23.3.15

Capítulo Vinte


Rainha


Terça-feira, 30 de outubro de 2012
20h45

Em momento algum Jonas me perguntou o que Dianna disse enquanto eu estava dentro de casa com ela. Sabe que vou contar quando estiver pronta, mas agora, nesse momento, acho que não consigo. Só estarei pronta depois que souber o que quero fazer.
Ele estaciona quando chegamos ao aeroporto, só que num local mais longe que de costume. Quando andamos até o portão, fico surpresa ao ver que está destrancado. Jonas levanta o trinco e o abre, gesticulando para que eu passe.
— Existe um portão? — pergunto, confusa. — Por que a gente sempre teve de passar pela grade?
Ele lança um sorriso malicioso para mim.
— Você estava de vestido nas duas vezes em que viemos aqui. Passar por um portão não tem a mínima graça.
De alguma maneira, não sei como, encontro forças para rir. Passo pelo portão, e ele o fecha atrás de mim, mas fica do outro lado. Paro e estendo a mão.
— Quero que venha comigo — digo.
— Tem certeza? Imaginei que fosse querer pensar sozinha hoje.
Nego com a cabeça.
— Gosto de ficar ao seu lado aqui. Ficaria faltando alguma coisa se estivesse sozinha.
Ele abre o portão e segura minha mão. Vamos até a pista e ocupamos nosso lugar de sempre debaixo das estrelas. Coloco a caixa de madeira do meu lado, ainda sem saber se tenho coragem suficiente para abri-la. Nesse momento, não tenho certeza de nada. Fico deitada por mais de meia hora, pensando silenciosamente na minha vida... na vida de Dianna... na vida de Lessie... e sinto que a decisão que tenho de tomar precisa ser em nome de nós três.
— Dianna é minha tia — digo em voz alta. — Minha tia biológica. — Não sei se estou dizendo em voz alta por causa de Jonas ou se é só porque quero dizer isso em voz alta para mim mesma.
Jonas enrosca o dedo mindinho ao redor do meu e vira a cabeça para mim.
— Ela é irmã do seu pai? — pergunta ele, hesitante. Faço que sim com a cabeça, e ele fecha os olhos, entendendo o que isso significa em relação ao passado de Dianna. — É por isso que ela a pegou — diz ele, entendendo tudo. Ele fala como se fizesse todo o sentido. — Ela sabia o que ele estava fazendo com você.
Confirmo o que ele disse balançando a cabeça.
— Ela quer que eu decida, Jonas. Quer que eu decida o que vai acontecer em seguida. O problema é que eu não sei qual é a escolha certa a fazer.
Ele segura minha mão inteira, entrelaçando nossos dedos.
— É porque não existe escolha certa — diz ele. — Às vezes, precisamos escolher entre um monte de escolhas erradas, sem a possibilidade de nenhuma certa. Você simplesmente tem de decidir pela escolha errada que parece menos errada.
Fazer Dianna pagar por algo que fez por puro altruísmo é com certeza a pior escolha errada. Sei isso do fundo do meu coração, mas ainda é difícil aceitar que o que ela fez não devia ter nenhuma consequência. Sei que não sabia disso na época, mas Dianna ter me levado do meu pai acabou provocando o que aconteceu com Lessie. É complicado ignorar que Dianna ter me levado causou indiretamente o que aconteceu com minha melhor amiga — com a única outra garota na vida de Jonas que ele acha que desapontou.
— Preciso perguntar uma coisa — digo para ele. Ele fica em silêncio me esperando falar, então me sento e olho para ele. — Não quero que me interrompa, está bem? Deixe só eu falar logo.
Ele toca na minha mão e concorda com a cabeça, então prossigo.
— Sei que Dianna apenas fez tudo aquilo porque estava tentando me salvar. A decisão que ela tomou foi por amor... e não por ódio. Mas tenho medo de que se eu não disser nada... se nós guardarmos isso... vai acabar afetando você. Porque sei que meu pai só fez aquilo com Less porque eu não estava lá para ocupar o lugar dela. E sei que Dianna não tinha mesmo como prever o que ele ia fazer. Sei que ela tentou fazer a coisa certa e o denunciou antes de ficar tão desesperada. Mas então o que acontece com a gente? Com nós dois, quando tentarmos voltar a viver da mesma forma que antes? Tenho medo de que você odeie Dianna para sempre... ou que um dia comece a se ressentir de mim por causa da escolha que vou fazer hoje, qualquer que seja ela. E não estou dizendo que não quero que você sinta seja o que for que precise sentir. Se tiver de odiar Dianna pelo que aconteceu com Less, eu entendo. Acho que só preciso saber que, independentemente da minha escolha... só preciso saber...
Tento encontrar a maneira mais eloquente de dizer o que quero, mas não consigo. Às vezes, as perguntas mais simples são as mais difíceis de fazer.
Aperto sua mão e olho nos seus olhos.
— Jonas... você vai ficar bem?
