6.10.14

Capítulo Quinze (1/2)






Segunda Semana

O grito estridente do despertador de Demi tocou implacavelmente pelo quarto, seu som detestável ricocheteou nas paredes entrando pelos seus tímpanos sensíveis como balas. Normalmente acordava descansada e pronta para levantar, mas esta manhã foi diferente. Este som utilizado para sinalizar o início de um novo dia, representava o toque da oportunidade, mas onde antes trazia o formigamento de uma expectativa ansiosa, agora enchia seus sentidos com medo. Depois da longa noite que tinha passado tentando apaziguar os desejos intermináveis de Joe, a última coisa que queria fazer, era ficar no tribunal e argumentar seu caso. Seu corpo ainda estava formigando, seus seios estavam sensíveis da boca impaciente de Joe e ela não tinha certeza se seria mesmo capaz de arrastar-se para fora da cama, muito menos enfrentar o dia.
Em um movimento raro, apertou o botão de soneca e virou para o outro lado voltando a dormir. Parecia que tinha fechado os olhos apenas por um segundo antes de seu despertador tocar novamente. Ela se forçou a sair da cama, olhando para Joe, que nem sequer foi perturbado pelo toque horrível. Claro que ele não levantaria por pelo menos mais uma hora. Suas pernas pareciam que estavam envolvidas em aço pesado quando colocou os pés no chão, eles por sua vez, desabaram no tapete. Quando o choque de seus pés batendo no chão correu pelas pernas sacudindo sua vagina, deduziu que hoje seria um daqueles dias que desejaria ficar apenas em casa.
Sim, hoje seria extremamente difícil.
Ela se arrastou para o banheiro, onde tomou um banho rápido, quase com medo de tocar seu próprio corpo. Ela ainda estava um pouco sensível em certos lugares, mas este não era o problema verdadeiro. Por alguma razão estranha, seu corpo ainda estava em um estado quente de excitação e apenas correr a toalha sobre sua pele era demais para seus sentidos. Com cada movimento de sua mão, ela estava realmente tendo flashes de Joe e as coisas que ele tinha feito com ela.
Se não parasse de tomar banho, sabia que iria correr para o quarto, saltar em cima de Joe e exigir seu trabalho nela. Esta era uma humilhação que ela não estava disposta a viver.
Secou-se e envolveu a grande toalha macia em torno de seu corpo molhado, em seguida, foi à enorme cozinha para fazer uma jarra de café. Ela olhou para a ampla bancada preta em mármore, vendo o saco do famoso biscoito de chocolate e sentiu um rubor se espalhar em seu rosto. Não conseguia entender, quando havia se tornado tão romântica e ridiculamente tonta? Xingou Joe baixinho e subiu novamente para se vestir rapidamente, enquanto o café estava passando.
Caminhou de volta para o quarto, vendo que Joe não tinha sequer se mexido e quis saber como conseguia dormir durante o seu próprio ronco, que parecia o som de uma motosserra pequena presa em seu nariz. Como ele poderia apenas estar dormindo tão pacificamente e nem um pouco preocupado com o dia? Ela queria pegar o livro em sua cômoda e bater em sua cabeça, mas sabia que ele apenas iria jogá-la no chão e continuar a molestá-la. Ela sorriu e caminhou até a cômoda, abriu a pequena gaveta de cima onde guardava suas calcinhas, então franziu a testa quando viu que estava vazia.
"Joe" gritou do outro lado do quarto e na hora ele parou de roncar. Pisou em cima da cama e bateu em seu ombro "Acorda Joe!" gritou.
"O que foi?" murmurou enquanto olhava para seu despertador, seu primeiro pensamento era que ele estava atrasado.
"Onde estão todas minhas calcinhas?"
"Elas se foram." respondeu enquanto tentava puxar o travesseiro sobre a cabeça e voltar a dormir. Ela pegou o travesseiro e atirou no pé da cama.
"Quero de volta para mim agora!" retrucou quando bateu o pé. Ele virou-se para olhar para ela, com os olhos faiscando de raiva.
"Eu te falei que se você usasse aquilo mais uma vez, iria me livrar delas." Disse ele, apontando um dedo acusador para ela, "Agora você tem que fazer o que eu mandar."
"Mas tenho uma audiência hoje!" ela gritou.
"Eu não me importo."
"Bem, eu me importo! Tenho que ir ao Tribunal de Justiça e defender um homem inocente contra um promotor implacável, que me odeia porque não pode me derrotar."
"E..."
"E...", ela estava literalmente a três segundos de enforcá-lo. "O que você quer dizer com isso?"
"Você não precisa de calcinha para isso."
"Você ficou maluco? De jeito nenhum que vou entrar naquele tribunal sem calcinha!"
"Por quê? O único jeito de alguém naquela sala de Tribunal saber que não está usando calcinha é se você levantar sua saia. E se você levantar sua saia sem estar no quarto comigo, é uma violação do contrato, então você não tem nada para se preocupar Princesa" disse ele com um sorriso, como se tivesse acabado de resolver o problema para ela. Olhou para ele como se estivesse louco, ela nem sabia como responder a isso.
"Aberração controladora." Ela se virou para se afastar dele.
"Venha aqui." Disse ele agarrando sua mão.
"Não, tenho que me arrumar."
"Tenho 20 minutos antes deste despertador tocar e já que você me acordou antes, você vai me divertir até que isso aconteça." Ele sentou-se contra a cabeceira da cama "Tire a toalha."
"Nós não temos tempo para isso, vamos chegar atrasado e eu me recuso a estar atrasada por sua causa. Já é ruim o suficiente que tenho que ir ao tribunal sem sutiã."
"Ou calcinha." Ele sorriu e ela não conseguia parar de bater em seu peito. Joe riu em resposta.
"Você é um idiota." sussurrou.
"É melhor você tirar a toalha agora mesmo ou eu garanto que você vai se atrasar. Você não vai sair deste quarto até que eu tenha terminado com você."
Oh, tudo bem, ela iria tirar a toalha e envolvê-la ao redor do seu pescoço, até que ele desmaiasse. Em vez disso ficou em pé quando tirou a toalha de seu corpo e depois a deixou cair no chão com um rápido aceno de sua mão.
