Irritação
A manhã seguinte trouxe mais um dia de isolamento e
depressão. Joe estava saindo de seu caminho para evitá-la, o que somente
aumentava a irritação. Havia tantas coisas que ela queria falar com ele. Demi
precisava sair do quarto, precisava sentir o sol. Esperava que o ar fresco e o
sol pudessem ajudar a clarear sua mente congestionada e claustrofóbica. Passou
a maior parte da manhã e da tarde pendurada para fora da janela tentando
conseguir um pouco de ar fresco. O terraço ainda estava trancado, então não
podia sequer ir lá fora. Infelizmente, o fluxo de luz da janela não era o
suficiente.
Como se a promessa de outro devastador dia chato não fosse
ruim o suficiente... Joe a tinha enganado no café da manhã. Ele deixou um
bilhete explicando a carga de trabalho que tinha. Ele ligou várias vezes
durante o dia para checar como ela estava e mesmo na hora do almoço fez com que
ela tivesse a sua comida. Aquilo foi o máximo de interação social naquele dia.
Infelizmente, Alice estava tão ocupada quanto e não tinha condições de
visitá-la. A mãe de Demi e sua tia também estavam ocupadas e não estariam de
volta até o dia seguinte.
O que deixou Demi a examinar o verdadeiro significado de
isolamento. Depois de uma longa, monótona e dolorosamente lenta manhã, estava
coçando sua pele com tédio.
À tarde, estava deitada na cama, com a cabeça pendurada de
lado e seus cabelos longos e escuros esparramados no chão. O tédio era
poderoso, bem como destrutivo. Estava ficando louca, não poderia passar mais um
minuto neste quarto. Tanto quanto amava Joe e compreendia sua preocupação, ele
estava se tornando arrogante e ela estava ficando inquieta. Sua mente
continuava se lançando de um pensamento para outro, mas sempre voltava ao que
Gavin tinha feito a eles. Não podia continuar a deitar na cama e se debruçar
sobre o evento infeliz, precisava de algo para distraí-la.
Ao final da tarde, Demi não aguentava mais, tinha que sair
do quarto. Levantou-se, foi até o armário e pegou o primeiro biquíni que viu.
Precisava de um mergulho rápido para ignorar a frustração nascente que começava
a nublar seu bom senso. Colocou seu biquíni e correu para a piscina.
Estava um dia lindo e Demi inalou o ar fresco. Levou um momento
para girar e apreciar o sol em sua pele. Parecia que não saía há meses e se
sentiu tonta quando se aproximou da piscina. Caminhou até a piscina e colocou o
celular no chão. Saltou e a água fria imediatamente a envolveu e lavou seus
problemas. Ficou no fundo da piscina até sentir como se os pulmões fossem
explodir. Nadou até chegar à superfície sorrindo apesar da dor em seus pulmões.
"Demi!” A voz de Joe veio pelo celular e ela nadou até
a borda para pegá-lo.
"Sim?" Perguntou assim que cobriu a tela com uma
toalha próxima.
"Vou terminar em breve. Por que não posso vê-la?”
"Hum, deve ser algo errado com a tela, não tenho
certeza.” Respondeu, tentando espantar o pássaro cantando na árvore. O pássaro
cantava alto e a árvore estava perto o suficiente para que Joe pudesse ouvir.
"Onde você está?" Perguntou obviamente ouvindo o
pássaro no fundo.
"Eu estou, hum..." saiu da piscina, pronta para
correr de volta para o quarto.
"É melhor você estar no quarto!” Ele latiu.
Demi cuidadosamente pegou o telefone celular, a toalha e sua
roupa antes de voltar para a casa.
"O que você está fazendo aqui fora?" Joe latiu
assim que ela passou pela porta dos fundos.
"O que lhe parece, gênio?" Ela sorriu, mas sua
tentativa de sarcasmo não difundiu seu temperamento.
"O que foi que eu disse?” Ele gritou, agarrando seu
braço.
"O que você não me disse? Você me deu 300 regras."
Puxou o braço para trás.
"É melhor você me responder Princesa." Ele rosnou,
batendo em sua bunda. Ela fez beicinho e remexeu sua bunda, um movimento que
ele amava. Ele escondeu o desejo de dobrá-la e deslizar dentro dela.
