11.11.14

Capítulo Nove






O caso

Paul ligou para o celular de Joe às três da manhã. Durante o meio da noite, um bem conhecido herdeiro foi assassinado. Sua esposa, a socialite com status de celebridade, foi acusada do assassinato. Seu pai tinha imediatamente chamado Paul para representá-la. Infelizmente, Paul estava no meio de um processo e não poderia ajudar diretamente. Ele chamou seus filhos com a notícia. Liam estava representando outro cliente e não tinha tempo para outro caso.
Joe e Demi saíram de casa de manhã cedo para ir para tomar café antes do trabalho. Ela queria sentar, apreciar seu café e conversar um pouco com Joe antes do trabalho começar. Tinha uma espécie de sentimento estranho, mas não conseguia descobrir o que estava errado. Assumiu que estava excessivamente entusiasmada com o novo caso.
"Tina Tucker e seu namorado estão sendo acusados de terem assassinado o marido dela. Eles se voltaram um contra o outro no momento que foram presos." Disse Joe depois que se sentou com as bebidas.
"Vai ser uma guerra, este será um caso difícil de ganhar." Demi disse com um brilho nos olhos.
"Sei o quanto você quer esse caso."
"Eu quero." Ela respondeu.
"Não haverá ameaças, trapaças e dissimulações. Lutaremos por este caso de forma justa." Joe definiu as regras.
Demi sorriu enquanto tomava um gole de café gelado. "Justo."
"E não haverá briga. Nós não vamos brigar ou discutir sobre este caso."
Demi olhou para ele por um instante antes que finalmente concordasse.
"Concordo. Acho que não deveríamos brigar por causa de um caso nunca mais." Estava animada para a batalha. Apenas não queria batalhar com Joe e esperava que não fosse chegar a esse ponto.
"Um ano atrás, se alguém me dissesse que eu nunca mais iria lutar com Demetria Lovato por outro caso, eu teria rido na sua cara."
"E pensar que estamos aqui, porque invadi seu escritório. Que, por sinal, prometo nunca mais fazer novamente. Não vou colocar um vírus no seu computador também." Sorriu quando disse isso.
"Gostaria que você invadisse." Ele agarrou sua coxa e puxou-a para mais perto dele. A cadeira branca rangeu quando se arrastava no chão.
"Como assim?"
"Se você invadir meu escritório, haveria algumas repercussões. Adoraria tê-la sob contrato novamente. Desta vez, o dobro do tempo e iria triplicar as regras."
"Não preciso entrar em seu escritório para ter isso." Disse sugestivamente.
"Não?"
"Não."
"Não vejo a hora de te levar para casa."
"Não vejo a hora de você me levar para casa." Sussurrou enquanto tomava outro gole de sua bebida.
Ele olhou seus lábios ao redor do canudo e pensou sobre os momentos em que ela caiu de joelhos e o chupou. Tinha colocado os lábios em torno de seu pênis da mesma forma que fazia com o canudo.
"Não fique muito animado, temos um longo dia pela frente." Ela sorriu, reconhecendo olhar em seu rosto. Limpou um pedaço de sujeira de seu terno e ajeitou a gravata dele. Seu sorriso desapareceu quando seus olhos se fixaram no banheiro das mulheres.
"Nem pense nisso." Sua mão caiu de sua gravata para sua coxa.
Aquilo fez seu cérebro entrar em um frenesi sensual com seu ato inocente que deixou seu pau duro. Queria levá-la até o banheiro e transar com ela, mas não podia. Não podia levar sua princesa para um banheiro público de novo, ela merecia coisa melhor.
"Se não fosse por este caso, iria levá-la para casa agora. Não vou conseguir esperar até o final do dia."
"Nós vamos sair mais cedo." Ela encolheu os ombros com um sorriso.
Todos no escritório estavam tensos e não sabiam o que iria acontecer. Era o tipo de caso que provocava guerras entre Joe e Demi no passado. Apesar de seu amor proclamado, a maioria dos empregados achava difícil acreditar que não iriam entrar em uma luta. Todo mundo estava pisando em cascas de ovos, esperando a guerra começar.
"Agora a Sra. Diabo vai mostrar quem é novamente." Juliet sorriu.
"O que você quer dizer?" Miley perguntou.
"Demetria Lovato vive pela emoção do caso, ela é viciada em realização. Mataria sua própria mãe por um caso suculento como este. Vai lutar por este com unhas e dentes, como sempre fez. Porém, dessa vez, vai mostrar exatamente quão desleal realmente é."
"Eu não penso assim, Juliette, não desta vez." Miley se opôs.
"Anote minhas palavras, você vai ver." Juliet disse arrogantemente antes de ir embora.
"Não posso acreditar que ela ainda está com Jonas." Reese disse com um olhar de desgosto.
"Como você pode falar isso, você encerrou sua fixação por ele ontem!" Miley riu.
"Mentira, parei de gostar dele há muito tempo, quando se tornou óbvio que estava louco por Devonne Lovato. Não sei se isso vai durar, mas vou ser respeitosa até acabar." Respondeu Reese.
Os advogados disponíveis sentaram ao redor da mesa na maior parte da manhã, discutindo o caso. Sampson Gold queria tanto, que estava disposto a acabar com o caso que estava trabalhando mais cedo. Após a reunião acabar e tomar sua decisão, Paul dispensou os advogados de seu escritório. Joe ficou em silêncio enquanto acompanhou Demi de volta ao seu escritório.
"O que foi aquilo?" Perguntou quando entraram.
"O que foi o quê?" Ela levantou as sobrancelhas com indiferença.
"Você nem sequer tentou." Estava sentindo raiva e confusão.
"O que você quer dizer?"
"Não brinque. Por que não lutou?"
"Eu lutei!"
"Não, você não lutou."
"E?"
"E? Você quer que Clive ganhe esse caso?"
"Não. Pensei que você ia ganhar, mas você parou de lutar por ele."
"Eu não desisti de lutar."
"Sim, você desistiu. Sei o quão duro você joga para conseguir um caso como esse você não estava lutando."
"Pensei que você queria e estava preparado para entregá-lo a você. Essa foi a única razão para não dar o meu melhor. Estava chocado que você desistiu tão facilmente. Teria lutado mais se soubesse que você não queria."
"Eu não desisti!" Ela virou-se para ele.
"Então, o que foi isso?"
"Isso foi mudar minha cabeça, estou autorizada a mudar de ideia." Ela cruzou os braços sobre o peito. "Uma vez que seu pai começou a discutir o assunto, percebi o quão grande o caso seria e por quanto tempo iria durar o julgamento."
"E?"
"E, é muito grande, não quero isso. Acabei de voltar a trabalho."
"Demetria Lovato está com medo de morder mais do que pode mastigar? Eu não acredito nisso!"
"Diga mais uma palavra e vou morder alguma coisa maior do que posso mastigar." Ela ameaçou e levemente bateu em seu pênis.
"Cuidado." Agarrou a mão dela e puxou-a mais perto.
"Não... tenha cuidado você!" Ela retrucou.
"Se você continuar falando assim comigo, vou levantar sua saia e bater no seu traseiro aqui. Talvez se bater forte o suficiente, você vai me dizer por que realmente parou de lutar por esse caso."
A batida na porta ecoou pela sala.
"Sr. Baker está tendo uma festa improvisada no refeitório." A secretária gritou através da porta.
"Tudo bem." Respondeu. Ele deslizou a mão pelo braço de Demi, quando olhou em seus olhos. "Você quer ir cumprimentá-lo? Ou talvez ele deva estar agradecendo por deixá-lo ganhar."
"Não quis deixá-lo vencer." Ela sussurrou. "Eu te falei que não queria um caso grande agora! Tenho coisas mais importantes acontecendo. Além disso, o Sr. Baker parece ser capaz de lidar com isso."
"Será que ele é?" Perguntou não gostando da sua declaração.
"Acredito que sim. Seu pai acha que ele é bom e isso é tudo que importa."
"E o que você acha dele?"
"Eu nem penso nele."
"Bom, não quero que você pense nele." Passou o dedo nos lábios. "Eu quero que você pense em mim e SÓ em mim. "
"Eu penso só em você." Ela confessou e Joe sorriu presunçosamente.