"Feliz agora?" Olhou para ele, com as mãos nos quadris.
"Muito feliz." ele sorriu, sentindo-se honrado por ser capaz de simplesmente olhar para ela, em seu próprio tempo livre. "Agora gire para mim." Ele exigiu e ela se virou lentamente, mostrando-lhe tudo.
"Você só faz isso para me humilhar." disse.
"Não, eu já te falei que faço isso porque amo olhar para você..." ele estendeu a mão e puxou-a para a cama ao lado dele, em seguida, deslizou a mão para baixo em sua barriga e descansar sobre sua boceta "e tocar em você. Eu me recuso a perder algo tão agradável e pretendo aproveitar cada segundo disponível que tenho com você."
"E você ainda está ciente do fato de que não suporto você?" disse, mas não tinha tanta certeza se realmente queria dizer isso. Claro, ela ainda o desprezava um pouco, mas não tanto quanto antes e ela definitivamente não desprezava algumas coisas que ele fazia com ela.
"Claro que estou", ele inclinou a cabeça para beijá-la no pescoço, em seguida, a pele sensível atrás da orelha "Essa é a cereja no topo do bolo e isso é o que me faz querer te foder ainda mais. Seu ódio é a minha preliminar."
Demi estava no tribunal pela manhã e Joe passou a maior parte da tarde rastreando uma nova testemunha essencial para o seu cliente. Essa pessoa poderia construir o caso e garantir a Joe uma vitória antecipada pelo que, provavelmente, poderia ser um longo julgamento. Joe estava perto da vitória, perto de provar que seu cliente era inocente, podia sentir isso. Com os acontecimentos recentes, estava esperançoso de que a esta altura na próxima semana, ele teria um veredicto.
Demi estava voltando para o escritório, o Tribunal estava em recesso para o almoço e ela decidiu voltar para o escritório. Normalmente, ficava próxima do Tribunal esperando ansiosamente por voltar à sessão, só voltando para o escritório em circunstâncias excepcionais. Desde que sua cabeça estava tão sobrecarregada com seu processo, ela decidiu não analisar por que sentia a necessidade de estar de volta ao escritório e mais perto de Joe.
Quando Demi voltou para o escritório, tinha tempo suficiente para pegar alguns arquivos e encher sua caneca de café antes de ter que voltar ao Tribunal. Ela tinha acabado de subir em seu escritório e estava indo em direção à cafeteria, quando ouviu a voz de Joe. Ela recuou onde não podia ser vista, enquanto ouvia a conversa já em andamento.
"O que foi?" Perguntou Joe, parecendo irritado.
"Eu estava pensando," Demi ouviu a voz feminina e encolheu-se, apenas a Sra. Strain tinha uma voz nasal assim, ela não aguentava a voz daquela mulher, especialmente sua risada "já que é meu aniversário no fim de semana, pensei que talvez pudéssemos ficar juntos. Conheço um ótimo lugar onde podemos ficar sozinhos." Demi começou a morder o lado do lábio enquanto ouvia sua companheira advogada atirando-se aos pés de Joe.
"Eu não posso."
"Tenho novos grampos de mamilo." Ela sussurrou com uma piscadela.
"Tenho planos para este fim de semana." Disse ele e ela deu de ombros.
"Bem, se isso mudar, me considere uma amante." Ela ronronou e Demi se dirigiu para a porta de saída antes de Joe sair da cafeteria. Ela estava furiosa a caminho do Tribunal e não conseguia se concentrar muito menos lembrar o sobrenome de seus clientes e ainda por cima de tudo isso, ainda não teve a chance de pegar o café.
Além de estar com raiva de uma demonstração tão repugnante do desespero e desejo, também estava com raiva de si mesma por permitir que isso a irritasse em primeiro lugar. Não conseguia entender por que estava furiosa, se deveria estar feliz da Sra. Strain querer ficar com Joe no fim de semana, isso significaria menos tempo para Demi ter que gastar com ele. Era a solução perfeita para seu dilema, mas por alguma razão desconhecida até para si mesma, estava furiosa. Lila Strain era arrogante, vaidosa e vagabunda, que dormiria com qualquer um para seu caminho até o topo, se seu talento não a tivesse levado lá primeiro.
Ela era uma excelente advogada, mas era uma vadia arrogante que usava ternos dois tamanhos menores exibindo seus atributos, sempre que humanamente possível. Havia desde sempre a conversa pelo escritório de que Joe e Lila tinham algum tipo de romance escabroso, mas Demi nunca se envolvia com fofocas que voavam entre as paredes do escritório. Isso normalmente era o entretenimento das secretárias entediadas e fofoqueiras, que faziam do insignificante Joe seu assunto devido à sua fixação irracional por ele.
Deus sabia que ela não deveria sequer dar a mínima, mas aquela conversa continuava incomodando-a. Era esse o tipo de mulher que Joe realmente preferia? Submissa e de joelhos para ele em todos os momentos, ficando sempre disponível e pronta para suas exigências? É claro que isso era o que ele queria, tinha sido tão cega para esquecer com quem ela estava lidando? Aquele homem era tão magnífico na cama, que poderia derreter sua pele, mas ainda ser um puta dominador. Ele tinha essas habilidades surpreendentes por uma razão, talvez não fosse o seu talento por si só, talvez fosse qualquer homem que transou com inúmeras mulheres. Talvez ele não fosse tão especial assim, afinal de contas, ela teria que se concentrar no caminho agora, caso contrário, não tinha certeza se seria capaz de desempenhar sua profissão adequadamente no Tribunal.
Ela balançou a cabeça para afastar seus pensamentos quando empurrou a porta da sala do tribunal e ocupou seu lugar ao lado de seu cliente, sua mente novamente focada na sua vitória e na justiça para o seu cliente.
Lila Strain assistiu Joe passar pela porta da cafeteria e se afastar dela, ela só pensava no seu desejo de aniversário e no momento perfeito para isso se tornar realidade.
