
As três secretárias se acalmaram instantaneamente quando Joe parou de falar com o seu irmão e começou a caminhar de volta para elas. Elas viram quando ele passou por elas, sem dizer uma palavra, enquanto continuava na cafeteria.
Juliette sorriu de orelha a orelha, em seguida, virou-se e foi atrás dele. Ambas, Reese e Adele, se entreolharam, sabendo exatamente o que ela iria fazer.
"Que vadia." Reese disse com uma careta e Adele levantou as sobrancelhas antes de entrar no refeitório, decidindo que precisava de uma xícara de café fresco. Caminhou até a pia e jogou toda a xícara de café quente que tinha feito pelo ralo. Então começou a caminhar ao longo da cafeteira, onde Joe estava acertando sua dose diária de cafeína. Antes de fazê-lo, Juliette pegou a bandeja de biscoitos de chocolate e os trouxe para Joe. Ela sabia que era seu deleite favorito e comprou para Joe.
"Eu fiz alguns biscoitos para o pessoal à noite passada." Juliette ronronou e Joe sorriu antes de pegar alguns biscoitos. Adele e Reese reviraram os olhos, sabendo muito bem que ela não tinha feito esses cookies, Juliette não sabia ferver água, muito menos fazer uma sobremesa.
"Justo o que eu precisava." Ele sorriu e então piscou antes de se virar e sair da cafeteria. Ao sair, ele caminhou por Reese e deu-lhe um simples aceno de cabeça. Era tudo que ela precisava, ela entrou na cafeteria exultante.
"Ele sorriu para mim." Ela murmurou.
"Ele não sorriu, acenou com a cabeça." Juliette foi rápida em corrigi-la.
"Ele sorriu e acenou com a cabeça."
"Ele não fez isso." Juliette zombou.
"Eu não o vi sorrir." Adele balançou a cabeça.
"Ele sorriu." Reese olhou para Juliette.
"Bem, se ele fez isso é só porque você mostrou seus seios para ele." Juliette zombou dela acusadora.
"Eu não mostrei meus seios para ele." Reese objetou.
"Sim, você fez Reese." Adele concordou.
"Claro Juliette, assim como a única razão pela qual ele não vai flertar com você é porque você é a secretária de seu irmão." Reese disse sarcasticamente, nunca comprou essa teoria.
"Isso é verdade e você sabe disso." Juliette apontou para ela.
"Você que deseja Juliette." Foi a vez de Adele revirar os olhos. Ela não podia suportar tanto dessas cadelas presunçosas! Claro, elas eram um pouco divertidas e gostava de discutir com elas, mas mais do que isso ela desprezava as duas. No entanto, amava seu trabalho e sabia que a feroz Juliette iria jogá-la debaixo de um ônibus em um segundo se cruzasse com ela, então foi forçada a sofrer com a sua companhia todos os dias.
Joseph Jonas devorou seu último biscoito quando entrou no escritório de seu pai e foi direto para a cadeira de couro em frente à sua mesa.
Paul estava sentado atrás de sua mesa, o olhar severo no rosto deixando Joe saber que era mais do que uma infração menor neste momento. Seu irmão mais velho Liam sentou-se à sua direita, como o desleal cachorrinho que tinha dedicado sua vida para ser. Liam estava emocionado e ansioso para ver Joe ser repreendido, gostava de ver seu irmão falhar. Joe quase riu da tentativa patética de seu irmão de se vangloriar, Liam parecia mais desesperado e em seguida, confiante.
"O que foi?" Joe perguntou a Paul que em troca fez uma careta.
"Outro vídeo chegou esta manhã." Seu pai disse apontando para o grande envelope na beira da mesa. Joe franziu a testa enquanto pegava, já sabia o que estava lá dentro. "Você tem que parar Joe." Havia um apelo de advertência raivosa de seu pai.
"Eu vou." Joe respondeu enquanto pegava o envelope. Com toda honestidade, Joe era experimental quando se tratava de sexo e era sempre aberto a tentar coisas novas, mas traçou uma linha com filmagens. Ele era um advogado de defesa conhecido e vinha de uma empresa poderosa, ele não queria sujar a reputação íntegra de sua família com a evidência de seus atos temporários da depravação.
