12.8.14

Capítulo Onze






SE JOE tinha desejado colocar em prática a fantasia do sexo-no-banco-de-trás-da-limusine, ele escondeu sua decepção. Demi não estava nem de longe lidando tão bem com suas emoções. Ela preferia ficar furiosa.
Diabos, ela estava furiosa. Ele a apalpara em um local público. Então se afastara, os dedos ainda úmidos com as secreções dela, como se interromper o ato não o tivesse afetado em nada. Bem, afetava a ela. E agora ela queria provar, para si e para Joe, que ele fora afetado, sim.
Mas, mesmo enquanto tentava se convencer a ficar com raiva, ela só conseguia pensar no beijo dele. A sensação, a textura, o poder. Ela passou a língua no lábio superior, desejando provar Joe novamente, ansiando pelo sabor. Mas estava com medo, apavorada. Caso se rendesse a um beijo, ou a um toque, ela não seria capaz de parar. O que iria provar o argumento dele, não é? A luxúria iria vencer?
Ela quase gargalhou quando percebeu que a única coisa que a impedia de fazer sexo quase público no banco traseiro do veículo em movimento não era o senso de decoro ou pudor. Era seu ego, sua recusa em perder a aposta tão facilmente.
Isso e uma preocupação extrema de que, apesar de toda sua pesquisa, ela pudesse falhar em seu primeiro teste prático.
– Consigo enxergar sua mente trabalhando daqui – murmurou Joe, ao lado dela. – O que está havendo?
Demi abriu a boca, com a intenção de repelir a pergunta. Então deu de ombros.
– Para você – respondeu lentamente –, isso se resume à aposta. – Ele balançou a cabeça, obviamente se preparando para protestar, mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela continuou: – Mesmo que essa aposta não seja o motivo principal por trás de seu interesse, ela ainda existe. Será que você não está dando esse passo simplesmente para provar seu argumento de que a luxúria é mais forte que a intimidade?
Pelo menos aí, dentro da sua cabeça?
– Aceitar a aposta – corrigiu ele – não tem a ver só com provar um argumento. Tem a ver com a exploração dessa atração explosiva entre nós.
Ele lhe ofereceu um segundo para negar caso ela quisesse fazê-lo, mas Demi não ia mentir. Ela simplesmente ergueu uma sobrancelha, desafiando-o a prosseguir. Joe sorriu e, quebrando o pacto silencioso de manterem as mãos longe um do outro durante o trajeto no carro, se esticou para enredar os dedos aos dela. Foi como ser ligada em um aquecedor de alta voltagem, faíscas se acendendo em sua palma antes de começarem a zunir pelo restante do corpo.
– Eu não teria criado a aposta, Demi, se não estivesse intrigado com você. Atração não é o suficiente. Pelo menos não para me deixar interessado por uma mulher a ponto de acuá-la em um canto e usar uma aposta para fazê-la dormir comigo.
– Você é um homem esperto e, como você mesmo já disse, palavras são sua especialidade. Eu duvido que já tenha recorrido a uma cantada banal.
– Para uma mulher que alega acreditar no poder das emoções, você é terrivelmente hesitante na hora de confiar em si – rebateu ele. – Estou supondo que você esteja com medo. É medo de eu estar certo? Ou do sexo em si?
Antes que ela pudesse responder, o carro parou em frente ao seu prédio. Sempre um cavalheiro, Joe saiu e então estendeu o braço para dar a mão a ela.
Joe pediu ao motorista para aguardar, então pôs a mão no quadril de Demi para guiá-la até o prédio. Ela aproveitou o silêncio, quebrado apenas pelo ressoar de seus saltos enquanto cruzavam o salão, para organizar os pensamentos.
Medo de sexo uma ova. A hesitação dela em dar vantagem a Joe na aposta original saiu pela janela quando a determinação a preencheu. Ele achava que venceria? Que ela iria fugir do sexo? Aha. Ela mostraria a ele.
Agora que havia tomado uma decisão, sua mente girava em um milhão de direções. Será que o peito dele era lisinho ou levemente salpicado com pelos? Será que ele gostava de fazer com força, rápido e selvagem, ou de forma lenta e meiga? Diabos, de que jeito ela gostava? Demi não sabia, mas tinha certeza de que seria incrível dos dois jeitos.
Ela aguardou até chegarem no elevador, ficou observando as portas se fecharem e então se virou para encará-lo. Os lindos olhos azuis estavam cálidos, mas debaixo da tepidez havia traços de perturbação. Ele obviamente era um homem versado em enterrar suas emoções. Ou possivelmente estava acostumado a ser decepcionado. Ela arquivou aquela dúvida para explorá-la em outro momento.
