Amigos?
Demi deixou o escritório e foi
direto para o elevador com o resto do pessoal que saía para almoçar. Já estava
lá dentro, observando as portas começarem a fechar, quando uma mão segurou-as e
empurrou para abrir, em seguida, Joe entrou.
"Na hora exata."
Sampson disse com um sorriso e Joe assentiu. "Estou indo para casa, minha
esposa fez um almoço especial, é o nosso aniversário de casamento."
"Parabéns!" Joe
sorriu.
"Sim, parabéns." Os
dois homens viraram para ver Juliette, que tinha acabado de falar, junto com algumas
das outras secretárias, encolhidas no fundo do elevador.
"Obrigado." Assentiu
com a cabeça.
"Ele seria bonito se ele
não fosse casado." Adele sussurrou, uma vez que Sampson voltou-se para Joe.
"Quando isso te
impediu?" Juliette sussurrou de volta com nojo.
Desceram do elevador em
silêncio e depois todos disseram um rápido adeus antes de se dispersarem. Demi
ficou na máquina de venda automática, por um momento, para comprar um pacote de
biscoitos de chocolate em miniatura, antes de caminhar despreocupadamente para
a vaga de estacionamento de Joe. No minuto em que entrou pela porta, Joe
agarrou-a e beijou seus lábios, ela colocou os braços ao redor de seu pescoço e
aprofundou o beijo por um momento antes de se afastar.
"Temos apenas uma
hora." Ela sinalizou. "Vamos dar o fora daqui!"
Ele a levou para o seu quarto
privado no hotel e eles começaram a se beijar no elevador.
Não pararam de se beijar, até
que já estavam no quarto, onde começaram a tirar a roupa um do outro.
Joe e Demi tinham voltado para
o escritório separadamente, quando ambos viram os bilhetes sobre suas mesas.
Uma reunião de emergência foi convocada no refeitório por Liam, irmão de Joe.
Era um pedido incomum desde que tinham salas designadas especificamente para
tais reuniões. Decidindo não questioná-lo muito profundamente, Demi foi até o
refeitório para encontrar todos os advogados, bem como os secretários
jurídicos, esperando. Ela viu quando Joe entrou e caminhou direto em sua
direção.
"Do que se trata?"
Foram as primeiras palavras de Joe com ela e poderia afirmar que ele estava
irritado com a reunião de última hora.
"Não tenho a mínima
ideia." Demi respondeu, balançando a cabeça em confusão. Paul entrou no
refeitório e foi até Demi e seu filho junto com os outros advogados.
"Onde está seu irmão?"
Perguntou Paul.
"Não sei."
"Você sabe do que se
trata?" Foi a próxima pergunta de Paul, soando tão impaciente quanto seu
filho.
"Nenhum indício." Joe
sacudiu a cabeça, em seguida, com o canto do olho, viu Liam entrar e, em
seguida, parar na frente de seu pai.
"O que é isso?" Liam
perguntou a seu pai e irmão.
"O quê?" Tanto Paul e
Joe perguntaram ao mesmo tempo.
"Você convocou uma
reunião." Liam disse à Joe.
"Eu não, você convocou uma
reunião." Joe acusou.
"Não." Liam
respondeu.
"Meu bilhete diz que você
fez." Paul mostrou à Liam o papel, então Demi lhe deu o que havia
recebido, antes do resto dos trabalhadores seguirem o exemplo.
"Isso é loucura, não pedi
qualquer reunião!" Liam disse completamente espantado, então de repente, a
grande televisão pendurada na parede do lado direito do refeitório ligou e
todos olharam para cima. Era difícil distinguir as imagens na tela, a princípio
e, em seguida, Demi percebeu para que estava olhando.
Era ela e Joe na frente de sua
casa, transando contra a sua porta da frente. Seu corpo estava esmagado contra
a madeira grossa e as pernas ao redor de sua cintura enquanto ele a penetrava.
Suas calças caíram ao redor de seus joelhos e sua saia estava levantada até sua
cintura, enquanto subia e descia em seu pau, arqueando as costas contra a porta
e gritando seu nome. Paul atravessou toda a sala, ficou na frente da TV,
pressionando o botão de ejetar do DVD percebendo rapidamente que não havia nada
dentro.
Demi sentiu a bile subir em sua
garganta. A sala começou a girar, uma luz branca ofuscante parecia brilhar
dentro de sua cabeça e, em seguida, sentiu seus pulmões se contraírem. O
ensurdecedor silêncio da sala só aumentou os sons de seu orgasmo estridente
vindos da televisão. Apenas quando sentiu seu corpo lutando entre a necessidade
de respirar ou apenas desmaiar, observou Joe correr para ela, então pegá-la e
levar para o seu escritório. "Quem fez isso?" Paul rugiu.
"Quem?" Todos ficaram em silêncio enquanto o observavam. "Há uma
recompensa de 5.000 para quem tiver alguma informação sobre isso. Além disso,
essas informações serão mantidas totalmente em sigilo." Paul anunciou.
"Nós vamos descobrir quem está fazendo isso." Virou-se e saiu da
sala.
Joe sentou Demi no sofá e ela
viu quando ele gritou seu nome. Estava sacudindo-a, obviamente, tentando obter
uma resposta, mas ela não sentia nem ouvia nada.
Responderia se pudesse, mas se
abrisse a boca, a luz ofuscante que a tinha desorientado, desapareceria e ela
teria que encarar a verdade. Balançou a cabeça e fechou os olhos, desejando que
ele ficasse quieto, então, poderia ficar nesse lugar seguro, em silêncio por
mais alguns minutos antes da realidade desabar sobre ela. Quando pensou que
tinha se desligado com sucesso, sua voz atravessou seu cérebro congestionado e
sentiu a bile subir em sua garganta novamente.