"Ele está mentindo." Liam entrou na conversa e Joe olhou para ele. "Disse a mesma coisa depois de ser pego na última vez fazendo sexo com a Srta. Lake no elevador e tempos antes quando foi pego fazendo sexo na sala de descanso."
"Quem?" Joe virou-se para ele.
"Srta. Lake, a ex-secretária da Srta. Lovato, que você teve relações sexuais no elevador. No entanto, é a Srta. Score, atual secretária da Srta. Lovato, que está nesse novo vídeo com você, tendo relações sexuais no estacionamento." ele fez uma careta de desgosto. "Ou devo dizer logo: ex-secretária da Srta. Lovato, soa familiar agora?"
"Não" respondeu ele e para desgosto de Liam, Joe parecia mais entediado do que com raiva.
"Você está me dizendo que não sabe nem o nome delas?"
"Eu deveria?" Joe perguntou pronto para jogar a mesa de seu pai contra o irmão.
"Isso é nojento Joe." Liam disse com os dentes cerrados, "Você não tem vergonha?”
"Por que deveria?" respondeu ele, em seguida, virou-se para seu pai, "Além disso, eu mantive minha palavra, não tive relações sexuais com esta última secretária no elevador, a levei para os arredores do estacionamento."
"Você ainda está no escritório de seu pai, mostre algum respeito." Liam fez uma careta e Joe fez tudo para não levantar e socar seu irmão em sua grande boca gorda. Se fosse qualquer outra pessoa ele já teria começado a balançar, mas sabia que era o que Liam queria. Acima de tudo, o propósito principal de Liam na vida era ajudar seu irmão a falhar.
"Isso é o suficiente Liam." Paul avisou.
"Você vai deixá-lo fugir com isso de novo?" Liam ficou horrorizado e cansado de ver seu pai deixar Joe se safar em tudo.
"Por que você está tão bravo Liam?" perguntou Joe, um olhar complacente se espalhando por todo o rosto. "É realmente, porque eu fiz isso na propriedade do papai, ou você está bravo porque comi a Srta. Score antes de você ter a chance?"
"Como você se atreve! Eu sou um homem casado" ele assobiou.
"Se você chama isso de casamento."
"Como é que é?"
"Não se esqueça, cada vez que sua esposa fica com raiva de você, ela faz com que a sua vida sexual, ou a falta da mesma, seja de conhecimento público. Você tem todos os motivos para ter ciúmes."
"Eu não estou com ciúmes, você é um cretino Joe! Você é um explorador obcecado por sexo, trata as mulheres como cães e mija em seus corações!" Aos olhos de Liam, seu irmão era um degenerado, capaz dos mais loucos atos. "Você nunca vai encontrar o amor, você nunca mais vai se acalmar e nunca vai se comprometer com sua carreira. Não tenho nada para ter ciúmes."
"Então você está com ciúmes porque sou melhor no seu trabalho que você e não tenho que trabalhar tão duro?" ele perguntou e Liam ficou puto. Ele costumava se orgulhar de seus irmãozinhos inteligentes, mas em algum lugar ao longo dos anos, tinha se transformado em inveja, embora nunca fosse admitir, nem mesmo a si próprio.
"Chega!" Falou seu pai, cansado da rixa de seus filhos, sabendo que era culpa de sua esposa por essa rivalidade.
"Então prove José" Liam usou o apelido que sabia que seu irmão desprezava. "Consiga a promoção e se torne um sócio por direito, se você puder."
"Estou pensando nisso irmão, e depois que eu ganhar, pegarei a sua posição."
"Isso é o suficiente!" Seu pai gritou, batendo com o punho na mesa, ganhando tanto da atenção dos filhos. "Liam, saia." Ele exigiu e Liam olhou para seu irmão sorridente quando deixou o escritório. Assim que a porta se fechou atrás dele, Paul assistiu Joe relaxar um pouco.