Então mergulhou em direção a ele. Os olhos de Joe brilharam de surpresa antes de a boca delicada se fechar sobre a dele. Um calor intenso flamejou, quente e alto. A mão dele foi vigorosa na cintura dela quando a puxou para mais perto, a outra enterrada nos cachos ruivos para arquear a cabeça dela e expor mais os lábios para ele.
Demi gemeu de prazer quando a língua de Joe enterrou fundo para dançar junto à dela. Recebeu os movimentos, investida a investida. As mãos dela estavam sobre o peito dele, pressionando, acariciando. Ela precisava de mais. Queria tudo. Os dedos agarraram o bíceps dele, a luxúria se derramando dela como um mel quente e pegajoso ao sentir o músculo sólido como rocha.
O desejo desesperado, impaciente, exigia alívio. Demi se aproximou mais, os seios colidindo contra o peito dele. Não era o suficiente. Ela enrolou uma perna em torno da coxa rija dele, esfregando em leves ondulações, tentando encontrar alívio para aquela pressão que espiralava com força dentro dela.
A paixão deles chegou a um limite que Demi nunca havia sentido. Com Joe, ela era livre. Poderia exigir o que quisesse e ele não fugiria dela. Não iria mandá-la embora. Em vez disso, ele encararia as exigências dela, apresentando algumas das suas também.
O beijo dele chegou a um ponto mais rude, com mordiscadas. Os dedos envolveram os ombros dela, afastando-a gentilmente antes de abaixar e capturar um seio. Demi soltou um gemido agudo de aprovação quando ele afastou o tecido para encontrar o mamilo ávido. Os dedos puxavam e apertavam, fazendo-a latejar.
– Mais – arfou ela, de encontro à boca dele.
– Em breve – prometeu ele. Então se afastou. Ofegante, ele retirou a perna dela de sua coxa e assentiu para a porta do elevador, que estava aberta e esperando.
Demi não conseguiu nem mesmo olhar para ver se alguém poderia tê-los visto. Ela só queria entrar no apartamento o mais rápido possível.
Ela pegou a bolsa do lugar no elevador onde a havia jogado, caçando as chaves enquanto se apressava pelo corredor. Podia sentir Joe logo atrás de si, mas não o encarou. Não podia, ou seu cérebro poderia voltar a engrenar. Ela não queria arriscar a, possivelmente, arruinar o clima.
À porta, deixou as chaves caírem. Abaixou-se para pegá-las e deixou cair outra vez.
A mão de Joe se fechou sobre a dela quando Demi se abaixou outra vez. Ela deixou que ele pegasse o chaveiro. Levantou-se e, de olhos fechados, se recostou contra a parede enquanto ele destrancava a porta.
Assim que a porta foi aberta, Demi suspirou profundamente e encarou Joe. Pelo olhar dele, teimoso e desafiador, ele queria tudo. Rendição física e verbal.
– Entre – convidou ela, baixinho.
– Tem certeza?
O medo, intenso e mordaz, cortou a paixão que enevoava seu organismo. Mas não foi o suficiente para impedi-la.
– Entre. – Desta vez ela exigiu. Sem aguardar pela resposta dele, passou pela porta e jogou a bolsa e a capa sobre a poltrona mais próxima.
Virando-se, ela o observou retirar o celular do bolso e discar um número.
Enquanto ele dispensava o motorista, ela o encarava. Recordando tudo que havia lido sobre sedução, todos os manuais de sexo, os romances apaixonados e eróticos, isso sem mencionar os livros do próprio Joe, ela sabia que precisava assumir o comando.
E assim o fez. Enterrando o pavor sob seu verniz frágil de sofisticação, ela passou os braços na frente do corpo e então enganchou os dedos nas delicadas tirinhas do vestido, deslizando-as pelos ombros. O tecido sedoso passou pelo peito, desnudando os seios sem sutiã para Joe ver. Os olhos dele, sombrios e de um azul intenso, observavam, como se ele estivesse enfeitiçado. Ela terminou de soltar as tiras, deixando que a gravidade fizesse o restante.
O vestido desceu como uma cachoeira pelo corpo dela, deixando Demi de pé diante de Joe usando apenas uma calcinha sumária de renda preta e os saltos altos.
Sem se despedir, ele desligou o celular, jogou-o no chão e fechou a porta. Dois passos depois, e ele estava diante dela.
O fôlego de Demi retornou aos pulmões quando ele se pôs de joelhos. Os dedos de Joe envolveram os tornozelos dela. Quando ela começou a tirar os sapatos, ele a impediu com um leve meneio de cabeça.