Ela levantou-se do sofá e
correu para o banheiro, com Joe a seguindo. Caiu de joelhos diante do vaso
sanitário e começou a vomitar a enorme frustração que já não podia mais
segurar. Joe segurou-a, pegando uma toalha para limpar sua boca quando
terminou.
Joe olhou para cima quando
ouviu a porta de seu escritório abrir, soltou Demi, mas beijou sua testa antes
de sair do banheiro para ver seu pai. Paul estava, obviamente, lívido. Seu
rosto coberto com manchas vermelhas com a fúria que havia atingido um ponto
alto o suficiente para romper alguns dos vasos sanguíneos. Joe tinha visto seu
pai com raiva antes e sabia até onde poderia ir, antes que pudesse manobrá-lo a
seu favor.
"Como está Devonne?"
Perguntou Paul preocupado.
"Está chateada."
Respondeu com um olhar de desgosto.
"Fritz está no meu
escritório, preciso que venha falar com ele."
"Não pode esperar?"
"Não, só vai levar um
minuto."
"Tudo bem, espere."
Disse antes de caminhar de volta para o banheiro. Ajoelhou-se ao lado de Demi.
"Já volto, preciso falar com Fritz por um minuto." Alisou para trás
as mechas que tinham escapado de seu rabo de cavalo. "Quero que espere por
mim aqui." Beijou-a, em seguida, saiu do banheiro.
Demi sentou-se no chão do
banheiro, dominada pela emoção e incapaz de pensar racionalmente. Levantou-se e
saiu rapidamente de seu escritório, sem se preocupar em pegar suas coisas.
Deixou o edifício, pegando a chave reserva sob o pneu dianteiro, antes de sair.
Joe entrou no escritório de seu
pai para ver Riley sentado em frente ao computador e Fritz em pé do outro lado.
"A televisão do refeitório
também funciona como um monitor para o nosso sistema de computador, em caso de
emergência. O que aconteceu é que o sabotador usou um computador remoto a
partir de um local não revelado, de forma invisível e invadiu o principal
sistema de segurança. " Disse Riley.
"Foi como eles foram
capazes de conseguir as fitas de segurança e imagens de Joe." Fritz acrescentou.
"Exatamente e foi o que
usaram também para enviar as imagens ao vivo de Joe e Srta. Lovato ao
computador principal, então transmitir no monitor do refeitório." Riley
terminou.
"Isso é loucura." Joe
disse, sem saber o que falar e pronto para voltar para Demi.
"Existe alguma maneira de
descobrir de onde o computador é?" Perguntou Paul.
"Não tenho certeza, foi um
bom truque" Balançou a cabeça. "Mas não vou desistir."
"Obrigado." Paul
disse em apreço.
"E vou instalar câmeras de
vigilância do lado de fora de sua casa, Joe. "
"De Demi também."
Disse Joe e Fritz concordou.
"Seu pai já nos deu o
endereço dela." Ele terminou e Joe virou-se para seu pai com um olhar de
preocupação profunda.
"Obrigado pai."
Sussurrou com sinceridade e Paul assentiu.
"É o que qualquer pai
faria. Agora, acho que você deve levar a Srta. Lovato para casa."
"Se houver novidades,
entrem em contato comigo." Disse Joe.
"Eu vou."
"E pai, eu sinto muito por
toda essa confusão." Desculpou-se e, em seguida, virou-se e saiu da sala,
deixando Paul atordoado com o fato de que seu filho tinha realmente se
desculpado.
Quando Joe entrou em seu
escritório, viu que Demi tinha ido embora. Ele pegou suas coisas e, em seguida,
caminhou até seu escritório. Viu sua pasta e as chaves do carro, mas Demi não
estava lá.
Ele ligou para o celular dela.
"Alô?" Demi atendeu e
Joe podia ouvir o tráfego ao seu redor.
"Onde está você?" Ele
exigiu.
"Preciso de um
tempo." Sussurrou e a tristeza em sua voz preocupou Joe.
"Apenas me diga onde você
está querida."
"Não posso." Gritou:
"Te ligo depois."
"Não! Demi! " Gritou
no telefone, mas ela desligou. Pegou suas coisas e em seguida, deixou o
escritório.
Paul decidiu chamar cada
empregado em seu escritório individualmente e questioná-los, era uma reunião obrigatória
e quem não estivesse disposto a ajudar, seria suspeitosamente desaprovado.
Observou os funcionários entrarem, um por um, cada um deles tendo uma teoria
diferente, diferentes ideias e opiniões diversas, mas todos ansiosos para
ajudá-lo ao máximo. Alguns fizeram isso para ficar bem com a empresa e ser o
herói do escritório. Outros por puro prazer, mas a maioria deles fez pelo
dinheiro da recompensa. Fritz meticulosamente analisou os documentos de todos
os funcionários, independentemente da sua posição.
Joe observou a secretária de
Sampson, Reese Bradley, sair da sala e, em seguida, tomar uma respiração
profunda. Eles estavam quase acabando e não tinham mais informações do que
antes de começarem.
Reese caminhou pelo corredor
até o refeitório, indo para a grande mesa redonda no fundo da sala, onde
normalmente sentava. Era a mesa mais discreta da sala, separada das outras
menores e longe do resto do que eles consideravam empregados sem importância.
Todos os funcionários foram instruídos a esperar no refeitório até que cada
entrevista fosse concluída e Reese sentou-se à mesa com Adele e Miley.
"Bem, não há como negar
mais." Reese disse com uma leve careta, enquanto sentava-se na cadeira.
"Sr. Joseph Jonas, o deus
do sexo e Srta. Lovato, o demônio anti sexual na Terra, estão, definitivamente,
transando." Adele suspirou de tristeza.
