26.10.14

Capítulo Um






A noite continua …

"Eu vou voltar!" Gavin gritava como um louco enquanto três policiais o levavam para fora da casa.
"Cale a boca." Um dos policiais latiu enquanto puxava Gavin pelo braço.
Durante o movimento abrupto, Gavin notou a falta de aperto em seu pulso direito. Instantaneamente percebeu que a algema não foi bem presa. Só rezava para que os policiais não tivessem notado também. Ou o primeiro policial tinha esquecido de trancá-la devido a todo o caos, ou as algemas estavam com defeito. De qualquer maneira, Gavin estava determinado a tirar o máximo de proveito da sua negligência. Gavin foi discreto enquanto eles se dirigiram para o meio do gramado. Dois dos policiais que o escoltavam, se afastaram uma vez que Gavin parou de gritar. Assumiram que como havia se acalmado, não era mais uma ameaça. Gavin conseguiu controlar seu sorriso sobre sua tolice.
Gavin estava observando a área, à procura de um possível lugar para se esconder. Se fosse capaz de fugir, iria se esconder até que tivesse chance de correr. Foi quando ouviu Joe e Demi conversando, planejando seu futuro.
Joe e Demi ficaram no meio do gramado da frente. Os grandes braços musculosos de Joe em torno dela, pressionando-a firmemente contra seu corpo. Ele não podia deixá-la ir. Compartilharam um momento de silêncio, abraçados como se dependessem disso para salvar suas vidas enquanto o caos ao redor continuava. As sirenes soavam, luzes vermelhas e brancas brilhavam e metade da força policial estava espalhada em todo o quintal, mas eles não percebiam nada disso.
"Acabou", disse Demi, quando olhou para Joe, "finalmente acabou. Agora podemos estar juntos sem perigo, sem Gavin, contrato ou regras."
"Vamos nos casar logo pela manhã Princesa." Joe disse abaixando-se para plantar um beijo em seus lábios.
"Isso é uma ideia fantástica." Ela sorriu, logo antes dele a beijar.
"Eu nunca vou deixar você fora da minha vista novamente." Prometeu.
"Bom, porque não vou deixar você fora da minha também." Ela sussurrou contra seu peito, recusando-se a soltá-lo.
"Sr. Jonas?" Eles viraram juntos para ver um policial ruivo se aproximar.
"Sim?"
"Posso falar com o senhor por um momento, em particular?" O homem alto, com selvagens cachos vermelhos e grandes olhos verdes, perguntou discretamente.
"É claro." Joe virou-se para Demi e beijou sua bochecha. "Não mova um músculo."
"Depressa." Ela sussurrou.
Com o canto dos olhos, Gavin observou Joe se afastar de Demi para falar com o policial. Gavin quase salivava quando virou para trás e viu Demi sozinha. Não podia resistir à sua oportunidade de atacar. Não estava cem por cento certo de que teria esta sorte novamente. Olhou em volta para ver onde cada policial estava. A maioria deles estava esperando por ele na frente do quintal, perto dos carros de polícia e ambulâncias. Havia uma vasta extensão de quintal separando-os e Gavin sabia que os policiais levariam um minuto para alcançá-lo. Nenhum deles estava prestando atenção nele, assumiram que um policial segurando-o, tinha tudo sob controle. Estavam obviamente animados com os acontecimentos da noite e discutiam entre si.
Joe estava com o policial, mas tentava manter um olho em Demi e o outro em Gavin.
"Gostaria de fazer-lhe algumas perguntas, Sr. Jonas." O policial começou quando estavam longe de Demi. "Só não queria assustar sua namorada ainda mais, ela parece um pouco abalada."
"Agradeço por isso, foi uma noite louca." Joe assentiu.
"Queria perguntar-lhe sobre um possível cúmplice." O policial disse sem rodeios.
"Por quê? Descobriu alguma coisa?" Joe ficou instantaneamente alarmado.
"Não, absolutamente nada, é apenas uma precaução que eu gostaria de tomar. Não é incomum em situações como esta. Só queria ter certeza de que não há um possível cúmplice."
"Essa é uma boa pergunta, mas sinceramente não sei." Joe respondeu quando o medo começou a se formar no seu estômago.
"Você viu mais alguém na casa?" Ele puxou seu bloco e caneta.
"Não."
"Tem certeza? Poderia ter alguém esperando por ele? Talvez até mesmo um motorista para a fuga?"
"Não sei." Joe encolheu os ombros, sentindo-se um pouco impotente.
"É possível?" O oficial ergueu a sobrancelha.
"Sim, é possível." Ele rapidamente analisou a situação e percebeu que era mais do que possível.
"Você tem uma equipe completa aqui, correto?"
"Sim."
"Contratou alguém novo recentemente? Uma nova empregada, um cozinheiro ou motorista talvez?" Continuou ele escrevendo.
"Não." Joe estava ficando desconfiado.
"Em algum momento, você suspeitou que o Sr. Grant não estava trabalhando sozinho?"
"Sim." Joe respondeu honestamente quando a preocupação começou a torcer seu intestino.
"Por quê?"
"Ele foi muito competente para mover-se livremente. Todo mundo acreditava que o homem era um idiota chorão. Como se viu depois, não só foi o sabotador, era um hacker profissional com bastante sutileza para burlar o sistema de segurança do edifício. Eu não desconfiei disso... nunca." Joe admitiu.
O Policial queria tranquilizar Joe. "Eu pessoalmente estou liderando uma busca no interior de sua casa. Prometo que não vou deixar pedra sobre pedra. Se algo ou alguém está lá dentro, saberemos. Só queria checar com você antes de ir com força total."
Gavin diminuiu seu ritmo ainda mais, forçando o policial a desacelerar. Olhou para Demi sozinha… no quintal. O grande Joseph Jonas estava distraído com o policial e nunca chegaria até ela a tempo. O policial que aguardava no carro para levar Gavin parou abruptamente quando seu rádio disparou.
"Mudança de planos, eu e o detetive Owens levaremos Grant. Estaremos aí em um minuto." Disse a voz no dispositivo.
"Sim, senhor." Respondeu o policial. Ele cometeu o erro de soltar Gavin tempo suficiente para falar no rádio.
Nessa fração de segundo, Gavin usou seu cotovelo para bater nas costelas do policial, deslizando livre de suas garras. Bateu com força suficiente para atordoá-lo. Então fez uma corrida louca em linha reta: para Demi.
"Ele está solto!" O policial tentou gritar, mas estava com falta de ar. Ele deu um passo cambaleante para frente antes de conseguir gritar "Grant está solto!"
Todos os policiais correram pelo gramado, mas não eram rápidos o suficiente. Dentro de um segundo, Gavin havia cruzado a curta distância que o separava de Demi.
Demi se virou quando ouviu o grito do policial e encontrou-se cara a cara com Gavin Grant. Ela deu um passo para trás, pronta para correr, mas não foi rápida o suficiente.
Gavin usou toda sua força para derrubar Demi no chão. Enquanto caíam, a cabeça de Gavin bateu no rosto de Demi. Sua cabeça, em seguida, bateu na passarela de cimento em um baque violento. Gavin só tinha levantado a mão para golpeá-la, quando Joe agarrou-o por trás.