"Você precisa ser mais responsável", seu pai falou livremente, agora que eles estavam sozinhos, "Você comprou um hotel não muito longe do escritório, mas continua fazendo sexo aqui. Você está com quase 31 anos e nunca teve um relacionamento com uma mulher, não é hora de pensar em se estabelecer com um filho pequeno?"
"Você está usando o meu vídeo de sexo como uma oportunidade para promover um casamento?" Joe ergueu a sobrancelha.
"Isso não pode acontecer novamente." Paul sacudiu a cabeça, o olhar de decepção no seu rosto estava deixando Joe desconfortável.
"Não vai."
"Você já disse isso mais de uma vez."
"Honestamente, eu não queria que isso acontecesse como da última vez, estava tentando sair do escritório, mas ela estava...", parou percebendo que não podia explicar a seu pai que a secretária acabou por ser animalesca e ninfomaníaca, que se recusou a tomar um não como resposta. Já havia tentado com todas as suas forças resistir, mas no final, ele sucumbiu. "Simplesmente não foi possível. Isso não vai acontecer novamente."
"Você disse isso da última vez." Paul ergueu a sobrancelha da mesma forma que seu filho fazia.
"Não é desculpa, mas a levei para os arredores, porque não estava ciente das novas câmeras de segurança no final do estacionamento." explicou Joe. Paul ouviu seu filho e ficou surpreso que pudesse entender a situação de Joe. O fato de seu filho obcecado por sexo esperar até que estivesse quase fora da propriedade falou muito para Paul. Principalmente considerando que Joe nunca conseguia esperar por qualquer coisa que queria.
"Não há câmeras de segurança onde vocês estavam e este vídeo não é de qualquer uma das nossas câmeras, isso parece com uma filmadora portátil."
"Você está me dizendo que alguém realmente me filmou?"
"Sim." respondeu Paul.
As duas primeiras fitas foram gravadas a partir de câmeras de segurança do escritório e poderiam ter sido facilmente enviadas por um dos seguranças que estavam fazendo seu trabalho. No momento, nenhum deles tinha mesmo considerado que alguém estava lá para sabotar Joe, até outras coisas estranhas em torno da empresa terem começado a acontecer.
"Quem?" Perguntou ele, o pensamento de alguém o seguindo o deixou furioso.
"Poderia ser qualquer um" Paul encolheu "Tão simples como uma ex-amante desprezada ou mesmo um amargo colega, não tenho ideia. Mas é por isso que preciso que você pare, alguém está obviamente aí fora para explorar seu..." ele limpou a garganta, pensando na palavra apropriada, sem ser grosseiro 'Delito' "Eu preciso que você preste um pouco mais de atenção ao seu redor.”
"Eu vou." Disse ele, odiando o modo como seu pai o fez se sentir como se estivesse alheio ao que estava acontecendo ao seu redor. Talvez ele estivesse, estava ocupado demais fazendo sexo e trabalhando, para prestar atenção a qualquer outra coisa.
"Sem sexo no local."
"Isso não vai acontecer novamente."
"É melhor não." Paul repreendeu-o, obviamente revoltado com ele mais uma vez.
Joe saiu do escritório de seu pai e deu uma boa olhada ao redor do escritório, percebendo que alguém aqui poderia muito bem estar lá fora para pegá-lo, tentando sabotar sua carreira. Mas quem era?
Amantes desprezadas? Ele tinha muito dessas, no escritório só havia Lila Strain, uma das duas advogadas mulheres. Tinha dormido com ela na primeira semana que tinha vindo para o escritório. Ela era uma gata selvagem na cama e poderia até mesmo ter prolongado as escapadas sexuais em mais algumas sessões, se seu irmão não tivesse descoberto. Ele teve que terminar com ela. Explicou-a que seu irmão sabia e se seu pai descobrisse ela seria demitida, mas ela não tinha sido amável com a notícia em primeiro lugar e jurou vingança. Ele riu de sua tentativa de coerção, o que a enfureceu ainda mais. Na semana seguinte, depois de perceber que suas ameaças eram ineficazes, ela voltou a tentar conquistá-lo. Fazia comentários sugestivos e convites explícitos desde então, falando que sempre o receberia de volta quando estivesse pronto. Joe nunca tinha sido o tipo perdoável e não tinha escrúpulos em eliminar alguém da sua vida.