Não consigo interpretar sua expressão enquanto ele me observa. Ele entrelaça os dedos nos meus e volta a prestar atenção no céu acima de nós.
— Esse tempo inteiro... — diz ele baixinho. — No último ano, tudo que fiz foi odiar e me ressentir de Less pelo que ela fez. Eu a odiava porque tínhamos exatamente a mesma vida. Tínhamos os mesmos pais que enfrentaram o mesmo divórcio. Tínhamos exatamente a mesma melhor amiga que foi arrancada de nossas vidas. Compartilhamos exatamente o mesmo luto pelo que aconteceu com você, Demi. Nós nos mudamos para a mesma cidade com a mesma mãe e estudamos no mesmo colégio. As coisas que aconteciam na vida dela eram exatamente as mesmas que aconteciam na minha. Mas, às vezes, ela era muito mais afetada do que eu. De vez em quando, eu a escutava chorando à noite. Sempre ia me deitar ao lado dela e abraçá-la, mas várias vezes tudo que eu queria era gritar com minha irmã por ser tão mais fraca que eu.
“Então naquela noite... quando descobri o que tinha feito... passei a odiá-la. Eu a odiava por ter desistido tão facilmente. Odiava o fato de ela achar que a vida dela era tão mais difícil que a minha, quando na verdade nossas vidas eram iguais.”
Ele se senta e se vira para mim, segurando minhas mãos.
— Agora eu sei a verdade. Sei que a vida dela foi um milhão de vezes mais difícil que a minha. E ela ainda ser capaz de sorrir e de dar risada todos os dias nunca me deu pista alguma do tipo de merda pelo qual passou... Finalmente estou percebendo o quanto ela foi corajosa. E não foi culpa dela não ter conseguido lidar com tudo aquilo. Eu queria que tivesse pedido ajuda ou contado a alguém o que aconteceu, mas cada pessoa lida com essas coisas de maneira diferente, especialmente quando acha que está sozinha no mundo. Você conseguiu bloquear as lembranças e foi assim que lidou com a situação. Acho que ela tentou fazer isso, mas era bem mais velha quando tudo aconteceu, então era impossível. Em vez de bloquear as lembranças e nunca mais pensar nisso, sei que fez exatamente o oposto. Sei que aquilo consumiu todas as partes da vida dela até não aguentar mais.
“E você não pode afirmar que a escolha de Dianna tem relação direta com o que seu pai fez com Less. Se Dianna nunca tivesse levado você, é mais que provável que ele tivesse feito aquelas coisas com Less mesmo assim, quer você estivesse lá ou não. Ele era desse jeito. É o que ele fazia. Então se está me perguntando se culpo Dianna pelo que aconteceu, a resposta é não. A única coisa que queria que Dianna tivesse feito diferente... é que eu queria que ela tivesse levado Less também.”
Ele põe os braços ao meu redor e leva a boca até meu ouvido.
— O que você decidir... O que você achar que vai fazer seu coração se curar mais depressa... é o que quero para você. É o que Less quer para você também.
Retribuo o abraço e enterro a cabeça em seu ombro.
— Obrigada, Jonas.
Ele me abraça em silêncio enquanto fico pensando na decisão que nem é mais tanto uma decisão. Após um tempo, afasto-me dele e ponho a caixa no colo. Passo os dedos no topo e vacilo antes de encostar no trinco. Pressiono-o e lentamente levanto a tampa enquanto fecho os olhos, hesitando ver o que tem dentro. Respiro fundo após a tampa estar levantada e abro os olhos para encontrar o olhar da minha mãe. Pego a foto entre os dedos trêmulos, vendo a mulher que com certeza foi a que me gerou. Minha boca, meus olhos, minhas maçãs do rosto... eu sou ela. Cada parte de mim é ela.
Coloco a foto de volta na caixa e pego a que está embaixo. Essa traz ainda mais emoções à tona, pois é uma foto de nós duas. Eu não devia ter mais que 2 anos e estou sentada no colo dela com os braços ao redor de seu pescoço. Ela está me dando um beijo na bochecha, e estou olhando para a câmera com um sorriso gigantesco. Lágrimas caem na foto que estou segurando, então as enxugo e passo as fotos para a mão de Jonas. Preciso que veja o motivo pelo qual eu tinha de voltar à casa do meu pai.
Tem mais um item na caixa. Eu o pego e passo o colar entre os dedos. É um medalhão de prata em forma de estrela. Eu o abro e vejo uma foto minha de quando era bebê. Dentro do medalhão, do lado oposto da foto, está escrito: “Meu raio de esperança — Hope.”
Abro o fecho do colar e o levo até a nuca. Jonas estende a mão e segura o fecho enquanto levanto o cabelo. Ele o prende, eu solto meu cabelo, e ele beija minha têmpora.
— Ela é linda. Assim como a filha. — Ele me devolve as fotos e me beija com carinho. Olha para o medalhão, abre-o e fica o encarando por vários instantes, sorrindo. Depois o fecha e olha nos meus olhos. — Está pronta?
Coloco as fotos de volta na caixa, fecho a tampa, olho para ele confiante e respondo: — Estou.