A vitória de Clive se espalhou como fogo por todo escritório, mas ninguém parecia interessado. Todo o mundo estava alvoroçado com a notícia de que Demi desistiu de um caso de grande repercussão. Mesmo o elaborado buffet de Clive não podia seduzi-los.
"Eu te falei." Miley sorriu com satisfação, adorava estar certa.
Os olhos de Adele estavam arregalados com o choque. "Não posso acreditar que ela não lutou."
"Ela deve realmente amá-lo. Uma vez a vi tentar arrancar a cabeça de Lila para ficar com um caso." Reese acrescentou.
"Na verdade, estou impressionada. Vou vê-la sob uma nova perspectiva. Parece que ela está menos demoníaca e mais romântica." Adele abanou a cabeça. "Não posso acreditar que falei que a Senhorita Diabo é romântica."
"Deve estar nevando no inferno!" Reese balançou a cabeça.
Juliette ficou em silêncio, com a boca aberta. Ficou chocada por Demi e Joe não lutaram entre si e contra os outros pelo caso. Percebeu pela primeira vez, que nunca teria Joe. Era uma causa perdida.
"Está tudo bem?" Ronnie perguntou a Juliette.
Juliette virou-se para olhar para ele com uma mistura de tristeza e desgosto escrito em seu rosto.
"Como?" Retrucou.
"Sinto muito, você parece tão triste senhorita Juliette."
"Isso com certeza não é da sua conta." Ergueu o queixo, tentando parecer como se não estivesse a ponto de chorar.
"Me desculpe se te ofendi, odiaria ver uma mulher tão bonita e tão triste. Peço desculpas se passei dos limites." Disse ele, antes de se afastar.
Juliette assistiu ele recuar enquanto suas palavras martelavam em sua cabeça. Ronnie sempre foi muito agradável com ela, era muito ruim ele estar em um relacionamento com Lila Strain.
Lila deixou o escritório do chefe, lutando contra as lágrimas. Ela foi esmagada pela exibição de carinho entre Joe e Srta. Lovato. Lila sabia como Joe era quando queria os casos. Ele lutava com unhas e dentes por qualquer caso que quisesse ninguém ficava imune. No passado, nunca tinha demonstrado um pingo de clemência. Agora, ali estava ele, entregando tudo de bandeja para Demetria Lovato. Bem, tentando entregar para ela.
Lila bateu a porta do escritório atrás dela e foi se sentar em sua mesa. Sabia que tinha que fazer alguma coisa. Talvez pudesse seduzi-lo novamente. Tinha funcionado uma vez e estava desesperada o suficiente para tentar novamente. Não podia deixá-lo ir tão facilmente, iria lutar a cada passo do caminho.
Tinha que fazer algo para lembrá-lo de quão incrível ela era quando se tratava de sexo. Poderia pegar ele sozinho e levá-lo a ficar tão excitado que iria transar com ela na hora. Conhecia muito bem Joe e sabia que não conseguia resistir a sexo.
Clive decidiu usar o dinheiro de seu pai para uma boa causa. Ele encomendou um buffet de um dos os melhores chefs da cidade. Ele os fez trazer a comida para o refeitório e servi-la com alguma decoração. Se ganhasse, teria uma exibição especial criada para parabenizá-lo. Se perdesse, ainda poderia honrar o vencedor com um banquete. Estava agradecido por ter ganhado. Já que estava fazendo um nome para si mesmo no escritório.
Clive ficou no meio do refeitório, como se estivesse pronto para fazer um discurso.
"Obrigado." Ele sorriu para as secretárias e alguns colegas de trabalho.
"Isso é ótimo Sr. Baker." Adele disse sorrindo.
"Por favor, me chame de Clive." Deu um sorriso gigante e piscou para ela.
"Sim, por favor, me chame de Adele."
"Eu me sinto maravilhoso porque ganhei. Quero que todos os outros se sintam maravilhosos também." Estava ajudando Paul com uma caso desde que chegou aqui, esse caso seria o seu primeiro sozinho.
Clive sorriu quando viu Demi entrar na sala. Ele deixou o grupo de secretárias e foi em direção a ela.
"Queria te agradecer por facilitar para mim e me dar a chance de ganhar esse caso. Ouvi dizer que você pode ser muito cruel quando se trata de escolher os casos." Disse Clive com seu sorriso mais arrojado.
"Você ganhou isso por seu próprio mérito, não tinha nada a ver comigo." Mesmo que ela permanecesse impassível, Clive sorriu calorosamente.
"Bem, obrigado por não ter ido para a minha garganta quando descobriu o quanto eu queria. Paul me disse que temos gostos muito semelhantes quando se trata de casos."
"Acho que a maioria dos advogados também." Respondeu ela antes de se afastar dele.
Joe estava perto da porta, vendo quanto tempo Demi conversava com Clive. Sentiu uma perversa satisfação quando ela cortou a conversa.
Demi sorriu quando viu Joe de pé na entrada cafeteria e colocou um pouco de vitalidade em seus passos para ir até ele.
Ela sorriu e inclinou a cabeça para trás. "Oi."
Ele instintivamente inclinou a cabeça para aceitar o seu beijo. Quando ele se afastou, encarou Clive. Joe viu a inveja no rosto de Clive e estava tentado a importuná-lo. Desfrutando o desconforto de Clive, Joe deslizou a mão para trás para descansar no topo da bunda de Demi. Ele observou Clive virar, mas não antes dele visualizar a fúria abaixo da superfície.
"Venha comigo." Joe sussurrou em seu ouvido. Ele colocou seu braço em volta dela e levou-a para fora da cafeteria.
"Para onde estamos indo?" Ela perguntou.
"Nós estamos indo comemorar."
"Comemorar o quê?"
"Comemorar por não ganhar o caso. Não ganhar significa que tenho mais tempo para gastar com minha futura esposa." Ele beijou o lado de sua cabeça, antes de conduzi-la até o elevador.
Demi saiu da piscina, pingando água quando se aproximou de Joe. Ele ainda estava de terno e perfeitamente seco.
"Eu pensei que você fosse nadar comigo?" Ela caiu no seu colo e envolveu os braços molhados em torno de seu pescoço.
"Não agora." Disse ele friamente.
"Você pode muito bem nadar comigo, você já está encharcado." Sorriu enquanto mexia seu traseiro molhado em seu colo.
"Talvez mais tarde."
"O que há de errado?" Perguntou.
"Diga-me a verdade, por que você não lutou pelo caso?" Obviamente, não ia parar até que tivesse uma explicação.
"Disse a você, é um caso grande." Não tinha ideia de como explicar o que estava sentindo, mal entendia também.
"Mas era seu tipo favorito de caso."
Demi queria o caso mais do que qualquer outro. Tinha visto o olhar em Joe e sabia que ele queria tanto quanto ela. Pensou sobre o caso e como seria maravilhoso ganhar. Era um caso que poderia definir sua carreira e compensar o tempo que ela tinha perdido.
Então, pensou sobre o tempo todo que o caso iria tomar e exigiria muito foco. Pensou em todos os dias ocupados e noites sem dormir. Pensou que iria passar dia após dia no tribunal e não pôde evitar a carranca torcendo os lábios. Em condições normais iria inflamar o sangue dela e atiçar suas tendências ambiciosas.
Mas nada mais era normal.
As coisas eram diferentes agora, ela não tinha tempo para um caso tão importante. Por mais que quisesse, poderia pensar em um milhão de outras coisas que preferiria estar fazendo com Joe em seu lugar. Se fosse honesta consigo mesma, só não queria passar muito tempo longe dele. Pensou sobre o almoço com Joe no quintal, pensou em seus braços musculosos em volta dela quando deitava a cabeça em seu peito. Pensou em passar longas horas apenas beijando-o, nada mais, apenas se beijando. O pensamento de biscoitos de chocolate invadiu seu cérebro e ela sorriu.
Demi estava sorrindo amplamente, uma alegria sensual se espalhando por todo o rosto. Queria estar desgostosa com sua decisão incomum. Estava cansada de tentar esconder seus verdadeiros sentimentos. Não havia nada de errado em preferir Joe ao trabalho. Claro, o sucesso era fabuloso, mas no momento não era o que queria. Teve tempo de sobra para a sua carreira, passou toda a sua vida construindo-a. Agora queria aproveitar o momento. Iria se focar na sua carreira outra vez quando estivesse pronta.
