MESMO CONHECENDO o poder do sexo como conhecia, Joe ficou chocado
com a intensidade com que reagiu ao prazer de Demi. Seu membro, já rígido e
úmido por causa das secreções dela, estava dolorosamente inflado. Ele precisava
possuí-la. Agora.
Ele levou a mão à boca, lambendo a essência dela de seu dedo.
– Deliciosa – murmurou ele, quando os olhos dela turvaram.
Torturando a ambos, ele ficou de pé. Precisava provar-se capaz de
se afastar antes que perdesse a cabeça. Num movimento fluido, ele ergueu o
corpo nu dela, úmido e suado, colocando-o na beira do sofá. Era a vez de ele
tomar o controle.
Joe não teve pressa, deleitando-se no comprimento maravilhoso da
perna dela enquanto acariciava desde a coxa úmida até a curva delicada do
tornozelo. Ele ficaria sonhando com as pernas de Demi durante anos.
Ele segurou um tornozelo, então o outro, e os colocou sobre seus
ombros. A visão por si só quase o fez chegar ao clímax ali mesmo, no sofá.
Intumescidos e reluzentes, os lábios dela faziam um beicinho de boas-vindas.
Com as mãos sob os quadris dela, Joe a ergueu, dando um último beijo naqueles
lábios. O calor almiscarado, o sabor maravilhoso que era exclusivamente dela,
preencheram os sentidos de Joe.
O gemidinho de satisfação dela foi tudo que ele conseguiu
suportar. Joe pegou o pacote de preservativos que havia deixado no sofá quando
se despiu e o vestiu. Então, soltando Demi até que apenas os tornozelos
ficassem apoiados nos ombros dele, deslizou para dentro dela em uma única e
poderosa investida.
O grito arfante dela preencheu o cômodo.
Necessitando se movimentar, ir mais depressa, Joe impôs um ritmo
veloz. Com as mãos nos quadris dela, segurava-a quietinha enquanto investia e
saía, voltando a entrar. Ele observava a reação dela com olhos semicerrados.
Não podia atingir o clímax antes dela, e estava chegando mais perto a cada
investida. Os seios dela, tão pequenos e perfeitos, inflavam e baixavam a cada
arfada. Ele queria tocá-los, envolver os mamilos com a boca, mas estava muito
longe.
Como se ouvindo os pensamentos dele, Demi se impulsionou de
encontro às mãos dele. Quando Joe mostrou que não iria soltá-la, mantendo-a
prisioneira de seu ritmo, ela agarrou as almofadas e então levou as mãos aos
próprios seios, girando os longos dedos em volta das pontas rosadas.
Joe desacelerou, perdendo o ritmo. Os olhos dela se abriram e se
fixaram nos dele. Demi os estreitou, observando-o atentamente enquanto pinçava
os mamilos entre os dedos. Ele gemeu. Ela deu um sorrisinho, então ergueu um
dedo para enfiá-lo na própria boca e sugá-lo.
Ele engoliu em seco quando ela retornou o dedo molhado para o
mamilo, pincelando e girando cada vez mais rápido. Incapaz de fazer de outro
modo, ele acompanhou o ritmo dela. Mais rápido, entrando e saindo.
A respiração dela vinha em espasmos agora, os tornozelos
pressionando os ombros dele com força enquanto ela arqueava as costas. Quando
ela apertou os seios juntos, exprimindo seu prazer, ele se rendeu ao próprio
prazer. As paredes internas dela se contraíram em torno do membro quando ele
chegou ao ápice, derramando-se dentro dela. A intensidade de sua libertação
arrancou um berro dele.
Droga. Joe mal conseguia respirar, soltando os quadris de Demi
para desabar no sofá com ela. Com um movimento, ele reposicionou os dois, de
modo que ficou deitado esticado nas almofadas, com Demi encolhida em cima dele,
os braços envolvendo o corpo trêmulo dela.
Joe navegou pela onda após o prazer, o corpo relaxando. Ele havia
perdido o controle. Totalmente. Ela o havia desafiado a fazê-la parar de
pensar, mas ele conseguira? Ah, ele sabia que ela havia se descontrolado. Mas,
sem dúvida, tinha sido ela quem comandara. A respiração de Joe desacelerou para
o ritmo normal, porém os batimentos levaram um pouco mais de tempo para se
estabilizar. Provavelmente porque sua mente continuava a reproduzir as imagens
de Demi quando ela alcançou o êxtase. Ele queria mais. Queria vê-la chegar lá,
queria sentir a própria explosão dentro dela. De novo, e de novo, e de novo. Demi
engasgou quando o membro de Joe, pronto para brincar novamente, roçou na perna
dela.