Terça-feira, 30 de outubro de 2012
22h25

Dessa vez, Jonas entra na casa comigo. Dianna e Eddie estão sentados no sofá, e ele apoia o braço ao redor dela, segurando sua mão. Ela olha para mim enquanto passo pela porta, e Eddie se levanta, preparando-se para nos deixar a sós mais uma vez.
— Está tudo bem — digo para ele. — Não precisa ir. Não vou demorar.
Minhas palavras o deixam preocupado, mas não responde nada. Ele se afasta alguns metros de Dianna para que eu possa me sentar ao lado dela no sofá. Coloco a caixa na mesa na frente dela e me sento. Viro-me em sua direção, sabendo que ela não faz ideia de como será seu futuro. Apesar de não ter ideia da escolha que fiz e do que vai acontecer com sua vida, ainda sorri para mim de maneira tranquilizadora. Quer que eu saiba que vai aceitar qualquer escolha que eu fizer.
Seguro suas mãos e a olho bem nos olhos. Quero que ela sinta as palavras que estou prestes a dizer e que acredite nelas, pois entre nós duas não quero que exista nada além da verdade.
— Mãe — digo, olhando-a com o máximo de confiança possível. — Quando me tirou do meu pai, você sabia as possíveis consequências da sua decisão e fez aquilo mesmo assim. Arriscou toda a sua vida só para salvar a minha, e eu nunca seria capaz de desejar que você sofra por causa dessa escolha. Abrir mão da sua vida por mim é mais do que eu jamais poderia pedir. Não vou julgá-la pelo que fez. A única coisa apropriada que posso fazer a essa altura... é agradecer. Então, obrigada. Muito obrigada por ter salvado minha vida, mãe.
No seu rosto escorrem mais lágrimas que no meu. Nós nos abraçamos e choramos. Choramos de mãe para filha. Choramos de tia para sobrinha. Choramos de vítima para vítima. Choramos de sobrevivente para sobrevivente.
Não consigo imaginar a vida que Dianna levou nos últimos 13 anos. Toda escolha que fez foi apenas para meu próprio bem. Ela presumiu que, quando eu fizesse 18 anos, confessaria o que tinha feito e se entregaria para a polícia para arcar com as consequências. Saber que me ama tanto a ponto de estar disposta a desistir de toda a sua vida por mim quase me faz sentir como se eu não merecesse isso tudo, agora que sei que existem duas pessoas no mundo que me amam desse jeito. É quase demais para que possa aceitar.
No fim das contas, Dianna quer mesmo dar o próximo passo em seu relacionamento com Eddie, mas estava hesitante porque sabia que o magoaria quando contasse a verdade. O que ela não esperava é que Eddie a amasse incondicionalmente... da mesma maneira como ela me ama. Escutar suas confissões do passado e as escolhas que fez só o deixou mais certo sobre o amor que sente por ela. Aposto que ele vai trazer todas as suas coisas para nossa casa até o próximo fim de semana.
Dianna passa a noite inteira respondendo pacientemente todas as minhas perguntas. Minha dúvida principal era como eu tinha um nome legal e documentos que provavam isso. Dianna ri e explica que, com dinheiro suficiente e os contatos certos, fui convenientemente “adotada” de outro país e obtive minha cidadania quando tinha 7 anos. Nem peço para saber mais detalhes porque tenho medo da resposta.