"Eu apenas pensei que com tudo o que aconteceu, não tenho tempo para me concentrar em um caso grande agora. Estou pensando em ajudar outros advogados no escritório e tomar um caso pequeno quando aparecer."
"Será que eu ouvi direito? Será que a minha viciada em trabalho e ambiciosa noiva acabou de dizer que está dando um passo para trás?"
"Não disse que estava dando um passo para trás. Disse que não queria gastar todo esse tempo em um caso complexo agora. Há uma grande diferença."
"O inferno deve estar congelando." Disse em choque total.
"Só um pouquinho, estarei de volta com força máxima antes que você perceba. NY tem uma abundância de casos assim."
"Uau, nunca pensei que veria esse dia." Ele ficou surpreso. Ela sempre conseguia chocá-lo.
"Bem, agora você viu."
"Por que a mudança repentina? Esta manhã, você estava pronta para a batalha. Você me olhou como um adversário."
"Essa foi uma das razões." Tinha percebido que estava vendo-o como um oponente de novo, e odiava isso. Não permitiria isso em seu relacionamento novamente, pelo menos não assim. "Aprendi que outras coisas são mais importantes para mim."
Ele achou difícil de acreditar. "O que é mais importante para você do que o trabalho?"
Olhou para ele por um momento antes de responder: "Você."
Ele sentou-se em estado de choque, na tentativa compreender o verdadeiro significado de suas palavras. Levou trinta segundos para voltar a respirar.
"Você acabou de me escolher no lugar de sua amada carreira?" Ele levantou uma sobrancelha, esperando que ela negasse.
"Sim. Prefiro gastar o tempo extra com você." Admitiu e Joe sorriu.
"Isso é parte da razão que eu não queria lutar por isso também. Prefiro focar em você." Ele admitiu.
"Qual é a outra razão?"
"Eu pensei que você queria e quis dar a você."
"Você realmente ia me dar um caso?"
"Daria qualquer coisa que você quisesse." Ele falou com seu coração.
"Não quero nunca mais pensar em você como meu adversário. Saio antes de deixar isso acontecer."
Ele não podia acreditar no que ouvia. "Sério? Sairia do seu trabalho?"
"Sim, eu, obviamente, tenho pouco ou nenhum autocontrole quando se trata de competição. Então largaria o trabalho se ele ficasse entre nós."
"Mas você ama seu trabalho, você ama o escritório."
Ela segurou-o com força. "Eu te amo muito mais."
Demi lutou para chegar na hora ao trabalho, mesmo que Joe estivesse quase irresistível. Lutou contra seus avanços e até mesmo ignorou tomar um café. Tinha um compromisso misterioso. Uma mulher misteriosa marcou uma reunião e recusou-se a dar seu nome completo ou explicar do que se tratava.
Uma vez que estava no trabalho, Joe beijou Demi antes de ir ao seu escritório. Ela fez um caminho mais curto para a lanchonete para pegar um copo grande de café. Algumas das secretárias estavam amontoadas na mesa do canto conversando, elas tinham 10 minutos até que precisassem ir para suas mesas e estavam muito absortas na conversa para perceber Demi.
"Vamos apenas diga que Clive não é tão brilhante quanto pensávamos." Disse Reese.
"Ouvi dizer que ele não tem ideia do que está fazendo neste caso. Miley não quis confirmar isso, mas não negou."
"Ouvi Lila dizer a mesma coisa." Reese concordou com a cabeça.
"Oh, bem, ele é sexy, não tem que ser inteligente." Adele deu uma risadinha.
Demi franziu o cenho quando saiu da sala. Esperava que fosse apenas fofoca e que não havia nenhuma verdade no que disseram. Demi se sentiria responsável se Clive perdesse o caso, especialmente porque ela ou Joe poderiam ganhá-lo. Joe teria facilmente vencido se não fosse por ela, sentia-se como se tivesse decepcionado Joe e o escritório.
"Eu deveria ter pegado esse caso." Sussurrou para si mesma enquanto se dirigia ao escritório de Joe.
Joe olhou para cima para ver Demi entrar. Seus olhos estavam grudados nos quadris dela balançando enquanto andava.
"Peguei o café." Entregou-lhe o copo enquanto encostou-se na mesa com um beicinho.
"O que há de errado?" Ele deixou cair sua caneta e pegou sua mão.
"Nada."
Ele ergueu as sobrancelhas. "Lamentando que você não pegou o caso?"
"Como você sabe?"
"Conheço esse olhar."
"Eu queria o caso, mas vai ser muito trabalhoso. Estou esperando por um pequeno, algo que não tenha que focar 24/7."
"Ele virá. Você vai lutar para consegui-lo e vai ganhar." Ele disse, e balançou a cabeça em confiança.
"Quero que você me prometa uma coisa. Se gostar de um caso, quero que vá com força total como sempre fez. Quero que lute pelo caso, mas não quero que lute comigo. Não vou brigar com você, nunca mais vou fazer isso . No entanto, vou lutar justo para ganhar. Se você ganhar de mim, isso significa que é mais qualificado. Não quero que você dê para mim, se eu não fizer por merecer." Disse ela com sinceridade.
Ele sorriu largamente enquanto beijava o topo de sua mão. "Respeito isso."
"Tenho pesquisado o grupo de apoio para os sobreviventes de sequestro. Quero fazer alguma coisa."
"O quê?"
"Tudo o que puder oferecer serviços jurídicos, conselhos, etc." Ela deu de ombros. "Eu realmente não sei. Não estou segura por onde começar."
"Acho que é uma boa ideia e vou ajudar da maneira que puder. Que tal começarmos com uma doação?"
Ela assentiu com a cabeça ansiosamente. "Isso soa como um grande começo."
"Ótimo." Joe abriu a gaveta de cima da escrivaninha e pegou seu talão de cheques.
"Está tudo bem, posso pagar isso."
"Eu sei que pode." Ele namorou o cheque e assinou seu nome na parte inferior.
Ela levantou as sobrancelhas. "Em branco?"
"Dê o quanto você quiser, o que eles precisarem. Avise-me se precisar de outro cheque."
"Você não tem que fazer isso."
"Eu sei."
Demi deixou seu café e pulou no colo de Joe. Agarrou seu rosto e deu um grande beijo em seus lábios.
"Obrigado, isso significa muito para mim. Nós já passamos por isso, eu só quero ajudá-los." Abraçou-o e deitou a cabeça em seu ombro, "Será que você iria ao próximo encontro comigo?"
"Claro." Respondeu.
"É melhor eu ir, meu compromisso vai estar aqui a qualquer minuto." Disse ela, beijando-o antes de rapidamente sair.
"Boa sorte." Disse ele antes de deixar seu escritório.
Demi caminhou até seu escritório para ver que já esperavam por ela. Quando a mulher virou-se para sorrir, Demi quase perdeu a compostura antes de colocar sua cara de paisagem de volta no lugar. Obviamente a mulher foi vítima de uma cirurgia plástica que deu errado. Olhou o rosto anormalmente brilhante e dolorosamente tenso. Seus olhos eram pequenos demais para ser natural e muito alto nas laterais para ser verdade. Suas maçãs do rosto eram muito redondas e pareciam maçãs cortadas ao meio sustentadas abaixo da pele.
Sua bochecha direita estava um pouco pontuda no meio e muito alta perto de seus pequenos olhos.
No entanto, os lábios pareciam ser o principal problema. Era como se seu cirurgião plástico tivesse enchido balões de hélio em torno de sua boca. Como se a questão do tamanho não bastasse, o lado esquerdo de seus lábios eram significativamente mais finos do que o lado direito.
"Srta. Lovato." Disse ela, sorrindo enquanto pegava a cadeirinha do bebê. Demi olhou para baixo para ver um pequeno pacote aconchegado confortavelmente.
"Você tem alguma informação sobre o caso Tucker?" Demi disse enquanto levava a mulher para seu escritório.
"Sim." A mulher acomodou a cadeirinha do bebê antes de se sentar na cadeira.
"Seria melhor se você falasse com o advogado responsável pelo caso." Demi sugeriu.
"Não o conheço e o que tenho a dizer é muito pessoal para revelar a um estranho."