"Eu te falei." Miley
sorriu, apesar de suas emoções estarem em conflito. Parte dela estava eufórica
por ter sido provado que estava certa, mas a outra parte sentia-se mal tanto por
Joe quanto Demi. Apesar do fato de que Demi poderia ser uma puta insensível e Joe
o maior mulherengo que conhecia, nenhum deles merecia isso.
"Então, quem você acha que
está por trás de tudo isso?" Adele ignorou Miley.
"Acho que foi Lila
Strain." Reese disse. "Ela é ciumenta e vingativa o suficiente para
fazer isso."
"De jeito nenhum,
definitivamente foi Juliette." Adele desdenhou: "Ela é obsessiva o
suficiente para fazer isso e não se esqueça como tem agido ultimamente,
totalmente louca."
"É verdade." Reese
concordou, pronta para mudar sua opinião. "Não está agindo como ela mesma
ultimamente e sua negação parece suspeita."
"E excessivamente
dramática." Adele acrescentou.
"Metade das pessoas que
trabalham neste edifício podem ser consideradas loucas e não posso excluir
nenhuma de vocês." Miley apontou um dedo acusador para as duas, seus olhos
se estreitaram em suspeita.
"Ah, é mesmo?"
Perguntou Adele com as sobrancelhas levantadas em desafio.
"Você está insinuando que
foi uma de nós?" Reese também levantou as sobrancelhas.
"Sim, estou, Adele você é
uma suspeita tão boa quanto Juliette, você está muito obcecada pelo Jonas. Sem
falar que você é uma mentirosa muito boa, que poderia convencer alguém que não
foi você com esse ar simplório."
"Eu não sou obcecada por Jonas!"
Adele protestou indignada.
"Sim e todos sabem disso.
Você deveria ver a maneira como muda perto dele, como uma idiota resmungando o
que vem a cabeça, gaguejando e babando enquanto luta por sua atenção." Miley
ridicularizou-a.
"Ela está certa, você
parece uma tiete perto dele." Reese concordou com Miley.
"Cala a boca sua
oportunista. Reese seu cérebro iria parar de funcionar com a sobrecarga se
tivesse um pensamento original." Adele disse, cansada da personalidade de
santinha de Reese Bradley.
"Como você mesma
falaria." Miley virou-se para olhar para Reese. "Todo mundo sabe que
você transou com Jonas no armário, na festa de Natal, três anos atrás."
"Eu não transei!"
Reese se opôs, batendo a mão na mesa.
"Fale baixo idiota ou você
quer que todos ouçam sua culpa?" Miley cuspiu.
"Eu ouvi a mesma
história." Adele levantou o queixo. "E todas nós sabemos que ainda
está zangada porque ele não ficou com você de novo, então pode ter esperado
todo esse tempo para consumar sua vingança."
"Você é tão
dramática." Miley revirou os olhos para Adele, antes de tomar um gole de
refrigerante. "Mas faz sentido."
"Não, o que faz sentido
para mim é Adele estar furiosa porque Jonas está continuamente rejeitando-a.
Acho que ela está dando o troco. Vamos ser honestas, ele tem ignorado seus
avanços mais de uma vez." Reese terminou.
"Ele não ignora!"
Adele grunhiu.
"Isso faz sentido
também." Miley acenou com a cabeça segurando o canudo enquanto tomava
outro gole, mais uma vez divertindo-se com as palhaçadas ultrajantes de suas
colegas de trabalho. "Não confio em nenhuma das duas cadelas." De
repente, a mulherada ficou em silêncio enquanto observavam Juliette entrar no
refeitório e, em seguida, sentar-se ao lado delas.
"Deixe-me adivinhar, eu
era o tema de sua conversa?" Juliette sorriu hipocritamente, levantando o
queixo.
"O que te faz pensar
isso?" Perguntou Reese com inocência fingida.
"Seu silêncio."
Respondeu Juliette.
"Nós estávamos discutindo
quem é o sabotador." Disse Adele.
"Sério e qual foi a sua
conclusão?" Perguntou e todos ficaram em silêncio por um momento quando Miley
sorriu.
"Você gostaria de saber?
Mas o que quero saber é o que pensa sobre esse vídeo." Miley disse com um
sorriso tão presunçoso, que provocou a ira de Juliette.
"Não me importo com o
vídeo, ele não prova nada."
"Isso prova que eles estão
transando."
"Então, que ela não é
diferente das outras milhares de mulheres que Joe transou." Ela olhou
intencionalmente para Reese, por um momento. "Não significa nada, vocês
realmente acham que Joseph Jonas teria algo sério com alguém como a Srta. Lovato?
Depois de todas as mulheres que ele pegou e jogou fora, você acha que a Srta. Lovato
realmente seria uma delas?" Riu quando se levantou. "Agora, se me dão
licença." Ela afastou-se da mesa e saiu do refeitório.
"Ela está ficando mais
estranha a cada minuto." Disse Adele.
"Definitivamente." Miley
concordou com ela.
Demi foi direto para o único
lugar que se sentia segura, apesar das prostitutas de plantão que viviam lá
também. Mais do que qualquer coisa agora, ela precisava ir para casa, precisava
ver sua família e as pessoas que ela conhecia não iriam julgá-la por seus atos.
Correu para dentro da casa e ficou surpresa ao ver que estava meio vazia, claro
que havia uma ou outra garota seminua espalhada entre as peças de decoração,
mas nada como a nojice que normalmente a saudava na porta.
Caminhou pela casa até o
quintal, em seguida para a área de descanso elaborada por sua mãe ao lado da
piscina. Ela ficou lá curtindo o silêncio e respirando profundamente o ar
fresco. O forte cheiro de torta de morango trouxe de volta memórias de infância
e ela foi imediatamente consumida pela emoção.