A outra pergunta cuja resposta eu precisava saber era a mais óbvia... agora a gente pode ter uma televisão? E a verdade é que ela não odeia tanto tecnologia quanto deu a entender durante todos esses anos. Tenho a sensação de que amanhã vamos fazer algumas comprinhas no departamento de eletrônicos.
Jonas e eu explicamos para Dianna como ele descobriu quem eu era. No início ela não conseguiu entender como podíamos ter tido uma ligação tão forte quando éramos tão pequenos... tão forte a ponto de ele se lembrar de mim. Mas depois de nos ver interagindo por mais um tempo, acho que se convenceu de que o que nós temos é verdadeiro. Infelizmente, também consigo ver preocupação nos olhos dela toda vez que ele se inclina para me beijar ou põe a mão na minha perna. Afinal, ela é minha mãe.
Após várias horas se passarem e todos nós termos o momento de maior paz possível depois do fim de semana como esse, encerramos a noite. Jonas e Eddie despedem-se de nós, e Jonas garante a Dianna que nunca mais vai me mandar mensagens que diminuam meu ego. Mas, ao dizer isso, pisca para mim por cima do ombro dela.
Dianna me abraça mais do que já fui abraçada em um único dia. Depois do seu abraço final da noite, vou para meu quarto e me deito. Puxo as cobertas e ponho as mãos por trás da cabeça, encarando as estrelas no meu teto. Pensei em arrancá-las de lá, achando que só serviriam para me lembrar de mais coisas ruins. Mas acabei não tirando. Vou deixá-las porque agora, quando olho para elas, me lembro de Hope. Eu me lembro de mim e de tudo que precisei superar para chegar a esse momento da minha vida. E, por mais que eu pudesse ficar aqui sentada, sentindo pena de mim mesma e me perguntando por que tudo isso aconteceu comigo... não vou fazer isso. Não vou ficar desejando uma vida perfeita. As coisas que nos derrubam na vida são testes, e esses testes nos forçam a escolher entre desistir, ficar caída no chão ou sacudir a poeira e se levantar com ainda mais firmeza que antes. Estou escolhendo me levantar com mais firmeza. Provavelmente vou ser derrubada mais algumas vezes antes da vida se cansar de mim, mas garanto que nunca vou ficar caída no chão.
Escuto uma leve batida na janela do quarto antes de a levantarem. Sorrio e chego mais para o lado na cama, esperando que ele se junte a mim.
— Não vou ser recebido na janela hoje? — pergunta ele baixinho, puxando a janela para baixo. Ele vai até o lado dele da cama, puxa as cobertas e se aproxima de mim.
— Você está congelando — digo, aconchegando-me em seus braços. — Veio andando até aqui?
Ele balança a cabeça, me aperta e beija minha testa.
— Não, vim correndo. — Ele desliza a mão até minha bunda. — Já faz mais de uma semana que nenhum de nós faz exercícios. Sua bunda está começando a ficar gigante.
Dou risada e bato no seu braço.
— Tente se lembrar de que os insultos só são engraçados em mensagens.
— Por falar nisso... quer dizer que vai poder ficar com o celular?
Dou de ombros.
— Não quero aquele celular de volta. Tenho esperanças de que meu namorado domesticado me dê um iPhone de Natal.
Ele ri e rola para cima de mim, encostando os lábios gélidos nos meus. As temperaturas contrastantes das nossas bocas o fazem gemer. Ele me beija até seu corpo inteiro esquentar outra vez.
— Sabe de uma coisa? — Ele se apoia nos cotovelos e olha para mim com suas covinhas encantadoras.