"Mas você não me conhece."
"Você realmente não se lembra de mim? Faculdade... sou Susan Likke, bem, agora é Lawrence." Ela mostrou o enorme diamante no dedo dela com um sorriso deslumbrante.
"Susan?" Demi ficou chocada, como a mulher diante dela não parecia em nada com sua amiga de escola. A Susan que ela conhecia era uma verdadeira beleza. Tinha um cabelo sedoso, comprido e loiro, olhos azuis brilhantes, e um corpo de modelo. O que diabos ela tinha feito para si mesma?
"Eu sei que pareço diferente. Fiz alguns procedimentos. Casei com um cirurgião plástico, assim consigo um bom desconto." Susan sorriu como uma concorrente de concurso de beleza.
Demi ainda estava em choque. "Estou vendo."
"Tive a minha primeira ruga quando fiz vinte e sete anos. Tinha o meu marido para corrigi-la no dia seguinte. Ele tem me consertado desde então." Ela sorriu com orgulho obviamente inconsciente de sua situação.
"Entendo." Demi estava tendo problemas para manter sua cara de paisagem intacta. O choque literalmente aleijou seu controle.
"Vou refazer meu nariz na próxima semana, acho que está começando a cair." Susan acenou com a cabeça desajeitadamente, como se houvesse um poste de metal grande preso na parte de trás de seu pescoço.
"Acho que o seu nariz parece perfeito." Demi desabafou. Na verdade, seu nariz era a única coisa em seu rosto que não parecia incomum ou fora de proporção.
"Eu realmente amo você, muito obrigada. Odeio a maneira como meu nariz parece. Quando levanto a cabeça e inclino para a esquerda, você pode ver que meu nariz está côncavo."
Demi poderia dizer que ela estava tentando ser sincera, mas seu rosto parecia estranhamente rígido. Não estava projetando o que ela sentia.
"Faz muito tempo hein." Demi mudou rapidamente de assunto. "Eu não te vejo desde a faculdade. Como você tem passado?"
"Tenho estado bem."
"Onde você está advogando?"
"Não estou praticando mais."
"Você está brincando comigo?" Demi disse. Susan foi uma das melhores em sua classe e tinha garantido seu sucesso.
"Não, fiz uma pausa quando conheci meu marido. Planejei voltar, em seguida, veio Molly." sorriu amorosamente.
"Molly?"
"Minha menina."
"Oh." Demi assentiu. Ela não era realmente o tipo que gostava de bebês. Não que não gostasse de crianças, mas nunca desejou nenhuma. Estava muito voltada para carreira para ser mãe.
"Ela tem sete meses de idade. Você não acreditaria nos procedimentos que fiz para conseguir meu corpo de volta. Juro que meu marido devia me pagar por isso, sou um outdoor para o seu trabalho."
"Estou vendo." Foi tudo que Demi poderia dizer em resposta. Se fosse esse o caso, então o marido precisava encontrar uma nova profissão.
"Você tem filhos?"
"Não." Demi cuspiu enquanto balançava a cabeça.
"Você tem o tipo maternal."
"Você está brincando comigo?" Demi ergueu a sobrancelha em descrença e perplexidade.
"Não, você é muito inteligente e ambiciosa, mas é também muito generosa."
"Como você sabe?" Demi perguntou o que no mundo tinha feito que pudesse fazer Susan pensar isso.
"Você se preocupou quando descobriu que eu não estava indo para pós-graduação."
"Isso foi diferente. Você gastou um ano de luto pelo seu pai em vez de estudar. Queria voltar à ativa e eu sabia que poderia ajudar."
"Ninguém mais se importava. O Reitor disse-me que vários estudantes perderam parentes e voltavam sem problemas. Você foi a única. Tirou um tempo de sua agenda lotada para me levar de volta à ativa. Nunca reclamou. Preciso da mesma compaixão agora. Cometi um erro terrível. Sei que confessar o meu erro poderia ajudar o seu cliente, mas vai destruir o meu casamento."
"O que aconteceu?"
"Eu... eu..." Ela assuou o nariz em um lenço.
"Tome seu tempo, nós temos o dia todo" Demi tentou acalmar os nervos em frangalhos de Susan.
"Não consigo contar isso." Ela enfiou a mão na bolsa e tirou uma pilha de papéis. "Aqui, basta ler isso."
Demi leu a confissão nitidamente escrita. Ela guardava seu discurso, cuidado para não deixar Susan ver qualquer reação. Quando terminou, olhou para Susan, os olhos guardavam sua emoção atrás dos óculos.
"Se você quer ajudar o réu, em algum momento, terá que contar a sua história."
"Eu sei e vou estar pronta quando for à hora, mas não estou pronta ainda. Nem sequer contei ao meu marido. Só estou vindo para você porque te conheço. Sei como pode manter sua cara de paisagem em situações embaraçosas. Vou ser honesta com você, nunca fui tão humilhada por minhas ações. Não posso nem dizer as palavras em voz alta." Explicou Susan. A falta de expressões faciais de Demi tornou mais fácil para ela confessar.
"O que você vai fazer quando chegar a hora de testemunhar?"
"Quem sabe, talvez consiga prova suficiente para não precisar usar a minha confissão. Talvez seja considerado inadmissível no tribunal e ninguém nunca vai descobrir. Não sei, mas estou esperando por um milagre. No entanto, vou fazer o que tenho que fazer quando esse momento chegar, por agora, vou apenas falar com você. Quero ajudar... Eu realmente tenho, você não tem ideia de como seria fácil para eu não ajudar. Adoraria ir para casa e esquecer isso, mas minha consciência não me deixa. Estou tentando facilitar o meu caminho para isso, com o mínimo de danos emocionais quanto possível."
"Você fez a coisa certa e vou fazer o melhor que puder." Prometeu Demi.
"Obrigado por sua discrição, Devonne. Deixe-me dar-lhe meu cartão, realmente deveríamos marcar um almoço. Nós deveríamos manter contato. Além disso, falar com você pode ajudar a colocar-me preparada quando chegar a hora. Se você não se importa, vou pedir emprestada alguma da sua força nesse dia." Ela estava tentando equilibrar o bebê enquanto vasculhava sua bolsa. "Aqui, pode segurá-la por um minuto, ok?" Ela disse e passou a bebê para Demi.
"Não, eu..." começou a se opor, mas Susan colocou o bebê em seus braços. Demi estava pensando em uma boa desculpa para dar o bebê de volta, quando de repente o bebê sorriu para ela.
O coração de Demi pulou. Nunca tinha tido grande contato com crianças, mas o sorriso lindo de Molly instantaneamente derreteu a camada de ferro no coração de Demi.
"Ela sorriu para você, isso significa que gosta de você. Molly não sorri para qualquer um."
Demi segurou Molly perto dela e olhou para seu rosto sorridente.
"Você é uma boneca." Demi balbuciou, sentiu algo impressionante e inspirador.
Sentiu a paz interior, enquanto segurava o bebê. Pela primeira vez em sua vida, perguntava-se como seria ser uma mãe. Ela se perguntou se iria mesmo ser uma boa mãe.
Susan sorriu. "Eu te falei que seria uma grande mãe."
A cara de paisagem de Demi caiu de volta no lugar por um momento.
"Como você se sentiria sobre uma reunião com o Sr. Baker e eu?" Demi imediatamente mudou o assunto.
"Não, só você. Por favor." Susan insistiu.
"Tudo bem."
"Então, vou ligar para você na próxima semana, para que possamos almoçar." Disse Susan.
"Por mim tudo bem." Demi disse e entregou o bebê para a mãe.
Susan piscou. "Espero que você não se importe se eu levar Molly, ela nunca sai do meu lado."
Por alguma razão, o pensamento era estranhamente atraente para Demi.
"Isso está perfeitamente bem. Vejo vocês em breve." Demi sorriu e acenou para o bebê. Quando Molly sorriu de volta, Demi sentiu seu coração pular novamente.
Demi entrou no escritório de Paul após sua secretária anunciá-la.
"Devonne, minha querida, como você está? Como foi o seu encontro misterioso?" Paul sorriu de modo paternal.
Ela colocou a confissão de Susan em sua mesa antes de falar: "Eu não tenho certeza de como lidar com isso."
