Demi bebeu a segunda taça de vinho e se sentou em
frente à mesa grande que fora arrumada do lado de fora. O jantar era um bufê
completo. Normalmente, seria oferecido pelos pais da noiva, mas, como eles não
podiam estar presentes, todo o clã Jonas estava pagando aquela festa. Algumas
tendas de comida estavam espalhadas pela lateral do jardim. A mesa principal,
para os convidados diretamente envolvidos na cerimônia, era comprida e estava
ornada com flores tropicais e diferentes tipos de vela. Tudo era tão romântico
que partia o coração de Demi. Vovó se sentou ao lado de Demi e olhou para a
taça de vinho.
— Quantas você já bebeu?
— O suficiente. — Demi suspirou.
— Hum. — Vovó abriu a grande bolsa e pegou um envelope
pardo. — O pastor me deu permissão para que vocês assinassem separadamente, já
que estão de birra.
Demi olhou para a habilitação de casamento.
— Não era para a gente preencher isso amanhã?
— Argh. — Vovó a calou com um gesto. — É só mais um
detalhe com o qual não precisaremos nos preocupar amanhã. Assine aqui. — Ela
puxou apenas a ponta do papel, de maneira que a maior parte continuava coberta.
O que era ótimo, na opinião de Demi, pois ela não queria ver o lugar destinado
à assinatura de Joe. Os dois tinham perdido a cabeça. Demi nem conseguia
lembrar o motivo por que estava tão brava com ele. Se parasse para pensar,
veria que não era raiva. Na verdade, sentia-se completamente humilhada e
rejeitada. Ele fez com que ela se apaixonasse. E ela se apaixonou. Muito.
Depois do casamento, eles seguiriam caminhos diferentes, e ela ficaria jogada
no sofá, desempregada, lamentando o fato de que o único cara que já tinha amado
na vida não retribuía o sentimento. Ou apenas não a queria o bastante para
tentar amá-la. Demi assinou o papel depressa e devolveu a caneta a vovó.
— Ora, ora. — Vovó deu tapinhas nas costas de Demi. —
Vai ficar tudo bem. Confie na sua avó.
— Só tem um problema. — Demi se inclinou para perto de
vovó e sussurrou: — Você não é minha avó.
O sorriso no rosto de vovó se alargou só um pouquinho,
antes de voltar ao normal.
— Ora, mas é claro que sou! Você se lembra de quando
eu lhe disse que iria estragar a vida de Joe?
Demi não estava muito a fim de falar sobre Joe. Ela
assentiu, mas tentou fingir que não estava interessada.
— A vida de meu neto já estava estragada. — Vovó deu
tapinhas na mão de Demi. — Foi estragada na hora em que ele a viu naquele
vestido de casamento. Eu comprei o vestido, sabia?
— O quê? — exclamou Demi, e sua voz saiu aguda,
chamando a atenção dos convidados ao redor da mesa, que aguardavam o primeiro
prato. Ela tossiu e se escondeu por trás dos cabelos escuros. — Diga que isso é
brincadeira, vovó!
— Ops. — Vovó deu de ombros. — Achei que tivesse
gostado. Ficou lindo em você. Maravilhoso. — Ela se serviu de uma taça de vinho
e fechou os olhos enquanto tomava um longo gole, então botou a taça de volta na
mesa. — Além disso, pode ser que você precise de um, qualquer dia desses.
— Sei. — Demi lutou para esconder as lágrimas. — Acho
que tudo é possível.
— Ah, mas é mesmo! — respondeu vovó. — Sabia que eu
sempre quis ser uma fada madrinha?
— Oi?
— A maioria das garotas quer ser a princesa da
história. Eu quero ser a fada madrinha.
Será que vovó estava bêbada? Tão cedo?
— Está certo. — Demi a olhou de soslaio. — Bem, você
só precisa de uma varinha e de um pouco de mágica... aí, tudo é possível.
— Já tenho uma varinha, e todas as avós são mágicas. —
Ela deu de ombros. — Fale mais sobre Jace.
— Ele é... — Demi olhou para a mesa. Ele estava com o
cabelo loiro penteado para trás, revelando olhos verdes perfeitos e um rosto
escultural. — Legal.
Vovó caiu na gargalhada.
— Ah, querida! Aquele homem é muitas coisas. “Legal”
não seria a palavra que eu escolheria para descrevê-lo. É muito sexy, isso sim.
Um deus entre os mortais.
— Vovó! — resmungou Demi. — Fale baixo.
— Bem. — Vovó ergueu as mãos. — Só estou dizendo que
aquele homem faria uma mulher derreter só com o olhar. — Como se tivesse
ouvido, Jace olhou para vovó e deu uma piscadela. — Meu bom Deus! Acho que
acabei de ter um mini-infarto.
— Sério? — Demi segurou o braço de vovó, em pânico. —
Bem. — Vovó piscou de volta para Jace. — Se isso foi um infarto, quero outro.
Demi sentiu o rosto corar.
— Ele não mexe com você? — perguntou a mulher.
Demi engasgou com o vinho e começou a tossir como
louca enquanto vovó dava tapas fortes em suas costas.
— Minha querida, beba mais devagar! Vai acabar
manchando esse vestido amarelo lindo.
— Sim, foi culpa do vinho... — resmungou Demi. — E não
do seu comentário.
— Ué! — Vovó se inclinou para mais perto e suspirou. —
Como é que vocês, jovens, dizem hoje em dia? Ele deixa você com te...