"Suba!" Resmungou e ela fez beicinho em troca.
"Eu preciso de um pouco de ar, Joe. Não consigo mais
ficar naquele quarto! Eu quero nadar.” Reclamou.
"Eu vou levá-la de volta para nadar depois de
escurecer. Agora, leve o seu rabo de volta para aquele quarto.”
“Certo." Ela se dirigiu para as escadas com Joe logo
atrás.
"Eu não quero você vestindo biquíni de novo.” Disse ele
enquanto abria a porta do quarto.
"Por que não?"
"É muito revelador.” Respondeu assim que bateu a porta
atrás de si. Estava preocupado com o pensamento de outro homem vê-la assim.
Seus primos estavam espalhados por toda parte e não queria que a vissem assim.
"Este é o biquíni que você comprou para mim no
Havaí." Seus seios empinaram quando ela colocou as mãos nos quadris e Joe,
mais uma vez, lutou contra o impulso de atacá-la.
"Eu não me importo." Queria estar dentro dela mais
do que estar em outro lugar. No entanto, mantê-la segura era fundamental e não
podia se distrair até que a casa estivesse segura.
"Pensei que você gostava desse tipo."
"Não com você. O pensamento de outro homem olhando para
você me faz passar mal, para não mencionar homicida.”
"Diz o homem que me preferia nua no meio da multidão.”
Zombou.
"Eu já te falei... aquilo acabou. Quero você seminua
apenas quando estivermos a sós.”
“Você é tão confuso. Como conseguiu lidar com essa mudança
drástica de atitude?” Ela retrucou mais frustrada por que não poderia continuar
nadando.
"Eu não sou o único com uma mudança drástica. Não faz
muito tempo que você odiava biquínis, agora está discutindo comigo para
vesti-los.” Ele a cutucou.
"E isso é tudo sua culpa, você forçou a me sentir
confortável na minha própria pele. Além disso, gosto da sua reação quando os
visto agora. Então, qual é a sua desculpa?”
"Eu me preocupo agora." Joe não tinha ideia do que
mudou, mas não poderia suportar a pensamento de alguém mais admirá-la. Estava
enojado com o que tinha feito antes, mas em sua defesa, não tinha ideia de que
se sentiria desta maneira por ela. Não tinha ideia de que este tipo de
sentimento realmente existisse. O amor sempre parecera um absurdo conto de
fadas que ele nunca conseguira se lembrar.
Com seu recém-descoberto amor, veio seu ciúme. Claro, ele
tinha ouvido a palavra antes, mas nunca teve a intenção de experimentar. Ciúme
parecia tão provável quanto passar o fim de semana em Marte. No entanto, embora
o ciúme tivesse uma vez parecido absurdo, agora parecia uma emoção tão antiga
quanto o tempo. Era como um amigo que ele nunca tivesse conhecido, mas sentido
como se fosse um irmão, no momento em que foram apresentados.
"O que acontece se eu usar um na frente de
alguém?" Brincou com ele.
“Vou levá-la para o meu quarto, rasgá-lo e amarrá-la na cama
com ele. Então, vou bater em sua bunda e vou reexplicar as partes de seu corpo
que me pertencem.” Deslizou a mão no meio do peito dela.
"E que partes são essas?” Continuou ela quando as mãos
dele continuaram a descer sua barriga.
"Tudo." Colocou o dedo em sua parte inferior do
biquíni.
Ele estava em transe, vê-la seminua deixou seu pênis
gritando por misericórdia. Ficou lá, incapaz de falar. Queria arrancar sua
roupa de banho e afundar sua irritada ereção profundamente dentro dela. No
entanto, sabia que uma vez que estivesse lá, nunca iria querer sair. Ele se
tornaria tolo e obcecado e negligenciaria seus deveres. Ficaria tão consumido
com sexo e por Demi, que seu cérebro se tornaria lento. Não poderia protegê-la
se não estivesse alerta. Não poderia mantê-la segura se sua mente estivesse
sexualmente induzida à falha mental.
Demi viu quando uma vasta gama de expressões passou pelo
rosto de Joe. Sabia o que ele queria. Ela manteve os olhos fixos nele quando
correu sua mão para baixo do centro de seu peito. Podia ver seu controle
começar a renunciar quando sua mão se aproximava de sua furiosa ereção.