— O quê?
Sua voz volta a ficar naquela oitava lírica e divina mais uma vez.
— Nunca vamos transar na sua cama.
Penso nisso por meio segundo, balanço a cabeça e o faço se deitar de costas.
— E vai ser assim enquanto minha mãe estiver do outro lado do corredor.
Ele ri, me segura pela cintura e me puxa para cima dele. Apoio a cabeça em seu peito, e ele coloca os braços ao meu redor com firmeza.
— Demi?
— Jonas? — imito-o.
— Quero que saiba de uma coisa — diz ele. — E não vou dizer isso como seu namorado nem como seu amigo. Vou dizer porque isso precisa ser dito por alguém. — Ele para de alisar meu braço e deixa a mão no meio das minhas costas. — Estou tão orgulhoso de você.
Aperto os olhos e sorvo suas palavras, enviando-as diretamente para meu coração. Ele leva os lábios até meu cabelo e me beija pela primeira vez ou pela vigésima vez ou pela milionésima vez. Mas quem é que está contando?
Eu o abraço com mais força e solto o ar.
— Obrigada. — Levanto a cabeça e apoio o queixo em seu peito, erguendo o olhar para ele, que está sorrindo para mim. — E não é só pelo que você disse agora que estou agradecendo, Jonas. Preciso agradecer por tudo. Obrigada por me dar coragem para sempre fazer minhas perguntas, mesmo quando não queria saber as respostas. Obrigada por me amar desse jeito. Obrigada por me mostrar que não precisamos ser fortes o tempo inteiro para ajudar um ao outro... não tem problema sermos fracos, contanto que estejamos juntos. E obrigada por finalmente me encontrar depois de todos esses anos. — Passo os dedos no seu peito até alcançar seu braço. Percorro com eles cada letra da sua tatuagem, inclino-me para a frente, pressiono nela os lábios e a beijo. — E, acima de tudo, obrigada por ter me perdido tantos anos atrás... porque minha vida não teria sido a mesma se não tivesse me deixado sozinha.
Meu corpo sobe e desce, pois ele está respirando fundo. Ele segura meu rosto e tenta sorrir, mas seus olhos continuam aflitos.
— Todas as vezes que imaginei como seria encontrá-la um dia... nunca pensei que fosse acabar com você me agradecendo por tê-la perdido.
— Acabar? — pergunto, não gostando da palavra que ele escolheu. Eu me levanto, dou um beijo rápido em seus lábios e me afasto. — Espero que esse não seja nosso fim.
— De jeito nenhum que esse é nosso fim — afirma ele. Ele põe uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e fica com a mão ali. — E queria poder dizer que vamos viver felizes para sempre, mas não posso. Nós dois ainda temos muita coisa para resolver. Com tudo que aconteceu com você, comigo, com sua mãe, com seu pai e com o que sei que aconteceu com Less... em alguns dias acho que não vamos saber como sobreviver. Mas vamos sobreviver. Vamos, sim, porque temos um ao outro. Então não estou preocupado conosco, linda. Não estou nem um pouco preocupado.
Beijo sua covinha e sorrio.
— Também não estou preocupada com a gente. E, só para constar, não acredito nisso de felizes para sempre.
Ele ri.
— Ótimo, porque você não vai ter nada disso. Tudo que vai ter sou eu.
— É tudo de que preciso — digo. — Bem... preciso do abajur. E do cinzeiro. E do controle remoto. E da raquete. E de você, Joseph Jonas. Mas isso é tudo de que preciso.