— Vovó! — ralhou Demi. — Pare, pare com isso! — Ela
cobriu o rosto com as mãos, envergonhada. — Ele é um cara legal, mas não... — Demi
estava prestes a dizer “não é Joe”, quando o próprio chegou e se sentou do
outro lado da mesa. Seus olhos a traíram e absorveram cada detalhe daquele
corpo perfeito. Joe se inclinou para a frente, sobre a mesa, e seus antebraços
roçaram nas flores espalhadas ao redor do prato. Ah, como ela queria ser uma
daquelas flores!
— Entendi — respondeu vovó, em voz baixa. — Ele não é
o meu neto.
— Quê? — Demi tirou os olhos de Joe e começou a
apertar as mãos no colo.
— Jace — explicou vovó. — O cara poderia ser um ator
melhor que o Marlon Brando, e ainda assim você o olharia como se ele não
passasse de um figurante.
— Marlon Brando? Figurante? — Demi deu um sorriso
tenso, mas não olhou para vovó.
— Perto do único que você realmente quer. — Vovó
colocou uma das mãos nas de Demi, para acalmá-la. Alguns anéis de diamante
brilharam em seus dedos. — O meu neto. Você está apaixonada por ele.
— Eu... — Mas ela não conseguia negar. Então, em vez
disso, olhou nos olhos de vovó e pediu: — Por favor, não conte isso a ele.
Afastando-se, vovó bufou.
— Querida, se ele ainda não sabe, é um idiota. Se bem
que ele é homem... — Ela olhou para o neto e jogou as mãos para cima. — Ele
parece infeliz. Deve ser por causa da falta de sexo.
E lá se ia a pressão estabilizada de Demi. Vovó tinha
mesmo dito “sexo” outra vez? À mesa de jantar? Desta vez, suas palavras
atraíram a atenção de Nick e Selena, que a olharam como se implorassem: Por
favor, chega de momentos constrangedores. O pastor Jim se engasgou com o vinho,
e a mesa ficou em silêncio. Sem saber o que fazer, Demi olhou para vovó.
— Estávamos conversando sobre Petunia.
Ah, não. Petunia se enrijeceu, do outro lado da mesa,
e estreitou os olhos para vovó, como se a mulher fosse cria de Satã.
— Eu não uso essas palavras vulgares.
— Não, só tricota e lê romances eróticos.
— Ei, eu nunca...
— Não adianta negar. — Vovó girou a taça de vinho. —
Já vi os livros. Você não é tão puritana quanto tenta parecer, irmãzinha.
Petunia comprimiu os lábios e olhou para as outras
pessoas à mesa.
— Ela obviamente está bêbada.
— Conte, o capitão Jack já voltou para casa com sua
escrava? Ainda não cheguei nessa parte do livro, mas tenho que admitir que
estou morrendo de curiosidade para saber se eles vão...
— Vovó — chamou Nick, em tom de aviso. Ela deu de
ombros.
— Eu ia dizer “se apaixonar”.
— Até parece — murmurou Joe, do outro lado da mesa.
Petunia olhou irritada para vovó.
— Você é uma meretriz.
— Pelo menos eu não disfarço... Cadê o seu chicote,
Petunia?
Demi arregalou os olhos. Wescott deu uma risadinha.
— Pessoal, vamos acalmar os ânimos. Estamos aqui para
celebrar...
— Deve estar com seus sapatos de salto vermelhos, sua
diaba tatuada! — gritou Petunia.
— Ah, adoro aqueles sapatos! — comentou vovó.
— Vejam, o jantar será servido! — avisou Bets, com a
voz aguda. — Pessoal, é hora de comer! — Ela bateu palmas e começou a empilhar
no prato a comida que o pessoal do bufê trazia.
— Ostras. — Vovó apontou para um dos baldes. — Pode
comer, Nick. Vai precisar disso para amanhã à noite. O noivo soltou um palavrão
e olhou para o céu. — E eu estava me controlando tão bem...
— Se isto é você se controlando, eu sou uma freira. —
Vovó deu uma piscadela enquanto Nick gemia e se afastava de Selena.
— Ora, vejam! — Bets apontou para o meio da mesa. —
Estamos sem vinho.
— Vou pegar umas garrafas! — gritou Nick,
levantando-se e agarrando o braço de Selena. Com toda a calma, vovó enfiou a
mão na bolsa e tirou uma coleira que parecia muito com o tipo usado para
treinar cachorros por meio de pequenos choques.
— Sente-se, Nick. Reclamando, ele se sentou.
— Hã, eu vou. — Demi se levantou.
— Eu também — disse Jace. — Você pode acabar se
perdendo naquela adega.
— Oh, meu herói — respondeu Demi, seca. Mas ele não
pareceu se importar. Estava com os olhos fixos em vovó. Assentiu uma vez e
olhou de volta para Demi.
— Pronta? — Ele ofereceu o braço a Demi, ignorando o
olhar indagativo que ela lhe lançava. Os dois caminharam em silêncio até a
casa.
*****
Oi meus amores, como vocês estão? Eu não tenho nenhuma justificativa pra não ter postado, então, se alguém ainda lê isso aqui, só posso pedir que me perdoe. Eu sempre fui contra alguém começar a postar uma fic antes de terminar, afinal, fanfic em andamento tem um futuro incerto, nunca se sabe se a autora conseguirá concluir, e fazer as pessoas gostarem de algo pra simplesmente largar pela metade soa tão injusto. Meu problema nem foi esse, até porque nem fui eu quem escrevi, como vocês sabem, é adaptação de um livro. Não tenho motivos pra não ter postado, então só posso pedir desculpas do fundo do coração. Já vou programar todos os capítulos pra serem postados diariamente. É isso, anjos. Beijos ♥
Fico mt bom... Nau demora p postar td dia eu olhava aqui no blog p ver se ja tinha postado e nd... Ameiii o ep bjs
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