4.10.14

Capítulo Nove






Maldição

Demi passou uma noite longa com toda sua alegria, a ansiedade que sentia tinha ido embora no momento em que chegou em sua casa e foi substituída por um grande sentimento de vitória. Decidiu que o melhor plano de ação era agir perfeitamente normal e, se necessário, negar, negar, negar!
Foi trabalhar como normalmente, erguida, com um poderoso passo em sua caminhada e ignorando todos aqueles ao seu redor. Quando passou pelo escritório de Joe viu o homem da informática do escritório tirando o computador e não conseguiu segurar uma risadinha que queria escapar. No almoço estava nas nuvens e confiante de que ninguém jamais suspeitaria que fora ela, eles naturalmente irão supor que foi sabotagem do perseguidor de Joe.
No final do dia, Demi estava terminando alguns papéis e planejava sair em um horário decente, mas assim que começou a arrumar suas coisas, seu telefone tocou.
"Srta. Lovato, Joseph Jonas gostaria de vê-la imediatamente."
"Ah, que pena, estou indo embora." Disse ela com o máximo de civilidade que conseguiu reunir.
"Ele disse que é de extrema importância."
"Tudo bem." bateu o telefone e xingou.
Odiava ser chamada no escritório de Joseph Jonas, quase tanto quanto odiava Jonas exigindo sua presença como se ela fosse um servo humilde que acatava suas ordens.
Andou calmamente até seu escritório e quando finalmente chegou lá, sua secretária, uma mulher que Demi tinha torturado e depois adquirido respeito, estava esperando para levá-la para dentro.
Emma Cooke era uma boa mulher, e tolerante como uma santa. Dois anos atrás, depois que Joe tinha dormido com a primeira secretária de Demi, Demi havia retaliado, mandando sua secretária em seu escritório para falsos recados enquanto ele realmente precisava dela. A Sra. Cooke nunca tinha levado isso para o lado pessoal, pelo contrário, parecia mais simpática do que qualquer outra coisa e continuou sendo gentil com Demi, apesar de suas más ações com ela. Demi decidiu naquele momento que não envolveria mais sua caridosa secretária na sua missão de destruir Joe, não podia, afinal de contas, não era culpa dela ter um chefe de merda.
Demi entrou pela porta aberta, com um olhar de desgosto em seu rosto, odiava estar em seu escritório. Seu escritório era duas vezes maior do que o dela, apesar do fato de que trabalhava duas vezes mais duro do que ele. Andou até ficar diante de sua mesa, com os braços cruzados sobre o peito e olhando para ele como se ela fosse a rainha, que estava entediada com a empresa do auxílio comum.
"O que você quer Sr. Jonas, ao contrário de você, eu realmente trabalho e estou ocupada."
"Alguém invadiu meu escritório ontem à noite." Disse ele enquanto tilintava a caneta na mesa, quando ela não falou, ele continuou: "Eles correram um vírus pelo meu computador, que era tão prejudicial que fez tudo inutilizável e irrecuperável."
"E?", ela perguntou, lutando arduamente para controlar o sorriso que ameaçava quebrar sua cara de paisagem.
"Eles também invadiram minha mesa e roubaram todos meus arquivos, relatórios, a minha proposta e um anel muito caro." Disse ele estudando de perto o rosto dela, mas como de costume, ela era a rainha da cara de paisagem. Ela segurou suas emoções, não deixando transparecer o choque sobre o anel, pois nunca viu qualquer joia e se tivesse visto, teria deixado onde estava.
"Chegue ao ponto Sr. Jonas, você está desperdiçando meu tempo." Ela franziu o cenho, indicando o tédio, recusando-se a deixá-lo saber que a sua linha de questionamento estava começando a deixá-la desconfortável.
"O ponto é, você entrou no meu escritório e me roubou.", Disse ele apenas afirmando.
"E por que eu faria isso?" Ela balançou a cabeça.