Joe puxou Gavin para trás pelo seu punho e arrastou-o para o chão. Estava em cima de Gavin em um instante, socando-o na cabeça. Gavin tentou afastar-se, mas estava muito ocupado protegendo sua cabeça dos golpes.
Joe estava batendo seus punhos em qualquer parte de Gavin que poderia alcançar. Gavin tentou revidar, mas Joe era forte demais e excessivamente rápido. Joe estava em uma raiva cega, não via outra coisa senão Gavin. Sua intenção era matar o homem de uma vez por todas. Joe não percebeu ou sentiu os policiais tentando separá-los. Nem viu os paramédicos correndo para Demi.
Demi estava atordoada no chão. Tinha visto um clarão branco brilhante antes da escuridão tomar conta. A escuridão que a envolveu, tinha começado a desaparecer e misturar-se no céu negro. A realidade voltou para Demi, assim como a dor em sua cabeça. Ouviu a briga acontecendo ao seu redor, não podia registrar as palavras ou as vozes. Sua cabeça parecia pesar 100 quilos e não podia levantá-la para ver o que estava acontecendo. Gritou em voz baixa, quando a dor se intensificou.
Os policiais conseguiram retirar Joe de cima de Gavin, mas não antes dele dar um último golpe na mandíbula dele.
Foi quando Joe ouviu o suave choro de Demi.
Joe olhou para a direita para ver os paramédicos ajoelhados sobre ela. A realidade atingindo-o como uma bala direto no cérebro. Esquecendo Gavin, Joe correu para Demi.
Gavin lutou com os policiais, tentando desesperadamente se soltar. Sabia que poderia ser sua última oportunidade de causar algum dano real. Tentou de todas as formas pegar uma de suas armas. Não queria sair daqui esta noite, sem alguma forma de vingança. Não seria capaz de viver consigo mesmo se terminasse assim.
"Demi, Baby, olhe para mim! Devonne! Por que ela não está se movendo?" Joe gritou quando se ajoelhou ao lado dela. Poderia dizer pelo seu olhar atordoado, que ela não estava totalmente consciente. Quando ela olhou fixamente para o céu, Joe sentiu seu coração começar a acelerar. Seu corpo parado e seus olhos desfocados, ela parecia estar morta.
"Ela está em estado de choque." Disse o paramédico.
"O que há de errado com ela? Que porra ele fez com ela?" Joe cuspiu as perguntas de uma vez. Joe prometeu matar Gavin se Demi ficasse ferida. Jurou matar Gavin de qualquer jeito.
Olhou para ver Gavin lutando contra os policiais. Queria correr até lá e bater nele até que sua cabeça virasse uma poça de mingau no chão. Sentiu suas mãos tremerem de raiva e seu sangue ferver abaixo da pele. Suas pernas queriam correr até lá, mas controlou-se. Havia algo de precioso e de valor inestimável segurando-o ali... Demi. Apesar do fato de que era o seu momento oportuno para finalmente matar Gavin, não podia sair do lado de Demi.
"Ele derrubou-a no chão." Disse a paramédica para Joe.
"Ela bateu a cabeça com força e acho que a cabeça dele ou outra coisa atingiu a bochecha dela também. Posso ver o hematoma se formando", o outro paramédico disse.
Cada cenário de ferimento na cabeça sobre o qual já tinha lido, visto ou ouvido falar, percorreu sua mente. Pessoas morreram de ferimentos na cabeça. Checou o pulso dela e beijou seu pescoço aliviado quando sentiu a batida de seu coração.
"As pessoas morrem de ferimentos na cabeça!" Arregalou os olhos. Seu cérebro parecia girar em seu crânio.
"Isso já aconteceu, mas..."
"Faça algo agora! Você não entende, eu preciso dela, ajude-a agora!" gritou para os paramédicos! Sua agressividade misturada com irracionalidade. Sua cabeça estava girando com a frustração, o medo de perdê-la. Sentiu que estavam se preocupando menos do que deviam, enquanto seu medo aumentava fora de controle.
"Nós vamos. Ela vai ficar bem, não se preocupe", disse o paramédico entendendo.
"Por favor, fique bem, por favor!" Joe agarrou-lhe a mão mole sentindo seu coração ser arrancado do peito. Desesperadamente curvou para sussurrar em seu ouvido: "Eu não posso fazer isso sem você. Não posso voltar para aquela vida, preciso de você, Demi."
Através da névoa espessa que nublou seu cérebro, Demi podia ouvir a voz de Joe. Respirou profundamente podendo sentir o cheiro de Joe ao seu redor. Adorava aquele cheiro. Mesmo agora, ansiava por ele, como se tivesse sido privada por décadas. Aquele cheiro lembrava amor, segurança e conforto. Seus olhos tremeram e ela chorou de alívio quando viu os olhos cinzentos claros de Joe olhando para ela. Rapidamente se levantou e colocou os braços ao redor de seu pescoço.
Os paramédicos tentaram detê-la. "Opa, mais devagar."
"Oh, graças a Deus. Não sei o que faria se algo acontecesse com você." Ele tomou uma profunda respiração. Percebeu, pela dor no peito, que estava prendendo a respiração por um longo tempo.
Joe segurou Demi com força, puxando-a mais perto quanto possível. Não queria soltá-la. O fato de que Gavin quase a matou foi esmagador para ele. Pela primeira vez em sua vida, lutou contra as lágrimas. Não conseguia respirar enquanto pensava sobre o que poderia ter acontecido com ela e o que Gavin poderia ter feito.
Joe era um canalha egoísta, sabia disso, havia aceitado esse fato anos atrás. Nunca havia amado alguém além dele próprio e viveu uma vida de prazer sem sentido. Joe sabia que merecia isso... Demi não. Mesmo sentindo que merecia o pior por suas indiscrições do passado, teve que levar em consideração que também tinha mudado. Nada em sua vida era mais a mesma coisa. Tinha finalmente se apaixonado perdidamente. Amava Demi mais do que até mesmo podia entender. Nunca sentiu isso antes e não iria perdê-la. Daria a própria vida para protegê-la.
Como podia ter agido de forma tão errada com ela por tanto tempo?
Demi deitou a cabeça no peito forte de Joe enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos. Estava exausta, atordoada, abalada e um pouco assustada.
"Nós o pegamos!" Um dos policiais gritou.
Todos se viraram para ver finalmente os policiais prendendo Gavin. Gavin de bruços no chão, enquanto um policial algemava seus pulsos para trás. Eles o puxaram para cima e levaram até viatura.
Joe segurou Demi ainda mais apertado ao ver Gavin de pé. Gavin, por sua vez, olhou para eles, seus olhos consumidos pelo ódio e prometendo vingança.
"Vou te pegar, vocês dois, ou vou morrer tentando! Vejo vocês em breve!" Gavin gritou antes do policial empurrá-lo na parte de trás do carro da polícia.
"Deveria ter atirado nele quando tive a chance", disse Joe, sua voz profunda misturada com ódio.
"Ele nunca vai sair da prisão. Nenhum juiz ou júri em sã consciência iria deixá-lo livre." Demi disse sem expressão, como se estivesse tentando convencer a si mesma.