"Devonne, minha
querida!" A voz de Dianna quebrou o silêncio, mas desta vez, não poderia
ser mais reconfortante para Demi. Observou sua mãe se aproximando, usando sua
longa túnica branca com a estampa de leopardo e a grossa pena de avestruz no
colarinho. A combinação ficava completa com os chinelos de leopardo e uma
tiara, bem como as joias de platina pesadas.
"Bom dia mãe." Disse
tentando sorrir. Dianna conhecia sua filha melhor do que ninguém e soube
imediatamente que algo não estava certo.
"Qual é o problema?"
Perguntou, imediatamente preocupada. Dianna poderia contar em uma mão quantas
vezes tinha visto Demi triste.
"Nada, só estou um pouco
cansada." Mentiu com um leve sorriso. Dianna não acreditou nem por um
segundo, Demi nunca ficava doente, nem quando criança.
"E o que mais?" Ela
perguntou.
"Mais nada."
"Algo está errado Devonne
e eu sei, diga a sua mãe o que é." Disse de modo dramático e o canto da
boca de Demi quase contraiu-se.
"Vou sair em um período de
férias do trabalho." Mentiu e sua mãe olhou para ela intrigada.
"Por quanto tempo?"
"Só o resto da
semana."
"Alguma coisa está
errada!" Dianna objetou.
"Nada está errado, preciso
ir, além de que será bom ficar longe por um tempo e limpar a minha
cabeça."
"Desde quando você precisa
limpar a cabeça?" Perguntou Dianna, sua filha sempre soube o que queria e
nunca hesitou, seguia seu instinto.
"Eu não sei."
Respondeu, dando de ombros.
"Será que tem algo a ver
com um certo advogado?" Perguntou, esperando uma completa negação de sua
filha.
"Sim." Respondeu de
uma vez, chocando Dianna.
"O que aconteceu?"
"Não sei." Disse
honestamente.
"Vocês dois se
separaram?" Perguntou colocando as mãos nos ombros de Demi.
"Nós nunca estivemos
juntos." Demi admitiu.
"Você poderia ter me
enganado. Seja o que for, você pode resolver isso."
"Não há nada para ser
resolvido."
"Mas vocês dois pareciam
muito felizes juntos."
"Nós não estávamos
juntos." Gritou, virando-se para a mãe "Eu estava sob um
contrato."
"Como é que é? Você acabou
de dizer c...?"
"Sim, lembra-se da posição
de sócio que Joe e eu estávamos lutando arduamente para conseguir?"
"É claro." Disse ela
lembrando da raiva vívida de sua filha.
"Bem, sua proposta era
melhor, então invadi seu escritório e destruí todos arquivos em seu
computador."
"Demi, não! Por que você
faria isso?" Sua mãe perguntou em choque total.
"Estava com medo."
Disse enquanto as lágrimas se formavam em seus olhos. "Eu queria muito ser
sócia, não conseguia nem pensar direito. No meu coração eu sabia que Joe ia
ganhar e entrei em pânico." Gritou, estatelando-se no sofá cor de marfim. Dianna
sentou-se ao lado dela, com um abraço reconfortante em volta dos ombros caídos
de sua filha. "Ele me pegou, tinha uma câmera em seu escritório e ele
filmou cada passo que dei a partir do momento que entrei."
"Oh, não!" Dianna
engasgou.
"Oh sim e foi aí que ele
propôs o contrato. Em troca de seu silêncio, eu seria escravizada por ele
durante trinta dias." Admitiu, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
"O que você quer dizer com
escravizada?"
"Você sabe exatamente o
que quero dizer." Demi recusou-se a entrar em detalhes sobre seu contrato.
"Você tem que estar
brincando comigo." Dianna ficou horrorizada.
"Não, eu não estou
brincando, me prostituí para salvar minha carreira." Chorou, com a cabeça
sobre o ombro de sua mãe. Dianna empurrou os cabelos soltos de seu rosto.
"Não, você não fez, você
fez o que pensou ser necessário para manter a vida que lutou muito para
conseguir. Confie em mim Devonne, eu, mais do que ninguém, sei o quanto
trabalhou para chegar onde está. Você lutou contra as adversidades e conseguiu,
quando poderia facilmente ter desistido e falhado."
"Sou uma pessoa horrível,
vendi sexo pelo silêncio." Sentou-se olhando para a mãe. "E sou
má."
"Não, você não é má,
querida, você está apenas..." Pensou na palavra perfeita "focada,
muito motivada e, por vezes, isso a obriga a fazer coisas que normalmente não
faria."
"Eu sou má e você sabe
disso."
"Pode ser." Sorriu
deslizando a mão carinhosamente pelo rosto de sua filha. "Mas você não tem
que ser."
"Tudo é tão diferente
agora, mãe." Demi sussurrou e Dianna estava maravilhada com a mudança
significativa em sua única filha.
"Não tem que ser
diferente, pode ser o que você quiser que seja, Devonne."
"Mas e se o que eu quero
me deixa pior?"
"Você o ama, não é?"
Perguntou Dianna, olhando em seus olhos.
"Sim, mas o odeio
também."
Ouviram passos e viraram para
ver Pam correr em direção a elas. "O que está acontecendo Devonne? Selena
ligou, disse que você não está atendendo o telefone." Pam parecia muito
preocupada.
"Por que você não atendeu
a Selena?" Perguntou Dianna.
"Eu não sei, mas ligarei
mais tarde." Demi olhou para baixo sentindo-se mal por não atender a
ligação de Selena.
"Ela me contou sobre o que
aconteceu no escritório." Pam balançou a cabeça.