Lila tinha acabado de celebrar seu 38º aniversário, ela havia se atirado em uma festa absurdamente cara e encheu o lugar com os amigos que tinha alugado junto com o salão de recepção. Encomendou um luxuoso e caro bolo vermelho de um chef, mas nunca iria comer por medo de sair espinhas. Ela tinha a pele muito sensível e estava super preocupada com o envelhecimento, acreditando que suas espinhas periódicas danificavam sua pele, bem como acabavam com o propósito de conseguir o rejuvenescimento que gostaria em primeiro lugar.
Mas fez os mesmos três desejos que vinha fazendo nos últimos sete anos. Seu primeiro desejo, o desejo que rezava todas as noites antes de ir para a cama, aquele desejo que ela cortaria voluntariamente um dedo do pé se realizasse, era que seu marido simplesmente caísse morto de causas naturais.
Ela se casou quando estava no terceiro ano da faculdade. Foi o dinheiro que a atraíra e era o dinheiro que a mantinha ao lado do seu marido. Fora isso, ela o odiava e estava esperando o dia em que, finalmente, apenas rolasse e morresse.
Ele era abusivo e extremamente manipulador e também amava garotas recém completada a maioridade e devido ao seu dinheiro, algumas dessas meninas realmente se divertiam com sua perversão. Ele também era muito vingativo, outra razão pela qual ela era cautelosa em deixá-lo. Claro, estava muito confiante em suas fantásticas habilidades jurídicas e sabia, sem sombra de dúvida, que ela conseguiria o que desejava no divórcio, mas a vingança que certamente ele faria, não era algo que gostaria de experimentar um dia. Ele viria atrás dela com força total. Com poder e dinheiro, ele poderia facilmente destruí-la o suficiente.
Ela o mataria se pudesse, mas depois do pequeno incidente com o arsênico alguns anos atrás, sabia que seria a primeira e única suspeita de seu assassinato. Aurora, sua infeliz e arrogante sogra, suspeitava o que sua nora tinha feito, mas felizmente o marido de Lila era teimoso o suficiente para acreditar que foi intoxicação alimentar. Lila era uma advogada inteligente e saberia que todas as evidências automaticamente apontariam para ela, que era o que a levava diretamente para o seu segundo desejo de aniversário.
Seu segundo desejo de aniversário é que ela herdasse todo o dinheiro do marido e que sua mãe vadia não tentasse reivindicar ou tentar pintar Lila como uma viúva negra, que matou o marido, de olho na puta fortuna. Ela seria a única pessoa que suspeitaria de Lila e se por acaso seu filho morresse de causas suspeitas, ela iria tentar ter a cabeça de Lila em uma estaca. Inferno, Lila esperava que a causa natural que matasse seu marido não representasse algo suspeito ou sujo, porque sabia que sua mãe iria usar isso como munição para a sua convicção.
Ela precisava que esses dois desejos se tornassem realidade, antes que pudesse conseguir o seu terceiro desejo, que era o verdadeiro desejo para ela, a única coisa que faria sua vida completa. Seu terceiro desejo era que Joseph Jonas fosse dela.
Lila estava trabalhando para o escritório há mais de 10 anos, ela tinha entrado como uma mulher doce e ao longo dos anos se desenvolveu em uma melhorada traiçoeira gananciosa. Sua principal missão quando pensava era para ser a advogada superior e influenciar Paul Jonas, mas percebeu rapidamente que seu chefe não brincava com seus empregados e acabaria com seu contrato rapidamente com o escritório, se ela decidisse ser idiota o suficiente para continuar com suas investidas em direção a ele. Em vez disso, ela apenas fez seu trabalho e continuou circulando até o dia que o filho de Paul passou a trabalhar para o escritório. Tinha desejado Joe desde então e, eventualmente, sabia que ele ficaria com ela. Na sua visão, desde então, tinha sido uma perseguição de gato e rato, com Joe sendo o rato fugitivo, é claro.
Para ser sincera, tomaria qualquer coisa que ele estivesse disposto a dar nesta altura, gostaria de se casar com alguém como ele, mas também ficaria feliz com apenas um fim de semana hedonista de sexo puro. Com toda a sinceridade, ela iria se contentar com apenas 15 minutos no banheiro do escritório com ele agora. Ela só queria que ele fizesse as coisas que tinha feito com ela antes, precisava dele para deixar seu corpo pegando fogo como só ele sabia fazer. Estava pronta para mudar da modalidade de puta incondicional e escorregar em um estado de espírito mais submisso.
Ela não era submissa por natureza, mas quando se tratava de certos homens, amava mais que tudo ser maltratada. Joe era um mestre da manipulação e Lila tinha adorado cada minuto disso. Na verdade amava Joe, não conseguia evitar, mas, novamente, a maioria das mulheres o amavam. Se seu marido morresse amanhã, faria Joe ser dela, já que estava convencida que enquanto estivesse casada, Joe não queria viver com ela. Conhecia seu valor e sabia que era uma das poucas mulheres que realmente podia agradar Joe e sabia também o que isso significava para ele.
"Os homens que pensam com seus paus podem ser fisgados quando necessário." sussurrou para si mesma com um sorriso de satisfação.
Demi tinha acabado a audiência um pouco mais cedo e estava pronta para ir buscar suas coisas e sair de lá para descansar, não conseguia pensar em nada além de um longo banho relaxante e quente, seus pensamentos girando rapidamente para Joe sentado na banheira enquanto tomava banho, suas mãos deslizando a esponja grossa entre suas pernas.
"Olá, Srta. Lovato." Gavin interrompeu seus pensamentos pecaminosos e ela se virou para ele.
"Olá Sr. Grant” sorriu apesar de sua alegria não atingir seus olhos.
Joe estava deixando seu escritório, quando olhou para cima para ver Demi no meio do corredor conversando de novo com Gavin Grant. Joe franziu a testa de raiva com o sorriso largo no rosto de Gavin. Estava com raiva que Gavin sentia qualquer tipo de prazer por ela. Joe percebeu que Gavin estava fazendo o seu murmúrio monótono normal e que Demi não parecia nem um pouco interessada.