Deslizou sua mão na frente de suas calças antes de apertar seu pau duro como
uma rocha.
Ele agarrou a frente de seu biquíni e tirou a cortina para o
lado, expondo seu seio. Deslizou seu dedo através de seu mamilo quando ela
começou a apertar seu pau latejante. Quando começou a desabotoar sua calça, ele
baixou a cabeça para seu peito e tomou o mamilo em sua boca. Demi deslizou a
mão dentro das calças e libertou seu pau grosso. Joe estava pronto para pegá-la
e jogá-la na cama quando seu telefone tocou.
"Ignore.” Ela sussurrou, enquanto agarrava seu pênis.
"Joe?" Eles ouviram retumbar a voz de Royce
através do telefone.
Droga de aplicativo walkie-talkie! Ambos mentalmente
assobiaram.
"Não." Demi balançou a cabeça quando Joe estendeu
a mão para o telefone. Ela tentou tirá-lo dele, mas não foi rápida o
suficiente.
"Sim.” Respondeu Joe a seu primo.
"Aquele imbecil derrubou a cerca!" Royce gritou.
"A seção em que estávamos trabalhando?" Joe
perguntou, abotoando o jeans.
"Sim, toda a maldita seção.” Royce latiu.
"Porra, estou a caminho.” Joe disse, enquanto observava
Demi correr através do quarto.
Ela usou seu corpo para bloquear a porta. "Você não vai
a lugar nenhum.”
"Eu tenho que ir. Preciso cuidar desse muro de uma vez
por todas."
"Deixe-os lidar com isso. Quero estar com você bem
agora." Ela tirou a parte de cima do biquíni e a deixou cair no chão.
"Mmm." Ele gemeu, quando viu seus seios. "Eu
preciso ir cuidar dessa cerca."
"Não, você precisa cuidar disso." Ela agarrou sua
mão e forçou-o a baixar o biquíni. Ela engasgou quando seus dedos espalharam
por todo seu sexo nu.
"Eu preciso terminar esta cerca.” Raciocinou consigo
mesmo enquanto tentava remover a mão de seu biquíni.
"Foda-se a cerca." Ela apertou suas coxas,
prendendo a mão dele e ele se inclinou para beijá-la.
Ele abruptamente se afastou dela. "Não, eu voltarei.”
"Joe!” gritou em frustração. Ela agarrou seu braço,
enterrando os dedos em sua pele para mantê-lo junto dela.
“Demi, por favor, eu não posso. Não posso me permitir perder
o foco... isso é sério. Esta cerca é o que mantém os intrusos para fora, e
preciso consertá-la agora.” Ele a moveu gentilmente para longe da porta e
beijou sua bochecha antes de sair.
Ela estava começando a se preocupar com ele. Ele estava se
tornando obcecado com segurança, como estava com o retorno de Gavin Grant. Ele
não tinha dormido muito e não estava comendo o suficiente para manter um gato
vivo.
Entretanto, o que a deixou mais perplexa foi que ele estava
recusando sexo.
Na primeira semana, até poderia entender o seu motivo para
evitar o sexo. Ele estava preocupado com a segurança dela e o amava por isso.
Agora, percebeu que era algo mais. Sexo o tinha colocado em um monte de
problemas ao longo dos anos e percebeu que estava tocando como um fator na
tomada de decisões. Poderia garantir que ele estava com medo que pudesse perder
o seu foco. Sabia que essa era a razão que de repente ele parecia tanto
evitá-la.
Sentiu que ele precisava de sexo, estava muito tenso e excessivamente
irritável. Ela precisava fazer algo sobre isso. Precisava colocar sua mente à
vontade da melhor maneira que ela sabia como fazer.
Joe passou uma noite em claro se preocupando com táticas de
fuga de Demi. Não podia deixá-la correr livremente agora, mas não podia estar
perto dela por longos períodos. Embora mantê-la por perto derrotaria seu
propósito e sua vontade seria posta à prova, ele teria que fazê-lo. Não estava
apto a se concentrar em seu trabalho se estivesse preocupado com ela correndo em
volta da casa.