"O que é isso?"
"Uma testemunha que não vai falar com ninguém além de mim. Ela se recusa a falar com o Sr. Baker. Mesmo que tenhamos uma confissão escrita, está assinado de forma anônima."
Paul continua a ler a carta antes de apoiá-la em sua mesa.
"Oh, isso é complicado."
"Eu sei."
"Você estaria disposta a trabalhar com o Sr. Baker?"
"Eu falei que iria ajudá-la, porém, prefiro não trabalhar diretamente com o Sr. Baker."
Paul concordou com a cabeça. "Eu entendo, deixe-me ver o que posso fazer."
"Muito obrigada."
Naquela noite, Demi preparou uma ampla refeição em casa. Sentaram-se na mesa da sala de jantar, conversaram, mas Demi não poderia deixar de ficar pensando em sua amiga da faculdade.
"O que há de errado?" Joe perguntou quando pegou a cadeira e deslizou um pouco mais perto dela.
"A mulher misteriosa era na verdade uma velha amiga da faculdade." Pegou seu prato de comida e mudou-se para mais perto.
"Foi te visitar?"
"Não, ela tem algumas evidências do caso Tucker."
"Por que ela iria dar a você?"
"Porque me conhece. É um material delicado. Dei a seu pai e ele vai dar ao Sr. Baker."
"Bom."
"Nem sequer a reconheci, ela mudou muito. Está casada e agora tem uma linda menina. É casada com um cirurgião plástico, ele fez um monte de trabalho nela."
"E como ela ficou?"
"Um pouco exagerada." Empurrou a comida em torno de seu prato antes de continuar: "Ela não atua mais."
"Por quê?"
Demi pareceu perturbada por um momento: "Ela desistiu."
"Você está brincando comigo? Por que diabos ela faria isso?"
"Ela disse que preferia passar tempo com sua família. Fiquei horrorizada no início, achava que ela era louca. Mas quando pensei sobre isso, fez sentido, entendi. Nunca iria desistir da minha carreira, mas compreendo a necessidade de equilibrá-la com o resto da minha vida. Ela pensou que eu estaria casada agora."
"Você está casada."
"Quero dizer legalmente casada, com padre, a papelada, etc."
"Você é casada, não se esqueça disso. Pode não ter assinado a documentação, ainda, mas está legalmente ligada a mim até o dia de minha morte."
"Acho que nós devemos fazer o casamento no próximo verão."
"Não quero esperar muito tempo."
"Sim, mas já te falei que eu precisava de tempo para organizar o casamento."
"Você não precisa de muito tempo. Se fosse por mim, poderia fugir esta noite."
"Bem, não depende só de você. Este é o meu casamento e vou fazer o que quero. Você só precisa aparecer e ter o meu anel, pronto." Disse sorrindo para ele.
"Eu vou ter o seu anel no bolso esquerdo e as algemas no direito."
"Algemas?"
"Sim. Vou algemá-la e, em seguida, te molestar durante toda a nossa lua de mel."
Ela sorriu. "Você é um pervertido."
"Apresse-se para que eu possa mostrar o quão pervertido realmente sou." Prometeu com uma piscadela.
Demi começou a comer rapidamente.
Na manhã seguinte, eles foram tomar o café da manhã antes do trabalho. Passaram o tempo conversando, comendo e desfrutando da companhia um ao outro. Joe ainda estava ocupado ajudando o pai, por isso decidiu levar o almoço para eles. Desde que a proibiu de sair do escritório, sem ele, suas opções foram reduzidas ao menu de almoço da cafeteria.
Quando estava na lanchonete, pediu a comida e bebidas. Estava saindo da sala, animada para ver Joe, quando Clive entrou.
"Oh, graças a Deus encontrei você." Disse Clive freneticamente.
"Está tudo bem?" Perguntou sem refletir a preocupação em sua voz ou em sua expressão.
"Paul me contou sobre a testemunha. Ele tentou de tudo e ela não vai ceder. Realmente preciso de sua ajuda com isso, Srta Lovato, não posso fazer isso sozinho. Ela não vai atender ou retornar meus telefonemas. Não entendo." Disse Clive para Demi enquanto caminhava de volta para seu escritório.
"É uma situação estranha." Demi disse. Não tinha uma explicação. Nunca tinha sido posta em uma posição como esta antes. Se tivesse sido qualquer outra pessoa ao invés de Susan, teria dito para ir para o inferno.
"Difícil é um eufemismo. Ela é o elemento chave para a liberdade do meu cliente. Existe alguma maneira de você poder me ajudar? Se ela não falar, perdemos a evidência."
"Vou ver o que posso fazer." Demi respondeu antes de deixá-lo.
"Por favor, Sra. Lovato, por favor, tente argumentar com ela. Este é o meu primeiro caso solo desde que comecei a trabalhar para o escritório, não quero perder isso. Seu depoimento é crucial. Poderia ter intimado-a, mas é muito mais fácil para todos se ela cooperar. Talvez você possa conseguir mais alguns detalhes que ela acha que são irrelevantes. O chefe disse que é sua área. Se intimá-la, nunca vou conseguir essa informação."
Demi se dirigiu ao escritório de Paul e sorriu quando entrou. "Trouxe o almoço."
"Deixe-me ajudá-la com isso." Joe pegou as sacolas dela.
"Muito obrigado, Devonne." Paul sorriu quando a seguiu até a sala ao lado.
"Bem, Olá, Sra. Juliette. É bom vê-la com um sorriso em seu rosto. Espero que hoje seja um dia melhor para você." Disse ele, sorrindo.
"Muito melhor, muito obrigado." Juliette tentou ser arrogante, mas parecia forçada.
"Estou tão contente de ouvir isso. Talvez pudéssemos ir almoçar."
"Eu não posso, não hoje."
"Entendo." Ele balançou a cabeça e se virou para sair.
"Eu tenho um monte de trabalho para fazer para o Sr. Jonas. Talvez outro dia." Acrescentou Juliette.
Ronnie se virou para ela com um enorme sorriso.
"Ótimo." Disse um pouco entusiasmo. "Quando for o melhor dia para você."
Miley e Liam foram para o pequeno café no mesmo quarteirão. Desde que o dia estava ótimo, decidiram andar. No caminho, eles só discutiram o tempo e histórias engraçadas de trabalho, mas nada sério.
Quando entraram, era uma história totalmente diferente.
"Então, como está tudo?" Miley perguntou quando estavam sentados.
"Estou passando por um divórcio." Liam deixou escapar.
"Um divórcio?" Miley engasgou de surpresa fingida. Adele já havia contado a ela e a todas as outras secretárias do andar, Miley não iria dizer isso a Liam.
"Sim."
"Sinto muito, Liam." Miley tinha um olhar de puro horror, choque e simpatia no rosto. Apesar de suas palavras amáveis, não quis dizer a ele. Estava contente que estava se divorciando.
"Não se desculpe, não estou triste." Ele respondeu com sinceridade.
"Não está?" Suas sobrancelhas subiram com o choque.
"Nem um pouco, estava acabado há muito tempo." Liam declarou.
"Bem, se você precisar de qualquer coisa, e quero dizer qualquer coisa, por favor, não hesite em me procurar."
"Isso é muito gentil da sua parte."
"Para que servem os amigos?"
Liam olhou diretamente nos olhos dela. "Na verdade, preciso de algo."
"Sim?" Disse com a respiração suspensa.
Ele balançou a cabeça nervosamente. "Nada."
"Acho que sei o que você precisa." Sussurrou antes de pegar o seu rosto. Apesar do fato de que estavam sentados no meio de um restaurante, Miley decidiu beijá-lo.
Antes que ele tivesse a chance de pensar sobre o que estava fazendo, estava beijando-a de volta. Então, assim rapidamente como começou, acabou.
"Nós não podemos fazer isso." Liam disse.
"Por que não?"
"A tinta ainda nem secou em meus papéis pré-divórcio."
"É uma das regras do seu divórcio? Você tem que esperar até que a tinta seque antes de se divertir? Isso é um requisito?"
"Não."
"Será que sua esposa segue essa regra?"
"Não, ela estava muito ocupada com a porra do meu amigo para seguir todas as regras."
"Então, por que deveríamos parar?"