"Porque você sabe que vou me tornar sócio e você está disposta a fazer qualquer coisa para impedir isso."
"Você parece desesperado, pare de desperdiçar seu tempo comigo e encontre o verdadeiro culpado." Ela zombou.
"Você é boa", seu sorriso demonstrou seu profundo respeito pelo seu talento para mentir assim, "muito convincente Srta. Lovato."
"E você é patético, assim como está perdendo o meu precioso tempo.", Ela se virou para sair.
"Admita e eu vou ser leve com você." Disse ele, a frase gotejando insinuações.
"Admitir o quê? Que você vai, obviamente, você vai fazer qualquer coisa para se certificar de que eu não me torne sócia? Que eu consigo ver através de sua patética tentativa de me incriminar?" Disse ela com arrogância.
"Bravo." Ele disse enquanto se levantava da cadeira batendo palmas, em seguida, caminhou lentamente até ficar mais perto dela. "Falou como uma verdadeira advogada, mas vendo que também sou um advogado, bem como seu igual..."
"Seu sonho ser meu igual." Ela o interrompeu.
"Como eu estava dizendo, como sou um advogado, posso cheirar a manipulação a um quilômetro de distância."
"E..?" Ela encolheu os ombros querendo tirar o olhar complacente do seu rosto.
"Então, eu sei que você fez isso."
"Então prove.", Disse ela finalmente, o canto de sua boca quase se contorcendo em um sorriso.
"Última chance." Ele sussurrou enquanto se aproximou dela, um pouco perto demais para sua própria paz de espírito. "Admita agora e não vou fazê-la sofrer." Ele estava começando a deixá-la nervosa e neste momento precisava sair de seu escritório, por qualquer meio necessário.
"Diga mais uma palavra e eu vou processá-lo por assédio sexual." blefou de desespero, sentindo uma profunda decepção por si mesma por sugerir uma coisa dessas.
"Se eu te ensinar o verdadeiro significado de assédio sexual, você não usaria esse termo tão levianamente." Disse ele deslizando o dedo para seu quadril.
"Você está louco?" Ela sussurrou, batendo na mão dele com toda sua raiva. "Nunca me toque novamente." Ela viu o flash de raiva em seu rosto por um momento, antes que ele voltasse para o seu sorriso de satisfação, olhando para ela como se soubesse um segredo.
"Eu avisei." Ele sorriu orgulhosamente, ela sentiu seus nervos pulando como fios vivos em todo o seu corpo e rapidamente escaneou seu cérebro tentando lembrar se alguém a tinha visto ontem à noite. Tinha sido tão cuidadosa e verificado em todos os lugares antes de ir para seu escritório, não havia nenhuma maneira de alguém ter visto ela. "Assista isso." Disse ele agarrando um fino controle remoto fora de sua mesa e apontando-o para o grande retrato emoldurado na parede.
"Assista o quê?", Ela perguntou um segundo antes que o quadro começasse a levantar e revelasse uma televisão de tela plana embutida na parede. Ele apertou outro botão do controle remoto e a televisão ligou. Ela ficou ali imóvel enquanto uma visão clara do escritório de Joe de repente apareceu na tela da televisão. Sentiu o coração cair de seu peito enquanto observava a imagem de si mesma no monitor, invadindo seu escritório.
"Isso é você invadindo e entrando, eu sei com certeza que minha porta estava trancada e sei que você não tem uma chave." Ele falou enquanto ela assistiu-se na tela, andando até a sua mesa, abrindo a fechadura da gaveta e então seu momento de silêncio de hesitação antes de tomar a pasta. Viu quando deslizou o disco letal em seu computador, em seguida, saqueou sua mesa, empurrando vários arquivos em sua pasta antes de finalmente sair. Ela ficou enfeitiçada, olhando a sua estupidez diante de seus olhos, como Joe também ficou encantado vendo a reação dela. Depois de alguns momentos intensos, Joe finalmente parou as filmagens, em seguida, desligou a televisão, enquanto ela continuava olhando para a tela em branco antes de ele se virar para encará-la. Ele não falou, não precisava.