"Não é com o juiz ou o júri que estou preocupado."
"Fique quieta por um segundo, por favor." o paramédico disse enquanto separava os cabelos de Demi.
"Ele nunca vai escapar", disse ela como se estivesse lendo sua mente. Ela estremeceu quando o paramédico colocou uma compressa em sua cabeça.
Joe virou para ver o sangue na compressa e na mão do paramédico.
"Que porra é essa?" rugiu. Estava pronto para correr até o carro de polícia, arrancar a porta e colocar uma bala na testa de Gavin.
"Não é muito profundo, não necessita nem de pontos", disse o paramédico tranquilizando-o. Ele começou a limpar a ferida.
"Cuidado!" Ele gritou quando Demi estremeceu novamente.
"Calma, estou bem." Ela levantou a cabeça e beijou-o.
Joe sentiu sua fúria crescer fria, mas o calor de seus lábios o acalmava.
"Estava com tanto medo", disse ele, com seus traços se suavizando.
"Joe!" Eles se viraram para ver Paul correndo até eles. "Joe, por favor, deixe-me explicar!"
"Agora não é o momento", Joe resmungou. Com uma carranca torcendo suas belas feições, levantou-se e foi até seu pai.
"Não tinha ideia de que Gavin era filho de May." Paul tentou explicar.
"Vou fazer um curativo agora", disse o paramédico, mas Demi estava muito envolvida na conversa de Joe para ouvi-lo.
"Como pode esquecer o fato de que tinha uma mulher psicótica perseguindo você?" Joe gritou para seu pai. "Uma mulher estava desesperada o suficiente para tentar se matar só para magoá-lo. Não achou que ela voltaria? Não achou que era algo que eu deveria saber, considerando que estava sendo perseguido?"
"Joe, você teve tantas mulheres agindo assim no passado, que eu apenas presumi... "
"Então a culpa é minha?" Joe levantou as sobrancelhas quando seu rosto se contorceu.
"Não, eu só quis dizer que... Apenas pensei que era outra ex-amante desprezada. Não tinha ideia de que tive outro filho." Paul tentou explicar.
"Não acho que você deveria levantar-se." O paramédico disse a Demi. Ela o ignorou quando se levantou com as pernas trêmulas.
Joe estreitou os olhos. "Você sempre foi cego quando se trata de mulheres."
"Eu sei." Paul admitiu.
"Colocou Demi em risco." Ele franziu a testa com pesar que não passou desapercebido pelo seu pai.
"Sabe que amo essa menina como uma filha, nunca iria colocá-la em risco de propósito."
"Então, isso faz de você um risco. Nunca sabe quando os esqueletos do seu passado voltarão para destruir sua família." Ele virou-se para Demi. "Vamos."
"Dê-me um segundo com ele, por favor." disse ela antes dele se virar e caminhar de volta para o paramédico.
"Joe espere! Joe... por favor! "Paul chorou.
"Não se preocupe, vou falar com ele." Demi sussurrou.
"Não tive a intenção de colocá-la em perigo, Devonne. Estou tão triste por isso ter acontecido com você."
"Eu sei que não. É impossível governar quando o seu passado controla o futuro." Sua sinceridade tranquilizou-o um pouco.
"Meu passado com o meu filho é tão superficial, esta é a última coisa que precisávamos. Finalmente as coisas estavam bem, mas levou anos."
"O que quer dizer?"
"Nunca quis machucar Joe novamente. Ele foi ferido o bastante por minha causa. Nunca pensei que me perdoaria, mas finalmente o fez." Seus olhos estavam arregalados e ele falava de uma forma frenética.
"Perdoar o que?" Demi perguntou.
"Ele até me defendeu quando ela soube." Paul continuava a divagar enquanto as lágrimas acumulavam em seus olhos.
"Quando quem soube o quê? O que você está dizendo? Eu não entendo.” Demi franziu a testa em confusão.
"Quando a mãe de Joe, Denise Jonas soube. Ela é a razão pela qual ele me odiou por tanto tempo."
Demi não tinha ideia de que Joe e Paul já tinham estado em desacordo. Pareciam sempre tão próximos. Joe nunca tinha mencionado sua mãe. Demi também não sabia que havia conflitos entre eles. Sabia sobre o ódio entre ele e seu irmão, só isso. Embora sempre quisesse saber como tal ódio mortal entre os dois irmãos tinha se desenvolvido. Era uma rivalidade natural. Apenas o pensamento de Joe sendo maltratado, enfureceu Demi. Perguntou o que tinha acontecido e o que começou tudo isso, mas perguntaria a Joe.
"Vou falar com ele." Demi estava preocupada com Joe. Precisava acabar com essa conversa e ir até ele.
"Obrigado." Paul enxugou as lágrimas de seus olhos antes de se virar para sair.
Demi observou Paul sair antes de voltar a olhar para Joe. Ele estava conversando com um dos paramédicos, mantendo seu olho nela. Ela sentiu seu coração ser preenchido com preocupação. Apesar do que tinha acontecido, estava mais preocupada com Joe. Quebrou seu coração saber que ele pode nunca ter conhecido o amor de uma mãe. Apesar do ambiente inadequado que sua mãe a tinha criado… Sempre soube que Dianna a amava.
Demi sofria por Joe. Queria envolver os braços ao redor dele e banhá-lo com o seu amor. Começou a andar na sua direção, mas ele aproximou-se mais rápido do que ela. Ele a pegou em seus braços levou-a para a ambulância. O paramédico com quem estava conversando vinha logo atrás.
"Ele não quis dizer isso, sei o quanto seu pai te ama", ela sussurrou enquanto beijou sua bochecha.
"Vamos discutir isso mais tarde."
"Para onde estamos indo?" Demi colocou os braços ao redor do pescoço e plantou outro beijo em sua bochecha.
"Eu quero que os paramédicos a examinem", disse, quando entrou na parte de trás da ambulância. Ele foi cuidadoso para não sacudir Demi, enquanto subia.
"Eles já me examinaram... estou bem."
"Quero que eles me digam isso." Ele colocou-a na parte de trás da maca. "Volto logo, preciso falar com o policial por um momento. Fique aqui." Deu um passo para o lado e deixou o paramédico entrar. Joe saiu e caminhou até o policial.
"Oi, sou Monty." Disse o paramédico à Demi.
"Oi Monty. Gostaria de terminar isso o mais rápido possível. Tem sido uma noite ruim e estou pronta para que isso termine." Demi explicou tão agradavelmente quanto podia. Queria ficar a sós com Joe e perguntar-lhe sobre sua mãe, queria confortá-lo.
"Eu entendo", ele balançou a cabeça quando pegou o manguito para aferir a pressão arterial. Envolveu-o em torno de seu braço quando ela se sentou com cara de paisagem, esperando que isso acabasse.
"Numa escala de um a dez, qual é o seu nível de dor?"
"Três", mentiu, estava mais para cinco, talvez seis.
"Quantos dedos têm aqui?" Ele perguntou a Demi, enquanto acenava dois dedos na frente dela.
Demi estremeceu com seus dedos perigosamente perto de seus olhos.
"Se você acidentalmente me furar o rosto, não vai ter nenhum dedo para levantar", alertou-o quando seus dedos ficaram ainda mais perto de seu rosto.