Felizmente, o ódio de demonstrações públicas de afeto de
Demi iria beneficiá-lo desde que seus primos estivessem próximos. Ela não
tentaria seduzi-lo, o que tornaria as coisas muito mais fáceis.
Joe acordou naquela manhã sabendo o que precisava fazer.
"Vista-se. Quero você coberta do pescoço aos pés. Você
virá comigo hoje.” Joe Informou Demi.
Ela animadamente pulou da cama. "Você vai me deixar
sair deste quarto?”
"Não, não vou deixar você caminhar livremente. Vou
mantê-la sob vigilância."
"Mas minha mãe e minha tia virão hoje. E eu disse que
iria almoçar com elas.”
"Você deveria ter pensado nisso antes de fugir ontem.
Vista-se.” Ele exigiu enquanto se dirigia em direção à porta.
Demi levou o seu tempo para ficar pronta. Esteve ansiosa
para almoçar no quintal com a mãe por dias. Embora Joe não soubesse que seria
no quintal, estava confiante de que pudesse convencê-lo.
Quando ficou pronta, Joe levou-a para fora e para o lado da
casa em que ele estaria trabalhando. Ela notou que ele estava mantendo
distância dela e tentou esbarrar nele ou empurrar seus seios em seus braços.
"Então, o que exatamente nós vamos fazer?"
Perguntou quando olhou para o lado da casa.
“Nós não vamos fazer nada.” Ele apontou para a cadeira.
"Você vai ficar sentada enquanto instalo novas câmeras de segurança.”
Tê-la tão perto seria uma distração ruim para ele. Mas sabia
que não poderia ter o trabalho feito se ela não estivesse junto. Sabia que ela
iria acabar voltando para piscina ou pior. Como ela estava ficando impaciente, não
se surpreenderia se ela corresse para o shopping.
"Você já falou com o seu pai?"
"Não.” Respondeu secamente.
"Você não acha que as câmeras do segundo andar são um
pouco excessivas?" Perguntou.
"Não, um homem raptando-lhe duas vezes é excessivo.
Este é um meio lógico de proteção. Além disso, não esqueça que ele esteve até
em nosso quarto. Ele estava aqui conosco naquela noite, muito antes de fazer
sua presença ser notada.” Disse antes de subir a escada.
O pensamento deu calafrios a Demi. Lembrava-se claramente
daquela noite, não importa o quão duro tentasse esquecer. Estava mais uma vez
grata por Joe e sua feroz necessidade de protegê-la.
Quando Joe terminou de instalar as câmeras, ele desceu da
escada para ver que Demi tinha sumido.
"Demi!" Joe gritou. Ele deu a volta ao lado da
casa, gritando o nome dela.
“Eu estou aqui fora.” Ele a ouviu e correu para o quintal.
Ficou aliviado ao vê-la sentada na espreguiçadeira à beira da piscina.
"Eu falei para você ficar perto de mim.” Ele latiu,
quando caminhou até ficar ao lado de sua cadeira.
"E eu falei que estava cansada e você exigiu que eu
ficasse aqui fora com você enquanto você instalasse mais câmeras de segurança.”
"Porque você tenta escapar toda vez que eu saio?"
"Só uma vez, Joe."
"E não haverá uma segunda vez. Eu quero você na minha
frente.”
"Estou perfeitamente segura aqui."
"Eu não quero você de volta aqui sozinha."
"Mas não estou sozinha." Ela apontou para a porta
dos fundos, assim que se abriu. "Eu disse que elas estavam vindo para o
almoço.”
"Tenho torta de maçã e champagne. Pam está trazendo a
torta de morango." Dianna sorriu, enquanto escorregava para o gramado a
cadeira próxima a Demi. "Espero que você esteja com fome Joe.”
"Vou ter que fazer uma checagem antes da chuva."
"Mas nós fizemos-lhe um banquete." Antes de Dianna
sentar, uma de suas assistentes espalhou uma seda com estampa de leopardo sobre
a cadeira. "Joe, meu querido menino, você deve investir em novos móveis no
gramado. Isso é terrivelmente simples meu querido.”
"Eu gosto." Demi sorriu quando ficou confortável.
"Eu posso decorá-lo com vermelho.”
