Verão
de 2002
— Joe! Me
segura! Me segura! — gritou Demi, preparando-se para cair de costas durante o
exercício de confiança no acampamento do último ano do ensino fundamental.
Fazia
anos que tinha uma quedinha por Joe. Agora que estava terminando o nono ano e
começaria o ensino médio no outono, as coisas pareciam estar melhorando.
De pernas
depiladas, novo batom rosa nos lábios e um rabo de cavalo alto, ela sabia que
estava bonita. E Joe logo, logo saberia também, assim que ela caísse
(literalmente)
em seus braços.
— Hã...
ok — respondeu Joe, atrás dela. — Estou quase pronto.
— Ok. —
Sentindo-se nervosa de repente, Demi respirou fundo algumas vezes. — Vou cair!
— Pode
vir! — avisou Joe.
Demi
sentiu o vento nas costas quando endireitou o corpo e se jogou para trás. Mas
não parou de cair: não havia nada que a pudesse amparar. Bateu na grama com um
baque e olhou para cima.
Amy
Stevens enrolava uma mecha de cabelo entre os dedos, rindo de algo que Joe
dizia. Aquele cara tinha a capacidade de concentração de um peixinho-dourado!
— Seu
babaca! — Demi bateu com o punho no chão. — Joe? Somos parceiros, e existe um
motivo para o fato de essa atividade se chamar exercício de
confiança! Você deveria ter me segurado!
Ele
arregalou os olhos.
— Ai,
droga! Me desculpe, Demi. Amy não sabia o que era para fazer e não tinha
parceiro, então eu disse que ela poderia ficar com a gente.
— Ah,
mas...
— Nossa,
Joe, ainda bem que me ofereci para ser sua parceira! Vamos precisar de duas
pessoas para segurar essa garota. Ela parece uma baleia inchada. — Amy riu e
cutucou Joe, o que fez o estômago de Demi embrulhar. Ela sabia que não era tão
magra quanto Amy ou as outras garotas. Umedeceu os lábios, insegura, e sofreu a
dor da rejeição que se abateu sobre ela.
Enquanto
o silêncio se prolongava, sentiu as lágrimas que brotavam e um nó na garganta.
Demi
olhou para ele, que estava com as bochechas um pouco vermelhas, mas Joe não
disse nem uma palavra.
Ele não a
defendeu. Ele não fez nada.
Talvez
essa tenha sido a pior parte.
A total
falta de reação.
Ele
poderia ter rido da piada também. Isso ao menos deixaria Demi irritada o
suficiente para socar a cara dele.
Em vez
disso, Joe a olhou com pena, como se o que Amy dissera fosse verdade.
Como se
concordasse com aquilo, mas não soubesse de que modo dizer isso a ela.
Demi
sentiu os olhos se encherem de lágrimas, então os baixou à grama, que já lhe
causava coceira.
— E aí,
gente, estão prontos para o exercício?
Selena
foi até eles e sorriu, deixando Demi ainda mais insegura. A única garota em
quem Joe confiava era Selena. Demi e Joe compartilhavam a melhor amiga, o que
era uma droga, na opinião de Demi. Fazia com que ela sempre se sentisse
sobrando, como se fosse um brinquedo estranho e com defeito, que nunca se
encaixava em lugar nenhum.
Joe
abraçou a recém-chegada.
—
Estávamos só aquecendo.
— Legal.
— Selena olhou para Demi. — Vamos lá! Levante-se daí, preguiçosa!
Amy caiu
na gargalhada.
—
Exercício, Demi. Já ouviu falar nisso?
Selena
olhou de cara feia para Amy e estendeu a mão para Demi.
— Ignore.
Ela só está chateada porque seus peitos são maiores que os dela.
Revirando
os olhos, Demi se levantou e deu uma última olhada na direção de Joe. Era o fim
da quedinha que sentia por ele. De verdade. Afinal, que garota quer se
apaixonar por um cara que não a resgata quando ela mais precisa dele?