Ela estava irritada, exausta e sua cabeça estava começando a latejar. Queria estar com Joe, não sentada em uma ambulância para ser examinada. Precisava ter certeza que ele estava bem. Precisava perguntar sobre seus pais. Estava além de frustrada e o paramédico estava apenas piorando isso. Demi percebeu que ele estava apenas sendo simpático e tentando fazer o seu trabalho. No entanto, agora não era o momento para uma conversa civilizada, sutilezas ou dedos penetrando acidentalmente seus olhos. Agora era a hora de acabar com essa noite horrível... de uma vez por todas. Queria esquecer tudo o que aconteceu e rastejar para sua cama grande e confortável. Não iria permitir que isso a distraísse de sua missão.
"Nós devemos levá-la para mais exames." Monty sugeriu.
"Estou bem e isso é o que você vai dizer a Joseph Jonas." Demi balançou a cabeça e instantaneamente se arrependeu.
"Precisamos ter certeza que você não tem uma concussão."
"Não tenho uma concussão e não preciso ir para o hospital", respondeu com firmeza.
"Realmente acredito que você pode ter uma leve concussão", disse ele com firmeza.
"Eu pensei que apenas médicos pudessem diagnosticar", ela zombou.
"Você vai para o hospital", Joe disse quando entrou na parte de trás da ambulância.
"Estou perfeitamente bem, Sr. Jonas." Ela levantou o queixo, apesar do balanço dentro de seu crânio e da bandagem na parte de trás de sua cabeça.
"Recuso-me a correr esse risco, quero você totalmente examinada." Ele se sentou ao lado dela e pegou sua mão.
"Mas...” Ele colocou o dedo nos seus lábios, parando suas palavras.
"Não lute comigo sobre isso... vou ganhar." Alertou-a, com um olhar de determinação pura. Estreitou os olhos e sua íris brilhava como cacos de gelo abaixo de seus cílios escuros. "Sua saúde é muito importante para mim e eu preciso ter certeza que não está ferida."
"Eu não me sinto mal. Bati minha cabeça... estou bem."
"Você nem sempre pode detectar uma concussão, minha senhora", disse o paramédico, mas rapidamente fechou a boca quando Demi o fuzilou com o olhar.
"Não fique com raiva dele, Princesa, você vai ao hospital de qualquer jeito." Joe sorriu, sabendo que Demi estava pronta para dar ao paramédico uma boa resposta. Ele poderia dizer que havia algo de errado, ela parecia desorientada e ansiosa.
"Tudo bem, mas é um total desperdício de tempo... Estou perfeitamente bem." Ela franziu o cenho, cruzando os braços sobre seu peito.
"Prefiro deixar que o médico diga isso." Joe terminou quando fez um gesto para o paramédico para ir.
O nível de frustração de Demi estava aumentando e estava pronta para explodir. Sentou-se na cama da sala de emergência, sua perna estava pulando para cima e para baixo com um tique nervoso. Queria fechar este capítulo de sua vida de uma vez por todas. Não poderia começar a acabar com ele se ficasse presa no hospital.
"Tudo o que quero fazer é ir para casa", choramingou.
Joe estava ao lado da cama, seus um metro e oitenta elevando-se sobre ela. Era uma presença dominante e ela se sentia segura com ele perto. Embora fosse se sentir muito mais segura em casa, estava agradecida por ele estar ali.
"Eu sei querida." Alisou o cabelo para trás de seu rosto. Podia dizer pelos seus olhos, que ela não estava cem por cento.
"Ela tem um ferimento na cabeça, é leve, mas gostaria de mantê-la aqui durante a noite", disse o médico a Joe.
"Não vou ficar aqui durante a noite. Claro que não... Eu me recuso!" Demi estava pronta para saltar da cama de hospital, quando Joe a parou.
"Você vai ficar." Joe disse, sem rodeios.
"Não, eu não vou, quero ir para casa."
"De jeito nenhum que vou deixar você sair desse hospital. Você tem um ferimento na cabeça, não vou arriscar!" Joe insistiu.
"Joe seja razoável."
"Shhh, vai ficar aqui e eu vou ficar com você." Joe informou-lhe antes dele se voltar para o médico.
"Eu já tinha um quarto particular preparado. Também pedi a um dos enfermeiros para colocar uma cama extra para você." O médico sorriu educadamente.
"Obrigado." Joe assentiu.
"A enfermeira logo estará aqui para mostrar-lhe o seu quarto", disse o médico antes de sair.
"Realmente não quero ficar aqui. Quero ir para casa onde é seguro. Quero dormir na nossa cama e quero que você me abrace." Demi suspirou.
Ela sentiu-se um pouco sem sorte e sua cabeça estava doendo o suficiente para trazer lágrimas aos olhos. Também estava nervosa. Mesmo sabendo que Gavin estava na prisão, não podia negar o medo subindo pela espinha. Sabia que Joe iria protegê-la, mas não estava focado o suficiente para se concentrar nisso.
"Eu sei querida, mas é só por uma noite." Ele passou os braços em volta dela e abraçou-a.
"Ok, mas você vai dormir na cama do hospital comigo."
"É claro que vou." Quando terminou, a porta se abriu.
"Oi, sou Betty. Serei sua enfermeira por esta noite. Vou levá-los para o seu quarto." A pequena mulher loira disse, com um sorriso sincero.
Depois de algumas horas, apenas sentada ali girando seus polegares, Demi foi ficando cada vez mais agitada. O médico havia lhe dado alguns remédios para dor. Estava se sentindo um pouco melhor e pronta para ir embora. A enfermeira era doce e em circunstâncias normais, Demi ficaria agradecida. Agora, não podia apreciar nada que não envolvesse o fato de estar indo para casa.
"Então, não há nada de errado comigo? Apenas ferimento leve na cabeça, certo?" Sua sobrancelha levantou quando perguntou à enfermeira.
"Sim."
"Mas não é uma concussão de verdade, não é?"
"Não, mas qualquer lesão na cabeça pode ser perigosa sem o repouso adequado", explicou a enfermeira.
"Então, a única coisa que o hospital pode fornecer a mim neste momento é uma cama, certo?"
"E, monitorá-la e ter certeza que você vai descansar." A enfermeira sorriu.
"Não há mais exames?" fez a última pergunta.
Joe balançou a cabeça, já sabia onde isso ia dar.
"Não há mais exames. Como é que a medicação está funcionando? Está sentindo qualquer alívio?"
"Eu me sinto bem, a minha cabeça... Nem sequer dói mais", ela mentiu.
"Você vai querer ficar parada, muito movimento poderia aumentar sua dor."
"Obrigada." Demi estava tentando ser agradável.
"De nada. Você precisa de mais alguma coisa?" A enfermeira perguntou.
"Não."
"Gostaria de algo para beber?"
"Não, obrigada."
"Tudo bem, me chame se precisar de alguma coisa." A enfermeira sorriu largamente, obviamente era o sorriso usado para pacientes exigentes.
"Obrigada mais uma vez, Betty." Demi suspirou.
"O prazer é meu." Ela cantou com um sorriso antes de sair do quarto.
Demi estava fora da cama antes da porta se fechar atrás da enfermeira.