"Estamos em um restaurante público, nós dois trabalhamos no mesmo local."
"E daí? Viva um pouco Liam. Quero te beijar e sei que quer me beijar também."
"Eu quero, você não sabe o quanto quero."
"Então vamos apenas dizer foda-se e, em seguida, nos beijar."
"É muito cedo."
"Nunca é cedo demais para a felicidade."
"Não posso." Ele olhou para o relógio. "Está ficando tarde, vamos voltar."
"Tudo bem." Ela não poderia impedir a carranca do rosto. Percebeu que estava se movendo muito rápido para ele e precisava desacelerar as coisas.
Depois de um dia longo e caótico, Joe estava pronto para relaxar com Demi. No segundo que entrou no quarto, despiu-se e foi para o chuveiro.
"Você vem?" Joe perguntou.
"Estarei lá em um minuto." Demi respondeu.
"Depressa." Gritou antes de entrar no banheiro.
Demi estava pensando sobre o testemunho de Susan. Estava pensando sobre as fofocas das secretárias.
Elas estavam certas, Clive obviamente não poderia lidar com um caso dessa magnitude. Pegou o arquivo para analisá-lo antes de ir tomar banho.
Depois de um banho rápido, Joe enrolou uma toalha em torno de sua cintura e entrou no seu quarto. Viu Demi sentada no assento de couro que ela tinha comprado para o seu quarto, seus óculos empoleirados na ponta do nariz. Ela ainda estava usando a maior parte de seu terno, mas o blazer foi descartado na cama. Seu cabelo estava preso em um coque e tinha uma pilha de papéis em seu colo.
"Pensei que estava vindo para o chuveiro?" Disse enquanto secava o cabelo com a outra toalha.
"Estava a caminho quando me lembrei disso." Disse ela distraidamente, obviamente absorta em seu trabalho.
"Pensei que você queria comer fora esta noite." Falou quando se sentou ao lado dela no sofá.
"Só quero terminar de ler isto rapidamente e então nós podemos ir."
"O que foi que disse sobre trazer trabalho para casa com você? Se eu não posso transar no escritório, então você não pode perder o nosso precioso tempo em casa, com o trabalho." Resmungou quando pegou a papelada de seu colo e jogou-a sobre a mesa. Ele abriu as longas pernas no sofá e colocou sua cabeça no colo dela, impedindo-a de se mover.
Ela sorriu. "Você vai molhar minhas calças."
"Você não deveria estar usando calças, deveria estar enrolada em uma toalha como eu. Tire isso." Disse antes de esfregar o cabelo molhado contra a frente de sua camisa "E tire sua camisa também. Não vejo seus peitos há horas."
"Você acabou de vê-los."
"Isso foi muito tempo atrás." Começou a ajudá-la a desabotoar sua camisa.
Demi alisou a sobrancelha molhada de seu rosto. "Você nunca vai acreditar quem acabou sendo a testemunha-chave no caso do Sr. Baker."
"Quem?" Abriu o sutiã para descobrir os seios. "Eles estão aqui." Sorriu e os beijou como um amigo que não via há anos.
"Susan Lawrence."
"Quem é Susan Lawrence?"
"A mulher que conversamos a pouco. Minha amiga de faculdade que tinha marcado a reunião misteriosa."
"Ah, sim, eu me lembro. Como isso aconteceu?"
"Ela traiu seu marido com Frank Vein, o namorado da cliente." Ela estendeu a mão para pegar a papelada. Ele beliscou em seu peito quando ela se inclinou contra ele.
"Eu pego." Ele pegou a carta já que ela estava tendo dificuldade em alcançá-la, agarrou sua mão e deslizou sob sua toalha. "E você segura isso enquanto eu leio isso."
"Essa é uma carta de trinta páginas detalhando sua relação. Ela afirma que Frank é um ex-gigolô e um vigarista com tendências homicidas." Começou enquanto ela massageava seu pau duro. "Durante seu caso, ele tentou convencê-la a deixar o marido. Ela disse que tinha que acabar porque ele estava tornando-se violento e ameaçando o marido."
"Parece que Baker tem esse trunfo. Mas, por que você tem a carta? Pensei que você tinha dado ao meu pai."
"Eu dei e ele devolveu para mim. Ela é uma testemunha não muito amigável e não vai falar com o Sr. Baker. Não vai até mesmo falar com seu pai. Ela disse que só escreveu a confissão porque sabia que eu trabalhava para o escritório - Ela até assinou a carta anonimamente."
"Por quê?"
"Ela contou ao seu pai que se eu não for sua intermediária, vai negar tudo. Uma vez que a carta não tem sua assinatura será inaceitável. Se eles a intimarem, nunca vão conseguir a história completa."
"Você está me dizendo que ela quer que você seja a intermediária entre ela e Baker?"
"Sim."
"Por que você? Não pode ser apenas porque você a conhecia na faculdade."
"Ela disse que tenho uma falta de reação a eventos ultrajantes que a faz se sentir melhor. Acha que tenho uma cara de paisagem mágica." Encolheu os ombros "o que quer que isso signifique."
"Não, eu não quero que você trabalhe com Baker."
"Eu falei que iria ajudar."
"Você não vai trabalhar com ele."
"Ela está com medo, nem falou a seu marido ainda."
"Ele vai descobrir, é um caso de grande repercussão."
Ela encolheu os ombros. "Eu sei e tentei explicar isso para ela."
"Diga a Baker para fazer seu próprio trabalho."
"Eu já disse que iria ajudá-lo."
"Você o quê?" Ele se sentou e olhou para ela.
"Ele me pediu ajuda."
"Ele pediu sua ajuda?" Joe repetiu as palavras com incredulidade e repulsa. Olhou para ela com uma mistura de fúria e choque. Ele estava pronto para estrangular Clive Baker. Tinha avisado Clive que Demi estava fora dos limites. Talvez não tivesse sido claro o suficiente com ele.
"Sim, ele está com medo de perder e fazer o escritório ficar mal falado. O seu pai não está mais tão confiante como estava nas habilidades do Sr. Baker.
Até acho que está nervoso que ele estrague tudo."
"Você não vai ajudar." Joe repetiu.
"Seja razoável Joe, se ele perder este caso, vai parecer ruim para o escritório. O Escritório de Advocacia Jonas não pode perder. E vou ajudar minha colega. Ela cometeu um erro e está com medo de assumir e não vai dizer a ninguém o seu segredo."
"Por que Baker não pode usar suas habilidades de persuasão para chegar até ela?"
"Eu não acho que ele é tão inteligente quanto fomos levados a acreditar. Ele é bom em algumas áreas, mas está em falta em outras."
"Por que você sabe tanto sobre ele?"
"Eu sei tanto sobre ele quanto sei sobre todos os outros advogados na firma. Exceto você, é claro."
"Então, porque ele é incompetente e poderia dar ao nosso escritório uma fama ruim, eu simplesmente devo deixar você ajudá-lo?"
"Sim. Além disso, porque quero ajudar Susan. Deixe-me fazer o certo e ajudar Susan."
"Não, eu vou falar com o meu pai, vai ser a primeira coisa amanhã. Ele vai ter que encontrar outra pessoa."
"Ele tentou. Confie em mim, eu não consideraria mesmo trabalhar diretamente com o Sr. Baker se achasse outra opção."
"Eu não me importo, preciso dele tentando um pouco mais." Isso era um grande problema para ele. Não podia deixá-la trabalhar diretamente com Clive. Já podia sentir sua raiva crescente apenas com pensamento. Sabia que se não pudesse resolver o problema, só iria piorar.
Para completa surpresa de Demi, Joe estava adiantado na manhã seguinte. Na verdade, estava correndo com ela para fora de casa. Ela tomou banho e se vestiu em tempo recorde conseguindo chegar ao escritório 30 minutos adiantados. Ele a levou para o seu escritório e depois foi falar com seu pai.
Joe sentou-se diante da mesa de Paul.
"Você chegou cedo hoje." Paul disse com um largo sorriso.
"Preciso falar com você sobre o caso de Baker. Deve haver algum jeito de lidar com a testemunha sem o envolvimento de Demi."
"Já tentei de tudo, a mulher não vai ceder."
"Não a quero trabalhando neste caso com ele."