Joe nunca se preocupou com Gavin, nem mesmo quando fizeram faculdade juntos. Claro, Gavin era um advogado digno e mantinha seus princípios a maior parte do tempo, mas ele era fraco. Ele era o príncipe do puxa-saquismo, um covarde de fala mansa, cuja falta de orgulho espantava Joe. Essas eram as qualidades que Joe rejeitava, nunca seria capaz de encontrar respeito por alguém com um princípio tão fraco. Seu pai, por outro lado tinha visto através de personalidade fraca de Gavin e se concentrou em seu talento para escolher os jurados perfeitos. Ele imediatamente colocou-o embaixo de suas asas com a intenção de desenvolver essas habilidades para seu potencial, alegando que seria um trunfo importante para seu escritório. Bom, Joe ainda não tinha se beneficiado da experiência de Gavin na escolha do júri e acreditava que jamais faria isso.
Joe continuou observando enquanto Gavin perguntou algo para Demi e no momento em que ela se virou para responder sua pergunta, os olhos de Gavin foram diretamente para seus seios volumosos.
Joe de repente estava repensando na sua regra de trabalhar sem sutiã e estava contente que não a obrigou a tirar o casaco. Ele não podia suportar a ideia de Gavin sequer ver o contorno dos seus seios. Estava disposto a ir lá quando Demi de repente despediu-se e voltou para seu escritório.
Joe voltou para seu próprio escritório, enfiou a mão na gaveta trancada e tirou o pequeno sutiã que tinha tirado de Demi na semana anterior. Ele caminhou pelo corredor até seu escritório, sem bater ao entrar e sem dizer uma palavra, colocou o sutiã em sua mesa, em seguida, virou-se e saiu.
Era a melhor autorização que Demi precisava e rapidamente trancou a porta da sala, correu para o banheiro minúsculo e vestiu o sutiã.
Depois do trabalho, Joe levou Demi para baixo no quarto de castigo. Ela se sentou no banquinho no meio da sala, com as mãos algemadas atrás das costas, as pernas presas por duas algemas de couro em ambos os lados do banco. Joe estava na sua frente, apenas apreciando-a por um tempo antes de falar.
"Quando vi você passar no meu escritório queria puxá-la para minha sala, trancar a porta e passar meus dedos em todas as aberturas de seu corpo." disse com a voz baixa e cheia de desejo.
"Quando te vi, você estava com a Sra. Strain." Disse ajustando sua cara de pau para que ele não visse o ciúme que não conseguia entender. "Sei que vocês dois são ótimos amigos."
"Não, nós não somos. Lila Strain é irritante, nunca fomos amigos.", Disse passando a mão no seu ombro, nem um pouco interessado em Lila.
"Não?" perguntou, querendo realmente perguntar-lhe se ele tinha sido íntimo com ela, mas Deus sabia que ele iria interpretar mal as suas razões por perguntar e assumir que ela se importava.
Uma vez que era algo que ele adoraria esfregar na sua cara, optou por ficar quieta, pelo menos agora.
"Não", ele respondeu, desabotoando sua camisa. "Eu não quero que você vista esta camisa para trabalhar novamente, é transparente." Disse e ela ergueu a sobrancelha, não era tão transparente, mas podia ver o leve contorno de seus mamilos.
"Você comprou para mim."
"E vou ter mais cuidado com o que a estilista escolhe para o seu traje de trabalho.", Disse ele enquanto seu dedo circulou a ponta de seu seio. "E estou reintegrando os sutiãs em seu guarda-roupa, apenas para o trabalho."
"Mas eu pensei que você gostasse da ideia de me ter seminua no trabalho, morrendo de humilhação." respondeu.
"Não e não quero que ninguém no escritório te veja em qualquer estado de nudez." Disse ele quando terminou de desabotoar sua camisa, em seguida, deslizou de seus ombros e a viu deslizar para baixo em seus pulsos algemados.
"Então isso significa que começarei a usar calcinha de novo?", perguntou.
"Sem chance." Ele sorriu pegando a tesoura da mesa e sem mesmo se preocupar em soltar o sutiã, cortou as alças.
"Tenha cuidado com essa coisa." alertou quando ele cortou no meio do seu sutiã e ele se abriu para revelar seus seios. Ele cuidadosamente pressionou a parte plana da tesoura na ponta de seu seio, fazendo-a tremer com o metal frio.
"O que foi que te disse sobre conversar com Gavin Grant?" perguntou quando virou a tesoura em sua mão, usando as alças do metal frio para acariciar as pontas de seus seios.
"Ele me fez uma pergunta." Disse ela enquanto movia seu tronco de um lado para outro, tentando evitar as alças da tesoura fria.
"Sobre o quê?"
"Algo sobre o DNA e seu cliente, não consigo lembrar, pois não estava prestando atenção."
"Ele estava olhando para seus seios."
"Eu notei." Ela admitiu quando ele colocou a tesoura sobre a mesa, em seguida, caminhou atrás dela, tirou o sutiã rasgado de seus braços e deixou cair no chão.
"Fique longe dele Demi."
"Estou tentando." respondeu.
"Tente um pouco mais Princesa, porque se eu tiver que falar mais uma vez, vou te punir. Você entendeu?" iria pegar leve dessa vez, porque assistiu todo o evento e viu quão rapidamente ela se afastou de Gavin, mas da próxima vez seria uma história completamente diferente.
"Sim."
"Vou ter que começar a te levar para longe no almoço." Disse ele passando as mãos pelos ombros, parando logo acima nos mamilos antes deslizar de volta para cima e depois para baixo novamente.
"De jeito nenhum, você tem ideia de como isso seria suspeito? Essas secretárias são intrometidas e sempre têm os sentidos investigativos direcionados em você." tentou sentar-se em linha reta quando ele deslizou a mão para o lado de seus seios, conseguindo evitar o mamilo. Não sabia se queria recuar para longe de suas mãos ou balançar para frente e empurrar os seios naquelas mãos habilidosas e prazerosas.
"Se não te levar para longe, vou acabar te jogando de bruços sobre minha mesa." Ele inclinou a cabeça para beijá-la no pescoço enquanto seus braços deslizaram de volta para os lados de seus seios, fazendo-a arquear, inclinada para trás nele como apoio. "Você está me enlouquecendo, toda vez que Gavin está perto de você, quero te curvar e demonstrar minha reivindicação na frente dele."