"Talvez com alguns tons de terra vermelha. Como tons de
chocolate e baunilha com um toque de vermelho. Pensando bem, talvez mais
vermelho.” Dianna assentiu com a cabeça enquanto olhava ao redor.
"Um forte tom de vermelho." Demi sorriu.
"Eu tenho a sua torta aqui querida.” Pam disse quando
caminhou até eles.
“Joe, sente-se e faça uma pausa. Você não comeu o dia
inteiro.” Demi deu um tapinha no assento ao lado dela.
“Eu tenho que fazer isso.”
"Você precisa comer alguma coisa."
"Comi um bife e um sanduíche de ovo mais cedo. Fique
exatamente aqui Demi e é melhor você não se mexer.” Ele avisou.
"Eu não vou."
"Fique perto de sua mãe, estarei de volta assim que
você precisar de mim."
"Ok.” Respondeu descaradamente.
"Estou falando sério." Ele beijou sua testa antes
de se afastar.
"Ele está apenas preocupado com você querida. Não fique
chateada." Dianna bateu no joelho de Demi quando Pam pôs a torta na mesa.
"Não estou chateada, apenas frustrada. Estou tentando
ser compreensiva, mas está se tornando muito exigente. Bem, mais exigente que o
habitual. Ele se assustou porque eu fui nadar sozinha.”
"Também não quero que você nade sozinha. Não com o
cúmplice de um maníaco possivelmente a solta.” Pam acrescentou e Dianna
assentiu.
"Nós não sabemos se ele tem um cúmplice, não há nenhuma
prova." Demi preferia acreditar que não havia cúmplice.
"E não há nenhuma prova de que ele não tenha."
Respondeu Pam.
Demi sentiu os cabelos na parte de trás de seu pescoço
arrepiar. Ela era uma advogada, precisava saber, mas não saber era mais fácil
de lidar.
"O medo de Joe é que algo possa acontecer com você de
novo e ele vai protegê-la de qualquer jeito que puder. Sei que você não quer
ouvir isso, fico muito feliz que ele esteja indo a estes extremos para
protegê-la.” Explicou a mãe. Ela conhecia os homens e como alguns deles
poderiam reagir após um evento traumático.
Pam assentiu com firmeza. "Eu concordo.”
"Ele quer me prender e me manter a salvo, enquanto eu
quero celebrar a vida que quase perdi. Quero celebrar com ele a cada passo do
caminho. Eu só quero que as coisas sejam como eram antes.”
“Vocês dois tiveram reações diferentes para o que lhe
aconteceu. Isso é perfeitamente normal.” Disse Pam quando começou a servir a
torta.
"Está tudo bem?" Julius perguntou, puxando um
frasco do bolso, enquanto seu primo Joe observava a tempestade chegando a eles.
"Aquela é a mulher mais teimosa que já conheci em minha
vida!" Joe se enfureceu, tomando o frasco de seu primo e dando um gole na
bebida com fluídos de fogo.
Seu primo Royce sorriu. "Isso é porque ela é a única
mulher que você já se preocupou na sua vida. O amor muda a dinâmica.”
"O amor muda tudo.” Julius acrescentou.
"Em seguida, adicione a experiência de quase morte em
cima disso. Estou certo de que sua teimosia é apenas um efeito colateral do
trauma que ela experimentou. Isso obriga a alterar qualquer psique.” Royce
explicou.
"Confie em mim, ela sempre foi teimosa." Joe
passou o conhaque de volta a seu primo. Percebeu que seu primo estava
parcialmente certo, o incidente mudou um pouco tanto ele quanto Demi.
"Ela vai se acalmar uma vez que as coisas voltem ao
normal.” Royce tentou tranquilizá-lo.
"Não, ela não vai. Quando ela mete alguma coisa na
cabeça, não há como pará-la.” Joe o corrigiu.
"Talvez devesse dar-lhe um pouco mais de liberdade.”
Julius sugeriu.
"Claro que não. Quero prendê-la longe, em meu quarto,
até Gavin estar morto. Devia ter matado aquele filho da puta quando tive a
oportunidade.”
"Nós ainda temos uma chance. Conheço o diretor, talvez
pudesse mexer os pauzinhos.” Disse seu primo com um sorriso. Joe acreditava
nele, Julius era um pouco perigoso e amava um pequeno caos.