"Como ela soube?"
Perguntou Demi.
"Ela disse que alguém lhe
enviou uma mensagem."
"Quem?" Perguntou Demi,
questionando se era Joe tentando encontrá-la, ele ainda tinha sua agenda de
endereços que ela esqueceu em sua casa e poderia facilmente ter contactado Selena.
Sua mente ficou atormentada com a confusão, teria que descobrir isso mais
tarde.
"Ela não disse."
"O que aconteceu?" Dianna
perguntou a Pam, que em troca olhou para Demi.
"Você ou eu, bebê?" Pam
perguntou e Demi olhou para o chão, incapaz de encará-los enquanto contava a
história.
"Alguém descobriu sobre
mim e Joe e nos filmaram transando e em seguida enviaram para nosso
chefe."
"Você transou?" Dianna
gritou, muito surpresa com o fato de sua filha perder a virgindade, para
compreender totalmente a declaração.
"Sim e alguém filmou
isso!"
"Oh Deus, não!" Dianna
engasgou.
"Quem fez isso com
você?" Perguntou Pam, enfurecendo-se. Mesmo Demi sendo só sua sobrinha,
ela a considerava mais que uma filha desde que a tinha criado durante os
primeiros anos de sua vida. Pam não gostava de saber que alguém estava tentando
sabotar sua única sobrinha.
"Não sei, meu chefe tem o
seu detetive particular, Riley Fitzpatrick, investigando."
"Não há ninguém melhor do
que o Fritz." Disse Pam. O detetive era conhecido na sua área, em sua
longa carreira ele rastreou alguns assassinos em série, bem como resolveu
numerosos casos de homicídio. Ele havia até mesmo deixado a aposentadoria
recentemente para ajudar a rastrear um notório assassino em série.
"Graças a Deus ele chamou
Fritz!" Dianna concordou, ele tinha sido um cliente dela quando abriu seu
negócio na área. Ela sabia o quão inteligente e dedicado ao seu trabalho ele
era. Tinha resolvido um caso abominável e pegou um assassino diabólico, tudo
isso enquanto estava dormindo com uma garota do bordel.
"Então é por isso que
preciso de alguns dias para mim, preciso ficar longe deste lugar."
Assentiu.
"Não, eu acho que você
deveria ficar aqui com a gente, onde podemos protegê-la." Pam objetou.
"Eu não acho que sair seja uma decisão sábia."
"Eu concordo." Dianna
acrescentou. "Você pode dormir no seu quarto antigo, mandarei comida e ter
certeza que ninguém a incomodará."
"Eu não sei."
"Agora é o momento de
estar cercada por pessoas que podem mantê-la segura." Piscou. "Além
disso, duas das minhas meninas tiveram aulas de auto defesa e de tiro."
"Ótimo, vai ser um banho
de sangue no bordel. Oh, desculpe-me, esqueci, não é mais um bordel." Demi
disse sarcasticamente.
"Não, definitivamente é um
bordel". Dianna sorriu de orelha a orelha.
"Finalmente!" Pam
sorriu. "O fim da negação."
"Então, que tal um enorme
lanche?" Dianna sorriu mudando de assunto. "Grande o suficiente para
alimentar um time de futebol. "
"Isso soa como se você
precisasse esquecer seus problemas." Pam sorriu.
"Isso e a garrafa de vinho
tinto envelhecido." Dianna sorriu.
"Aquela que tem guardada
para uma ocasião especial?" Pam perguntou surpresa. "Ou para o
verdadeiro amor."
"Claro, que outro vinho eu
beberia no dia em que descobri que minha filha está apaixonada."
"O quê?" Pam parou no
meio do caminho.
"Não é assim." Demi
tentou explicar. "Eu só, eu..." encolheu os ombros, sem palavras.
"Veja o que eu te falei,
mesmo a menção da palavra e a menina fica muda."
Dianna continuou abrindo as
grandes portas de vidro francesas que levavam à enorme cozinha maciça com tons
de malva. "E desde quando Devonne fica muda?"
"Mãe!" Demi estalou.
"Não ouça sua mãe, vamos
comer." Pam disse beijando a sobrinha na testa, afastando uma situação
desconfortável. "Tortas de morango, ela deve ter tido uma premonição de
que você viria."
Dianna tinha acabado de
instalar sua filha, quando a linha telefônica pessoal de Demi na casa começou a
tocar. Dianna observou Violet, uma das meninas de confiança no bordel, pegar o
telefone, mas ela não precisava de Violet para confirmar quem estava ligando, Dianna
já sabia.
"Alô? Não, ela não está
aqui." Violet parecia quase confusa por um momento antes de repetir suas
palavras. "Não, ela realmente não está aqui." Houve outra pequena
pausa antes de Violet, que usava bóias em torno de seus braços, mas caso
contrário estava nua, correr para Dianna com o telefone na mão.
"Demi nos pediu para dizer
ao Sr. Jonas que não estava aqui, mas ele está pedindo para falar com
você." Sussurrou enquanto Dianna pegava o telefone.
"Obrigada querida, isso é
tudo." Ela sorriu, em seguida, atendeu o telefone.
"Alô!" Respondeu com
indiferença.
"Dianna!" ela
imediatamente reconheceu a voz profunda de Joe.
"Sim."
"Eu preciso falar com Demi."
Disse Joe.
"Sinto muito."
Respondeu com simpatia, ouvindo a preocupação em sua voz.
"Ela está aí?" Ele
perguntou, mas Dianna ficou em silêncio, incapaz de dizer-lhe as palavras que
ela disse para sua filha que não diria. "Por favor, só preciso saber que
ela está bem."