"Eu dificilmente converso com ele." ela suspirou, sua mente sendo absorvida pelo prazer que ele estava agitando dentro dela.
"Não importa, mas é mais do que suficiente, mesmo que Gavin não seja o agente, tudo o que teria que fazer é ver você por uma fração de segundo no trabalho e tenho que ter você."
"Isso é porque você não tem autocontrole quando se trata de sexo."
"Olha quem fala você não consegue se segurar." Ele beijou seu ombro enquanto suas mãos continuavam a provocá-la, acariciando cada centímetro de seus seios volumosos, exceto provocando os bicos.
"Como assim? Eu nem sequer gosto de sexo, poderia deixar de ter isso agora e ficar bem." franziu a testa.
"Mentirosa." Disse ele, finalmente, deslizando os dedos sobre as pontas de seus seios, fazendo com que todo seu corpo tremesse. Ele continuou beijando o pescoço dela, com a mão brincando com seus seios enquanto a outra mão deslizou por sua barriga, para descansar entre as coxas.
Suas mãos hábeis rapidamente levaram-na para um estado de excitação intenso e quando ela pensou que iria desmaiar da intensidade do prazer, ele parou. Tirou as mãos de seu corpo, levantou-se atrás dela, com a mão em suas costas, segurando-a firme enquanto caminhava para encará-la.
Sua respiração estava entrecortada, seus pensamentos estavam dispersos e seu corpo inteiro parecia que estava pegando fogo, os nervos dolorosamente expostos desprovidos do alívio que tinham sido provocados. Ela não conseguia pensar racionalmente e muito menos recuperar o fôlego.
"O que você está fazendo?" ofegou.
"Estou parando."
"Por quê?" perguntou e ele abaixou sobre um joelho na sua frente, apenas alguns centímetros de sua vagina aberta. Ela podia sentir sua respiração e isso estava mantendo-a estimulada.
"Você disse que quase não gosta de sexo e poderia ficar sem ele." Disse ele, olhando para sua boceta.
"Não faça isso." queria gritar, mas suas palavras saíram como um sussurro com uma pitada de desespero em sua voz.
"Fazer o quê?"
"Parar."
"Então diga o que você quer." disse ele soprando suavemente sobre sua boceta, quase a mandando para o limite.
"Joe." Ela gemeu, balançando os quadris no banco.
Em algum lugar, no fundo de sua cabeça, uma voz estava gritando "faça-a submeter-se, faça com que ela lhe peça." E se fosse capaz de pensar, poderia ter escutado aquela voz. Mas, infelizmente, outra parte do seu corpo tinha ganhado o controle e proibiu todos os pensamentos conscientes. Ele beijou-a com força, a força de seu beijo roubando a respiração quando chegou por trás dela e desfez suas algemas. Ela segurou sua cabeça enquanto ele beijava seu corpo, parando para dar muita atenção ao seu peito antes de beijar até sua boceta. Ela segurou sua cabeça no começo, agarrando seu cabelo antes da pressão aumentar a um intenso e ela teve que segurar a borda do banco de apoio para que não caísse para trás. Suas pernas ainda estavam algemadas ao banco e ele abriu mais os joelhos, deslizando sua língua grossa entre sua carne e rodando sobre o nó endurecido. Ele segurou as pernas firmemente, não a deixando escorregar enquanto ela inconscientemente rodeou seus quadris, forçando sua vagina mais perto de seu rosto.
Ele tirou as algemas dos tornozelos, em seguida alcançando debaixo dela, ergueu-a pelas suas coxas, puxando-a contra o peito, enquanto ela prontamente envolveu suas pernas ao redor de sua cintura e os braços ao redor do seu pescoço. Ele se posicionou em sua abertura, em seguida, lentamente, deslizou-a sobre sua ereção grossa.
"Oh Deus." Suas palavras sussurradas explodiram de sua boca.
Sentia-se empalada, seu corpo cheio com ele, ela nunca esteve tão fisicamente perto de alguém em sua vida.
Ele a puxou para mais perto dele, o aperto firme o suficiente para fundi-los juntos. A sensação de estar tão profundamente dentro dela era intensa demais e ele precisava respirar um momento para conseguir encontrar seu controle. Ela se encaixava tão perfeitamente a ele e seu corpo envolto em torno do seu pau tão firmemente, parecia como se fossem um só por um momento. Ele segurou-a pelas suas coxas enquanto ele lentamente puxou para cima, ela segurava seus ombros com força enquanto ele deslizava suas coxas para baixo, seu corpo arqueando e sua cabeça jogada para trás, enquanto ele continuava.
Quando uma intensa onda de prazer percorreu, ela inclinou automaticamente sua cabeça em seu ombro, incapaz de se segurar por mais tempo. Ele segurou-a com mais força, sentindo seu corpo ficar fraco com o prazer oprimido, ela em contrapartida colocou os braços em torno de seu pescoço puxando seu corpo mais perto de seu peito, seu membro ainda enterrado profundamente dentro dela. Envolvendo um braço forte sobre sua cintura, ele segurou-a firmemente enquanto cuidadosamente andava pelas escadas circulares de volta até seu quarto. Ele gentilmente colocou-a na cama, em seguida, deitou-se de lado ao lado dela, seu rosto a centímetros do dela enquanto a mão livre acariciava seu corpo quando a assistia adormecer.
Nunca em um milhão de anos teria sido capaz de imaginar uma cena tão pacífica entre os dois, antes do contrato ele não podia sequer imaginar ela sorrindo e muito menos totalmente relaxada e nua em sua cama.
Demi dormiu por uma hora antes de acordar com um susto. Em um frenesi desorientado, saiu das cobertas e pegou o roupão de Joe.
"Qual é o problema?" Joe perguntou quando se sentou e jogou as pernas para o lado da cama.
"Esqueci de voltar a trabalhar naquele relatório." murmurou, em seguida, dirigiu-se à porta. Joe estava logo atrás dela.
"Não toque no meu computador." Ele disse a ela.
"Como é que é?" virou-se para ele, chocada com suas palavras. Ela parou de andar e o observou continuar a descer as escadas, antes de finalmente aproximar-se dela.