Ontem, Joe não fez muita coisa. Passou a maior parte de seu
tempo verificando Demi.
Embora ela estivesse com a mãe e a tia, não conseguiu se
conter. Não cometeria o mesmo erro hoje, tinha muito trabalho para fazer que
sobrara de ontem. Queria ela a salvo no quarto, onde pudesse checá-la com
apenas uma ligação.
Demi não estava satisfeita com sua decisão, mas não iria
lutar com ele. Ele estava se matando de trabalhar para mantê-la segura, como
ela poderia negar isso?
À tarde, ela estava enlouquecendo um pouco. Nunca tinha
estado tão entediada em sua vida. Ela poderia pensar um milhão de coisas que
podia fazer do que ficar sentada no quarto. Nunca tinha sido uma dessas de ter
conversas ao telefone, a menos que estivessem relacionadas ao trabalho. No
entanto, encontrou-se tão entediada que estava mesmo disposta a falar ao
telefone com sua mãe. Chegou a apreciar um pouco o talento dramático de sua mãe
e as longas histórias que ela contava. Elas faziam o tempo passar mais rápido.
Em momentos como este, desejava ter uma pilha de trabalho à
sua frente. Seria capaz de deixar tudo tão bem feito, mas não tinha ideia do
que estava acontecendo no escritório. Ela nem sequer tinha um caso para ajudar
a alguém trabalhar. Foi quando decidiu ligar para Paul e ver como tudo estava
indo, então ligou pra ele na sua linha direta.
"Paul Jonas.”
"Olá, Paul!"
"Bem, oi Devonne, que prazer te ouvir. Como você
está?"
"Estou tão grata que você esteja bem, nós estivemos
muito preocupados com você. Como você está se sentindo?"
"Estou muito agradecido que a minha, em breve
ex-mulher, tenha uma pontaria horrível.” Ele riu.
"Eu também. Como você está se sentindo... fisicamente?
Você está bem?"
"Sim, me sinto incrível considerando o que
aconteceu."
"Bom. Então, como está tudo no trabalho?” Ela não
estava só preocupada com ele, também estava com uma necessidade desesperada de
alguma informação. Inferno, ele me contentaria com fofocas agora.
"As coisas estão voltando ao normal. Bem, de certa
forma normal. Embora não seja o mesmo sem você e Joe aqui."
"Nós não vemos a hora de voltar." Demi estava
contando os dias até voltar a trabalhar.
"Como está Joe?" Paul perguntou e Demi podia ouvir
a tensão em sua voz.
"Ainda teimoso."
"Ele não quer falar comigo ainda?" A voz de Paul
estava cheia de tristeza.
"Ainda não, mas estou trabalhando nisso." Demi
tranquilizou-o.
"Muito obrigado, Devonne, isso significa o mundo para
mim."
"Claro. Então você já encontrou um substituto para
Gavin Grant?"
"Sim, Clive Baker. Conheço ele e sua família por anos.
Seu pai e eu fomos para a faculdade juntos. Eles não têm segredos escondidos.
Ele é um homem honesto, trabalhador e um grande advogado de defesa."
"Bom. E Miley Cyrus?" Ela tinha pensado quão
injusto seria se Miley tivesse perdido seu trabalho.
"A secretária do Grant?"
"Sim.”
"Bem, ela tem ajudado Liam no escritório no momento. Eu
não tenho certeza se Baker vai mantê-la, embora eu vá sugerir isso."
"Existe alguma maneira que eu poderia contatá-lo? Ela é
uma boa secretária e faz parte do escritório por um longo tempo. Odiaria vê-la
sair. Não acho que ela deveria pagar pelas ações de Gavin Grant.”
"Concordo, vou falar com ele também. Vou te enviar o
número por e-mail logo de manhã."
"Obrigada."
"Não há de que. Continue falando com Joe por mim."
"Eu vou.”
"Ah e Devonne, eu quase esqueci. Um jornalista fez uma
grande propagação de seu calvário. Ele publicou na primeira página."
"Você está brincando comigo?" Ela sentiu o sangue
ferver com o pensamento de estar tão exposta.
"Não. Ele ainda incluiu o seu e-mail profissional no
artigo."