"Eu prometi não contar a
ninguém para onde ela foi, espere um segundo, por favor." Disse e colocou
o telefone no viva-voz. "Violet! Você poderia por favor, voltar aqui um
momento." Gesticulou para a menina saber que Joe podia ouvi-la claramente.
"Sim senhora?"
Perguntou Violet com o sorriso mais doce que tinha, obviamente, já esquecendo
do telefone e sem notar que Dianna ainda o segurava.
"O que Pam vai fazer com a
garrafa de vinho tinto que lhe pediu?"
"Ela levou até o quarto de
Devonne, acho que elas estão bebendo." Respondeu.
"Obrigada, querida."
Disse ela e Violet balançou a cabeça antes de sair correndo. Dianna pegou o
telefone e respirou fundo. "Sinto muito Joe, agora onde estávamos?"
Perguntou.
"Obrigado." Disse ele
gentilmente.
"Por que, meu caro?"
perguntou em confusão simulada antes que o sorriso se espalhasse amplamente em
seu rosto. "Vejo você em breve."
Joe foi para casa e esperou Demi
ligar. Parte dele queria ir atrás dela, mas a outra parte estava disposta a
dar-lhe um pouco de tempo para pensar e se acalmar. Sentou-se, incapaz de
pensar em outra coisa que não fosse ela. Sua mente foi absorvida com tudo o que
havia acontecido entre eles. Foi consumido por todas as emoções possíveis ao
mesmo tempo. Estava fora de si com a preocupação por ela e mesmo sabendo que
estava segura com a mãe, não ajudou. Precisava vê-la, tocá-la e deixá-la saber
que tudo ficaria bem.
Ele entendia mais do que
ninguém, o quão profundo eram seus problemas com sua sexualidade e também sabia
o que ela tinha passado por ter que enfrentar essas questões em sua cabeça
durante o contrato. Sabia que tinha lutado com emoções antigas e sido forçada a
quebrar suas próprias regras para salvar sua carreira. Apenas começara a
tornar-se um pouco mais confiante com sua sexualidade, quando foi subitamente
exposta perante seus colegas de trabalho.
Entendia, mas não podia deixar
de sentir-se frustrado com o fato dela simplesmente desaparecer, como fez.
Compreendeu sua necessidade de ter algum tempo para pensar antes de enfrentar
os problemas que afligiram, mas não tinha o direito de fugir dele.
Estavam juntos nessa e ele
levaria toda a culpa em seus ombros, bem como defendê-la até morte.
Depois de horas de profunda
reflexão e análise, sentiu seu cérebro finalmente desacelerar e rapidamente
adormecer. Depois de um sono inquieto, cheio de pesadelos terríveis, acordou
pronto para buscar Demi. Sentiu que tinha dado tempo suficiente para pensar e,
nesse momento, recusou-se a esperar mais. Levantou-se, sem se preocupar em
mudar suas roupas ou tomar banho antes de ir para seu carro. Tinha um plano
para corrigir um pouco dessa bagunça e ele precisava fazer uma parada rápida
para pegar algumas coisas, antes dele ir para casa de sua mãe.
A campainha barulhenta tocou
incansavelmente pelos corredores do bordel e Dianna sorriu para si mesma. Já
sabia quem era, mas estava surpresa que ele tivesse esperado até de manhã, uma
vez que Joe era tão impaciente quanto Demi.
"Atenda a porta para
mim?" Dianna pediu a Violet, que em troca sorriu de orelha a orelha.
Violet havia tirado as boias esta manhã e vestido um biquíni onde as peças não
combinavam. Violet tinha um coração de ouro e, provavelmente, era uma das mais
doces meninas que Dianna conhecia, mas não significa que era a mais brilhante.
Embora o que faltava em bom senso, sobrava em compaixão e respeito.
"Mas é o amigo de Devonne."
Balançou a cabeça. "Quer dizer, seu ex-amigo."
"Bem, você vai deixá-lo
entrar?"
"Devo fazer isso?"
"É falta de educação fazer
alguém esperar na porta da frente, não acha?" Dianna perguntou docemente.
"Não quero que Devonne
fique com raiva de mim, ela acabou de finalmente me perdoar por derramar vinho
em seus sapatos no ano passado."
"Por que diabos ela
ficaria chateada? Não se lembra quando estiveram aqui antes e que casal feliz
eram?" Dianna sorriu docemente, embora estivesse ficando um pouco irritada
com a linha de questionamento de Violet. Normalmente, Violet nunca questionava
nada, mas por alguma razão, quando se trata de ir contra Devonne, era
cautelosa.
"Mas achei que Devonne
tivesse dito..."
"Bobagem querida, eles
estão perfeitamente felizes." Sorriu. "Agora seja boazinha e o deixe
entrar antes que vá embora." Piscou e se afastou elegantemente.
Violet se aproximou e abriu a
porta, vendo o belo homem parado lá. "Posso ajudá-lo?" Perguntou.
"Estou aqui para ver Demi."
"Ah, sim, claro, entre, Devonne
está em seu quarto. Você sabe onde fica, certo?" Perguntou, arregalando os
olhos.
"Sim."
"Bom, então, diga a Devonne
que mandei um oi." Sorriu e se afastou enquanto Joe marchava direto para o
quarto de Demi.
Ele abriu a porta e, em
seguida, parou por um momento, espantado com a cena diante dele. Ela estava
enrolada como uma boneca de pano sem vida no meio do edredom vermelho sobre a
cama. Havia uma grande bola de lenço de papel amassada em sua mão e a caixa
quase vazia estava ao seu lado. Ele fechou a porta e, em seguida, caminhou até
ela, vendo seu rosto manchado pelas lágrimas e sentiu seu coração começar a
doer. Sabia que havia chorado a noite toda e se amaldiçoou por não seguir seus
instintos. Sabia que deveria ter ido diretamente atrás dela, em vez de esperar
até de manhã.