Ela
queria um homem como os que via nos filmes e na TV. Um herói de verdade, que a
salvasse. Homens de verdade usavam armas e espadas para lutar pelas mulheres
que amavam. No ano anterior, quando a turma assistiu ao filme Romeu e Julieta, Demi precisou
esconder as lágrimas que escorriam por seu rosto durante a última cena. Era
aquilo que ela queria: um homem tão apaixonado que a seguisse até o outro
mundo! Na época, quando disse aquilo em voz alta, Joe a olhou como se ela fosse
maluca. Bem, ele é que iria se dar mal, no final das contas! Demi encontraria o
homem da sua vida! E, por ela, Joseph Jonas poderia... morrer.
Capítulo 1
Dias
de hoje
— Vovó,
que merda você está fazendo? — Enquanto pegava as duas malas gigantescas, a
enorme bolsa Coach rosa e o que mais parecia um animal morto que por vezes
andava pendurado na cabeça da avó, Joe praguejava mais uma vez.
— Olhe a
língua, Joe! — Vovó Nadine ergueu os ombros e o empurrou, abrindo caminho até o
guichê de passagens.
Ah,
não. Não mesmo. Pelo amor de Deus, não! Joe olhou ao redor à procura de Aileen,
sua última conquista amorosa, que o acompanhara na festa de noivado de seu
irmão, Nick.
— Sim, preciso
de uma passagem só de ida — anunciou vovó em voz alta, dirigindo-se à atendente
da companhia aérea Alaska Airlines. Joe assistia à cena com um misto de horror
e pânico enquanto a avó comprava um assento no mesmo voo dele. Tomara que o cartão seja recusado. Tomara.
Tomara.
— Aqui
está — disse a atendente maligna ao entregar o cartão de embarque e sorrir. Joe
a encarou, irritado.
Depois
encarou a avó.
— Não. —
Ele balançou a cabeça quando vovó Nadine se aproximou, risonha. — Você não vai
— sustentou Joe. E cruzou os braços, firme.
— Vou,
sim. — Vovó sacudiu o cartão de embarque bem na cara dele e sorriu. — Agora
pegue as minhas malas.
— Mas...
— Joey? —
Aileen foi até ele, quase desfilando.
Vestindo
uma saia do tamanho que não deveria ser permitido em lugares públicos,
especialmente em aeroportos, ela ajeitou o penteado e parou ao seu lado. O
cabelo tingido de loiro se mantinha no lugar com o uso de ao menos duas latas
de spray fixador e, a julgar por sua incapacidade de andar em linha reta,
Aileen ainda trazia a embriaguez da noite anterior.
Vovó
abriu um sorriso.
— Que
maravilha! Parece que sua vagabunda chegou.
Joe
grunhiu e cobriu o rosto com as mãos. Não tinha como sair dessa. Sua avó
acabaria fazendo com que ele levasse um tiro.
Terra
da vingança feminina, aqui vou eu.
— O que
você disse? — Aileen colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça para vovó
de um jeito estranho, quase caindo dos saltos. Ah, aquilo não era bom! Não era nada bom.
Vovó deu
um tapinha simpático no braço da jovem.
—
Queridinha, sou eu que preciso de aparelho auditivo, não você. Acabei de
chamá-la de vagabunda. Quer que eu soletre? — A velha senhora cutucou Joe. — De
onde saiu essa? Da feira de empregos para nível médio? — Então, vovó começou a
soletrar a plenos pulmões: — V-A-G-A-B-U-N-D-A.
Ela
estava mesmo soletrando “vagabunda” em um aeroporto internacional? E ainda por
cima para a namorada dele? Ou melhor, caso? O que Aileen era, afinal?
Droga,
ele nem sabia o sobrenome dela!
O que
devia ser um mau sinal.
— Pois
saiba que...