"Você me ouviu, você está proibida de usar meu computador."
"Você não pode fazer isso!" bateu o pé quando o perseguiu.
"Acabei de fazer."
Demi conduzia seu computador e sua mesa, deixando Joe louco quando se tratava disso. Ela era uma gênia quando se tratava de computador e especificamente com as configurações, o que significava que ficava mudando tudo nele. Ela também gostava de reorganizar sua mesa e estava constantemente arrumando, o que o deixava maluco.
Para resolver o problema e evitar mais frustração, tendo em vista que a donzela era exigente, obviamente, não ia parar de mexer no seu escritório, ele mandou fazer uma versão menor de sua mesa e comprou seu próprio computador. Sua mesa estava ao lado da dele e juntos formaram um L.
"Oh não, vou estabelecer um limite! Vou usar o computador, fim de discussão!"
"Não, você não vai. Eu falei que a próxima vez que você mexesse em qualquer coisa na minha mesa que você nunca iria usá-la novamente. O que te faz pensar que gosto de flores na minha mesa, Demi?" Disse ele levando-a ao seu escritório.
"Porque elas cheiram bem e você não tem escolha sobre me deixar usar o computador, você sabe que tenho que terminar iss..." Ela parou bruscamente suas palavras com um grito, quando ele abriu a porta do escritório. Ela viu a nova mobília e o computador em cima dela, a boca aberta em espanto quando ela se aproximou.
"Como estava dizendo, você não tem permissão para usar meu computador novamente, mas pode começar a usar o seu." Ela estava sorrindo de orelha a orelha quando se sentou em sua nova mesa de trabalho, abrindo as gavetas. Seu sorriso se alargou quando percebeu que ele tinha comprado todos os materiais de escritório já inventados, ela tinha mais materiais nesta mesa do que tinha em casa. Isso era incrível, a mesa era enorme e, obviamente, um design maravilhoso, sem mencionar o computador top de linha em comparação ao que tinha em casa.
"Posso usá-lo sempre que quiser?"
"Claro que você pode, é seu."
"Você comprou isto para mim?" perguntou incrédula.
"Sim." ele respondeu antes mesmo dela se levantar e correr para ele, estendendo os braços em volta de seu pescoço enquanto ele se inclinou para ela e começou a beijar cada centímetro de seu rosto. Ele capturou seus lábios com os dele enquanto a abraçou e ela instintivamente passou as pernas em volta de sua cintura.
"Muito obrigada!"
"Eu ia esperar e te surpreender depois que ganhasse o caso, mas você começou a me perseguir e usar o meu computador novamente e não podia mais aguentar." Seu sorriso estava levemente torto.
"Obrigada." Ela beijou os lábios "mas não sei nem se vou ganhar o caso."
"Você vai." Ele disse com confiança o suficiente para fazê-la acreditar também. Normalmente, ele usava essa confiança contra ela e vice-versa, mas era bom ter essa confiança trabalhando para ela agora. "Tenho fé em você Princesa."
Era manhã de quinta-feira e Demi ouviu tocar o alarme, mas recusou-se a abrir os olhos, era um novo dia, mas não estava pronta para isso. Em vez disso, apertou o botão de soneca e se aconchegou mais perto de Joe, que estava morto dormindo e roncando tão alto como de costume. Pela terceira vez o despertador tocou e sabia que tinha que levantar, então abriu os olhos lentamente, em seguida, espreguiçou seu corpo dolorido antes de finalmente sentar-se. Sentia-se estranha embora alegre, não conseguia decifrar entre a invasão avassaladora de privacidade que Joe representava e os sentimentos de euforia que criava nela.
Mas, por outro lado, realmente gostava de acordar ao lado dele, isto parecia natural como se estivessem fazendo isso junto há anos.
"Não", Joe murmurou quando a agarrou pela cintura, "ainda temos mais dez minutos."
"Se eu deitar de volta, não vou conseguir levantar depois." Ela sorriu, mas ele a puxou de volta para baixo.
"Então, vamos simplesmente ignorar o trabalho juntos hoje." Disse ele passando a mão sobre suas costas enquanto a agarrava com força.
"Você sabe que tenho audiência hoje e espero que o júri não leve muito tempo para decidir."
"Você não tem nada para se preocupar, nós dois sabemos que vai ganhar este caso." Ele falou com tanta confiança que sorriu de orelha a orelha, em seguida, beijou-lhe os lábios.
"Na verdade não estou muito preocupada." disse de repente se sentindo no topo do mundo. Era estranho, normalmente estaria uma pilha de nervos, se preocupando sem necessidade embora soubesse que iria ganhar, mas hoje, quando deveria estar se preocupando, estava mais relaxada do que nunca. "Estou realmente animada para os debates finais."
"Eu sei que você está." Ele sorriu, ele sempre respeitou suas alegações finais no tribunal, ela era uma debatedora nata.
Demi estava no meio da sala do tribunal lotado, com um público que estava sentado em silêncio enquanto estavam hipnotizados por suas palavras. Os membros do júri, tentando manter suas emoções escondidas por trás de suas máscaras sem expressão, não foram capazes de impedir as lágrimas escorrerem de seus olhos. Demi deu um discurso de encerramento impressionante que tinha abalado o júri e influenciado até o juiz. O júri não se reuniu por mais de três horas antes de retornarem com a sua decisão.
"Inocente." O jurado mais velho com o sorriso acolhedor leu o veredicto do tribunal. Neste instante, o cliente de Demi levantou-se e, em seguida, agarrou-a em um abraço de urso antes de colocá-la para baixo.
"Muito obrigado, nunca serei capaz de agradecer o suficiente." gritou antes de correr para sua família.
Demi estava sorrindo na volta para o escritório, ela gostava de ser advogada, não havia nada mais gratificante ao garantir que um homem inocente seja inocentado por um Tribunal de Justiça e um júri, e depois ficar livre para ir para casa com sua família, era realmente uma realização gratificante. Ela entrou no escritório e foi cumprimentada por Gavin Grant e Sampson Gold.