"Quem é o repórter? Eu terei seu trabalho ao meio-dia.”
Ela sussurrou.
"Eu acho que isso poderia ser uma coisa boa. O público
está respondendo e as pessoas estão dando um grande apoio. Houve milhares de
e-mails e chamadas no que diz respeito à sua saúde. As pessoas têm até mesmo
passado pelo escritório para ver como você está ou apenas para deixar
flores."
"Sério?"
"Sim. Verifique o seu e-mail quando tiver uma chance,
você vai ver o que eu quero dizer."
"Tudo bem, obrigada. Eu falo com você em breve."
Ela desligou o telefone e deitou-se na cama, analisando o que Paul tinha
acabado de lhe dizer. Ela sentou-se de novo, pronta para ligar para sua mãe e
falar com ela sobre isso, quando o telefone tocou.
"Alô?"
"Devonne como você está?" Petal perguntou.
"Petal oi. Eu estou indo bem. Ainda trancada no
quarto."
"Jonas ainda não vai deixá-la sair?" Ela disse com
uma risadinha.
"Não, ainda não."
"Bem, pelo menos ele está levando você a nossa festa
neste fim de semana."
"Que festa?"
"Jonas não lhe disse?"
"Não."
"Bem, Alex e eu decidimos dar a última festa. Esta será
a festa que vai ofuscar todas as outras. Nós teremos a festa da década aqui.”
Petal ronronou.
"Festa de sexo?" Perguntou Demi e o pavor começou
a enchê-la.
"Sim, mas não é uma festa qualquer de sexo. Esta será
de depravação total. Comprometo-me a entregar a mais perversa festa que você já
experimentou."
"E Joe concordou com isso?"
"Acredito que ele fez a reserva com Alex."
"Petal, tenho que te ligar depois."
"Está tudo bem querida?"
"Sim... eu te ligo de volta.” Disse Demi e desligou o
telefone.
Demi vestiu seu robe e os sapatos mais próximos. Saiu do
quarto e desceu as escadas, pronta para a batalha. Saiu pela porta da frente e
caminhou para Joe, seus saltos batendo a cada passo.
Joe sabia que era Demi antes de se virar. Ele conhecia os
passos dela bem como os seus próprios. Em casa ou no escritório, Demi sempre
poderia expressar sua raiva através de seus passos.
"Joe." Ela colocou a mão em seu quadril quando ele
se virou para ela.
"O que você está fazendo fora do quarto?" Joe
latiu.
"Eu preciso falar com você!” Seu tom de voz estava
perigosamente baixo e seus olhos castanhos brilhavam de raiva.
Conhecia aquele olhar, não o tinha visto ultimamente, mas
conhecia muito bem.
"Eu já volto.” Ele disse aos seus primos, antes de
pegar Demi e se dirigir para a casa.
Ele levou-a para cima até seu quarto e fechou a porta atrás
dele.
"Eu falei para ficar no quarto! E onde está o seu
walkie-talkie?" Ficou furioso.
"Petal me ligou."
"E daí?"
"Daí que ela me contou sobre a sua grande festa."
"E daí?" Joe não conseguiu ver o motivo.
"Daí que ela disse que será a festa de sexo mais
perversa de todas. A festa que ofuscaria todas as outras.”
"Eu não me importo. Onde está seu celular?"
"Ela me disse que você fez reservas para nós! Deixe-me
dizer uma coisa Sr. Jonas, eu não vou! Nem louca que vou entrar em mais uma
daquelas festas. Nunca! Concordei em ir porque estava sob contrato e admito que
talvez estivesse um pouco curiosa, mas não vou mais participar dessa
depravação."
"Eu não fiz reservas. Nós não vamos."
"Eu não..." Ela parou e olhou para ele por um
segundo. "Como? Você acabou de dizer que nós não vamos?” Perguntou
perplexa, pronta para continuar discutindo. Tinha preparado este discurso no
minuto em que desligou o telefone com Petal e ela queria por tudo pra fora.
"Nós não vamos para aquela festa, eu não tenho a
intenção de levá-la para outra. O fato de ter levado você na primeira me deixa
enjoado.” Ele fez uma careta.