"Entendo." Paul assentiu. Podia ver o ciúme nos olhos de seu filho e conteve um sorriso. Ele era um homem muito diferente agora. Se alguém tivesse dito isso a Paul, teria rido na sua cara. "Infelizmente, não existem outras opções. A mulher é essencial. Precisamos dela para isso. Depois de tudo que Devonne teve que passar, eu não pediria se não fosse importante."
"Não gosto disso." Ele era honesto e Paul concordou com a cabeça.
"Eu entendo. Nós podemos fazer isso sem o seu testemunho, mas perderíamos. Clive não é nem de longe tão qualificado quanto fui levado a acreditar. Ele é bom com pequenos casos, mas tenho medo de que isso seja demais para ele." Paul tentou esconder sua decepção. "Não teria que trabalhar com Clive sozinha, eu iria em todas as reuniões."
"Todas as reuniões?"
"Com certeza." Seu pai prometeu.
"Obrigado." Joe disse secamente, antes de se levantar.
"Então Devonne vai ajudar com o caso?" Paul queria ter certeza.
"Pelo menos enquanto você estiver em cada encontro." Respondeu ele antes de deixar o escritório.
Joe estava furioso e sentiu como se estivesse sendo esmagado em um canto. Não reagiu bem, estava em uma posição que nunca esteve.
"Oi Juliette." Juliette se virou para ver Ronnie, o guarda de segurança. Ele estava sorrindo amplamente, como se estivesse feliz em vê-la. Ela o olhou da cabeça aos pés e decidiu que estava bonito em sua roupa de segurança. Quando era mais jovem, tinha uma queda por homens de uniforme.
Sorriu de volta para ele. "Oi, Ronnie."
"Você está linda hoje. Adorei o seu terno, é novo? Não vi você usá-lo antes."
Juliette bateu seus cílios e alargou o sorriso. Ficou chocada que ele percebeu, ninguém nunca a notou.
"Sim, comprei na semana passada. É um Steffi Zell design original."
"Steffi quem?"
"Steffi Zell, ela é uma das melhores designers de Nova Iorque. Bem, ela e sua irmã gêmea, Stevie."
"Bem, seja um vestido de grife ou saco de lixo, você ainda seria a garota mais bonita do prédio." Suor penetrou pelas costas como melaço quente.
"Ora, obrigado, Ronnie." Ronronou quando se aproximou dele.
"Aí está, estive procurando por você." Lila exclamou enquanto caminhava para Juliette.
"Venha comigo."
"O que está acontecendo?" Juliette perguntou irritada com a interrupção.
"É urgente, vou te contar quando chegarmos lá."
"Tchau." Juliette sorriu para Ronnie antes que fosse arrastada.
"O que há de errado?" Juliette perguntou.
"Nada, eu te salvei de ter que falar com um pouco mais com o simplório." Lila gargalhou.
"Quem, Ronnie?"
"Primeiro nome agora?" Lila levantou a sobrancelha fina.
"Ronnie não é um simplório, ele é realmente muito doce." Juliette defendeu.
"Doce? Ronnie? Você está brincando, certo?" Lila olhou para Juliette como se ela fosse maluca.
"Bem."
"Esqueça-o, vamos para o café." Lila falou.
Juliette apertou os olhos por um instante antes de se recompor. Lila estava protestando um pouco demais para ser um conselho sincero.
Todo mundo foi embora à noite, exceto Liam e Miley. Liam estava ocupado trabalhando em seu caso e Miley estava trabalhando em Liam. Ela entrou em seu escritório e pôs as mãos nos quadris.
"Você nunca descansa? Vai ter uma morte prematura assim." Miley repreendeu.
"Que horas são?"
"É hora de fazer uma pausa do trabalho e se divertir um pouco."
"Vou sair em breve."
"Não, você vai agora." Pegou a mão dele. "Vem comigo, sei de um pequeno lugar que tem uma excelente seleção de frituras e bebidas alcoólicas."
"Onde?"
"O clube que está esperando por nós."
"Eu não posso."
"Sim, você pode. Venha tomar uma bebida e tirar essas coisas da sua cabeça."
"Não, eu realmente deveria acabar com isso."
"Não vou aceitar um não como resposta, agora venha." Insistiu e Liam não conseguia parar o sorriso se espalhando por todo o rosto.
"Tudo bem, talvez apenas uma bebida." Eles se dirigiam para fora de seu escritório.
Ela sorriu conscientemente. "Sim, apenas uma bebida."
Eles estavam abraçados quando deixaram seu escritório. Miley olhou para cima para ver Juliette na sua mesa. Eles rapidamente se soltaram um do outro e, silenciosamente, caminharam até os elevadores.
"Droga." Liam sussurrou quando estava dentro do elevador.
"Não se preocupe, ela não vai falar nada."
"Como você pode ter certeza?"
"Eu vou conversar com ela."
Joe estava pensando na situação entre Demi e Baker. Na hora do almoço, estava estranhamente quieto, distante e educado. Não disse mais do que cinco palavras a Demi o resto do dia. Ela entendeu o que estava incomodando-o, mas não havia nada que pudesse fazer.
No carro ele ainda estava silencioso. Ficaram assim até estarem em casa e em seu quarto e então finalmente falou com ela.
Ela estava em seu closet tirando seu terno. Ele pegou uma garrafa de conhaque e caminhou até lá e sentou-se no banco.
"Meu pai disse que tentou de tudo." Ele abriu a garrafa de conhaque. "Contra o meu melhor julgamento, estou permitindo que você ajude este caso."
"Ora, muito obrigado por me dar a permissão senhor." Zombou sarcasticamente quando desabotoou a camisa.
"Cuidado com a boca." Alertou-a, obviamente não no clima de sarcasmo. Ele estendeu a mão e bateu gentilmente na sua bunda.
Ela jogou a camisa para ele. "Então vigie minha boca."
"Se você continuar falando assim comigo, vou fazer mais do que assistir a sua boca, vou violá-la." Ameaçou enquanto a olhava baixar o zíper da saia.
"Adoraria ver você tentar."
"Cuidado." Ele ergueu as sobrancelhas.
Ela poderia dizer pelo seu olhar e sua atitude arrogante que ele iria fazer mais do que somente violá-la.
Ele estava em um humor muito estranho.
Joe tomou um longo gole da garrafa antes de continuar. "E não se esqueça, vou manter uma vigilância constante sobre você."
"Eu sei." Disse com um sorriso enquanto deslizava sua saia.
"Haverá algumas regras." Acrescentou enquanto a olhava remover suas meias.
"Regras?"
"Sim. Regra número um, Paul Jonas vai estar com os dois em todos os encontros. Não quero você sozinha com Baker sob quaisquer circunstâncias. Não confio nele e se eu pegá-lo olhando para a sua bunda ou seus seios de novo, vou quebrar seu nariz."
"Duvido que ele esteja olhando para a minha bunda ou meus seios." Discordou.
"O que aconteceu com você? Normalmente você é uma profissional em detectar caras tentando foder você. Soube cada vez que meus olhos se desviaram para o seus peitos." Ele se inclinou e deslizou seu dedo sob a bainha de sua calcinha.
"Isso é diferente. Não presto atenção no Sr. Baker, ele poderia expelir fogo e eu provavelmente não iria ouvir as instruções. Mas, sempre prestei atenção em você. Sempre mantive um olhar atento sobre os meus inimigos." Disse honestamente.
"E outra coisa, não quero que você tenha qualquer tipo de relacionamento com ele. Nem como um amigo e nem como inimigo. Não quero que você discuta com ele. Deve mantê-lo longe. Sei o que uma discussão pode fazer a um homem." Ele agarrou a frente de seu sutiã e puxou-a para mais perto dele. Ela ficou entre seus joelhos, dobrando sua cintura para acomodá-lo para mais perto.
O seu beijo era suave, ele a beijou como se fosse a primeira vez que seus lábios se tocaram. A gentileza do beijo contradizia a forma violenta que ele tirou seu sutiã. Ela tentou se levantar, mas ele não permitiu. Tentou puxar a cabeça para trás e ele mordeu os lábios, mantendo-a imóvel.