"Fui pega." Ela sussurrou.
"Eu sei."
"Maldição!" xingou, batendo o pé no chão e Joe sorriu ao ver sua cara de paisagem caindo.
"Imagine a minha surpresa." Disse ele e ela quase sorriu ao pensar nisso. "Isso foi estúpido."
"Eu sei, eu disse a mim mesma três vezes para parar e ir embora."
"Por que você não parou?"
"Eu não sei, não poderia sair de mãos vazias." Ela respirou fundo, furiosa consigo mesma, deveria ter escutado seus instintos. "Quem sabe?"
"Só nós."
"Então isso não é apenas sobre você me dedurar, ou você já teria feito isso." Ela finalmente olhou diretamente em seus olhos, "Você deve querer alguma coisa."
"Astuta, mas orgulhosa. O que faz você pensar que eu ainda não vou entregá-la à polícia ou ao meu pai?"
"Eu não sei." Ela encolheu os ombros enquanto falava: “Estou supondo que você está fazendo isso para me forçar a desistir da disputa pela sociedade.”
"Errado, ao contrário de você Princesa, eu não preciso trapacear para vencer, tenho bastante confiança em mim e no meu talento, sei que vou ganhar de você com os olhos fechados." Ele sorriu quando ela zombou.
"Você está mentindo, você está fazendo isso para garantir o seu lugar como sócio."
"Não, eu não preciso que você desista para garantir meu lugar como sócio, já estou ganhando.", Disse ele e parte dela acreditou, ele parecia muito confiante para estar errado.
"Bem, sei que isso não se trata de dinheiro também, uma vez que você já tem uma quantia obscena de dinheiro, mais dinheiro do que você provavelmente será capaz de gastar em três vidas."
"Não, isso não é sobre o dinheiro."
"Então o que diabos você quer de mim?" Ela perguntou cansada de rodeios.
"Eu quero uma coisa que eu nunca poderia comprar em qualquer circunstância que não seja esta, quero a única coisa que nunca esteve disponível para mim."
"E o que é isso?" Ela perguntou com impaciência.
"Você."
"Como?" ela não entendia o significado.
"Eu quero você." Ele se aproximou dela.
"O que quer dizer com 'você me quer'?", ela perguntou enquanto dava um passo para trás, não sabia o que ele queria dizer.
"Você sabe exatamente o que quero dizer."
"Não, eu não sei, explique-se."
"Eu quero você, cada centímetro, quero você nua e de joelhos diante de mim, quero enfiar a minha língua em cada parte de seu corpo e quero transar com você até que você esteja me implorando para parar." As suas palavras eram grosseiras e ela sentiu o coração bater com força suficiente para quebrar uma costela.
"Você está louco!" ela gemeu enquanto se afastava dele: "NUNCA! Eu nunca iria deixar você me tocar, você é um arrogante sadista de merda!” cuspiu as palavras para ele, sua cara de paisagem completamente caída, ”Eu te odeio e eu sempre irei odiar!”
"Eu te odeio tanto, que é metade da razão pela qual não posso esperar para te foder." Seu sorriso estava orgulhoso o suficiente para fazê-la encolher "Eu vou ter você sob a minha vontade e fazer tudo o que eu quiser, não importando quão revoltante seja.”
"Eu morreria antes de deixar você me tocar."
"Então, esteja preparada para a morte, porque vou violar cada centímetro do seu corpo, nada vai ser deixado sagrado ou intocado."
"Isso soa como uma ameaça para mim." Ela colocou as mãos nos quadris, a cabeça erguida desafiando e seus olhos fechados em uma batalha silenciosa.
"É uma ameaça e que prometo cumprir. Além disso, que escolha que você tem?" Ele agarrou-a pelo braço e puxou-a para mais perto dele, assim seu rosto estava a apenas alguns centímetros do dela. "Se eu te entregar, meu pai não terá escolha a não ser demiti-la. Como você bem sabe, nós somos um dos escritórios de advocacia mais influentes deste lado do globo, uma má referência nossa e você nunca mais vai trabalhar novamente."