"Eu sabia que você conseguiria isso." Gavin disse a Sampson depois afastou-se "Se qualquer um perguntasse, sabia que seria você, seu cliente era inocente e você provou isso."
"Obrigada Sr. Grant." ela sorriu de leve, mantendo a calma, não deixando ninguém ver quão animada realmente estava, apesar do fato de se sentir como uma criança tonta em uma loja de doces com alguns dólares e sem qualquer controle dos pais. Ela esperou até ver que ninguém estava olhando, em seguida, foi direto para o escritório de Joe.
Sua secretária apenas sorriu enquanto passava por ela, em seguida, em seu escritório. Ele ergueu os olhos de sua mesa, olhando-a de forma magnífica quando ela caminhou até ficar do outro lado da mesa.
"Eu ganhei o caso." Disse e não conseguia parar o enorme sorriso se espalhando por todo o rosto. Joe levantou de sua cadeira e começou a andar na sua direção quando ela voou ao redor da mesa e, sem pensar, o abraçou com força.
"Parabéns Princesa." Ele apertou forte, inclinando a cabeça para cheirar seu cabelo e depois apertar sua bunda. Ela era tão diferente em tudo o que fazia, desde o shampoo que usava ao jeito que tinha acabado de ganhar um caso tão complicado. Ela se afastou e ele não pôde deixar de sorrir com a emoção em seus olhos, nunca a tinha visto tão feliz assim antes.
"Eu consegui deixar esse cara livre, está livre para ir para casa, para seus filhos, você deveria ter visto o olhar de seus filhos quando encaravam o jurado enquanto afirmava que era inocente." Seu sorriso estava cheio de alegria e era inebriante para ele.
"Não poderia estar mais orgulhoso, mesmo se fosse eu que tivesse vencido sozinho." beijou seus lábios levemente, "Isso exige uma comemoração."
"Eu concordo." Ela sorriu.
"Em qualquer lugar que você queira ir; qualquer coisa que você quiser fazer."
"Sério?" Ela perguntou e uma excitação súbita atravessou seu rosto.
"Sério." respondeu e ela pensou por um momento.
"Eu quero ir a um pequeno passeio em seu barco." Ela assentiu com a cabeça.
"Meu iate?" sorriu.
"Sim."
"Boa escolha." Respondeu impressionado com sua solicitação. "Como você sabe disso?" perguntou e apontou para a pequena foto emoldurada na mesinha de centro.
"Eu percebi a foto na primeira vez que entrei em seu escritório, anos atrás."
"Sério?" perguntou espantado.
"Sim, é fácil um dos melhores barcos que já vi, tem um formato de um tubarão."
"Eu que projetei dessa maneira." Disse com orgulho, feliz que ela percebeu a forma que a estrutura formava, era tão normal ninguém fazer essa comparação antes. Ele amava seu iate, era o seu brinquedinho favorito, seu avô tinha comprado em seu aniversário de 16 anos depois dos dois terem projetado juntos. Joe se recusou a comprar um novo, optando por um design diferente para mantê-lo atualizado e top de linha. Ele tinha velejado toda sua vida, o mar aberto era uma das únicas coisas além de sexo que lhe relaxava.
"Mas, não quero ir muito longe."
"Você não quer fazer um belo e longo passeio?"
"Na verdade, não quero ir muito longe do cais."
Eles foram para casa dele depois do trabalho para pegar algumas coisas antes de dirigirem para as docas de barco. Demi estava animada, mas nervosa ao mesmo tempo, ela nunca teve nenhum tipo de barco antes e fazia questão de nunca mergulhar na água a menos que a água estivesse envolvida por cimento. Grandes extensões de água eram seu único medo, assim como o seu maior fascínio, estudou todas as formas de vida aquática e os seus comportamentos, bem como o efeito dos oceanos na Terra. Mas nunca tinha feito a parte prática dos seus estudos, preferindo estudá-las a uma distância segura em sua casa.
Mas não tinha mais medo, então entrou no quarto enquanto tirava a roupa e foi direto para seu armário. Joe nunca a vira tirar a roupa voluntariamente antes e não conseguiu impedir o sorriso dominar seu rosto, ele seguiu atrás, observando-a com fascínio.
"O que devo vestir?" perguntou com os olhos arregalados enquanto olhava por todas as diferentes roupas que ele havia comprado para ela. Pela primeira vez ela estava realmente animada para se vestir.
"Nada." sugeriu e para sua surpresa, ela realmente sorriu "Eu já te falei que cobrir este corpo é uma ofensa."
"Que tal este aqui?" Suas palavras explodindo com excitação quando ela puxou o vestido cinza claro fora "mas, novamente, se algo acontecer e eu acabar na água, um vestido cinza me faria parecer um peixe saboroso ou coisa assim, servindo de lanche para um tubarão comer."
"Você não vai cair do barco." Ele balançou a cabeça.
"Você nunca mencionou que tinha um sexto sentido, assim como síndrome de idiota." respondeu com um sorriso.
"Eu não preciso ter sexto sentido para saber que de jeito nenhum eu permitiria que você caísse daquele barco." ele disse com confiança suficiente para tranquilizá-la.
"Então isso apenas significa que nós dois vamos cair na água" sorriu, em seguida, deu outra olhada no vestido cinza que estava animada para vestir. "Então acho que é seguro usar o vestido em tons de peixe se eu ficar perto de você."
"Muito perto", ele sorriu quando a agarrou e levantou-a no ar "ou os tubarões vão te pegar." Ele começou a fazer cócegas em sua barriga e seus seios enquanto ela gritava de tanto rir. Sem pensar duas vezes, ela segurou seu rosto e beijou-o por um segundo antes de se afastar.
"Agora me coloque no chão", disse confusa com o que tinha acabado de fazer "Eu deveria me vestir." Plantou um beijo em seus lábios antes de descer. Demi virou as costas para ele e tirou o sutiã antes de deslizar o vestido. Pegou seu sapato prata de salto alto e calçou-os antes de pegar suas novas pulseiras de platina na prateleira joias. Olhou-se no espelho, virando-se de lado a lado antes de virar para ele.
"Estou pronta."
"E está linda." Suas palavras encheram-a com o calor.