Ele ainda estava com raiva de si mesmo por tentar fazer Demi
caber em seu mundo perverso. O pensamento de levá-la àqueles lugares parecia
obsceno agora. Estava com raiva de si mesmo por tê-la exposto àquele estilo de
vida. Não queria que ela fosse como ele. Gostava da sua pureza e o respeito que
ela havia mostrado por seu corpo.
No passado, quando não gostava dela, queria desrespeitá-la.
Agora, queria mostrar-lhe o respeito que ela merecia. Também queria mantê-la
toda para si mesmo, ela era sua e era tudo o que tinha.
"Sério?"
"Sério. As festas serviram ao seu propósito, mas não
preciso mais delas.” Ele sorriu, embora estivesse sério. Era estranho como seus
sentimentos tinham mudado. Coisas que uma vez apreciara pareciam agora
imaturas, absurdas e impróprias. Pra não falar chato em comparação com o que
tinha agora. Demi era mais divertida do que qualquer das festas que tinha
estado.
"De verdade?" Ela pensava que nunca o ouviria
dizer aquilo.
"De verdade.” Disse ele, sorrindo para sua surpresa.
"As coisas são diferentes agora. Eu estou diferente.”
"Como?" Ela precisava ouvi-lo dizer isso.
"Foi naquela última festa que levei você também. Ela me
mudou. Quando vi todos, inclusive meus amigos olhando para você, tive uma
vontade enorme de queimar seus olhos. Queria sair daquela sala igual a um
maníaco com um machado em punho. Não quero que ninguém te veja assim de novo...
só eu. Quero envolvê-la com tecido do seu pescoço até os dedos dos pés. Quero
que todos a respeitem da maneira que eu te respeito agora. Quero que vejam que
você é uma Princesa, quero que eles saibam que é minha princesa. Só minha.
Quero que percebam que se eles sequer olharem para você por muito tempo, vou
fodidamente matá-los. Nunca vou compartilhar você e me recuso a sujeitá-la a
esse tipo de perversidade novamente. Levá-la para outra festa de sexo é um
ingresso para o fracasso ou um bilhete só de ida para a cadeia."
"O maior viciado em sexo do mundo está se recusando ir
a festa de foda da década?" Ela balançou a cabeça em descrença. "Eu
nunca pensei que veria este dia."
"Estou cheio delas. Isto começou como uma distração e
tornou-se um modo de vida. Foi bom antes, mas não mais. Mais uma vez, as coisas
mudaram."
"Distração de quê?"
"Minha família. Ao me tornar adulto, teria feito
qualquer coisa para sair da minha casa naquele momento. As festas eram o único
momento na minha vida que eu estava à vontade. O caos na minha casa era demais
para mim, meus pais estavam sempre em guerra. O caos nas festas era
entorpecente e sexualmente orientador. Elas me distraíam da prisão da minha
vida. O sexo era a única maneira que conhecia para aliviar a minha mente e meus
pensamentos violentos. Eu teria provavelmente sido ignorantemente feliz assim
para o resto dos meus dias. Mas, te conheci, e tudo mudou."
"Não consigo acreditar que você não está nem um pouco
tentado a ir para essa festa."
"Não, você é a única coisa que me tenta. Prefiro estar
com você em um pequeno quarto, nua, sem comida ou água do que em qualquer outro
lugar do mundo.” Disse com uma sinceridade que a fez sorrir.
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Desculpem, não estava em casa ontem. Amanhã posto dois, se vocês comentarem. Beijos.
O Joe ta ficando paranoico coitado......a Demi não vai conseguir se segurar muito tempo não.... já está ficando a ponto de bala....... e essa declaração no final ...... que lindooooo!!!!!! Amo essa fic.... posta mais pfvrr....
ResponderExcluirJoe ♥♥♥♥♥♥
ResponderExcluirVem pra mim
Com a Demi provocando o Joe o tempo todo eu acho que ele não vai agüentar por muito tempo.
ResponderExcluirE essa declaração do joe no final foi linda<3<3
Continua...
Gi, queria saber se você deixa eu postar a 1 temporada dessa fic no Social Spirit que é um site de fanfics, claro que botaria os créditos ^-^ queria saber se posso? É so responder aqui ou no cap 5 como você sempre faz :)
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