"O que você está fazendo?" Joe perguntou, mas já sabia.
"Vou sair daqui."
"Não, você não vai. Deite-se, quero que você descanse."
"Você a ouviu falar, não há nada que eles podem fazer por mim agora. Vou para casa."
"Você não vai embora."
"Oh, eu estou indo, de uma maneira ou de outra. Vou sair pela janela se for preciso. Não vou ficar aqui nem mais um segundo." Terminou enquanto pegava suas coisas no armário.
"Seja razoável, Princesa."
"Estou sendo razoável, Joe. Se você tentar me parar, só vou tentar lutar. Isso fará com que a lesão na minha cabeça piore, então, sugiro que você venha comigo. Eu te falei, não me sinto confortável em hospitais!" explicou.
"Sempre a advogada." Joe sorriu. Sabia que ela era teimosa o suficiente para provar seu ponto, mesmo se isso a machucasse. Ele iria levá-la para casa, só porque planejava manter uma estreita vigilância sobre ela. Seria mais duro com ela do que o médico poderia ser.
"Sempre. Agora vamos." Ela agarrou sua mão.
Joe puxou a mão dela e em um movimento rápido a pegou.
"Ponha-me no chão, posso andar."
"Esta é a única maneira que você vai sair deste quarto."
"Faça como quiser, Joe. Mas não deixe a enfermeira ver."
Demi abaixou a cabeça quando Joe passou pelo posto de enfermagem. Não iria olhar naquela direção e recusava-se a fazer contato visual.
Não deu certo, a enfermeira com olhos de águia os tinha visto.
"Está tudo bem?" Betty perguntou quando caminhou até eles.
Demi revirou os olhos quando Joe parou.
"Eu te falei para continuar," sussurrou para que apenas ele pudesse ouvir.
"Você precisa de alguma coisa, querida?" A enfermeira perguntou quando se aproximou.
"Está tudo bem. Ele vai me levar para fora, para tomar um ar", disse Demi com uma versão mansa de sua cara de paisagem.
"Aqui, pegue isso." Betty puxou a cadeira de rodas ao lado de sua estação e colocou-a diante de Demi.
"Não preciso disso." Demi começou a se opor.
"Sim, precisa." Joe corrigiu quando a sentou em sua cadeira de rodas.
"Tudo bem." Ela cruzou os braços sobre o peito.
"Se ela começar a sentir tonturas ou vertigens, traga-a de volta, por favor." disse a enfermeira para Joe, que acenou com a cabeça em troca.
Joe empurrou Demi pelo corredor e para os elevadores. Quando estavam fora de vista, Demi tentou levantar-se, mas Joe a deteve com a mão no seu ombro.
"Se você vai sair deste hospital, irá com calma. Estou falando sério, não quero você andando em qualquer lugar." Ele falou com uma determinação que Demi sabia que não seria fácil de quebrar.
"Tudo bem." Concordaria com qualquer coisa neste momento... só queria ir para casa.
Liam estava dormindo quando Fritz ligou para contar o que aconteceu com Joe. Liam sentou-se na cama, paralisado de medo. O fato de que seu irmão havia sido atacado foi que mudou sua mente.
Correu para a casa de seus pais, com um milhão de questões na cabeça. Todas as suas disputas e seu ódio pareciam ridículos agora. Estava sobrecarregado com a culpa. Se tivesse sido um bom irmão, poderia ter visto os sinais. Poderia estar lá para ajudar Joe, ao invés disso, estava secretamente rezando por seu fracasso. Estava aborrecido consigo mesmo e prometeu acertar as coisas com Joe.
Ele deixou seu carro ligado e a porta aberta, quando correu para dentro da casa de seus pais. Encontrou sua mãe na mesa da sala de jantar, olhando para um copo de vodka. Pela sua aparência, estava bebendo há um tempo. A garrafa ao lado dela estava quase vazia.
"Onde está o papai?" Liam latiu.
"Quem sabe!" ela balbuciou com desprezo.
"Gavin Grant tentou matar Joe!" Liam chorou.
"Eu ouvi." Ela tomou um pequeno gole.
Liam olhou para ela por um momento, chocado com sua reação. Não achava que sua mãe poderia chocá-lo novamente, mas estava errado.
"Isto é baixo, até mesmo para você, mas acho que não deveria estar chocado. Especialmente depois do que fez com minha esposa." Liam fez uma careta.
"Sua esposa é uma vadia, iria para cama com ele independentemente disso." Ela zombou como se ele fosse estúpido.
"Sim, mas você não tinha que ajudá-la! Acobertou-a, mesmo quando soube que eu suspeitava que ela estava me traindo. Você sabia o tempo todo."
"Vocês deveria estar me agradecendo." Olhou para ele, seus olhos claros faiscando de raiva.
"Agradecendo? Você está louca?" Não podia acreditar em sua audácia.
"Se não fosse por mim, nunca saberia que se casou com uma piranha."
Ele balançou a cabeça. "Você está delirando, bem como com raiva."
"Vá se foder Liam!" ela sussurrou, antes de tomar um generoso gole de vodka.
"Estou indo ver se seu filho está bem."
"Divirta-se com isso!" ela zombou, antes de pegar a garrafa e sair da sala.
Liam só podia observar sua forma de se retirar. Quem era ela? A mulher não estava apta para ser mãe. Como poderia ser tão malditamente fria?
Ele não queria ser mais assim. Quando fosse sua vez, queria que seus filhos o respeitassem porque o amavam, não porque o temiam.
Os eventos caóticos da noite tinha finalmente chegado ao fim. Gavin estava a caminho da prisão e a polícia finalmente tinha terminado de coletar as provas. O pátio estava começando a se parecer mais com um jardim do que uma arena de circo.
Demi sentiu um grande alívio quando se dirigiu à porta principal da casa de Joe. Nenhuma casa nunca tinha parecido tão boa para ela. Estava pronta para tomar um longo banho quente e enrolar-se na cama com Joe. Queria dormir e superar esta noite enlouquecedora. Queria acordar com uma manhã ensolarada e recomeçar. Queria deixar os terríveis acontecimentos da noite no passado, onde eles pertenciam.
"O que está acontecendo?" Demi perguntou quando viu o grupo de primos de Joe andando perto do portão.
"Eles estão protegendo a área. Também verificando as fechaduras e as câmeras no portão. Gavin tinha destruído-as antes de entrar na casa", terminou quando estacionou seu carro perto da casa. "Nós vamos fazer deste lugar impenetrável."
"Esta casa é gigante, isso vai demorar uma eternidade" Arregalou os olhos com o pensamento.
"Eu sei, é por isso que preciso começar o quanto antes."
Ela não tinha mais do que aberto à porta do carro, quando se sentiu arrastada nos braços poderosos de Joe.
"O que você está fazendo?" Ela segurou-o com força.
"Levando você", respondeu. Não tinha a intenção de colocá-la no chão tão rápido.
"Por quê? Minhas pernas estão duras... Prefiro andar."
"Você está ferida."
"Mas eu posso andar."
"Não."
"É apenas um galo na minha cabeça, você não tem que me levar." Demi disse quando ele a levou para a porta da frente.
"Ou eu levo você, ou voltamos para o hospital e pegamos a cadeira de rodas."