Sentou-se ao lado dela na cama,
vendo-a abrir seus olhos vermelhos antes de franzir a testa e se afastar dele.
Virou-se para encará-la, sua grande mão impedindo-a de se afastar.
"Quero que se vista e
venha comigo."
"Não." Ela parecia
lamentável.
"Venha, você precisa sair
deste quarto e tomar um pouco de ar fresco."
"Não, nunca vou deixar
este quarto novamente." Fez beicinho, parecendo uma menininha. Ele alisou
seu cabelo para trás e, em seguida, deslizou a mão pelo seu rosto.
"Você não pode ficar aqui
para sempre Princesa."
"Sim, eu posso." Ela
virou novamente e dessa vez ele a deixou. Ele deslizou sua mão sobre suas
costas, tocando seus ombros antes de se inclinar e beijar levemente seu rosto
enquanto ela continuou a falar. "Há um perseguidor invisível observando
cada movimento que fazemos e não temos ideia de quem seja." Levou o lenço
até seus olhos. "Essa pessoa poderia estar ali assistindo a fita com a
gente no trabalho e não teríamos nenhuma ideia de quem seria. Todo mundo é
suspeito! E se isso não é o suficiente para eu ficar aqui dentro, não se
esqueça que este fantasma mostrou imagens de nós transando para todas as
pessoas que trabalham com a gente!"
"Fritz vai pegá-lo e isso
tudo vai acabar em breve."
"Mesmo que ele o pegue,
não vai apagar o vídeo de nós dois da mente de todo mundo. Tudo pelo que
trabalhei tão duro se foi, fui de um membro respeitado no escritório, para sua
puta pessoal em tempo recorde." Começou a chorar, mas Joe virou-a para
encará-lo.
"Você tinha um contrato
comigo e cumprir as obrigações dele não faz de você minha puta pessoal. Nunca
me senti assim em relação a você e nem com as outras."
"Eles nos viram transando
na fita Joe, como não poderiam achar que sou uma prostituta?" Sentou-se e
olhou para ele, de costas para a cabeceira da cama.
"Mais uma vez, você estava
sob obrigação contratual e sem saber que havia um psicopata filmando a gente,
isso não faz de você uma puta."
"Mas não havia regras no
contrato dizendo que eu tinha que aproveitar isso" Finalmente admitiu.
"Isso é o que me torna uma prostituta."
"Não, isso é o que te faz
humana. Não há nada de errado em apreciar o sexo Demi, nossos corpos são
projetados para isso."
"Eu só não queria que as
pessoas nos vissem assim! Gostaria de poder voltar no tempo, para aquele
dia."
"O dia em que você invadiu
meu escritório?" Perguntou, interpretando suas palavras quando os cantos
de sua boca se contorceram.
"Não, o primeiro dia,
quando o deixei me convencer com sua fixação por 'sexo em público'."
Balançou a cabeça. "Deveria ter lutado e me recusado, então ninguém teria
sido capaz de nos filmar."
"Mas você não iria voltar
para o dia em que invadiu meu escritório? Isso evitaria tudo o que está
acontecendo."
"Não, eu não mudaria nada
do que fiz naquele dia." Disse honestamente.
"Estou surpreso de ouvi-la
dizer isso, pensei que era o seu maior arrependimento."
"Não, você me mostrou
coisas que nunca quero esquecer. Depois de tudo isso, o meu único
arrependimento é não ter te conhecido antes, porque agora, tenho que deixar o
escritório." Sussurrou enquanto as lágrimas começaram a acumular em seus
olhos novamente.
"Você não vai deixar o
escritório." Puxou-a em seus braços, confortando enquanto ela começava a
chorar novamente.
"Não tenho escolha."
Gemeu, a cabeça inclinada em derrota. Ele odiava vê-la assim e fez uma promessa
pessoal de que destruiria quem quer que estivesse fazendo isso para eles.
"Não há nenhuma chance no
inferno de eu deixar você sair do escritório, tire isso da cabeça. Fritz está
no rastro do sabotador, haverá uma prisão em breve e então podemos voltar para
nossas vidas. Tudo vai ficar bem."
"Não, não vai! Nunca
poderei enfrentar essas pessoas de novo, não posso voltar lá." Chorou,
abaixando sua cabeça, mas Joe agarrou seu queixo e levantou seu rosto para
olhar em seus olhos.
"Então vamos nos
casar." Disse ele e Demi imediatamente parou de chorar, olhando
completamente perplexa.
"O quê?" Ela
perguntou completamente atordoada com suas palavras desconcertantes. "Você
acabou de dizer 'vamos nos casar'?"
"Sim." Confirmou com
uma cara séria, deixando-a saber que não estava brincando.
"E você está falando
sério?" Foi mais uma declaração, em seguida, uma pergunta.
"É simples, se nos
casarmos, eles nunca poderão questionar a nossa relação. Eles saberão sem
sombra de dúvida, que você não é minha prostituta pessoal." Sorriu.
"Embora, eu goste como isso soa."
"De jeito nenhum, não vou
me casar com você para suavizar o golpe de humilhação pública." Negou com
a cabeça.
"Por que não?" Ele
perguntou, mais chocado com o fato dela se recusar a casar com ele, do que por
pedir-lhe em casamento.
"Porque é errado, não é ético!"
Explicou.
"Não, foder você escondido
no meu escritório enquanto estava sob contrato é antiético, estarmos casados,
depois de todos os nossos colegas de trabalho assistirem o nosso vídeo de sexo,
é prático." Não mediu as palavras.
"Mas ainda é pela razão
errada."