Joe passou os dedos pelas panturrilhas, tão delicada e gentilmente que ela quase choramingou diante do gesto. Quando chegou à parte de trás dos joelhos, encostou o rosto em sua barriga. Realmente grata por seu corpo de Olívia Palito, com seus contornos esguios e nenhum sinal de gordura, Demi fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, os dedos envolvendo o cabelo dele enquanto Joe lhe beijava a barriga com os lábios entreabertos.
Ela era pura sensação. A sensação dos dedos dele, agora alisando a traseira de suas coxas, para então lhe agarrar o traseiro, o calor úmido dos lábios de Joe enquanto desenhava padrões no baixo-ventre. Quando ele passou a língua ao longo do cós elástico da calcinha, os dedos deslizando sob a seda para lhe agarrar o traseiro e puxá-la para mais perto, Demi gemeu baixinho.
– Gosta? – murmurou ele, de encontro à pele dela.
Demi assentiu. Então suas pernas bambearam quando a língua de Joe viajou pela parte interna da coxa, subindo e descendo. Ela tentou se recostar no sofá, mas os dedos dele lhe agarraram o traseiro, obrigando-a a se manter de pé. Obrigando-a a se concentrar. A respiração de Demi se transformou em arfares suaves, o calor rodopiando em seu ventre. Ela não fazia ideia de que o prazer poderia ser tão intenso, tão ousado. Tudo que ela queria, precisava, era que Joe desse fim ao tormento, fizesse algo a respeito do desejo que espiralava dentro dela.
– Mais – exigiu ela, num sussurro rouco. – Você está me deixando louca. Eu quero mais. Preciso que você me leve às alturas.
– Com prazer – prometeu ele, enquanto seus dedos baixavam a calcinha pelas coxas, as unhas curtas arranhando em um contraponto erótico ao deslizar macio da seda.
De olhos fechados, Demi sentia, a cada vez, a reação dele à sua nudez. O corpo dela, já aquecido e pronto, esquentou ainda mais. Os pelos entre suas pernas foram de úmidos a encharcados. Os mamilos, já arrepiados, alcançaram uma rigidez dolorosa, ansiando pela atenção dele. Será que ele iria lhe tocar os seios? Será que iria provar seu centro úmido? Ela sabia que ele faria tudo isso, mas o que viria primeiro? A curiosidade e impaciência a faziam querer gritar, mas ela não abriu os olhos.
Então ele a tocou outra vez. O toque leve como um sussurro quando o hálito dele lhe aqueceu a barriga e os dedos trilharam pelos quadris, até a cintura e então mais alto ainda, para lhe abarcar os seios. Os dedos dele trabalhavam magicamente, tanto acariciando quanto torturando os mamilos. Demi não conseguiu conter o gemido.
Ela se contorceu, a pressão crescendo entre as pernas. Ignorando seu pedido silencioso, Joe roçou delicadamente, dando-lhe beijos provocantes na barriga, então desceu até uma das coxas. Abandonando os seios, ele lhe entreabriu as pernas. Ela reposicionou os pés, oscilando um pouco nos saltos altos. Colocando cada mão atrás de cada joelho dela, Joe continuou a lhe beijar as coxas.
Demi não conseguiu aguentar, e teve de olhar. Entreabrindo os olhos, ela olhava para Joe enquanto ele a observava. Os olhos dele estava de um azul-vítreo, brilhante, lampejando pelo rosto dela enquanto sua mão traçava uma linha pela coxa, acariciando e provocando ao mesmo tempo. Quando ele tocou seu centro feminino, fixou o olhar ao dela e trilhou um dedo pelas camadas, circundando a carne úmida. Um raio de desejo a atingiu, fazendo-a arfar. A satisfação reluziu nos olhos dele.
Aquele olhar, o triunfo silencioso que dizia que ele detinha o controle sobre o corpo dela, ligou um interruptor em Demi.
– Quer que eu prove você? – perguntou ele. – Quer que eu lamba você, que eu lhe dê prazer com minha boca?
Demi não tinha problemas em lhe ceder poder naquele joguinho, mas maldita fosse se não quisesse aquilo também. Anos de opressão à paixão, ao seu temperamento, foram jogados fora. Demi assumiu o controle.
Ela deu um passo para trás, agarrou os ombros de Joe e eles mudaram de posição. Ainda no chão, ele ficou contra o sofá enquanto ela assomava acima dele.
– Quero que você me enlouqueça – disse, de forma arrastada. – Desafio você a me fazer perder a cabeça. A parar de pensar. Você é bom o suficiente para fazer meu corpo anular meu cérebro?
O sorriso dele veio rápido e malicioso. Obviamente adorando o desafio, ele se reposicionou. Segurando o tornozelo dela, Joe o ergueu de modo que ficasse apoiado no respaldo do sofá, bem acima do ombro dele. O olhar, e os dedos dele, viajaram em um deslizar lento e delicioso pela perna de Demi. Ele deu vários beijinhos na panturrilha. Quando respirou o ar úmido e quente de encontro à traseira do joelho dela, Demi teria perdido o equilíbrio se não estivesse se segurando no ombro dele.