A porta da frente se abriu e deixou Demi de olhos arregalados.
"Que diabos?" Demi engasgou, vendo um grupo de mulheres armadas, todas vestidas de preto.
"Querida, oh graças a Deus está tudo bem." Dianna gritou enquanto corria para a filha.
"O que é isso?" Apontou para o grupo de mulheres.
"Elas estão aqui para sua proteção."
"Não preciso de uma gangue de meninas que trabalham seminuas e com armas para proteger-me mãe!" Demi protestou.
"Como você se sente? Está doendo muito minha querida?" Dianna afastou o cabelo para trás do rosto de Demi.
"Estou perfeitamente bem." Mentiu.
"Ela tem uma concussão." Joe informou Dianna.
"Oh, meu Deus, não!" Dianna lamentou quando caiu de joelhos.
"Pensei que nós tivéssemos concordado que você não contaria nada, Joe." Demi sussurrou-lhe.
"O que há de errado?" Pam saiu correndo.
"Demi tem uma lesão na cabeça!" Dianna chorou.
"Oh, não!" Pam, a tia de Demi normalmente forte, estava visivelmente abalada.
"É apenas leve, nem é mesmo uma concussão de verdade." Demi estalou.
Dianna ficou de pé. "Não fique chateada, querida, você pode se machucar."
"Você precisa descansar." Pam acrescentou.
Joe assentiu. "Eu concordo."
"As lesões na cabeça são perigosas, pessoas morrem por isso." Lágrimas correram pelo rosto de Dianna.
"Você vai me deixar descer para que eu possa argumentar com estas mulheres?" Demi virou-se para Joe.
"Não." Joe disse, se recusando a discutir ou abaixá-la.
"Não brigue com ele, querida, você não deveria estar andando por aí com uma concussão." Dianna se preocupava com sua única filha. "Você deveria estar no hospital!"
"Por que não está no hospital? " Pam perguntou.
"Eles disseram que eu estava bem."
"Deixaram minha única filha sair com um ferimento na cabeça? Eles colocaram minha filha em perigo mortal. Serão despedidos amanhã!" O tom zangado de Dianna foi diminuindo com sua postura dramática de justiça.
"É apenas um galo! Estou perfeitamente bem." Demi estava perdendo a calma.
"Mas ainda é um ferimento na cabeça." Pam ficou ao lado de sua irmã.
"Você está de volta!" Todo mundo olhou para ver Natalie pular até eles. "Como você se sente?"
"Natalie está aqui também? Quem está cuidando dos negócios?" Demi retrucou, desejando que elas se lembrassem do negócio e fossem embora. Amava todas, mas agora, o teatro era demais para sua cabeça doendo.
"Está fechado até segunda ordem", respondeu Pam.
"Nossa menina tem uma concussão Natalie." Dianna soluçou dramaticamente.
"Oh, Deus, não!" Gritou Natalie, de imediato lágrimas brotando de seus olhos.
"Ela está ficando mais parecida com Dianna a cada dia." Demi sussurrou enquanto revirava os olhos.
"Por que justo Devonne? O que ela já fez para alguém?" Natalie olhou para cima enquanto continuava a chorar. "Isto não é justo!"
"Está tudo bem, é apenas leve." Demi exalou como se estivesse prendendo a respiração por um ano.
"E acho que ela está em estado de choque." Dianna acrescentou.
"Não estou em choque!" Demi gritou.
"Você precisa se acalmar querida, não é bom gritar com um ferimento na cabeça." Dianna repreendeu.
"Oh, pelo amor de Deus, me tire daqui!" Demi sussurrou para Joe. Sua cabeça estava começando a pulsar, e ela era incapaz de tolerar essa dramaticidade por mais um minuto.
Dianna sorriu. "Não se preocupe, ela fica sempre ranzinza quando está doente ou ferida."
"Muito ranzinza." Pam acrescentou.
"Sim, você precisa descansar, e nós cuidaremos de tudo." Dianna beijou a bochecha de Demi.
"Nós não precisamos de guardas, mãe. Gavin está na prisão!" insistiu sobre o ombro de Joe.
"Nós não queremos arriscar, minha querida." Dianna respondeu caprichosamente.
"Você vai embora!" gritou de volta para a mãe enquanto Joe a levava.
"Por favor, coloque-a na cama, Joe, antes que ela piore com essa gritaria." Dianna falou para Joe quando ele chegou ao topo da escada.
"Essa mulher é uma loucura! Ela realmente trouxe um pelotão de guardas armadas." Demi estava espantada.
"As guardas ficam." Joe declarou antes de ir para seu quarto.
"Você está falando sério?" Perguntou chocada.
"Sim."
"Você está realmente se aliando com a minha mãe?"
"Sim, sua mãe está preocupada, assim como eu. Estou disposto a fazer qualquer coisa para mantê-la segura."
A frustração de Demi desapareceu com suas palavras suaves. Sorriu e deu um beijo na bochecha de Joe. Como poderia ficar irritada com eles, quando tudo o que importava era a segurança dela? Estava sendo egoísta e de repente sentiu-se ingrata.
"Eu sei, e me desculpe por parecer ingrata. Não estou tentando ser... Estou apenas cansada, e minha cabeça dói um pouco." Fez um beicinho de tristeza. Estava se sentindo um pouco tonta, e a dor em sua cabeça estava aumentando.
"Eu sei." Ele assegurou-lhe quando deslizou a mão para cima e para baixo em suas costas.
Joe colocou Demi na cama, como se ela fosse uma boneca de porcelana.
"Mas você tem que admitir que Dianna está exagerando um pouco." Demi balançou a cabeça.
"Será que ela está exagerando ou você está reagindo mal?" Ele perguntou quando pegou sua camisola na cômoda.
Demi revirou os olhos quando se levantou. Não tinha dado mais do que um passo quando Joe gritou para ela.
"O que você está fazendo?"
"Vou ao banheiro."
"Não." Ele andou em direção a ela.
"Não?" Ela repetiu, antes dele a pegar e levá-la para o banheiro.
"Não quero você fazendo esforço desnecessário." Informou ele.
"Como o quê?" Perguntou-lhe quando ele andou na sua direção.
"Tudo que envolve movimento. Nem quero que você saia da cama sem a minha ajuda. O médico lhe disse para ter calma."
"Sim, mas ele não disse para me fingir de morta."
"Não quero você andando por aí."
"Minhas pernas não estão quebradas... Posso caminhar até o banheiro. Você vai me ajudar a fazer xixi também?" Ela observou, enquanto Joe sorriu.
"Eu adoraria", respondeu ele, antes de colocá-la de pé diante do vaso sanitário.
"Aposto que sim. Preciso tomar um banho."
"Quero que você espere até amanhã, poderia se machucar."
"Não vou, terei cuidado. Você pode me ajudar. Preciso me lavar desta noite... Preciso estar limpa. Ainda posso sentir o toque horrível de Gavin." Ela sentiu o cabelo na parte de trás de seu pescoço se arrepiar. "Preciso tirá-lo de mim."
Ele entendeu o que ela quis dizer, estava tendo uma reação similar. Concordou com a cabeça e começou a encher a banheira. Cuidaria para que ela não fizesse esforço ou molhasse seu curativo.