Depois de parar para comprar comida no caminho, eles finalmente chegaram ao cais, Demi desceu a plataforma, de mãos dadas com Joe enquanto a levava para o iate. Ela parou na borda, olhando para a faixa de água escura entre a plataforma e o barco e sentiu seu estômago vibrar. Então, olhou para o grande iate e o nome escrito em preto na lateral.
"O nome de seu barco é Megladon?" Ela sorriu de orelha a orelha.
"Claro, do que mais poderia nomeá-lo?"
"Eu amo tubarões, fiz um relatório de um livro sobre eles na terceira série." Ela não conseguia parar de sorrir. "Não tinha ideia de que você gostava de tubarões."
"Eles são predadores, como não amá-los?" Ele sorriu: "Venha."
"Espere um pouco." Disse em pé muito imóvel, mas Joe a pegou no colo, ignorando sua hesitação. Era óbvio para ele que, apesar de sua vontade de estar na água, ela ainda estava um pouco relutante. Demi sentiu calafrios no estômago até que ele a colocou no chão e seus pés estavam firmemente plantados no deck.
"Olá!" Uma voz suave, com um intenso sotaque francês de repente apareceu diante deles. Demi ergueu a sobrancelha quando Joe estendeu a mão.
"Obrigado por ter vindo em tão pouco tempo." Disse Joe.
"Como você sabe velho amigo, eu vivo na água, nada nunca é 'pouco tempo'", ele sorriu, "especialmente para você Jonas."
Capitão Jacques, que raramente dormia, estava mais do que feliz de ter um iate de luxo para dar uma volta na água escura da noite. Ele era capitão, que oferecia seus serviços a qualquer hora do dia ou da noite. Estava acostumado a dar pequenos passeios no meio da noite, por isso o casal contratava-o para poder passar um tempo juntos, sem se preocupar em controlar seu iate.
"Este é Jacques, ele vai ser o nosso capitão esta noite.", Disse ele e Demi assentiu. Joe escolhia Jacques para suas aventuras, devido à confiança que tinha no cara, Jacques era um homem trabalhador, honesto, que mantinha seu nariz onde pertencia e sua boca fechada.
"É sempre um prazer conhecer uma mulher tão bonita." Jacques disse, seu sotaque fazendo qualquer mulher normal se derreter, mas ele rapidamente percebeu que a mulher bonita não foi afetada pelo seu charme. Joe sorriu para si mesmo pela devastação estampada no rosto do capitão, Jacques pegou a mulher errada para testar seu recurso. "Bem, vou cuidar do navio agora." Ele balançou a cabeça, em seguida, dirigiu-se para frente do grande iate. Demi no momento que ele foi embora se virou para Joe.
"Por que precisamos de um capitão? Eu falei que queria um pequeno passeio e quis realmente afirmar que não queria ir muito longe do cais."
"Ah, não vai me falar que você está com medo da água."
"Eu não disse que estava com medo da água, só não acho que um passeio no mar aberto em um barco, que poderia afundar, é uma ideia inteligente."
"Você está com medo?" Ele perguntou espantado.
"Não, não estou, estou sendo apenas sensata! Sei o que está sob a superfície azul enganosamente bonita, lá tem todo um mundo de monstros. Não me entenda errado, amo a água, mas desde que a uma distância segura."
"Ah qual é, há champanhe lá em baixo." Ele a segurou pelo braço e a puxou para descer as escadas para o longo corredor no andar de baixo. Era tudo feito em cores escuras, forçando-a a sentir-se como se estivesse debaixo d'água e sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Ele a levou para a porta no final do corredor e engasgou com admiração quando ela entrou no quarto grande.
Parecia que tinha entrado em um navio pirata de antigamente. O quarto projetado era incrível, embora um pouco assustador ao mesmo tempo e percebeu imediatamente que era o quarto mais impressionante que já tinha visto.
"Uau, isso é incrível, adorei este quarto!" gritou correndo para o enorme tanque de peixes. "Você está brincando comigo, você tem piranha?" Todo o seu rosto iluminou-se com entusiasmo e ele ficou impressionado que ela reconheceu as espécies fora dos livros.
"Para alguém que odeia a água mais que tudo, tem certeza das partes mais assustadoras." disse enquanto abria uma garrafa de champanhe cara.
"Eu já te falei que não odeio a água! O tubarão branco é e sempre será o meu animal favorito, mas isso não quer dizer que iria comprá-lo como um animal de estimação." Ela franziu a testa e ele não pôde evitar de rir. Ela sentiu o iate de repente ligar e olhou para ele, com um olhar desconfiado nos olhos:
"Você falou pra ele não ir muito longe né?"
"Claro." Ele respondeu entregando-lhe uma taça de champanhe. "Há um grande convés aqui neste andar, vamos ver a água."
"Não, mudei de ideia sobre isso, acho que vou pular todo o show de água pelo menos por agora."
"Você já entrou na água?"
"Só piscinas, adoro nadar."
"E na praia?"
"Não."
"Ataques de tubarões na praia são raros."
"Raro é uma palavra muito forte e muitas vezes enganosa. Raro não significa que nunca aconteceu e a própria palavra implica que alguém tenha ficado definitivamente em pedaços." Ela balançou a cabeça, "Além disso, o tubarão de cabeça chata é um dos tubarões mais mortais que existe e é conhecido por nadar em água salgada, bem como, água doce. Recuso-me a correr esse risco."


*****


Eu quero realmente agradecer as meninas que sempre comentam! Obrigada minhas lindas, isso me estimula muito. Vocês sabem o porque de eu não estar respondendo, mas eu leio cada comentário. Vocês estão no meu coraçãozinho
Amanhã tem mais, comentem, beijos.



3 comentários:

  1. Adorando ver como estão a vontade um com o outro. Quase não se matam mais :P

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  2. Os dois já mudaram tanto ne? Estão mais confortáveis com a presença um do outro, Joe comprando coisas e Demi sendo Demi e beijando ele sem pensar ♥♥♥♥
    To apaixonada por eles assim, a pergunta é... Até quando eles vão ficar sem brigar?

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  3. Amei esse capítulo..... eles estão ficando muito fofos juntos... posta mais...

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