— Joe,
estou com fome. Me leve para comer. — Vovó enlaçou o braço no dele e começou a
puxá-lo em direção aos seguranças com mais força do que deveria ter uma mulher
de 86 anos.
— Mas e
eu? — Atrás dos dois, Aileen fez beicinho.
Vovó
parou de andar e se virou.
—
Queridinha, tenho certeza de que você é capaz de encontrar outra excelente
distração até a hora do voo. Este aqui já tem dona.
Aileen
bufou.
— Não
achei que seu gosto fosse tão duvidoso — disse para Joe.
Ele abriu
a boca para explicar “Essa é a minha avó”.
Porém,
antes que tivesse tempo de falar, a avó lhe deu um grande beijo na bochecha e
beliscou seu traseiro.
— Ah,
queridinha! Você nem imagina do que esse aqui gosta! — E deu uma piscadela.
Deus do
céu! Vovó tinha acabado de piscar e sugerir que Joe era seu... ele nem
conseguia concluir o pensamento. Horrorizado, viu os olhos de Aileen se
arregalarem. Abriu a boca para responder, mas a avó lhe deu um tapa na bunda
que o empurrou na direção contrária.
Seu carma
estava finalmente acertando as contas. E na forma de uma mulher de 86 anos com
batom nos dentes.
Mas que merda!
*****
Eu to muito animada com essa fic, então
resolvi postar o prólogo e o primeiro capítulo de uma vez. Espero que gostem..
O que acharam da vovó?
Eu amo ela e, só pra constar, ela vai
aprontar muito, asklmaoks
Beijos, amo vcs ♥
Respostas aqui.
Ameei o começo....... já sou fã de carteirinha da vovó kkkkkkkk já vi que vai ser bem divertida..... posta mais por favor!!!!!
ResponderExcluirVovó é a estrela dessa fic, literalmente azkjnakjx
ExcluirPosto, anjo.
Bjs <3
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK EU TÔ É MORTA COM ESSA FIC!!
ResponderExcluirQue vovó maravilhosa é essa??? Quase chorei de rir da cena no aeroporto.
Tomara que a vovó e Demi aprontem muito, tenho intuição de que as duas vão ser carne e unha...
Só pra constar: Odiei essa Amy e odiei mais ainda Joe, por ele não ter defendido Demi... Tomara que ele sofra correndo atrás dela HAHAHA.
Continua amor, beijos.
A vovó e a Demi vão abusar do Joe, tadinho akzmalisj
ExcluirQue bom que você gostou <3
Continuo, amor.
Beijos ♥
Já gostei da vovó,pelo jeito vamos dar muita risada se depender dela...
ResponderExcluirPosta logoooooooooooo
Pode apostar que vão mesmo azksmjxn
ExcluirPosto, bjs ♥
Cara vovó Nadine é meu novo crush quero ela pra mim kkkkk. To chorando de rir aqui do que a vovó falou pra Aileen no aeroporto, só quero ver o que diabos ela vai aprontar na fic to morta com esse capitulo.
ResponderExcluirPosta mais benhê, beijos
Pois é, vovó Nadine melhor pessoa aklmaklm <3
ExcluirPosto sim.. Beijo ♥
Posta mais
ResponderExcluirPosto <3
ExcluirContinua
ResponderExcluirClaro, amr sz
ExcluirAmei a vovó djsbsjbsjs
ResponderExcluirEla é demais msm jsnxkjsn ♥
Excluireu estou rindo até agora, socorro!
ResponderExcluirdesculpa o sumiço, aconteceu tanta coisa :( mas estou tentando voltar ao poucos...
simplesmente amei! ❤ já estou ansiosa por mais dessa perfeição. bjos
Imagina, eu entendo, jess, eu vi no seu blog :(
ExcluirAwn, que bom que você gostou <3
Já, já voou postar o próximo aksmjs
Se cuida, beijos ❤