*****

Acabou :(
Gostei muito dessa fic e vou sentir bastante falta dela, porém a próxima também é um amor e é muito, muito engraçada mesmo. Bom, pelo menos eu achei, jzejzks e somando isso ao fato de eu estar ultra animada por hoje ser o último dia da semana que tenho que estudar a tarde toda e por amanhã ser o episódio "Big A Reveal" - PAUSA PROS MEUS GRITOS -, se vcs comentarem bastante nesse último cap (essa fic merece, vai?), hoje a noite mesmo eu já posto o epílogo e a sinopse da nova fic, ok?
AHHHHH, CONSEGUI RESPONDER VCS AQUI  
É isso, amo vcs, bjs

20 comentários:

  1. Aaaai fic linda...ansiosa pra proxima

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  2. Quem esta chorando porque a fic acabou? o/ Quem esta chorando por esse final? o/ Quem quer esse Jonas? o/ Eu nao acredito q essa fic acabou. Fou guardar ela pra sempre no meu <3 ja que ela foi a primeira q eu nao conseguia prever o q ia acontecer. Ja estou ansiosa pela proxima fic. Bjs

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    1. Amei essa história. Amor incondicional dos dois e da Diana com a Demi.... já estou sentindo falta....... ansiosa para a próxima....

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    2. Ai, fico tão feliz com isso. Mesmo que seja adaptada, é gratificante postar histórias que agradem genuinamente a vocês. Quando eu leio um livro e o acho tão perfeito, não consigo guardar só pra mim, sabe? Tenho vontade de compartilhar com o mundo o quanto eu amei determinada leitura, por isso, quando vocês reagem tão positivamente, cada comentário transforma meu dia.
      Espero que gostem da próxima também.
      Beijos

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  3. Acabouuu! Ahhhh eu não acredito!
    Eu tipo amei muito essa fic e amei o final! Mas agora eu preciso urgentemente ler o epílogo!
    Ebaa, eu senti falta de vc respondendo os comentários
    Posta logo pls
    Beijos e eu amo você!

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    1. Que bom, amor. Também senti falta de socializar com vocês. Mesmo não respondendo, saiba que eu lia todos, ok?
      Posto sim, anjo.
      Beijos

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. não acredito que acabou vou sentir saudades dessa fic , mas tbm to ansiosa pela nova fic posta logo bjs e desculpa ñ ter comentado antes é pq tinha que estudar para provas mas mesmo assim ainda arranjava tempo pra el bjs

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    1. Imagina meu anjo, eu entendo, também tava atolada de provas. Mas fico feliz que tenha arranjado tempo pra ler e comentar, mesmo não podendo.
      Significa muito. Se cuida, flor, espero que tenha se saído bem nas provas <3
      Beijos

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  6. Ai meu deus. Não acredito que chegou ao fim.. Bom já faz um tempo que eu te acompanho mas nunca comentei nada (não sei bem o porque) poreeeeem esta fic merece. Confesso que não lia uma fic jemi a muito tempo q seja tão envolvente. Vou imprimir sua fic e faze-la de livro pra eu ler em todos os lugares ta ? oajaiahushs você esta de parabéns .. Mil vezes parabéns. E que venha a próxima
    ~Ali

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    1. Awn amor, obrigada por ter comentado, e bem, seja bem-vinda amzksn
      Fico feliz que tenha gostado, mas, infelizmente - porque eu gostaria muito que fosse -, essa fic não é minha, é, literalmente, um livro <3
      Inclusive, vou começar a colocar o nome dos autores na página das fics assim que eu terminá-las, pro caso de vocês quererem ler com os personagens originais.
      Beijos

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  7. GIOVANA VOCÊ DERRUBOU MEU FONINHO kk. Não creio que essa fic acabou preciso de um tempo pra poder me trancar no meu quarto e chorar por cause desse final lindo ♥a Miley vai voltar no epilogo? Queria saber se ela vai conhecer Jonas e a Demi perdoou a Diana cara que fofo.
    Ja to mega anciosa pra nova fic Gi posta logo...

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    1. Que bommmmmmm <3
      Ah, Nat, não volta. :( o epílogo é BEM pequenininho, e é inteiro um flashback.
      Mas a próxima também é um amor, garanto, loaxja
      Se cuida, anjo.

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