Ela caminhou até ele. Ele olhou-a, sua aparência desgrenhada e o ligeiro hematoma agora se formando em seu rosto. Sabia que havia um amplo hematoma e um pequeno corte na parte de trás de sua cabeça. Agarrou-a e segurou com força contra seu peito.
"Não quero deixá-la ir." Murmurou enquanto a abraçava.
Joe respirou fundo e inalou seu perfume. Era o cheiro do seu cabelo, a forma como seu corpo pressionava contra o seu, a iluminação sutil de seus olhos cor de âmbar quando ele a fazia gozar e o jeito que dizia seu nome, tudo isso o deixava louco. Era tudo sobre ela. Nunca acreditou que adoraria alguém mais do que a si próprio, nunca pareceu lógico. O amor nunca fez sentido para ele, sempre muito imprudente para ser saudável. Agora, fazia todo o sentido do mundo.
"Não quero que me deixe ir também," ela disse, com a voz abafada pela camisa. Sua cabeça estava descansando contra seu peito com força suficiente para não deixar nenhum espaço.
Ela tinha tentando ser forte e não deixar que suas emoções a dominassem. Até que Joe segurou-a e sentiu a ruptura da barragem. Estava segura em seus braços protetores, e a realidade de tudo o que aconteceu bateu nela como um tijolo.
A noite louca, a chantagem, as fotos, os vídeos, a dor aguda na cabeça, o rapto e a memória do que Gavin tinha feito, tudo passava por sua cabeça. Quase perdeu Joe... Quase perdeu tudo. Chegou muito perto de nunca vê-lo novamente. Só o pensamento poderia levá-la de joelhos na angústia. De repente ser forte não parecia tão significativo para ela.
Começou a chorar. As lágrimas escorriam de seus olhos como uma torneira de água e seu corpo tremia com a força de seus soluços. Enterrou os dedos em Joe, segurando-o como se sua vida dependesse disso.
Joe, chocado e triste com suas lágrimas, segurou-a mais perto dele. Não estava mais acostumado a chorar do que ela. As pernas estavam balançando muito, dificultando ficar de pé, então a abraçou ainda mais apertado.
"Deixe sair baby, você foi forte o suficiente. É hora de me deixar cuidar de você." Sussurrou enquanto esfregava suas costas.
Essas palavras, que uma vez a deixaram com raiva, agora traziam alívio. Ela não queria ser forte agora. Precisava ser espontânea e liberar suas emoções reprimidas.
Parecia uma lata de refrigerante sacudida por dentro, e que finalmente havia puxado o lacre.
Com um braço ao redor dela e outro em sua bunda, Joe levou-a para o sofá. Sentou-se, e a montou em seu colo. Ela empurrou seu rosto contra seu peito enquanto continuou a chorar. Ele a abraçou, beijando a lateral de seu rosto, enquanto continuava a esfregar suas costas.
"Eu, eu...", gaguejou quando se sentou para olhá-lo. Tentou recuperar o fôlego e diminuir as lágrimas o suficiente para falar, "Ele qua-quase te matou. Nã-não sei o que eu teria feito se ele tivesse..." ela engasgou com suas palavras.
"Não quero que se preocupe comigo, Gavin nunca colocará as mãos em mim. A única maneira que ele pode me machucar é ferindo você. Não posso suportar nem a ideia dele perto de você novamente. Então, agora preciso me concentrar em você."
"Mas estou preocupada." Disse ela com vulnerabilidade.
"Shhh." Ele colocou o dedo sobre seus lábios antes de acariciar o rosto dela, tentando aliviar a dor que via em seus olhos.
Só ela era o reflexo de seu amor e a única prova de que seu coração não estava morto. Quando olhou em seus olhos, viu a sua própria felicidade. Sabia que, pela primeira vez em sua vida, estava vivo e era por causa dela. O pensamento de perdê-la o atormentava e encheu-o de desespero. Faria qualquer coisa para impedir isso.
"Venderia minha alma para mantê-la segura Demi. Você não entende isso? Desistiria de tudo que tenho, que conheço ou amo para mantê-la viva e aqui comigo." Prometeu quando beijou seus lábios. Foi um beijo para selar sua promessa de mantê-la segura. Foi um beijo como qualquer contrato matrimonial obrigaria. Beijou-a para aliviar o medo em seu coração. Beijou porque ela estava viva e em seus braços. Beijou-a para lembrá-la que estaria ao seu lado para sempre. "Eu sempre vou te proteger."
Ela se agarrou a ele. "Nunca me deixe."
"Nunca."
"Eu te amo, Joe" sussurrou. Ela desejou que pudesse ter de volta todo o tempo que passou odiando-o. Nunca mais cometeria esse erro novamente.
"Eu também te amo." Ele beijou seus lábios levemente.
Segurou-a com força enquanto se levantou e andou até a banheira fumegante. Colocou-a de pé e ajudou-a a despir-se. Ela estava em pé diante dele, um pouco atordoada e coberta de sujeira. Tinha pedaços de grama no cabelo, estava nua, vulnerável e absolutamente linda. Naquele exato momento, sabia que seu dever na vida, era manter esta linda diabinha segura.
"Vamos lá, vamos limpá-la."
"E você?" Ela perguntou.
"Vou tomar um banho mais tarde."
"Não." Ela sussurrou enquanto pegou sua mão.
Sabia o que ela queria dizer, de forma rápida e simplificada. Pegou-a e entrou com cuidado na grande banheira. Posicionou-se atrás dela e puxou-a contra si.
"Preciso lavar meu cabelo."
"Eu acho que você deveria esperar."
"Vou evitar essa área, lavarei o outro lado da minha cabeça."
"Vou ajudá-la." Ele estendeu a mão e pegou uma tigela de cerâmica preta. "Coloque sua cabeça para trás um pouco," ele instruiu enquanto enchia a tigela com água. Lentamente, derramou a água sobre o cabelo dela, pegou o shampoo e cuidadosamente começou a lavar a metade inferior do seu cabelo. Não queria machucá-la mais ainda e evitaria o local da sua cabeça que bateu no chão. Quando terminou de lavar seu cabelo, separou-o para ver a grande contusão em torno do pequeno curativo. Ele sentiu seu interior se agitar e seu coração acelerar.
Nunca mais queria vê-la machucada de novo e faria qualquer coisa para impedir isso. Nunca tinha odiado qualquer pessoa tanto quanto odiava Gavin Grant neste momento. Enxaguou o restante do shampoo quando ela pegou o frasco de condicionador.
Viu-a esguichar o condicionador na mão e passar com cuidado por seu cabelo limpo. Ele pegou a esponja redonda e o sabão. Lavou-a da cabeça aos pés e em seguida, puxou-a de volta para ele. Embora seu pau instintivamente ficou ereto, não estava sexualmente excitado.
Era a primeira vez que estava nu e tão perto de uma mulher, sem a necessidade de sexo. O que sentia não era apenas sexual, era algo muito mais profundo que era incapaz de definir. Queria abraçá-la, queria olhar para ela durante horas e apreciar o fato de que estava a salvo, e era dele. Queria conversar com ela sobre nada e tudo ao mesmo tempo. Queria estar dentro de sua cabeça e seu coração, e não apenas em seu sexo.