"Não." ela balançou a cabeça pensando sobre todo o trabalho duro que tinha feito em sua carreira e quão rápido ele poderia acabar.
"Eu vou ter você na lista negra Srta. Lovato."
"Você não faria isso."
"Mas você simplesmente sabe que vou."
"Não posso pedir desculpas e admitir meu erro em vez disso?" Perguntou na esperança de ser o que ele queria: "Se você realmente me quer de joelhos, vou descer e pedir desculpas." Disse ela, obviamente, tentando sair dessa situação.
"É tarde demais para isso."
"Mas..."
"Eu disse a você o que quero", disse ele indo em direção à sua mesa e pegando o telefone, "tome uma decisão agora ou vou fazer isso por você."
"O que tenho que fazer?" Ela perguntou e ele quase gozou em suas calças assistindo essa tirana inabalável se oferecendo para ele.
"Tudo."
"Tudo?" ela tinha medo de perguntar o que significava tudo.
"Durante trinta dias."
"O quê?"
"Encontre-me no Platinum", ele disse: "amanhã à noite, 21h."
"Espere, o que você quer dizer com 30 dias?"
"Vejo você amanhã à noite Srta. Lovato." Ele se despediu e ela lutou contra a vontade de chutá-lo, em vez disso, virou-se e saiu de seu escritório.
A cobertura estava escura, exceto pela pequena sala isolada onde Joe levou sua convidada Olive para a noite. As luzes fluorescentes brilhantes iluminavam as mechas no cabelo cor de mel da mulher e destacava o humor descontente de Joe.
Joe estava sentado em sua cadeira estofada junto à lareira apagada, ignorando a mulher linda dançando eroticamente diante dele. Sua mente estava perdida em pensamentos enquanto a menina girando tentava seduzi-lo, plenamente consciente de que suas tentativas foram em vão. Joe tinha percebido há muitos anos que era viciado em sexo e nunca negava a si mesmo que tinha gerado o vício em algo muito mais profundo. Ele nasceu com uma mania profunda embutida dentro de suas veias, gostava de dominar suas parceiras e embora pudesse ser muito duro, nunca tinha ido a extremos. Tinha muitos amigos que estavam envolvidos no estilo de vida BDSM, mas que não era para ele. Fazia o que fazia porque era o que queria fazer, não era um estilo de vida que era apenas sobre pura necessidade. No entanto, a situação com a sua companheira advogada era completamente diferente, não era o sexo que seu corpo exigia, era a Srta. Lovato.
Tudo o que achava que sabia estava em questão quando a mulher chegou, seu corpo nunca antes ansiava por outro ser humano e sua mente nunca tinha implorado um rosto quando se tratava de sexo. Sempre foi insensível e distante com suas parceiras sexuais, mas quando chegou a Srta. Lovato, suas emoções estavam alteradas e com uma profunda frustração. De jeito nenhum que seria capaz de separar o sexo de seu ódio por ela, cada discussão entre os dois forçaram suas emoções crescerem e sua raiva vinha crescendo há três longos anos. Ele precisava fazer coisas terríveis com ela, queria forçá-la a admitir que ele era seu governante, seu mestre e o fodedor Jonas. Nunca havia ficado tão atordoado antes, sua cabeça fervilhava com visões de Demi de joelhos, implorando-lhe para aceitar o seu pedido de desculpas e expressar sua tristeza por ter sido uma puta por todos esses anos. Droga, queria dominá-la e mal podia esperar até amanhã à noite, às 21h.


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Capítulo lacrador. Quem se animou? \o/ o hot ta chegando minha gente, uhul. Entrei aqui no blog pelo celular e vi que já tinha cinco comentários, então liguei o computador só pra postar pra vocês, hein.. Comentem para o próximo, aposto que vocês vão adorar, muahahahaha. Beijos.

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