– Ah, sim – prometeu ele, baixinho. – Vou passar a noite inteira
fazendo você enlouquecer.
Demi se sentia maravilhosa. Seu corpo estava quente,
extravagantemente desejoso e seriamente saciado. Os membros estavam pesados
demais para se mexer. Nebulosa por causa do sono, sua mente estava muito mais
lenta para despertar. O prazer a inundava, uma satisfação emocional intensa em
desacordo com sua irritação normal das manhãs.
Ela foi acordada pela mão pouco familiar lhe abarcando um seio.
Confusa, tateou a mão, notando os pelos salpicados no braço, o perfume
masculino almiscarado preenchendo seus sentidos.
Joe. Então tudo voltou à sua mente como uma onda. Joe e o sexo
mais incrível de sua vida. Demi corou até o ponto onde a mão dele estava
posicionada, em sua pseudoinocência. O mamilo dela se arrepiou, cutucando a
palma dele como se estivesse tentando acordá-lo.
Se ele acordasse, faria algo com aquela mão. E ela sabia em
primeira mão que as coisas que ele fazia eram maravilhosas. Lembranças da noite
lampejaram detrás das pálpebras cerradas, um sorriso malicioso curvando seus
lábios. Emoções, doces e ternas, se misturavam à satisfação sexual. Ela queria
abraçar o sentimento íntimo e rir.
Ela iria se levantar e preparar o café da manhã. Talvez algo doce
para que pudessem colocar na boca um do outro. Perguntava-se se tinha alguma
frutinha vermelha. Algo que fosse saudável e sensual. Com um suspiro profundo, Demi
se imaginou servindo café na cama. Uma manhã perfeita depois de uma noite
perfeita.
Meu Deus, eles tinham sido fantásticos juntos. Ela não fazia ideia
de onde saíra aquela devassa selvagem, mas adorara. Se os braços de Joe não
estivessem em volta dela agora, ela teria se espreguiçado e estremecido de
satisfação. Aquilo havia sido, ela percebeu, como algo saído de um dos livros
dele.
Demi abriu os olhos de repente. Droga. Tinha sido exatamente como
algo dos livros dele. Selvagem, erótico, intenso. Até mesmo luxurioso. O que
provava totalmente o argumento dele.
E lá estava ela, rindo e pensando em preparar o café da manhã para
o sujeito. Como se a luxúria levasse a trocas de olhares sonhadoras por cima
dos copos de suco de laranja. Aquilo tinha a ver apenas com a aposta. Ele não
havia disfarçado suas intenções, e enquanto, sim, fora sensacional na cama,
tinha sido apenas para provar seu argumento. No entanto, saber daquilo não
impediu que as lágrimas fizessem os olhos de Demi arderem. Como ela foi idiota,
caindo diretamente na armadilha e provando o argumento de ambos em apenas uma
noite. Ele era todo luxúria, e ela automaticamente havia começado a tecer
corações e flores na experiência deles, tentando deixar tudo bonitinho.
Demi engoliu em seco, subitamente muito ciente de sua nudez. E,
pensou ela enquanto esfregava um dedo no rosto, estava sem sua máscara. Se Joe
acordasse agora, ele veria a verdadeira Demi. A Demi de cabelo desgrenhado,
rosto limpo, emocionalmente carente e cerebral. Ou, pior, ele não a veria.
Afinal, ela tivera anos de invisibilidade por trás de si.
Nenhuma delas era aceitável. E ambas eram, tinha certeza,
inevitáveis. Ela daria qualquer coisa para ser desejada, desejada de verdade.
Ela inteira; o lado cerebral, o lado sensual recém-descoberto e, ela percebia,
a garotinha insegura... ela só queria abraços e confirmação de que era
importante.
Assim que Demi saiu da cama, com cuidado para não perturbar Joe,
ela disse a si que era por causa da aposta que estava escapando para tomar um
banho e colocar sua máscara bonita. Mas seu coração sabia que, na verdade, era
por medo de que, quando ele desse de cara com seu “eu” verdadeiro, simplesmente
olharia através dela, como se fosse invisível.
*****
Amei!
ResponderExcluirTá perfeito!!
Posta logo