Em seguida, havia Sampson Gold, há três festas de Natal da empresa sua amada esposa havia se embebedado e se ofereceu a Joe na sala de descanso. Joe a tinha dispensado, não estava disposto a ter um caso com a esposa de seu companheiro, especialmente um advogado de primeira linha como Sampson. Nenhum deles sabia que Sampson estava atrás da porta escutando, até que ela saiu e o viu espreitando. As lágrimas nos olhos de Sampson falaram muito e ele tinha ficado distante na melhor das hipóteses desde aquela noite.
Por outro lado, talvez tenha sido a secretária de seu irmão, Juliette West, sua obsessão por ele parecia extrema para ser real. Na ocasião, ele se perguntou se ela estava a trabalho de uma missão secreta para conhecê-lo. Claro, que a missão seria financiada e liderada por seu irmão.
Então, é claro, havia Liam, Joe sabia, sem sombra de dúvida, que se alguém no escritório o odiava o suficiente para sabotar sua vida, era seu próprio irmão.
Em seguida, havia Gavin Grant, outro colega advogado, uma cara de bonzinho que parecia falsidade, apesar que sua grande covardia, fazia dele o menos suspeito
Então lá estava a Srta. Lake, a mulher com quem ele tinha sido flagrado fazendo sexo no elevador. Essa situação toda tinha saído pela culatra para ele, ele só fez sexo com ela para se vingar de MS. Lovato por enviar sua secretária pela cidade toda em uma falsa missão, em um dia que ele precisava dela. Depois de saber das escapadas sexuais no elevador, Srta. Lovato prontamente fuzilou a moça. Nesse ponto, a senhorita Lake correu ao escritório de Joe em lágrimas, pedindo-lhe para forçar a Srta. Lovato a reconsiderar. Ele explicou que não havia nada que pudesse fazer e a Srta. Lake jurou vingança antes de ser escoltada para fora do escritório.
O que o levou diretamente para o mais suspeito de todos eles, a Srta. Demetria D. Lovato. Ela era uma advogada de alto nível e com apenas 26 anos, uma verdadeira força a ser reconhecida na sala do tribunal. A mulher tinha um jeito com as alegações finais que fazia com que a maioria dos advogados parecesse incompetente em comparação. Ela também tinha um comportamento astuto, poderia persuadir o diabo a acreditar em toda mentira que escolhesse contar. No entanto, apesar de sua reputação de ouro, ela também passou a ser a maior vadia que ele já teve o desprazer de conhecer. Ela era excessivamente competitiva, agressiva e nada feminina de uma forma que não poderia pessoalmente compreender. Ela também o odiava tanto quanto a desprezava e eles tinham lutado caso após caso desde que foi contratada. Ela era perigosamente ambiciosa, o suficiente para destruir qualquer pessoa que estivesse em seu caminho.
Tinha motivos para acreditar que era a Srta. Lovato.


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Meninas, o que acharam do show de ontem? Eu estou tão orgulhosa da Demi, ela sempre quis performar no Staples Center, e conseguiu, com a arena lotada! Sobre a participação do Joe, eu juro que surtei, fiquei paralisada, sem exageros, eu tava tremendo e tipo, muito, muito feliz. É muito gratificante saber que eles continuam se dando bem e que superaram o passado. Pena que alguns Lovatics não amadurecem nesse sentido e, como se nunca tivessem sofrido por amigo/namorado e depois perdoado, guardam um ódio profundo do Joe, mesmo sem saber como ele e a Demi se sentem, além do que a mídia expõe, é claro.. Enfim, eu continuo feliz e em choque, haha, nunca vou superar isso. Voltando ao capítulo, o que acharam? Quem está sabotando o Joe? Amanhã tem mais, beijos