Joe deslizou seu sutiã para baixo dos ombros e, em seguida, agarrou-lhe os pulsos. Ele os segurou atrás das costas e rapidamente amarrou o material em torno deles. Continuou a beijá-la enquanto deslizava suas mãos para cima dos seus braços, roçou levemente suas unhas em seus ombros, parando alguns centímetros de seus seios. Deslizou seus dedos sobre os bicos de seus seios, forçando um suspiro de sua boca.
Ela já não se importava que estivesse dobrada de uma forma estranha. O feitiço suave que ele estava tecendo sobre ela, estava hipnotizando-a. Estava pronta para derreter enquanto seus dedos e boca trabalharam sua magia. Nuvens suaves de confusão a envolveram e quando estava pronta para desistir, Joe a fez ficar em chamas com a contração de seus dedos.
Agarrou seus mamilos com força, obrigando-a a gritar. Ele quebrou o beijo para olhar em seus olhos.
"Você não vai discutir com ele, não vai sorrir para ele e é melhor não flertar." Alertou.
"Eu não flerto." Demi franziu a testa, nunca havia flertado em sua vida.
"É melhor não deixá-lo tocá-la." Aconselhou-a, seus olhos atados com hostilidade.
"Eu não vou." Gritou tentando manter-se quieta enquanto ele manuseava seus mamilos.
"E é melhor seguir todas as regras." Ele advertiu. Quando ela não respondeu, ele aplicou um pouco mais de pressão nos mamilos.
"Tudo bem, vou seguir suas regras. Novamente."
"Tenha cuidado Princesa, se esse tiro sair pela culatra, isto vai ser muito ruim." Admitiu. Ele suavizou seu controle sobre seus seios e ela exalou.
"Não vai... você vai ver." Ela sabia que teria que lidar com esta situação com muito cuidado. Joe era uma bomba-relógio e sabia que não iria demorar muito para fazê-lo ficar irritado.
"É melhor não." Ele soltou seus mamilos e começou a beijá-los suavemente como se estivesse tentando se desculpar com seus lábios. Ele deslizou as mãos em sua calcinha tirando-as, em seguida, sentou-se para apreciá-la por um momento. "Eu não sei o que eu faria."
"Você não tem nada com que se preocupar. Sr. Baker é um advogado horrível, não há nada sexy sobre ele. Além disso... ele não é você... Então, por que iria querer que ele me toque?" Só ele sabia do que ela gostava; ele poderia fazer seu corpo ficar em chamas e fazê-la implorar por mais.
Joe puxou-a para seu colo. Abaixou a cabeça e começou a beijar suavemente os bicos dos seus seios.
Ela inclinou a cabeça e arqueou as costas enquanto ele chupava o bico profundamente em sua boca, então franziu a testa quando ele se afastou para olhá-la.
"E que você nunca se esqueça disso." Seu tom era sério.
"Isso eu nunca poderei esquecer." Respondeu quando pegou a mão dele e a colocou entre suas pernas.
O Oportunista
A tensão no presídio estava aumentando. Ainda que Gavin ficasse em silêncio, conseguiu ficar longe da guerra de cerveja, tinha todas as intenções de usar isso a seu favor. Era um prisioneiro exemplar, seguia as regras, nunca deu problema aos oficiais e nunca brigou com outros prisioneiros.
Até agora.
Finalmente viu sua oportunidade e aceitou. Um prisioneiro famoso estava discutindo com um dos guardas. No entanto, a discussão era apenas uma distração do verdadeiro plano do preso. Ouviu os prisioneiros fazerem planos para matar o guarda. Enquanto o guarda solitário discutia com o preso, outro prisioneiro estava escondido nas sombras com um prego. O outro preso estava bem escondido e o guarda nunca iria vê-lo chegando.
Gavin conseguiu avisar o guarda a tempo. Correu até o posto de guardas para conseguir ajuda. O guarda imobilizou o prisioneiro ao chamar o reforço. Três outros agentes correram em seu auxílio e conseguiram prender os dois prisioneiros. Enquanto os prisioneiros estavam sendo levados para fora, eles prometeram vingança contra Gavin.
Gavin conseguiu esconder o seu sorriso e em vez disso, caiu no choro. Deixou claro para os guardas seu medo e eles ficaram mais do que felizes em garantir sua segurança. Afinal, tinha salvado a vida de seu companheiro de guarda. Para eles, ainda era um criminoso, mas um herói, no entanto.
Agora Gavin tinha o que precisava para auxiliar no seu plano. Os guardas reduziram sua vigilância e até mesmo deram-lhe privilégios especiais. Podia se movimentar livremente sem a sua atenta supervisão. Devido às ameaças dos outros prisioneiros, Gavin também estava autorizado a tomar banho e descansar no pátio sozinho. Tudo em conformidade com seu plano, e, dadas as circunstâncias, não podia estar mais feliz.
Nenhuma luz. A prisão estava escura, exceto o flash ocasional das lanternas dos guardas. Gavin Grant sentou-se em sua cela, com as mãos debaixo das cobertas. Tinha aprendido como fazer uma arma com uma escova de dentes e estava animado para trabalhar com isso, já tinha começado a derreter o plástico e transformá-lo. Agora precisava afiar a ponta. Manteve as mãos debaixo das cobertas para que os guardas não o vissem. Os guardas nunca iriam suspeitar que ele fosse tentar escapar, já era um prisioneiro exemplar e tinham ameaças maiores para manter sua constância fiscalização.
Só conseguia trabalhar por pouco tempo à noite. Não importava quanto tempo levasse, por que tinha tempo de sobra. Sem mencionar o fato de que Joe e Demi não iriam a lugar nenhum. Estariam lá quando estivesse pronto para eles. Mas não teriam nenhuma chance dessa vez. No momento em que descobrisse que ele tinha escapado, já estaria dentro de sua casa esperando por eles.


*****


Esse Gavin é um fdp né? Afe -.-
Amanhã posto mais amores, e não, não tá acabando \O/ esse capítulo está bem na metade da fic! Sobre a Demi grávida, bem, não posso dizer, alekaisal mas que ela ficou mexida com a menininha, ficou, né? E eu não sei quantos capítulos tem essa temporada, porque sem querer editei os títulos e to separando na hora de postar, porque nessa semana de provas, não to tendo tempo :x
Até amanhã xuxus oashaojs beijos

5 comentários:

  1. A demi grávida ia ficar muito, own own own..
    Mas eu acho que o Joe iria tipo
    PIRAR, 9 MESES SEM SEXO?
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    Pfv, torçendo para o gravin morrer ;)
    e o Clive morrer junto, esse fdp.
    Essa é a adaptação de qual livro? Eu necessito ler esse livro.
    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaa :3
    (1 a comentar, tuts tuts)

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    1. Uhulll, tuts tuts alsjaksj que bom que você ta gostando aksnsk depois que eu terminar a temporada eu divulgo tudo do livro certinho, autora e etc., mas você sabe que adaptação é só mudar os nomes dos personagens né? Não sou eu quem escrevo e tal, é como se você tivesse lendo o livro mesmo, só mudei os nomes.. Aldjais beijooos <3

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  2. Nossa, por um momento eu pensei que a mulher misteriosa era a garota que roubou o anel do Joe na primeira temporada e ia voltar pra infernizar a Demi... esse advogado novo é tão estranho, ta indo de mansinho igual o Gavin fez e olha o que deu....
    JOSEPH! !!! Ta paranóico, ta louco... n sei como a Demi nao se estressa, se meu namorado fosse assim dava uns tapa nele rssss
    Gavin vai conseguir fugir? Vishhhh, ai que o Joe vai enlouquecer de vez

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  3. Ai que medo desse gavin fugir e pega-los desprevenidos. Meu sonho é a Demi engravidar, o Joe vai ficar mais paranoico ainda. E essa Lila? Vou infartar se ela armar alguma coisa e separar o Joe e a Demi. Posta logo pelo amor de Deus.......

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  4. Por um momento eu achei que essa mulher misteriosa seria a Denise, sei lá, mas graças a Deus eu estava errada
    O joseph está paranóico com todo esse ciúme, mas eu amo ele com ciúmes da Demi. A Demi ficaria tão linda grávida e o Joseph ficaria louco, ele iria pirar sem sexo.
    O Clive é um fdp! Vai infernizar a vida dos dois junto com o Gavin.
    To amando♥
    Posta logo!

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