– Prove-me – arquejou Demi. Ela não queria a corte bonitinha das preliminares. Queria um passeio quente e intenso. E queria agora. – Use sua língua, Joe. Deixe-me louca. Se conseguir.
Fim da brincadeira. Os olhos de Joe ficaram cor de cobalto, e ele soltou a perna dela, de modo que ficasse apoiada em seu ombro. Sem mais delicadezas, roçou o dente na coxa dela. Os dedos e a língua, quentes e habilidosos, rumaram ao clitóris. Lambendo, sugando, mordiscando. Aqueles fogos de artifícios tão míticos brilharam detrás das pálpebras fechadas de Demi quando ela envolveu o joelho mais fortemente em torno do ombro dele para manter o equilíbrio. Girando e golpeando, o dedo e a língua trabalhavam em conjunto para levá-la mais longe, deixá-la louca.
Mais. Ela precisava de mais. Com uma das mãos segurando o cabelo dele, usava a outra para beliscar o próprio mamilo ávido. A pressão cresceu, mais intensa. Joe desacelerou a língua, os dedos ainda rodopiando dentro dela, pressionando mais fundo.
Então, sem aviso, ele lhe mordiscou o lugar mais sensível. O choque, a dor maravilhosa, a atingiram feito um furacão. Ela gritou chorosamente quando seu corpo inteiro convulsionou, o prazer invadindo tudo, levando-a para longe.
O orgasmo não parou. Nem a língua dele. Movimentos curtos, voltas suaves. A mão de Joe havia substituído a dela no mamilo, pois Demi estava se firmando com as duas mãos atrás da cabeça dele.
– Ai, meu Deus – arfou ela.
– Ainda consegue pensar? – perguntou ele, a respiração quente e ofegante de encontro à coxa úmida dela.
Demi deu uma risadinha.
– Estou pensando no quanto isto foi bom – confirmou ela.
– Não está bom o suficiente. Quero você insana de tanto prazer.
Ela estremeceu, deixando os dedos trilharem os traços severos do rosto de Joe. Ele era tão quente, tão sensual. Tão lindo. E por enquanto era todo dela. Do jeito que ela quisesse.
– Quero sentir você dentro de mim – disse a ele. – Quero tudo, e depois quero de novo.
Em um instante, ele estava de pé e tirando a roupa. As roupas voaram para os lados, Demi o ajudando com puxões e rasgões no tecido. Ela precisava senti-lo, provar sua carne rija e macia.
Antes que pudesse fazê-lo, no entanto, ele a colocou no chão. Ajoelhados, Joe ergueu uma sobrancelha fazendo a pergunta óbvia. O poder e a escolha eram dela.
Droga, ela adorou aquilo.
Demi o empurrou, de modo que ele se deitou de costas no chão. Então, após um breve chicotear da língua sobre a ponta rija como pedra, ela deslizou para cima do corpo dele.
A boca tomou a dele com um desejo voraz, línguas brigando por controle. Sempre que Joe parecia pensar ter vencido, Demi mudava as posições.
Com um deslizar breve, ela recebeu o membro rijo e latejante dentro de si. Gemeu de encontro à boca dele com o prazer do ato. Joe estremeceu, as mãos agarrando a cintura dela.
Demi se ajeitou, olhando para ele. Lentamente no início, ela cavalgou. Para cima. Para baixo. Ele colocou as mãos nos seios dela, os dedos brincando com os mamilos túrgidos no mesmo ritmo dos movimentos de Demi.
Com a respiração ofegante, o orgasmo simplesmente fora de alcance, Demi sacudiu, ondulou, necessitando de libertação.
Sentindo que ela estava chegando lá, as investidas de Joe se intensificaram. As pernas dela o agarraram, como se ela pudesse ordenhar o prazer dele com suas coxas.
Assim, no limite, Demi estava prestes a chegar ao ápice. Joe se movimentou, rápida e intensamente, e a tirou de cima dele. Com Demi tendo espasmos de prazer entre as pernas, ele sorveu as secreções, a língua e dedos fazendo-a gritar.
E a mente de Demi apagou.


*****

Hey meninas, consegui postar hoje, e pra compensar, um capítulo BIG. Espero que vocês tenham lido o que eu disse sobre meu pc, se não leram, to explicando no post anterior, ok? 
Agora, voltando ao assunto que interessa, o que acharam desse hot? Eu A-M-E-I, hahaha, espero que tenham gostado. Beijos.



2 comentários: