Joe observava enquanto Demi pegava uma taça de vinho e
vinha até ele na varanda de trás. Dallas e Jace tinham ido dar uma volta perto
do rio. Ideia de vovó, não deles. Mas os dois aceitaram, para deixá-la feliz,
como fazia a maioria das pessoas, e disseram que voltariam mais tarde para
planejar o café da manhã do dia seguinte.
— Então. — Joe bateu a taça na de Demi. — Onde vamos
passar a lua de mel? Quer dizer, você teoricamente foi demitida, então podemos
passar o mês inteiro fora, se quiser.
Demi deu uma risadinha.
— Simples assim? Pegamos o primeiro avião para
qualquer lugar?
— É. — Joe se inclinou para beijá-la. — Simples assim.
— Mas eu não tenho passaporte.
Joe deu de ombros.
— Então dá para esperar ele ficar pronto, e saímos de
Seattle, ou podemos viajar aqui pelos Estados Unidos mesmo.
— Havaí. — Nervosa, Demi olhou para o outro lado e tomou
um gole de vinho.
— Posso perguntar por que o Havaí?
Ela se inclinou para trás, apoiando-se nas mãos. O
luar brilhava em sua pele bronzeada, e Demi fechou os olhos e suspirou.
— Meus pais sempre prometeram que me levariam para
conhecer. Primeiro, depois de terminar a escola, mas aí aconteceu alguma coisa
e virou depois da faculdade, e... Bem, dá para imaginar. Sempre foi uma
promessa vazia. E eu sempre quis ir.
Deus do céu, como ele a amava! Compraria o Havaí
inteiro para ela, se fosse possível.
— Então, combinado: Havaí. — Ele a beijou na bochecha.
— Crianças? — Vovó abriu a porta dos fundos e saiu. —
Aqui estão vocês! Estava procurando os dois. — Ela pegou uma cadeira e se
sentou. — Então, sei que meus métodos nem sempre são corretos.
— Bem, esse é o eufemismo do século — retrucou Joe.
— Babaca. — Ela estreitou os olhos. — De qualquer
forma, eu gostaria de pedir desculpas.
— É mesmo? — Joe se inclinou para a frente, apoiando
as mãos nas coxas, e sorriu.
— Por quê?
— Por tudo.
— Que seria... — insistiu Joe. — O quê, exatamente?
Vovó desviou os olhos e respondeu, em um tom irritado.
— A dança do acasalamento, mas, em minha defesa, tive
que ter certeza de que vocês sentiriam a tensão.
— Ah, nós sentimos! — Demi deu uma risada e, notando o
olhar irritado de Joe, recuperou a compostura.
— E? — O homem olhou para a avó. — O presente da
farmácia. — A velha senhora fungou.
— Certo. — Joe soltou um palavrão. — Muito obrigado,
aliás.
— Ah, seu bobo! Você precisava passar por algumas
dessas, ou muitas. Conte, eles usaram o sistema de som para pedir a camisinha
no balcão? Estava torcendo para que isso acontecesse!
Joe a ignorou e balançou a cabeça.
— E o que mais, vovó? Pelo que você está realmente
pedindo desculpas?
— Enganar vocês para que assinassem uma licença de casamento.
Mas vocês sabem a quantidade de leis que tive de quebrar para isso? O dinheiro
que passou de mão em mão, os favores que pedi! — Ela se levantou e começou a
andar de um lado para outro. — Ora, tive até que fazer doação para a droga da
Câmara de Comércio!
— Estou comovido — comentou Joe, seco.
— E tudo isso para fazer um favor a vocês dois.
Depois de alguns segundos, Joe finalmente respondeu.
— Você está certa.
— Estou? — Vovó levantou a cabeça de supetão. — Quer
dizer, sim, sim, estou. E não se esqueça disso! Agora, onde é que está aquela
sua irmã querida, Demi?
— Ah, não. — Joe agarrou a mão da avó e a empurrou de
volta para a casa. — Seus dias de cupido acabaram.
— Mas...
— Vá para cama. Agora. E sozinha, ou vou pegar aquele
apito.
— Você não se atreveria a perturbar meu santuário!
— Me atreveria sim, e é o que vou fazer. Você merece
isso e muito mais.
Com a cabeça erguida, ela entrou na casa batendo os
pés, os saltos fazendo barulho no piso de madeira até o fim do corredor.
— Você queria que tivesse sido diferente? — perguntou Demi,
atrás dele. Joe se virou e a puxou para um abraço.
— Não. Nunca. Sem dúvida. E você?
— Espero desde o nono ano para ser sua namorada, posso
muito bem ser sua esposa. — Ela o beijou.
*****
Esse foi o último capítulo, amores. Amanhã posto o epílogo, ok? Beijos ♥
Eu to chorando pelo fim 😥😭
ResponderExcluirEsse capitulo foi tão perfeito 😍❤ Nem preciso dizer que amei ❤❤