"Não me diga que a Srta. Demetria
Lovato Coração de Pedra é uma daquelas garotas bobas que só vai casar por
amor?" Ergueu as sobrancelhas.
"Sim, claro que sou!"
Disse, enquanto erguia seu queixo com orgulho. "Não há nada de errado em
se casar por amor, essa é a principal razão para se casar, em primeiro
lugar."
"Então, você é adepta do
casamento por amor?" Perguntou.
"É claro."
"É por isso que você
estava guardando sua virgindade também?"
"Eu me recuso a responder
essa pergunta." Virou a cabeça, recusando-se a olhá-lo.
"Você estava guardando a
si mesma para um casamento perfeito e seu noivo perfeito, não estava?"
"Talvez." Encolheu os
ombros.
"Então, se você estava
guardando sua virgindade para o casamento e eu a tirei, não faria sentido nos
casarmos?"
"Não, só o amor faz
sentido quando se trata de casamento."
"Bem, sei que você
definitivamente não me ama, às vezes me pergunto se você ainda me odeia."
"Claro que ainda te odeio,
você é horrível." O canto de sua boca levantou em sua fraca tentativa de
sarcasmo.
"Você também."
Sorriu, feliz por vê-la tentando sorrir.
"Touché." Ela
encolheu os ombros.
"Mas, independentemente do
que você é, eu não te odeio." Confessou e Demi observou-o por um momento,
vendo a verdade em seus olhos.
"Acho que não te odeio
também" Finalmente confessou, cansada de esconder isso. "Na verdade, Joe,
não odeio você totalmente. Gosto de você mais do que desejaria, muito
mais."
"Eu sinto a mesma
coisa." Disse tomando-lhe a mão e deslizando um anel em seu dedo.
"Joe..."
"Shhh." Levou um dedo
aos seus lábios, impedindo-a de falar. "Não é uma proposta, é apenas um
anel que quero que você use até isso acabar, mas há algumas regras."
"Não há mais regras, Sr. Jonas."
Negou com a cabeça.
"Só uma. Nenhum outro
homem além de mim." Alertou-a.
"Isso é fácil, já que não
vou mais transar até que eu encontre o homem com quem quero me casar e, então
realmente fazer isso."
"Quer dizer, quando você
encontrar o seu futuro ex-marido." Sorriu.
"Por que você diz
isso?" Fez beicinho.
"Se você vai esperar até
sua noite de núpcias para transar, significa que vai esperar tempo suficiente
para descobrir que o seu novo marido não pode fazer você se sentir do jeito que
eu faço. Sei exatamente como gosta de foder" Deslizou a mão por sua coxa,
empurrando seu vestido para cima. "Sei que vai divorciar-se dele antes que
a tinta da sua certidão de casamento seque. Então você vai voltar correndo para
mim."
"Você acha?"
Perguntou abrindo as pernas um pouco mais.
"Eu sei." Disse,
quando a ponta de seu dedo deslizou sob a borda da calcinha. "Agora que
você é minha noiva, vou começar a queimar todas as suas calcinhas."
"Pensei que tinha dito que
era apenas um anel?" Perguntou, confusa com o repentino sinal de esperança
que sentiu.
"É apenas um anel, um anel
que liga você a mim." Respondeu quando a ponta de seu dedo brincou com sua
boceta por um momento, antes de parcialmente entrar.
"Até o sabotador ser
pego?"
"Sim."
"E então o que vamos
fazer? Um grande rompimento em público?"
"Não, nós não vamos romper
publicamente." Enfiou o dedo dentro dela, fazendo-a arquear seus quadris
para fora da cama.
"Rompimento
discreto?"
"Sem rompimento." Ele
tinha acabado de se inclinar para beijá-la, quando seu celular tocou.
Normalmente, quando estava com Demi, ignorava seu telefone, mas havia uma
chance de ser Fritz com alguma informação.
"Sim." Falou no
telefone. "Merda! Nós estamos a caminho." Gritou, em seguida, olhou
para Demi, com uma expressão obscura no rosto. "Nós temos que ir."
"Onde?"
"Sua casa."
"Por quê? O que
aconteceu?"
"Alguém invadiu sua
casa."
*****
Boa noite minhas princesas.. Quem vocês acham que é o intruso? \o/
Bom, queria dar boas vindas à Lav, minha nova leitora. Espero que você esteja gostando, flor. Beijos ♥
Quero falar do meu ódio por vc,
ResponderExcluirGente esse advogado sampson, hmmmm...
Gente, acho que não é um suspeito é um conjunto, um pior que o outro ne kkkkk
Essa fic ta acabando? Não ne, pelo amor de Deus... e ela que tem outra temporada se não me engano, to ficando doente de ansiedade
Oh meu deus!
ResponderExcluirEu acho que é a Lila, sei lá...
Esse detetive tem que descobrir logo!
Ai quando descobrir, eu vou e mato! tão simples..
Eles vão se casar!! IUPI
IUPI IUPI IUPI *U*
Mai como assim invadiram a casa?
eu vou é matar quem invadiu :@
pqp, deixa Jemi em paz k7
Eu acho que é o Gavin Grant ....tenho uma pulga atrás da minha orelha dizendo que é ele..... posta mais!!!!
ResponderExcluirNoivos? Digam que se amam logo! E esse sabotador ainda vai fazer mal a eles? Ai Deus! Super curiosa.
ResponderExcluirEles estão noivos!! Lindo o Joseph pedindo ela em casamento <3
ResponderExcluirSão tantos suspeitos que eu nem tenho mais idéia de quem seja o sabotador, mas tô achando que possa ser duas pessoas, ou não né.
To amando muito essa fic e não quero que ela acabe.
Posta logo!!!
Beijo!!