Joe passou os braços em volta dela e ela se virou de lado para que pudesse encostar em seu peito. Ele sentiu a necessidade irresistível de estar tão perto dela quanto possível. Segurou-a tão firme quanto poderia sem machucá-la, querendo fazer parte dela, necessitava estar mais perto dela. Passou a mão para baixo em sua barriga, para descansar contra seu sexo. Deslizou a ponta de seu dedo dentro dela enquanto tentava puxá-la para mais perto dele. Não era sexual, era uma necessidade intensa de ser parte dela, de estar dentro dela de qualquer forma que pudesse. Inalou seu cheiro, tentando encher suas narinas com ela. Apertou o rosto contra seu cabelo molhado e respirou fundo, simplesmente não conseguia o suficiente.
"Não consigo estar perto o suficiente de você." Sua frustração era profunda e estava começando a sentir o pânico.
Ela virou-se para encará-lo e enrolou as pernas em torno dele. Com um braço envolto em torno dela, a outra mão deslizou por suas costas e em linha reta para sua vagina. Deslizou a ponta de seu dedo médio para dentro dela enquanto pressionava seu corpo mais perto do seu. Finalmente se sentiu satisfeito quando ela apertou-o mais.
Ficaram assim por um longo tempo, a água tinha ficado fria. Não queriam separar-se um do outro, não queriam se mover e não queriam quebrar o momento. Era o conforto que precisavam desde que todo o calvário com Gavin tinha começado.
"Nós provavelmente deveríamos descansar um pouco", disse ele quando finalmente se mexeu. Sentou-se, ainda segurando-a firmemente. Com o dedo ainda dentro dela, usou suas pernas para se levantar e cuidadosamente sair da banheira.
Pegou as toalhas e colocou uma no sofá antes de sentá-la em cima dele. Rapidamente passou a toalha ao redor da cintura dele e ajoelhou-se diante dela. Com cuidado, começou a secá-la. Quando terminou, ele a pegou e levou para o quarto. Sentou-a na cama e pegou suas roupas.
Joe entregou-lhe o shorts e um top, mas Demi só pegou o shorts. Ele pegou sua boxer e vestiu. Deitou na cama ao lado dela e puxou-a contra o seu peito largo.
"Você precisa descansar um pouco", ele sussurrou enquanto retirou os cabelos de seu rosto.
Demi estava contra seu peito e suspirou profundamente. Sua cabeça latejava e tinha certeza que ainda estava em estado de choque, mas se sentia segura sabendo que ele estava perto. Estava exausta, mas apesar de tudo o que passaram Joe não parecia nem um pouco cansado.
Depois de uma hora, Joe finalmente conseguiu acalmar Demi o suficiente para dormir. Deitou ao lado dela, esfregando suas costas muito tempo depois que ela tinha adormecido. Não conseguia dormir e não queria tirar os olhos dela.
Finalmente se afastou dela e pegou o celular. Ligou para seu primo para ter certeza que tudo estava bem. Depois que Julius o informou que estava tudo bem, Joe caminhou para a cama. Tinha acabado de relaxar ao seu lado quando Demi acordou gritando. Ele a agarrou e segurou firme, mas ela tentou lutar.
"Não!" ela gritou, com os olhos fechados.
"Sou eu, baby... Joe", disse e suas palavras conseguiram acordá-la. Ele a forçou se concentrar nele e ela começou a chorar. Segurou-a com força.
"Gavin me mandava mensagens novamente, estava dentro do quarto. Ele me pegou." Ela gritou.
"Shhh, não querida, ele não está aqui, era apenas um sonho. Você está segura." Ele puxou a cabeça para trás e poderia dizer por seus olhos desfocados que ela ainda estava meio dormindo.
"Parecia tão real." Suspirou de alívio.
"Não era... foi apenas um pesadelo. A arma debaixo do colchão é real. Eu disparando cinco tiros em qualquer um que chegue perto de você, é real." Completou.
"Não me deixe", ela sussurrou enquanto suas pálpebras ficavam pesadas.
"Você sabe que não vou." Deitou-se com ela e abraçou-a.
Ela se aconchegou contra ele e beijou-lhe o peito, antes de fechar os olhos e voltar a dormir.
O primo de Joe, Julius, estava no lado oposto de Liam no portão.
"Não acho que agora é uma boa hora", Julius explicou a seu primo.
"Só quero ajudar", Liam disse com desespero.
"Por que o interesse repentino? Você odeia seu irmão." Julius olhou Liam com desconfiança. Joe e Liam tinham um ódio mútuo que era de conhecimento comum entre os seus familiares.
"Meu irmão quase foi assassinado por nosso colega de trabalho psicopata. Um colega de trabalho que é meu meio-irmão. Quase perdi o meu verdadeiro irmão, o que muda as coisas. Muda tudo."
"Ligue para Joe. Não vou deixar você entrar sem sua permissão." Julius insistiu.
"Diga a ele que estive aqui," Liam disse, antes de voltar para seu carro.
Liam não tinha certeza de como se sentia. Estava com medo de seu irmão. Sentiu o mesmo medo antes, quando eram crianças. A tentativa de assassinato de Joe por Gavin trouxe de volta memórias antigas que tinha obrigado-se a esquecer.
Quando menino, Liam descobriu que era mais fácil odiar seu irmão mais novo do que desafiar sua mãe. Ele tentou ajudá-lo no começo, muito, mas Denise, sua mãe, rapidamente pôs fim a isso. Ela tinha lhe ensinado que defender Joe faria com que a punição fosse automaticamente para Liam. As punições eram tão severas, que Liam se ressentiu de Joe e lamentou ajudá-lo.
Ele também tinha recebido algumas surras, mesmo quando não estava tentando ajudar Joe. Se Denise suspeitasse que Liam ajudara seu irmão mais novo, ela severamente o castigava.
Com cada surra, o ódio de Liam cresceu.
Liam decidiu dormir em seu carro e manter um olho na casa de Joe. Joe não merecia isso, nenhum deles merecia. Liam estava ciente de que sua preocupação repentina parecia falsa, mas não se importava. Seu irmão quase morreu. Tudo que Liam podia pensar era nas coisas desagradáveis que tinha feito a seu irmão mais novo. Não poderia viver com o fato de que seu irmão morresse, isso era um pensamento que Liam odiava.
"A morte realmente coloca as coisas em uma nova perspectiva," Liam murmurou para si mesmo enquanto ficava confortável no banco da frente de seu carro.


*****


Espero que gostem. Beijos

4 comentários:

  1. Em partes, CHUPA GAVIN!!!!
    PILANTRA, SAFADO!
    Paul se fufufu tb ne hahahah
    Mano, a Demi vsf todinha ta super assustada, e mae dela com esse cuidado todo é fofo ♥
    A mae do joe, merece o mesmo fim que o Gavin, e o Liam... bom esse nao confio mt ainda hauhaua

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  2. Se esse foi o primeiro capítulo, imagina o que está por vir kkkkkk muitoo ansiosaa..... postaa logoo pfvrr

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  3. Muito ansiosa para o próximo capítulo!! Tô adorando a segunda temporada <3
    Posta logo!
    Beijo!

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